Olá!

Recebendo mais uma indicação, vamos de leitura nacional! Finalmente pude conhecer a escrita da Chris Melo - que tive o prazer de conhecer pessoalmente - e, apesar de não dar cinco estrelas, a história é muito bonita. Confira a resenha de Sob a Luz dos Seus Olhos.


SKOOB - Sob a luz dos seus olhos vai contar a história da Elisa, uma brasileira que viaja a Londres a trabalho. Ela trabalha numa editora e, graças a um programa da empresa, fará um intercâmbio de um ano na capital da Inglaterra. Mas, antes de chegar a Londres, ela passa em York, cidade fofinha e cheia de paisagens medievais. E é lá que ela vê pela primeira vez um belo rapaz de olhos azuis, que a deixa muito impressionada.

Agora sim, em Londres, ela vai morar na casa dos Hendson, onde é bem recebida e imediatamente se integra à família. E ela finalmente vai encontrar o dono do par de lindos olhos azuis. É o Paul, um dos filhos do casal Hendson. O sentimento nasce de maneira imediata, para desespero dos pais e encantamento dos jovens.

Mas, se a Chris Melo é considerada a "Nicholas Sparks de saia" (socorro), não é a toa. Paul e Elisa vão ficar juntos, claro, só que algo grave vai acontecer na vida da jovem, fazendo com que ela volte ao Brasil imediatamente, sem sequer se despedir direito do namorado. Seis anos se passam, Elisa tem 29 anos e Paul é um ator famoso. E finalmente ele vai reencontrá-la.

Como ela precisou largar tudo, Elisa precisou praticamente recomeçar do zero. Cadu é um doce de pessoa, seu vizinho, não sabe do passado da jovem, mas depois vemos seu lado machista e imbecil - e ainda estou indignada com o fato de que ele protagonizará o livro seguinte, Sob um milhão de Estrelas - e Carol, médica e melhor amiga de Elisa, que sabe tudo da moça, menos sobre Paul - amo e irei protegê-la.

Paul está muito mudado. Famoso, não namora mais do que dois meses, volta e meia está com uma mulher diferente, completamente irreconhecível para Elisa. Até pensamos que vai rolar um triângulo amoroso entre Paul, Elisa e Cadu, mas como eu já disse que Cadu é um imbecil, graças aos deuses da Literatura isso não acontece. Não à toa, o casal demora, mas fica junto.

Com o casal junto e feliz, vai passar mais um tempo e vai acontecer outra tragédia. E é aí que o amor do casal será posto à prova, isso porque, quando mais ninguém acreditou, Elisa foi até o fim. Com ela, só mesmo Philip e Rachel. Uma história de amor e superação, mas que não me encantou tanto assim.
Vamos lá, é um ótimo livro, mas não é tão encantador assim. Me irritei com o Cadu (e ainda não superei o fato de que ele ganha um livro só pra ele), fiquei triste com os fatos e amei o casal principal, mas não acho que a Chris seja um Nicholas Sparks feminino, tá mais pra Dani Atkins da América do Sul, isso porque a autora conduz os fatos de tal modo que nos faz acreditar que alegria infinita é uma coisa suspeita. Sob a Luz dos Seus Olhos é uma mistura de "A Escolha" (tio Nick, resenha aqui) com "A História de Nós Dois" (da Dani, resenha aqui). Aliás, essa história é bem parecida com as que citei.

Foi uma história bem escrita, detalhando bem as paisagens londrinas e americanas (onde o casal vai viver, em Santa Monica, Califórnia), mas o livro mais parecia bipolar: por um lado, felicidade em excesso, fiquei esperando acontecer coisas ruins. Aí elas aconteceram. E, olha, Chris pegou pesado, houve duas vezes que levei a mão à boca pra conter um grito (eu estava no ônibus), o que gostei muito, porque quebrou bem o doce da trama.

Um casal que amei demais, torci e shippei foi Philip, que é irmão de Paul, e Rachel, que vai aparecer no fim, então não direi nada sobre ela. FICO NO AGUARDO DE UM LIVRO SÓ DELES, OBRIGADA. Quem me recomendou o livro foi a Ana, do EC&M, que chorou com a obra (e ela raramente chora com livros). Não cheguei a chorar, mas gostei de ter conhecido a escrita da Chris. Como eu disse, não morri de amores pelo casal principal, mas não significa que não gostei, pelo contrário, amei bastante, apenas não me senti convencida por Paul e Elisa.

Cada capítulo começa com um nome de música, que vai de Elton John a One Direction, nenhuma faz meu gênero, mas a galera vai gostar bastante das sugestões. No Spotify tem a playlist que a autora montou com músicas que a inspiraram durante o processo da obra, a lista é diferente das canções que estão no livro, mas acredito que vocês vão gostar também. Li no Kindle, aproveitando um dia em que a Rocco disponibilizou a obra gratuitamente na Amazon. Não vi nenhum erro na obra, agora vou dar um tempinho para ler Sob Um Milhão de Estrelas - devidamente autografado, rs. Recomendo a leitura.




Olá!

Pense no livro mais engraçado que você já leu. Esse mesmo, esse título que te arrancou gargalhadas em todos os lugares que você o leu. Pode ter certeza que o francês Gilles Legardinier superou o/a autor/a da obra em que você pensou. Um dos lançamentos de abril da Arqueiro me fez ter altas crises de riso. Confira a resenha de Amanhã Eu Paro!
SKOOB - Este livro não é sobre gatos, porém vai contar a história da jovem Julie Tournelle, que mora em uma cidadezinha (não citada) no interior da França. Ela está na festa de divórcio de um amigo, quando um homem a aborda perguntando qual foi a coisa mais idiota que ela já fizera na vida. Então, ela se abre para o leitor (e para quem lhe fez a pergunta) e conta sua maior (e mais louca) aventura.

Julie tem um emprego chato num banco e separou-se recentemente de um namorado abusivo. Porém, um novo morador chega em seu prédio. Um homem cujo rosto ela não conhece, mas seu nome torna-se um mantra em seus lábios. Ricardo Patatras. Isso mesmo, Patatras é o sobrenome do cara, e é justamente nisso - o sobrenome incomum - que ela vai reparar.

Por causa de sua imensa curiosidade, ela chegará ao ponto de prender a mão na caixa de correio do vizinho sem rosto e é bem nesse dia que se conhecem. Ricardo diz trabalhar com informática, e a atração de nossa mocinha atrapalhada é imediata. Ela não faz outra coisa senão pensar no cara. Vai pintar altos climas, mas ela tem medo de se apaixonar e o cara ser, sei lá, um doido assassino.
Diferente de muita coisa que já li, Amanhã, Eu Paro! é um livro super gostoso e engraçado de se ler. Em meia hora de leitura, já tinha dado umas três gargalhadas, daquelas bem gostosas. A sinopse diz que "Julie tem o irritante hábito de fazer as maiores loucuras quando está apaixonada". Mas sabe que, em nenhum momento fiquei irritada com ela? Pelo contrário, cada vez que ela vai narrando um acontecimento seja com Ric, seja na vizinhança, a vontade que me dava era de entrar na história e viver essa aventura com ela - menos namorar o Ric, dispenso.

A redondeza que Julie vive é muito bacana: tem o Mohamed, do hortifruti (é o terceiro Mohamed que é dono da loja, mas só o primeiro realmente tinha esse nome), a sra. Bergerot, da padaria, que todo mundo queria ter como avó, o Xavier, que mora no prédio vizinho e, por não ter entrado no exército, acabou por construir um super carrão bólido, a Géraldine, colega de banco da Julie, que é muito doida... Enfim, gente bacana que dá todo um charme à história.
Tá vendo o gatíneo passeando ali na página? Então, ele faz parte de um flipbook :)
Ricardo Patatras é um poço de mistério, a começar pelo sobrenome, que claramente não é francês. Ele diz trabalhar com informática, mas tem umas informações muito exclusivas sobre a casa de uma certa família Debreuil, que tem uns segredos meio polêmicos... Não sabemos o que esperar dele, mas queremos (e torcemos) para que ele seja um cara super do bem e não faça nossa Julie sofrer.

A edição da Arqueiro está uma lindeza, a capa é a mesma da edição original, em que se ressalta que não é um livro sobre gatos, porém, quando solicitei o livro à editora, foi justamente o bendito gato que me chamou a atenção, ainda mais por ele usar um gorro peruano super conceitual, que é feio pra burro, mas agora eu quero um. Achei uns dois errinhos, graves, porém que não alteram a beleza e o humor da leitura.

Eu, infelizmente, não falo francês (aprendi algumas coisas, mas não são suficientes para que eu inicie uma leitura), então fica o apelo para que a Arqueiro publique mais obras dele, porque o cara é muito bom! Não são todos os homens que escrevem uma personagem feminina - em primeira pessoa - sem soar piegas ou artificial. Gilles e a Arqueiro estão de parabéns.

E agora eu quero um gato e um gorro peruano. Ou um gato usando gorro peruano.



Olá!

Cumprindo o terceiro tópico do Desafio 12 Meses Literários (meu progresso você acompanha na sidebar), o resenhado de hoje é um livro que eu deveria ter lido há muito tempo, mas só agora pude acompanhar essa maravilha de história. Saibam porque o livro de Maurício Gomyde é tão... Surpreendente!
Skoob
Ajude o Resenha a se manter comprando seu exemplar aqui: Amazon
Surpreendente! nos apresenta o jovem Pedro Diniz, recém-formado em Cinema, mas que tem um grande desafio na vida: com apenas 25 anos, ele detém apenas 50% de sua visão, por causa de uma doença degenerativa, uma espécie de "cabresto invisível" que não lhe permite ter a visão periférica. Seu grande sonho é ganhar o "Cacau de Ouro", que é um grande prêmio do cinema brasileiro. O surpreendente é que, em dado momento de sua vida, a doença parou de degenerar, parando na porcentagem citada. Mais surpreendente ainda é o fato de que ele não tem um roteiro.

Tendo como melhor amigo o Fit, que estuda Cinema, Pedro, às noites, comanda um cine clube que fica no subsolo de uma cafeteria, em que exibe clássicos do cinema, mas que sofre com a falta de público. De dia, ele é gerente em uma locadora de DVDs em um bairro pobre de São Paulo - sim, em um passado não tão remoto, podíamos alugar DVDs a um preço bacana. 

Em uma dessas vezes que ele exibiu um filme no cine clube, além dos frequentadores de sempre - entre eles, um senhor de idade que sempre sai ao fim da sessão, sem dizer nada - ele vê uma moça que fica entrando e saindo da sala durante a exibição. Depois ele viria a descobrir que essa jovem, de nome Cristal, é funcionária do local, por isso o entra-e-sai da sala. E claro que ele fica "parado na dela" - uma moça de cabelos vermelhos e olhos verdes.

Pois bem, um certo dia, a locadora onde Pedro trabalha sofre um assalto. Ele é feito de refém e, devido a uma coronhada, a doença volta com tudo e seu médico é categórico: ele perderá a visão em pouco tempo. Por isso, ele se junta com Fit, Cristal e Mayla - que é sobrinha da dona do cine clube - e resolve partir em uma aventura, que consiste em documentar em um filme toda a viagem de São Paulo até Pirenópolis (GO), para encontrar sua avó, pois ela tem um segredo a contar. Aliás, ele ficou sabendo que sua avó tinha algo a lhe contar quando ele tinha 13 anos e ganhou um olho turco dela - esse mesmo que está na capa.
Quem já leu qualquer coisa do Gomyde, sabe como ele é maravilhoso com as palavras. E aqui não é diferente! Apesar de, no início, o Pedro me parecer um pouco prepotente - por querer, de QUALQUER JEITO, o Cacau de Ouro - talvez, por ele ter sido criado em uma boa família e não ter feito tanto esforço para conseguir suas vitórias (ele estudou na USP, só pra começar...). Mas ele se mostrou um cara incrível, que apesar de ter se abalado por causa da cegueira iminente, busca seus sonhos e faz de tudo para alcançá-los. Inclusive, ao saber que não era possível reverter a doença, o rapaz que sempre tinha uma citação na ponta da língua, passou a ser um rapaz amargurado, e isso é bem visível durante a obra.

Além de um lindo romance - o terceiro desafio é um romance escrito por homem - o livro é forrado de citações de obras cinematográficas clássicas, como Oito e Meio, de Fellini (o filme mais maravilhoso e psicodélico da face da Terra, assistam), grandes nomes do Cinema, como o próprio Fellini, Sérgio Leone (diretor), Nino Rota (compositor), além de grandes atores e atrizes, bandas de rock... Enfim, um livro que teve muita pesquisa pra poder citar tanta coisa bacana.

Sobre a edição da Intrínseca: tão azul e linda! É dividido em quatro partes, cada uma com um quote de uma personalidade do cinema. São capítulos curtos e bem narrados, nos inserindo na trama e na São Paulo que tem tanta coisa boa escondida por aí... Não encontrei erros de nenhuma ordem e esse olho turco da capa é uma graça!
O mais engraçado foi a forma como eu adquiri: estava na bienal (sdds), no lotado estande da Intrínseca, quando vejo um cara rodeado de garotas, todos rindo e conversando. Aí eu reparei bem e pensei: "Aquele não é o Maurício Gomyde? É sim!" Fiquei reparando nas promoções e esse livro estava por 20 golpinhos. Pensei, por quê não? E só tinha um exemplar na bancada. E bem na hora que uma das moças que estava com ele fez o movimento de pegar o livro, eu a atravessei e peguei! Ele viu e deu risada - e eu fiquei sem graça, claro. Mas pedi pra ele não sair de lá! Comprei e claro, o tietei, com direito a foto! Fazendo jus ao momento, a dedicatória não poderia ser outra!

No mais, recomendo a leitura a todos!!! Pena que demorei pra ler, mas é uma trama linda, que envolve o leitor num carrossel de sentimentos, com uma premissa linda e uma mensagem acolhedora e maravilhosa! Não à toa, esse livro foi publicado na Espanha e em Portugal!

E os filmes do Fellini são maravilhosos. #pas

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Olá!

Cumprindo o mês de fevereiro do Desafio 12 Meses Literários, o resenhado de hoje é um livro que me surpreendeu positivamente. Achava que era uma coisa mas conforme a história foi se desenvolvendo, fui me envolvendo mais e mais... Confiram a resenha de Colega de Quarto, romance de estreia de Victor Bonini.
A história começa com o estudante de Direito Eric Schatz - carioca radicado em SP - procurando o detetive e advogado Conrado "Lyra" Bartelli em seu escritório. Até aí tudo bem, se não fosse de madrugada e Eric não estivesse beirando o desespero. Eric conta ao detetive que há um "colega de quarto" em seu apartamento, alguém que entra e mexe em suas coisas. Por causa da arrogância do jovem, Conrado decide não pegar o caso, mas logo se arrepende.

Algumas horas depois, Eric aparece morto. Aparentemente, ele se jogou de seu apartamento - no décimo quinto andar. De início, ninguém entendia porque o jovem se matou, já que ele era de boa família e tinha vida de playboy. Após pesquisar na internet, Lyra descobriu que o sobrenome Schatz era bem importante no meio empresarial.

Porém, após conversas com o dr. Wilson, delegado do DHPP, Lyra pressente que há algo muito errado nessa história. Antes de morrer, Eric ainda entrou em contato novamente com Lyra, por telefone, mas aí já era tarde demais. Muitas pessoas sabiam de segredos de Eric, e fariam questão de esconder de todos, até mesmo da polícia.
Como me arrependo de ter demorado pra ler essa maravilha!!! Cumprindo o segundo item do desafio - ler um autor nacional - escolhi Colega de Quarto porque já havia comprado há algum tempo, num evento que fui. Mas, de cara, achei que o livro enveredasse pelo sobrenatural, segundo a sinopse. Mas, conforme você vai lendo, a trama vai se transformando num romance policial de tirar o fôlego!

Lyra Bartelli é um advogado que faz as vezes de detetive particular, então ele sabe ler muito bem nas entrelinhas. E apesar de não ter aceitado o caso de Eric, ele sabia que havia algo de errado com aquele rapaz que, via-se de longe, era bem de vida, mas sem amor. Junto com o dr. Wilson, ele terá um enorme desafio, em que precisará duvidar até do sobrenatural para dar um ponto final no caso da morte do jovem.

O autor simplesmente arrasou em seu livro de estreia! Uma trama bem escrita, sem pontas soltas, personagens bem desenvolvidos e, o mais legal, a história se passa em São Paulo! Então, pra mim, a trama fluiu com muito mais naturalidade porque conheço todos os pontos citados durante a leitura. Exemplo: o Zeca, amigo do Eric (guardem esse nome) mora no bairro do Tatuapé, que é perto do bairro onde moro (Vila Maria). Já o consultório do psicólogo Armando (guardem também) fica no bairro do Pacaembu, há também outras citações, como o shopping Higienópolis, a avenida 23 de Maio e assim por diante.

Os personagens são bem escritos numa trama intrínseca, em que você elege seu suspeito, mas pode ter certeza: você estará muito errado. E você vai saber disso da maneira mais difícil possível. O autor joga as dicas na sua frente, mas passa despercebido, aí quando chega a verdade, a surpresa é grande. Não à toa, li esse livro em um dia só, tanto que fiquei longe do computador, só pra saber do desfecho - e só fui dormir depois das 23h15, que é até um horário cedo, mas não pra mim, que madrugo e trabalho longe.
Primeiro livro que leio da Faro Editorial e apenas elogios. Materiais de praxe para uma leitura confortável (só achei as folhas um pouco grossas demais, rs). Capítulos com nomes simples, porém condizentes. Até onde pesquisei na internet, o autor ainda não publicou outros livros, mas fica um pedido encarecido: por mais histórias com Lyra Bardelli! Ele mora no meu coração e já pode ter sua própria série, como - GUARDADAS AS DEVIDAS PROPORÇÕES - Lisbeth Salander, Hercule Poirot, Sherlock Holmes e tantos outros investigadores que amamos. Cinco estrelas é pouco pra essa maravilha.

P.S.: esse é o primeiro romance policial escrito por um brasileiro que leio. Aceito sugestões de outros nacionais.

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Olá!

Rapidinho: hoje sai o resultado da seleção de blogs parceiros que lerão e resenharão meu primeiro livro, o Segunda Chance. Então, se você se inscreveu na parceria, corre nas redes sociais do blog pra conferir se seu nome está lá!

Agora sim! Mais uma semana começando e, como vão vocês? Bem, o livro de hoje é empoderador, representativo, nacional, maravilhoso e é o único instrumento possível de amor! Amor Plus Size é o primeiro livro da Larissa Siriani que leio, a quem posso me dar ao luxo de dizer que tenho a honra de dizer que conheço pessoalmente e é um ser iluminado e maravilhoso, assim como a Mai, que veio ao mundo para te desconstruir e te dar um pouco de empatia!
Queria ter uma bonequinha plus size, mas só tenho a Tinker Bell, que assim como a Mai, distribui amor e sorrisos.

Amor Plus Size conta a história da Maitê Passos, uma jovem de 17 anos e 110 quilos. Ela está no último ano do ensino médio e cada um de seus dias é uma luta. Ela precisa driblar o bullying por parte dos colegas, as pressões da idade, a falta de apoio por parte da mãe maluca por dietas... E não é só isso, ela está apaixonada por Alexandre, o mais gato da escola.

Mas nem tudo são pedras na vida da jovem: ela tem como melhor amigo o Isaac, que mora no apartamento abaixo do seu e é um fotógrafo de mão cheia, a Valentina e a Josi, que são do segundo ano, além do pai super legal e do irmão caçula Lucca, - melhor pessoa - de 10 anos.

Por causa de um trabalho de escola, a Mai finalmente trocará as primeiras palavras com Alexandre - lembrando que Maitê não tinha nenhum amigo na sala, logo ninguém falava com ela - o que a deixará com o estômago cheio de borboletas - e despertará a ira na Maria Eduarda.
Ah, a Maria Eduarda é quem puxava o bonde daqueles que humilhavam a Maitê. E a Duda era o "exemplo" de "garota perfeita": magra, popular, podia escolher quem namorava... Enfim, ela tinha tudo que Maitê achava que jamais teria. Só que o jogo vira, graças ao amigo Isaac, que lhe oferece uma proposta única, que Maitê nem sequer esperava.

Ser modelo. Modelo Plus Size. Ela poderia ser uma. E ela nem sabia que isso de ser modelo gordinha existia. E é nesse jogo de auto-estima, aprendizado, quebra de estigmas e preconceitos e muito empoderamento que Maitê nos dará uma linda lição, em que sim, é possível ser feliz sem precisar estar nos padrões.

Quando terminei a leitura, fiquei me perguntando se a Larissa tem noção do que ela escreveu. É mais que um romance, é um tipo de mantra que todo mundo deveria tatuar na testa, para não esquecer. Acho que eu não sou o público-alvo dessa obra, pois já tenho mais de 20 e não sinto nenhuma falta do Ensino Médio - aliás, ele é um grande borrão na minha biografia - mas, como já disse inúmeras vezes, a mensagem é o que me importa. E aqui, a mensagem é gritante.
Ela mostra que eu e você, que somos aparentemente comuns, podemos sim ser modelos ou o que quiser. Além disso, a Maitê nos ensina a nos aceitar como somos, afinal, se a gente não gostar de si mesmo, quem vai gostar? E é justamente isso que a Larissa mostra aqui. Mai, eu e você não precisamos vestir 38 para ser feliz. Podemos ser felizes vestindo 50. E não adianta falar que ser gordo é horrível, até porque, em dado momento da leitura, ela vai ao médico para manter sua saúde em dia. Ou seja, você pode ser feliz vestindo 50 e ter a saúde em dia, tem coisa melhor?

E, se por acaso, você não é gordo/a, tudo bem, a autora coloca vários personagens na trama que, de uma forma ou de outra, tem suas "imperfeições", e ainda assim, tá tudo bem, você pode conviver com isso, porque a sociedade precisa quebrar os malditos padrões de beleza, impostos sabe-se lá por quem. Ah, e não é só bullying e gordofobia são abordados, mais pro fim da trama, ela vai abordar justamente o oposto da gordofobia, que faz tão mal quanto o primeiro.
A edição da Verus tá tão linda *----* A capa está condizente com a premissa e no começo do livro tem um trecho da música Believe in Me, da Demi Lovato. E se a capa está linda e o livro não tem erros de nenhuma ordem, o autógrafo que ela escreveu para mim deixou o livro mais bonito!

Então, se o assunto é empoderamento, esse livro é uma ótima sugestão para compreender o tema e também querer ser amiga da Maitê, porque ela é muito linda! (e arrisco dizer que é um alter ego da Larissa)...
Único autógrafo possível.

Olá!

Começando a semana com mais uma resenha de um nacional maravilhoso que recebi em parceria com o autor. Confiram a resenha de o Androide, de Paulo de Castro.
O Androide começa com uma breve narração sobre como o mundo se transformou. E não foi coisa pouca. Uma destruição em massa e passam 1000 anos. Não há mais humanos ou animais. Quem domina são os androides, Inteligência Artificial pura. E nosso protagonista é o JPC-7938 (não, não é uma placa de carro, é o nome dele mesmo). Ele está pronto para mais um passeio pelo mundo. Porém, sua bateria está fraca.

Após resolver esse problema (que é muito grave neste mundo), ele conhece outros androides, OPR-4503 (masculino) e NCL-6062 (feminino). Eles três são androides antigos, desatualizados e têm como função apenas sobreviver. Foram criados para executar funções exercidas por humanos. JPC-7938, por exemplo, foi criado para ser um exímio engenheiro. E foi parar numa fábrica de carros em São Bernardo do Campo. Sugestivo, não?

Porém, um vírus criado também por Inteligência Artificial (o nome não vou dizer, mas também é sugestivo) fez com que os androides mais jovens - "jovens" é modo de falar, digamos que são androides mais resistentes, montados com materiais melhores - começassem a caçar os mais velhos, que, neste caso, são nossos protagonistas. E os três têm um plano para tentar salvar o mundo.

Mesmo eles não tendo qualquer sentimento humano, o trio de androides tentará conquistar algo inédito para o mundo. Mas não será fácil. Num mundo onde tudo é controlável via wi-fi, eles terão como meta sobreviver. E tentar não serem pegos pelo vírus.

Mais um excelente nacional publicado pelo selo Talentos da Literatura Brasileira, da Novo Século. O autor entrou em contato comigo via Facebook (agora o blog tem email, pra facilitar a vida, rs. O endereço está na sidebar) oferecendo o livro para leitura e resenha. Eu, como fã de distopia, não pensei duas vezes. Recebi um lindo exemplar autografado, pena que demorei a ler, por causa dele, o TCC (que logo menos será apresentado).

Julgo ser muito difícil (ou eu sou incapaz?) de escrever uma distopia, pois é necessário criar o ambiente, os personagens, o governo (ou vírus, nesse caso), mocinhos e vilões... enfim, todo o enredo necessário para uma obra desse porte. E o Paulo conseguiu, magistralmente. A cada página lida, a sensação era de que eu estava vendo o JPC-7938 ali, tentando fugir de sentinelas (androides que servem o governo), ou não demonstrando qualquer sentimento, mesmo nos momentos mais difíceis. E se já é difícil criar uma distopia com humanos, imaginem com androides, é muito mais difícil.

Espero que você aprecie a leitura deste livro e que ele possa lhe proporcionar muitos momentos prazerosos.
Uma excelente leitura, fluida, sem erros de português. As únicas coisas que me incomodaram - e isso acontece no livro todo - é o exagero para explicar que os androides são desprovidos de sentimentos. Por exemplo, o autor diz que, durante um ataque, "vindo repousar contra a espada, elevada com dificuldade, com lentidão." (pg. 163) Não sei se vou conseguir explicar bem, mas o autor enfeita demais um simples fato, como no caso do quote acima, em que o personagem foi atingido pela espada. É como se ele quisesse dar certeza que o fato aconteceu.

O outro detalhe que não gostei foi a linguagem. Ela é rebuscada demais para 2016. O livro é contemporâneo, voltado para o jovem, porém a linguagem é adulta demais. É como se a história fosse para um público, mas com a voz de outro. Acho que ele poderia ter sido mais coloquial em vários momentos, escrevendo de um jeito atraente. Ele parecia um pouco didático. Pode ser a escrita dele mesmo, ou seja, escreveu propositalmente assim. Ou ele pôde ter querido reforçar a ideia de que os androides são inteligentes demais e falam bonito mesmo.

Mas, é claro que isso não é a verdade absoluta, é meu ponto de vista. O que foi incômodo para mim, pode ser excelente para você. Pode ter certeza que isso não é um motivo para você desistir da leitura, pelo contrário, tem que ler sim para discordar de mim (ou concordar, vai saber). Voltando aos pontos positivos, a capa é linda, condizente com a obra e o androide ilustrado é uma graça - quero um pra mim, me julguem.

O livro é forrado de referências e indiretas. Há várias passagens que falam sobre preconceito e outras em que, de certa forma, os androides estão no lugar certo e na hora certa, como JPC-7926 ser um engenheiro e ter trabalhado em uma fábrica de automóveis. Em São Bernardo. Tem situação mais sugestiva?

Uma pena que a Novo Século não invista tanto assim em seus leitores. Só fiquei sabendo da existência desse livro porque o autor me procurou. Mesmo eu sendo antenada nas redes sociais, não vi um simples post da editora falando dele (eles podem até ter divulgado, mas me parece insuficiente. Mas se você viu divulgações dele, me avise nos comentários). É uma leitura rápida, se tiver tempo livre, você faz em dois dias.

Concluindo, para sair da zona de conforto, para conhecer novos nomes da literatura nacional contemporânea ou simplesmente para ler algo novo, O Androide é a sugestão perfeita. Paulo, muito obrigada pelo convite e pela sua história. Espero que você lance mais e mais livros, você tem talento!!! Além de ser uma pessoa maravilhosa!

E você, já leu O Androide? O que achou da resenha? Diz aí nos comentários!


Olá!

Finalmente mais uma entrevista no blog! Na verdade, eu ia postá-la no início do ano, em que pretendo trazer mais novidades para este cantinho que tanto amo. Porém, essa entrevista ficou tão maravilhosa que o mundo precisa lê-la! Ela não pode esperar até janeiro! Confiram a maravilhosa entrevista que Marcela Cardoso, parceira do Resenha e autora do e-book Minha Vida é um Reality Show.

Diga para os leitores do blog: quem é Marcela Cardoso?
Difícil, hein! Bom, eu me definiria como uma garota sonhadora que escreve para escapar da realidade. Também sou uma louca que ama ler, cultura japonesa, alguns reality shows e fingir que sou uma estrela do rock enquanto faz faxina, rs.

Como você descobriu o gosto pela leitura? E quando você decidiu que seria escritora? Sua família te apoiou?
Os livros sempre fizeram parte da minha vida. Mesmo quando eu não sabia ler, dava um jeito de contar histórias para mim mesma olhando as figuras. Acho que peguei gosto pela leitura de verdade ao ler os livros que a escola indicava e por influência do meu pai. Ele sempre dizia os livros nunca me abandonariam. Acertou na mosca!

Minha história com a escrita é um pouco mais complicada. Escrevi um livrinho sobre o Descobrimento do Brasil quando estava na terceira série, fiquei em segundo lugar em um concurso de poesia na quinta, sempre fui boa em redação, mas nunca imaginei que me tornaria escritora. Na adolescência, pensei em escrever um livro para desabafar, mas nunca levei essa ideia adiante. Já ouvi de um professor que eu tinha preguiça de escrever, acreditam? A coisa só mudou quando saí de um relacionamento abusivo e comecei a namorar meu atual parceiro. Ele topou escrever um livro comigo e, a partir daí, descobri minha verdadeira vocação: contar histórias.

Quem me apoiou desde o início foi meu namorado. Ele ouviu minhas ideias, aguentou minhas crises literárias e acreditou que meu livro sairia um dia. Minha família e outras pessoas até apoiaram, mas com um pouco de ressalva. Acho que muitos pensam que escritores morrem de fome e coisa e tal. Bom, pelo menos curtiram o meu livro, rs.

Você se inspira em alguém próximo para criar seus personagens? Ou eles surgem naturalmente?
Meus personagens geralmente surgem a partir de participantes dos reality shows que assisto (principalmente American Idol, rs). Eu meio que os imagino em um mundo comum, como pessoas comuns.      


Sobre o livro Minha Vida é um Reality Show, como foi o processo de criação?
Árduo (risos). O livro surgiu a partir de uma estória alternativa que criei com os personagens de outro livro meu que ainda não foi publicado.Ele  foi quase todo baseado no American Idol, um reality show que, apesar de ter acabado, continua sendo meu favorito. Na época que comecei a escrevê-lo, estava numa fase de produzir uma estória-enjoar-partir para outra. Um saco! Aí acabei botando na cabeça que escreveria um livro até o fim e, para isso, resolvi postar no wattpad. O título original era American Star (a narrativa se passava nos Estados Unidos) e trazia assuntos como adolescencia e homossexualidade.    

O wattpad foi uma experiência incrível e dolorosa ao mesmo tempo. Ao mesmo tem que comecei a perceber meus gostos como escritora, me sentia meio pressionada pelas leitoras. No fim, foi ótimo. Aprendi bastante, conheci pessoas legais, e meu livro foi lido mais de 60.000 vezes.
Depois disso, passei um ano revisando, escrevendo e reescrevendo a história. Foi a fase mais difícil, pois eu achava que nunca conseguiria terminá-la por causa do meu perfeccionismo. Graças a Deus, consegui deixar o livro com a minha cara e publicá-la na Amazon.

Falando em reality show, você tem algum favorito?
American Idol e The Amazing Race.

Depois que este livro ficou pronto, você enfrentou alguma dificuldade para publicá-lo?
Como eu já havia lido bastante sobre o mercado editorial, nem me dei ao trabalho de enviar meu livro para as editoras. Preferi publicá-lo na Amazon para que eu pudesse tê-lo no meu Kindle e compartilhá-lo com minha família e amigos rapidamente.

Além do Minha Vida… , quantos livros escreveu, (independentemente de ter publicado ou não)? Tem mais algum projeto novo, seja pronto ou engavetado?
Em 2015, publiquei um conto chamado "Adeus,vida" na Amazon. Pretendo fazer uma versão estendida, pois ele ficou bem curtinho. No meu computador, tem inúmeros projetos inacabados que só Deus sabe quando conseguirei publicar.

Estou finalizando um livro, mas não sei se essa será a versão final, então estou criando nova (maldito perfeccionismo!). De qualquer forma, ele sairá no começo do ano que vem. Mal posso esperar para mostrar meu bebê para o mundo.
  
Uma polêmica: livro físico ou digital?
Sempre amei livros físicos (quer cheirinho melhor?), mas confesso que estou lendo mais rápido e melhor no meu Kindle ultimamente. Acho que os dois tipos têm suas vantagens e desvantagens e não se excluem de forma alguma.

Por favor, deixe um recado aos leitores do blog.
Quero agradecer à Kamila pelo convite e a quem leu até aqui. Desculpem, quase escrevi uma Bíblia! Espero de verdade que continuem visitando lugares incríveis por meio dos livros e que nunca desistam dos seus sonhos. Beijos e até a próxima!

Eu que agradeço a entrevista, Marcela! Aqui você pode falar o que quiser, não se preocupe por ter falado demais. Obrigada mais uma vez <3


Olá!

Como já sabem, sou fã de crônicas, por elas serem rápidas e ainda assim ter muita história. E hoje, tem resenha de livro de crônicas! Um dos meus cronistas favoritos é o Fabrício Carpinejar e, sabendo, disso, a Ani, do Entre Chocolates e Músicas, me presenteou com o mais recente lançamento do autor, o Felicidade Incurável, e é dele que falarei hoje.

P.S.: resenha originalmente postada no Entre Chocolates e Músicas.

Como o nome já diz, Felicidade Incurável vai abordar aqueles momentos que passam despercebidos por muitos, mas não para Carpinejar. Ele aborda com delicadeza e maestria situações que vão desde brigas à toa até seus desejos mais íntimos, como o de casar na igreja (spoiler: ele conseguiu, há alguns dias).

São 267 páginas em que o autor abre seu coração sobre praticamente tudo: infância, filhos, amores, cotidiano... Enfim, não tem um tema específico, e sim, um grande compilado que fala sobre a vida. Não consegui eleger uma crônica favorita, então, recomendo que leiam todos e depois tentem eleger os favoritos. Simplesmente não dá, porque todos são bons.
Carpinejar tem um olhar sobre a vida que não me lembro de ter visto em outros autores do gênero. Ele, aliás, tem muita inspiração e criatividade, pois em sua página do Facebook todo dia tem uma mensagem que fala de amor, da vida, do passado... Ou seja, com ele é possível conversar sobre tudo!!

No mais, a resenha é curta porque além de ser difícil de resenhar um livro de crônicas, a leitura é rápida, podendo ser feita em um dia. A edição da Bertrand Brasil, como estava disposta a trabalhar, fez um ótimo trabalho, sem erros de qualquer tipo. Ani, obrigada pelo livro e desde já recomendo a todos, não vão se arrepender.


Olá!

Primeiramente, tá difícil... Eu trago uma ótima notícia, mas ainda não digeri a tragédia envolvendo o avião da Chapecoense. Tipo, queria muito que fosse uma piadinha (sem graça) do Mallandro. Mas é verdade. Eu, que amo o futebol, estou de coração partido, assim como o resto do país - independente de gostar ou não de futebol, ou de cor de camisa. O post desta quarta estava agendado, por isso não disse nada lá. Enfim, toda a força para a Chape e toda a sorte do mundo ao Nacional de Medellín, que vai representar a esperança no Mundial de Clubes deste mês.
Imagem retirada do Facebook do Corinthians.
Agora, tocando a vida. Finalmente criei um email pro blog. Sim, ele tem quase três anos e nunca teve uma conta própria. Sempre usei a minha pessoal - que é hotmail - mas percebi que muita gente entra em contato comigo pelo inbox do Facebook. Só que, nem sempre, recebo as notificações. Fora que, às vezes, perco emails. Então, para facilitar pros autores, blogueiros e todo mundo, o email está criado - e vai ficar fixado na sidebar do blog, à sua direita, junto com o botão de like da página do blog.
E o melhor vem agora: a partir de hoje e até domingo, portanto, entre 02 e 04 de dezembro, meu livro Segunda Chance, está disponível gratuitamente na Amazon! Isso mesmo, essa é a oportunidade perfeita para conhecer a história de Diana e Mikael! E como sou péssima em fazer marketing, principalmente quando o assunto é falar de mim (ainda bem que escolhi Jornalismo), apenas espero que vocês leiam e gostem. Não posso garantir a melhor história, mas posso afirmar que é uma linda trama, passível de acontecer com muitos/as de nós e todas as informações referentes à Suécia são verídicas.

Então é isso, o post é curto porque tem "só" duas novidades. Espero que gostem e tudo de bom para vocês!

Sinopse: O engenheiro sueco Mikael Karlström vem ao Brasil para trabalhar em uma multinacional, junto com sua filha Marie. A jornalista Diana Ferreira está no auge de sua carreira em uma revista literária. Ao salvar a filha de Mikael de um ataque, Diana teria sua vida irremediavelmente alterada. Enquanto isso não acontece, a jornalista, sua filha, Céline e sua mãe, Lucrécia, vão levando uma vida pacata em uma casa rústica em Atibaia, interior de São Paulo. Dois adultos que terão um ano para redescobrir o amor, misturando português, inglês e sueco.

E o mais importante, rs: Amazon | Skoob

Olá!

Terceira resenha de nacional seguida no blog! Eba! E o de hoje, mesmo com esse nome pesado, não tem nada de mais. Pode ser lido por todos - inclusive pra quem faz parte da família tradicional brasileira. Minhas Conversas com o Diabo, de Mário Bentes, é mais uma grata surpresa para os fãs de literatura fantástica e para quem curte histórias mais sombrias...
Apesar do nome e da capa indicarem algo tenebroso, Minhas Conversas com o Diabo aborda temas totalmente terrenos. São sete contos em que cada história tem um personagem que sofre problemas mundanos, mas, com uma ajudinha lá de baixo, cada um resolve sua situação de acordo com seus desejos. Até porque, nem todo mundo sonha com poder, dinheiro. Assim como os protagonistas deste livro, muita gente só quer o suficiente para ser feliz.

Como são só sete, dá pra eu fazer um breve resumo de cada: o primeiro, "Eu corrompi homens santos", o padre Pedro se vê tentando desvendar a mensagem que seus sonhos transmitem, ao passo que sua fé é posta à prova. "Topa um acordo, menino" conta a história de um menino que aguarda ansiosamente o retorno de seu pai, que é caixeiro-viajante. O pai foi embora há meses. Durante uma tempestade, uma certa ave visita o garoto, e lhe propõe um acordo que, a princípio, é maravilhoso para a criança.

O próximo é o "Esquecer de viver", em que a jovem Maria sofre por ter sido abandonada pelo pai de sua filha. Por viver em uma família conservadora e em uma vizinhança mais conservadora ainda, ela sofrerá todos os tipos de julgamento. Ao som de Julio Iglesias, ela descobrirá que a vida não é só chorar escondida. "A Mulher que me Amou" conta a história de Bartolomeu, um garoto que, junto com sua amiga Estefânia, cria uma cápsula do tempo: enchem uma mala com pertences dos dois, que só poderá ser aberta depois de 50 anos. Porém, quando o prazo está para se encerrar, Bartolomeu não sabe se conseguirá reencontrar sua amiga.
Em seguida, "À Espera da Próxima Carta", Maximiliana é uma costureira que segue à risca sua rotina. Até receber uma carta, em que sua vida íntima é detalhada. A partir disso, ela passará a trocar cartas com seu novo amigo. O penúltimo conto é o "A Mulher da Capa de Couro", em que a jovem Iracema é obrigada a se casar com um fazendeiro de Pernambuco. O novo casal parte para o Piauí em busca de riqueza, porém, uma tragédia faz com que a moça volte à sua terra natal. Por fim, "Diga-me tu, filho do homem: qual o teu sonho?" mostra um jornalista recém desempregado e escritor fracassado, que tem como único desejo ser reconhecido por sua literatura. Entre idas e vindas a um bar da região, descobre que é possível realizar seu desejo, basta fazer a coisa certa.

Particularmente, me interessei mais pelo último conto, por motivos de: sou (quase) jornalista como o personagem. Mas isso não significa que eu não gostei dos demais, pelo contrário, curti todos. De escrita fluida, Mário Bentes convida o leitor a questionar seus medos e falhas enquanto lê.
Apesar de se chamar Minhas Conversas com o Diabo, não tem nada de satânico, aliás, é até uma aula de História, em que o prefácio começa explicando sobre o Inferno, o demônio e seus vários nomes - e parando pra pensar, são muitos mesmo. E a capa, em alguns deu medo, outros, como minha mãe, a acharam horrorosa. Eu, particularmente, gostei. Bem original.
Já conhecia a escrita do Mário através de seu conto "Manaos Railway", da antologia Quando a Selva Sussurra, também da Lendari (resenha aqui). Mas é a primeira vez que leio um livro de sua autoria. Aliás, tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente na Bienal deste ano, em que aproveitei e pedi uma entrevista para meu TCC. Muito simpático, autografou meu exemplar.

Sou suspeita para falar, mas recomendo sim este livro. Aliás, a vantagem dos livros de contos é que podem ser lidos super rápido, o que é o caso deste. Pena que, ainda não sei quando sairá o livro dois (e espero que saia). No mais, quando você ler este livro, não dará uma força apenas à literatura nacional, dará uma força extra a literatura feita na região Norte do país, comumente negligenciada pelo eixo Rio-SP.

P.S.: quem está na capa deste livro é o Buer, que na hierarquia demoníaca, é um Presidente. Sim, no Inferno não tem só um Demônio nem tem bagunça, todo mundo é separado por funções. E a função de Buer é ensinar Medicina e Filosofia Moral e Lógica. Até Buer gosta de filosofia e o Temer não. Vai entender...



Olá!

Finalmente trago a resenha de um livro super aclamado pela blogosfera. Senhorita Aurora, de Babi A. Sette, é diferente de tudo o que ela já escreveu. Então, nada mais justo que falar dessa obra que vem derrubando forninhos... sem falar que estava ficando doida com tanto spoiler na minha timeline...

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Senhorita Aurora começa com a jovem bailarina Nicole Alves concorrendo a uma vaga em uma das mais renomadas companhias de balé do mundo, sediada em Londres. Após um rápido prólogo, em que ela descreve como se sente antes de sua apresentação, ela está no avião, rumo à capital da Inglaterra, e em uma situação engraçada, ela acaba trocando algumas palavras com um rapaz bonito, forte e com uma vasta barba.

Três anos depois, ela já é uma bailarina profissional e foi escalada para participar do musical sobre A Bela Adormecida, que contará com a presença ilustre do maestro Daniel Hunter. Ele é um completo ignorante - no sentido de ser estúpido e imbecil. Como ele vai participar dos ensaios para a apresentação, chama a todos não pelo nome, nem pelo sobrenome, mas pelo nome do personagem. Nicole, estabanada do jeito que é, não nos ajuda nem um pouco e acaba chamando a atenção do maestro Hunter. Daí para a paixão entre os dois será um pulo - ou uma dança, se preferir.

Enquanto isso, Daniel, sempre fechado, começa a reparar naquela jovem bailarina que, com seu jeito único, tentava desvendar seus profundos segredos. Ao passo que Nicole tentava entender o que acontecia com ela toda vez que olhava para o maestro. Sabia-se pouco sobre ele, mas podemos dizer que ele é um desses menino-prodígio. Uma história de altos e baixos... será que o amor vai prevalecer?

Esse livro já era esperado pelas fãs da Babi, então, quando foi lançado, quebrou a internet. Foi até parar nos mais vendidos da Veja (segura o poder). As leitoras iam lendo em tempo recorde e tudo. No Facebook há um grupo dedicado aos fãs da Babi, então lá não se falava em outra coisa. Confesso que, em dado momento, comecei a me irritar, porque a galera, alvoroçada, ia soltando spoilers e compartilhando fotos de homens barbudos - ok, tem a ver com a história, mas sosseguem!

Claro que eu também gostei, adorei, e fiquei chocada com o fucking segredo que o maestro Daniel tem. Conheci a Babi através da Ana, do Entre Chocolates e Músicas, que é amiga íntima da autora e até então apenas li Entre o Amor e o Silêncio. E me surpreendi com a facilidade que a Babi desenvolveu essa obra. Quem a vê, enxerga apenas uma moça delicada e refinada, fã de romances de época, mas ela escreveu um livro que nos faz refletir, se apaixonar e até se irritar, rs.
A Nicole tem como melhor amiga a Nathy. E sério, que garota irritante! Ela começou legal, mas depois foi me irritando porque ela queria controlar até as vontades da Nicole. Como assim, gente? Além disso, ficava terminando e voltando seu namoro com Paul, mais perdido que cego em tiroteio. Outro amigo, o Ivo, é o contrário: super gente fina, queria ser amiga dele, me julguem.

Pra quem gosta de balé, a obra é um prato cheio. Pra quem desconhece esse mundo, como eu, a leitura foi proveitosa porque conheci vários detalhes e curiosidades sobre o gênero. Uma boa aula de História, marca registrada da Babi. 

Além disso, há uma playlist do livro, com músicas escolhidas pela autora, de acordo com sugestões das leitoras. Obviamente que minha dica (Spending my Time - Roxette) não foi aceita, mas, assim como eu, quem não teve sua música incluída, a Babi fez questão de colocar todos os nomes das leitoras em cada início de parte do livro (são quatro). Desculpa pelo spoiler, mas eu apareço na primeira parte, então vou ostentar isso sim!

No mais, tirando a Nathy e as fãs mais alegres do Facebook (gente, postar foto do Rafael Sóbis é o cúmulo! hahahaha), a leitura foi muito proveitosa, esse lado mais intenso da Babi foi uma descoberta maravilhosa e tomara que ela também tenha gostado de escrever, assim ela pode continuar nos presenteando com romances incríveis e intensos.



Olá!

O post de hoje é diferente de tudo o que escrevi até hoje. Vim para dizer que... publiquei um livro! Isso, na verdade, foi no último 23 de outubro. Calma, com certeza você não ficou sabendo porque eu subi na Amazon, avisei no meu Facebook e depois voltei a cuidar da minha vida. Mas, por quê, Kamila? Por que inventei de fazer isso justamente em meio ao meu TCC. Então, pra não ficar só um post de divulgação, vou contar o que me levou a escrever este livro justo nessa época e não antes, tipo, uma década antes. Senta que lá vem textão. E você compra ele aqui, na Amazon. E aqui está o link no Skoob.

Sinopse: O engenheiro sueco Mikael Karlström vem ao Brasil para trabalhar em uma multinacional, junto com sua filha Marie. A jornalista Diana Ferreira está no auge de sua carreira em uma revista literária. Ao salvar a filha de Mikael de um ataque, Diana teria sua vida irremediavelmente alterada. Enquanto isso não acontece, a jornalista, sua filha, Céline e sua mãe, Lucrécia, vão levando uma vida pacata em uma casa rústica em Atibaia, interior de São Paulo. Dois adultos que terão um ano para redescobrir o amor, misturando português, inglês e sueco.

Eu já falei sobre isso lá no início do ano, no post de comemoração aos dois anos do Resenha (confira aqui), mas àquela época, nem me passava pela cabeça tudo o que me aconteceu ao longo do ano. Bem, como eu disse lá, decidi que seria escritora aos 11 anos, mas, na minha cabeça, só uma pessoa com curso superior e bem sucedida na vida poderia escrever um livro. Então a ideia ficou adormecida todos esses anos.

Só no início deste ano então decidi que arriscaria escrever uma narrativa. Isso depois de ter assistido o filme Os Homens que Não Amavam as Mulheres (gente, desculpa, mas virei muito fã dessa história) e ter feito algumas pesquisas na internet sobre a obra, porque, até antes de assistir, não fazia ideia de quem era Stieg Larsson. Fiquei pensando e pensando e nesse meio tempo, a Viih Tube ficou muito famosa por ter confundido Romero Britto com Picasso e ia publicar um livro. E por fim, veio o veredicto: se ela conseguiu escrever, por que eu não conseguiria?

Então, comecei a escrever de maneira desenfreada - lembrando que, no início do ano, eu estava desempregada, por isso conseguia escrever no Wattpad mesmo, como forma de conhecer a plataforma e, ao mesmo tempo ir divulgando a minha escrita. Acontece que, enquanto eu escrevia, voltei para o emprego em que estava e, além disso, o TCC foi se afunilando  - ficou decidido que eu e a Ana, do Entre Chocolates e Músicas, e mais uma colega nossa poderíamos executar o projeto final juntas. Então, obviamente, o livro ficou em plano nenhum - porque em último plano ficou o blog - e ele acabou ficando abandonado.

Só que, quando se está escrevendo uma história, os personagens não param de agir na mente. E isso acontecia muito comigo. Estava trabalhando, indo para a faculdade, dormindo, almoçando e eles estavam lá, implorando para serem escritos. Então tirei do Wattpad - nem fez falta, só teve umas 300 leituras mesmo - e passei tudo pro Word, onde eu ia escrevendo aos poucos. Até que veio a promoção da Amazon.
Recebi o email da Amazon falando sobre a promoção e pensei: por que não? Aí resolvi finalizar a obra, revisar e entregar para quatro pessoas de minha alta confiança, que eu sabia que não iriam rir da história e me dariam opiniões contundentes - além de dominarem o português. A curiosidade fica por conta de, que das quatro betas que leram, três são jornalistas, quer dizer, duas são formadas e a outra foi a já citada Ana. A outra está estudando Rádio e TV. Mas relutei muito antes de entregar a história para elas. Como disse outras vezes, sempre fui alvo de piadas e chacotas na escola. Nunca me importei muito com isso, o que não significa que gostava, ok? Apenas ignorava. E como esta história é muito importante para mim, precisava ter a certeza de que, mesmo que elas não gostassem, leriam com seriedade.

E foi o que aconteceu: elas leram, gostaram e me deram um excelente feedback, que me ajudou e muito na hora da revisão final. Daí para publicar, foi um pulo. Mentira, não foi não, ainda tinha que ver a capa e a diagramação. A capa (e todas as artes que vocês verão), que está ali em cima, foi feita pela Luizyana, da Bookmarks, que inclusive, foi muito paciente comigo, porque toda hora eu dava uma opinião hahaha Recomendadíssima, muito séria em seu trabalho. Já a diagramação foi um parto, mais difícil que escrever a bendita história! Como eu não tenho Word de verdade (uso Libreoffice), então as configurações são um pouco diferentes, foi complicado, mas deu certo no final.

Todo este textão e nem falei do que se trata a história, rs. Bom, basicamente, a Diana é um espelho de mim - uma das minhas betas disse isso - digamos que ela é meu alter ego, só que melhorado, é claro. E o Mikael passou a ser meu ideal de homem - não, ele não é perfeito, é só um cara normal que respeita a mulher que ama. E ele não é sueco à toa; comecei a admirar a Suécia por causa do futebol feminino, que lá é muito forte. Além disso, uma das jogadoras da seleção joga no Manchester City, que eu torço (já contei para vocês que amo futebol?). E assim, do futebol passou para a literatura (antes da Millennium, eu já tinha lido o livro O Hipnotista, do casal sueco Lars Kepler, resenha aqui, inclusive) e, junto com a música (curto Roxette há tempos, depois veio o ABBA, por causa de um dorama e por fim, a Eva Dahlgren, graças ao Spotify), acabei criando um personagem nascido nesse país maravilhoso. E sim, tem trocadilho com a obra de Larsson, rs.
Empolguei e falei demais e acho que não falei nada. Tá, agora, gostaria de convidar vocês para ler essa história que eu gostei tanto de escrever! Inclusive gostaria de convidar você que me lê a fazer parte de um dia especial de divulgação da obra. Como eu não tenho nada físico para oferecer a quem se propuser a divulgar, vou separar um final de semana para colocar de graça na Amazon, aí é só fazer o download. Mais adiante, caso a minha situação financeira melhore, pretendo fazer marcadores pra entregar a você que me ajudou nesse momento. Mas, para que isso aconteça, preciso de sua ajuda para que este livro seja o primeiro de muitos outros.

Gente, ficou textão mesmo! Então, caso você tenha interesse em me ajudar na divulgação, ou deixe seu email nos comentários ou manda inbox pra página do blog lá no Facebook (deixe seu like tá também, se não for pedir muito). Ainda não tenho ideia de quando colocarei de graça na Amazon, isso depende de quantos blogueiros eu conseguir angariar nessa proposta e também do meu TCC, que já está bem adiantado.

Por fim, (chega de falar) tenho que agradecer a você que, na garra, não dormiu e chegou até o fim desse texto. E te agradecerei duas vezes se puder me ajudar na campanha de divulgação. Posso não garantir a melhor história, mas garanto que não tem erros de português (revisei umas quatro vezes e, ainda assim você achar, pelo amor, me avisa!) e a diagramação está boa (se você achar algum problema, me avisa também). Ah, e tudo o que eu contei sobre a Suécia no livro é verdade. Sou (quase) jornalista e chequei tudo antes de escrever. E vai ter um pouco de música também, mas de música que eu gosto, então, vai ter Pausini e Dion sim!

Mais uma vez obrigada e espero que gostem da história de Diana e Mikael (e está liberado shippar)!