Olá!

Adoro personagens originais e, quando a Ani, do EC&M, me disse que eu poderia pedir um livro referente à parceria dela com a Rocco, me encantei de cara com a sinopse. Por que será que Eleanor Oliphant insiste em dizer que está tudo bem? Resenha originalmente postada no Entre Chocolates e Músicas.

Ah, o blog encerra seus trabalhos de 2017 hoje, voltando apenas em oito de janeiro. Desde já, desejo uma excelente passagem de ano.
SKOOB - Eleanor Oliphant é diferente de tudo que alguém já tenha visto na literatura. Ela tem 30 anos, mora em Glasgow (Escócia), trabalha em um escritório e sempre diz que está tudo bem. Não sente falta de amigos, pois não dá pra sentir falta do que nunca teve. Com respostas para tudo na ponta da língua, ela vai se surpreender quando encontrar o amor de sua vida. Na verdade, ela bate o olho em um certo cantor e decide que ele é sua cara metade.

Porém, ela não contava que, junto com Raymond Gibbons, o novo funcionário da TI, socorreria um idoso que enfartou no meio da rua. Para Eleanor, esse contato é demais, ela está acostumada a estar sozinha. Sua única conversa é com sua mãe, que está presa, sempre às quartas. Conversas essas que nunca acabavam bem. Em seu local de trabalho, era motivo de chacota, seja por suas roupas, seja por suas ações.

Eleanor, então, decide criar todo um projeto cujo objetivo era se aproximar do cantor. Passou a segui-lo nas redes sociais e até encontrou o endereço de sua casa. Mas também se dividia entre seu trabalho e visitar Sammy, o idoso enfartado. Sua vida sempre foi um livro aberto: desde que ganhou a cicatriz no rosto, ela viveu em lares adotivos e orfanatos. Aos 17, foi para a universidade, e aos 21 entrou na empresa na qual trabalha até hoje. Não há lugar para necessidades emocionais.

Quando ela se vê envolvida com Sammy e a sra. Gibbons, mãe de Raymond, Eleanor nota que há algo mais que suas obrigações enquanto funcionária. Havia vida, havia algo que era inalcançável para ela, uma coisa que ela merecia ter, mas se recusava a tentar, pois não se sentia merecedora de nada.

Sua infância foi triste, cheia de dor, medo e tristeza. Ela era só uma criança, mas ficou tão traumatizada que procurava respostas em todos os lugares, mesmo apregoando que estava bem. Mas é claro que nada estava bem. Ter perto de si pessoas como Sammy e Raymond era algo novo, pessoas que se importavam com ela e a agradeciam apenas por estar ali. Era como se ela simplesmente não aceitasse que isso de ter amigos era uma coisa bacana.
Conhecer Gail Honeyman e sua Eleanor Oliphant me foi uma grata surpresa. O livro aborda um tema que, infelizmente, ainda hoje é um tabu pra muita gente: a depressão. É uma doença silenciosa e que nos destrói pouco a pouco. No caso de nossa protagonista então, foi uma experiência cruel: depois de uma infância traumática, quis procurar no cantor aquilo que ninguém nunca lhe deu, depois do agravante de ter se envolvido com um namorado que lhe agredia sistematicamente. E essa busca incessante só fez mal a ela.

Com uma escrita envolvente e um tanto engraçada, Gail mostra como é importante estarmos cerca de quem nos quer bem e também eliminar o que nos é nocivo. E que não há nada de errado em pedir ajuda. Mesmo com algumas ações que achei um pouco idiotas por parte de Eleanor (como assim você não quer levar a bandeja depois de comer no McDonalds?), é uma pessoa maravilhosa, que te faz rir e, quando você descobre o que aconteceu com ela, sua vontade é de entrar no livro e lhe dar um grande abraço – mesmo que ela não saiba como reagir numa situação dessas.

A principio, os fósforos queimados na capa do livro não querem dizer muita coisa, mas quanto mais entramos no passado de Eleanor, mais entendemos a mensagem que a capa nos transmite. Ela é sistemática até para tomar vodca, mas isso também é um indicativo de que algo está errado. Rotina de mais faz mal e álcool não é válvula de escape para nada.

Agradeço, como sempre, à Ana, que conseguiu pra mim um exemplar desse livro lindo, que com muito bom humor e sinceridade, nos mostra como é importante ter alguém para chamar de amigo e que depressão é doença sim – e que não há nada de errado em procurar ajuda médica. A história se passa em Glasgow e gosto quando os livros saem da rota EUA-Londres-Paris. Eleanor Oliphant Está Muito Bem é o livro que todo mundo precisa ler, pois todo mundo terá algo para se identificar com ela.

p.s.: a mãe da Eleanor é uma escrota.

Compre Eleanor Oliphant Está Muito Bem clicando aqui.

Olá!

Primeiramente, tá difícil... Eu trago uma ótima notícia, mas ainda não digeri a tragédia envolvendo o avião da Chapecoense. Tipo, queria muito que fosse uma piadinha (sem graça) do Mallandro. Mas é verdade. Eu, que amo o futebol, estou de coração partido, assim como o resto do país - independente de gostar ou não de futebol, ou de cor de camisa. O post desta quarta estava agendado, por isso não disse nada lá. Enfim, toda a força para a Chape e toda a sorte do mundo ao Nacional de Medellín, que vai representar a esperança no Mundial de Clubes deste mês.
Imagem retirada do Facebook do Corinthians.
Agora, tocando a vida. Finalmente criei um email pro blog. Sim, ele tem quase três anos e nunca teve uma conta própria. Sempre usei a minha pessoal - que é hotmail - mas percebi que muita gente entra em contato comigo pelo inbox do Facebook. Só que, nem sempre, recebo as notificações. Fora que, às vezes, perco emails. Então, para facilitar pros autores, blogueiros e todo mundo, o email está criado - e vai ficar fixado na sidebar do blog, à sua direita, junto com o botão de like da página do blog.
E o melhor vem agora: a partir de hoje e até domingo, portanto, entre 02 e 04 de dezembro, meu livro Segunda Chance, está disponível gratuitamente na Amazon! Isso mesmo, essa é a oportunidade perfeita para conhecer a história de Diana e Mikael! E como sou péssima em fazer marketing, principalmente quando o assunto é falar de mim (ainda bem que escolhi Jornalismo), apenas espero que vocês leiam e gostem. Não posso garantir a melhor história, mas posso afirmar que é uma linda trama, passível de acontecer com muitos/as de nós e todas as informações referentes à Suécia são verídicas.

Então é isso, o post é curto porque tem "só" duas novidades. Espero que gostem e tudo de bom para vocês!

Sinopse: O engenheiro sueco Mikael Karlström vem ao Brasil para trabalhar em uma multinacional, junto com sua filha Marie. A jornalista Diana Ferreira está no auge de sua carreira em uma revista literária. Ao salvar a filha de Mikael de um ataque, Diana teria sua vida irremediavelmente alterada. Enquanto isso não acontece, a jornalista, sua filha, Céline e sua mãe, Lucrécia, vão levando uma vida pacata em uma casa rústica em Atibaia, interior de São Paulo. Dois adultos que terão um ano para redescobrir o amor, misturando português, inglês e sueco.

E o mais importante, rs: Amazon | Skoob

Olá!

Terceira resenha de nacional seguida no blog! Eba! E o de hoje, mesmo com esse nome pesado, não tem nada de mais. Pode ser lido por todos - inclusive pra quem faz parte da família tradicional brasileira. Minhas Conversas com o Diabo, de Mário Bentes, é mais uma grata surpresa para os fãs de literatura fantástica e para quem curte histórias mais sombrias...
Apesar do nome e da capa indicarem algo tenebroso, Minhas Conversas com o Diabo aborda temas totalmente terrenos. São sete contos em que cada história tem um personagem que sofre problemas mundanos, mas, com uma ajudinha lá de baixo, cada um resolve sua situação de acordo com seus desejos. Até porque, nem todo mundo sonha com poder, dinheiro. Assim como os protagonistas deste livro, muita gente só quer o suficiente para ser feliz.

Como são só sete, dá pra eu fazer um breve resumo de cada: o primeiro, "Eu corrompi homens santos", o padre Pedro se vê tentando desvendar a mensagem que seus sonhos transmitem, ao passo que sua fé é posta à prova. "Topa um acordo, menino" conta a história de um menino que aguarda ansiosamente o retorno de seu pai, que é caixeiro-viajante. O pai foi embora há meses. Durante uma tempestade, uma certa ave visita o garoto, e lhe propõe um acordo que, a princípio, é maravilhoso para a criança.

O próximo é o "Esquecer de viver", em que a jovem Maria sofre por ter sido abandonada pelo pai de sua filha. Por viver em uma família conservadora e em uma vizinhança mais conservadora ainda, ela sofrerá todos os tipos de julgamento. Ao som de Julio Iglesias, ela descobrirá que a vida não é só chorar escondida. "A Mulher que me Amou" conta a história de Bartolomeu, um garoto que, junto com sua amiga Estefânia, cria uma cápsula do tempo: enchem uma mala com pertences dos dois, que só poderá ser aberta depois de 50 anos. Porém, quando o prazo está para se encerrar, Bartolomeu não sabe se conseguirá reencontrar sua amiga.
Em seguida, "À Espera da Próxima Carta", Maximiliana é uma costureira que segue à risca sua rotina. Até receber uma carta, em que sua vida íntima é detalhada. A partir disso, ela passará a trocar cartas com seu novo amigo. O penúltimo conto é o "A Mulher da Capa de Couro", em que a jovem Iracema é obrigada a se casar com um fazendeiro de Pernambuco. O novo casal parte para o Piauí em busca de riqueza, porém, uma tragédia faz com que a moça volte à sua terra natal. Por fim, "Diga-me tu, filho do homem: qual o teu sonho?" mostra um jornalista recém desempregado e escritor fracassado, que tem como único desejo ser reconhecido por sua literatura. Entre idas e vindas a um bar da região, descobre que é possível realizar seu desejo, basta fazer a coisa certa.

Particularmente, me interessei mais pelo último conto, por motivos de: sou (quase) jornalista como o personagem. Mas isso não significa que eu não gostei dos demais, pelo contrário, curti todos. De escrita fluida, Mário Bentes convida o leitor a questionar seus medos e falhas enquanto lê.
Apesar de se chamar Minhas Conversas com o Diabo, não tem nada de satânico, aliás, é até uma aula de História, em que o prefácio começa explicando sobre o Inferno, o demônio e seus vários nomes - e parando pra pensar, são muitos mesmo. E a capa, em alguns deu medo, outros, como minha mãe, a acharam horrorosa. Eu, particularmente, gostei. Bem original.
Já conhecia a escrita do Mário através de seu conto "Manaos Railway", da antologia Quando a Selva Sussurra, também da Lendari (resenha aqui). Mas é a primeira vez que leio um livro de sua autoria. Aliás, tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente na Bienal deste ano, em que aproveitei e pedi uma entrevista para meu TCC. Muito simpático, autografou meu exemplar.

Sou suspeita para falar, mas recomendo sim este livro. Aliás, a vantagem dos livros de contos é que podem ser lidos super rápido, o que é o caso deste. Pena que, ainda não sei quando sairá o livro dois (e espero que saia). No mais, quando você ler este livro, não dará uma força apenas à literatura nacional, dará uma força extra a literatura feita na região Norte do país, comumente negligenciada pelo eixo Rio-SP.

P.S.: quem está na capa deste livro é o Buer, que na hierarquia demoníaca, é um Presidente. Sim, no Inferno não tem só um Demônio nem tem bagunça, todo mundo é separado por funções. E a função de Buer é ensinar Medicina e Filosofia Moral e Lógica. Até Buer gosta de filosofia e o Temer não. Vai entender...



Olá!

O post de hoje é diferente de tudo o que escrevi até hoje. Vim para dizer que... publiquei um livro! Isso, na verdade, foi no último 23 de outubro. Calma, com certeza você não ficou sabendo porque eu subi na Amazon, avisei no meu Facebook e depois voltei a cuidar da minha vida. Mas, por quê, Kamila? Por que inventei de fazer isso justamente em meio ao meu TCC. Então, pra não ficar só um post de divulgação, vou contar o que me levou a escrever este livro justo nessa época e não antes, tipo, uma década antes. Senta que lá vem textão. E você compra ele aqui, na Amazon. E aqui está o link no Skoob.

Sinopse: O engenheiro sueco Mikael Karlström vem ao Brasil para trabalhar em uma multinacional, junto com sua filha Marie. A jornalista Diana Ferreira está no auge de sua carreira em uma revista literária. Ao salvar a filha de Mikael de um ataque, Diana teria sua vida irremediavelmente alterada. Enquanto isso não acontece, a jornalista, sua filha, Céline e sua mãe, Lucrécia, vão levando uma vida pacata em uma casa rústica em Atibaia, interior de São Paulo. Dois adultos que terão um ano para redescobrir o amor, misturando português, inglês e sueco.

Eu já falei sobre isso lá no início do ano, no post de comemoração aos dois anos do Resenha (confira aqui), mas àquela época, nem me passava pela cabeça tudo o que me aconteceu ao longo do ano. Bem, como eu disse lá, decidi que seria escritora aos 11 anos, mas, na minha cabeça, só uma pessoa com curso superior e bem sucedida na vida poderia escrever um livro. Então a ideia ficou adormecida todos esses anos.

Só no início deste ano então decidi que arriscaria escrever uma narrativa. Isso depois de ter assistido o filme Os Homens que Não Amavam as Mulheres (gente, desculpa, mas virei muito fã dessa história) e ter feito algumas pesquisas na internet sobre a obra, porque, até antes de assistir, não fazia ideia de quem era Stieg Larsson. Fiquei pensando e pensando e nesse meio tempo, a Viih Tube ficou muito famosa por ter confundido Romero Britto com Picasso e ia publicar um livro. E por fim, veio o veredicto: se ela conseguiu escrever, por que eu não conseguiria?

Então, comecei a escrever de maneira desenfreada - lembrando que, no início do ano, eu estava desempregada, por isso conseguia escrever no Wattpad mesmo, como forma de conhecer a plataforma e, ao mesmo tempo ir divulgando a minha escrita. Acontece que, enquanto eu escrevia, voltei para o emprego em que estava e, além disso, o TCC foi se afunilando  - ficou decidido que eu e a Ana, do Entre Chocolates e Músicas, e mais uma colega nossa poderíamos executar o projeto final juntas. Então, obviamente, o livro ficou em plano nenhum - porque em último plano ficou o blog - e ele acabou ficando abandonado.

Só que, quando se está escrevendo uma história, os personagens não param de agir na mente. E isso acontecia muito comigo. Estava trabalhando, indo para a faculdade, dormindo, almoçando e eles estavam lá, implorando para serem escritos. Então tirei do Wattpad - nem fez falta, só teve umas 300 leituras mesmo - e passei tudo pro Word, onde eu ia escrevendo aos poucos. Até que veio a promoção da Amazon.
Recebi o email da Amazon falando sobre a promoção e pensei: por que não? Aí resolvi finalizar a obra, revisar e entregar para quatro pessoas de minha alta confiança, que eu sabia que não iriam rir da história e me dariam opiniões contundentes - além de dominarem o português. A curiosidade fica por conta de, que das quatro betas que leram, três são jornalistas, quer dizer, duas são formadas e a outra foi a já citada Ana. A outra está estudando Rádio e TV. Mas relutei muito antes de entregar a história para elas. Como disse outras vezes, sempre fui alvo de piadas e chacotas na escola. Nunca me importei muito com isso, o que não significa que gostava, ok? Apenas ignorava. E como esta história é muito importante para mim, precisava ter a certeza de que, mesmo que elas não gostassem, leriam com seriedade.

E foi o que aconteceu: elas leram, gostaram e me deram um excelente feedback, que me ajudou e muito na hora da revisão final. Daí para publicar, foi um pulo. Mentira, não foi não, ainda tinha que ver a capa e a diagramação. A capa (e todas as artes que vocês verão), que está ali em cima, foi feita pela Luizyana, da Bookmarks, que inclusive, foi muito paciente comigo, porque toda hora eu dava uma opinião hahaha Recomendadíssima, muito séria em seu trabalho. Já a diagramação foi um parto, mais difícil que escrever a bendita história! Como eu não tenho Word de verdade (uso Libreoffice), então as configurações são um pouco diferentes, foi complicado, mas deu certo no final.

Todo este textão e nem falei do que se trata a história, rs. Bom, basicamente, a Diana é um espelho de mim - uma das minhas betas disse isso - digamos que ela é meu alter ego, só que melhorado, é claro. E o Mikael passou a ser meu ideal de homem - não, ele não é perfeito, é só um cara normal que respeita a mulher que ama. E ele não é sueco à toa; comecei a admirar a Suécia por causa do futebol feminino, que lá é muito forte. Além disso, uma das jogadoras da seleção joga no Manchester City, que eu torço (já contei para vocês que amo futebol?). E assim, do futebol passou para a literatura (antes da Millennium, eu já tinha lido o livro O Hipnotista, do casal sueco Lars Kepler, resenha aqui, inclusive) e, junto com a música (curto Roxette há tempos, depois veio o ABBA, por causa de um dorama e por fim, a Eva Dahlgren, graças ao Spotify), acabei criando um personagem nascido nesse país maravilhoso. E sim, tem trocadilho com a obra de Larsson, rs.
Empolguei e falei demais e acho que não falei nada. Tá, agora, gostaria de convidar vocês para ler essa história que eu gostei tanto de escrever! Inclusive gostaria de convidar você que me lê a fazer parte de um dia especial de divulgação da obra. Como eu não tenho nada físico para oferecer a quem se propuser a divulgar, vou separar um final de semana para colocar de graça na Amazon, aí é só fazer o download. Mais adiante, caso a minha situação financeira melhore, pretendo fazer marcadores pra entregar a você que me ajudou nesse momento. Mas, para que isso aconteça, preciso de sua ajuda para que este livro seja o primeiro de muitos outros.

Gente, ficou textão mesmo! Então, caso você tenha interesse em me ajudar na divulgação, ou deixe seu email nos comentários ou manda inbox pra página do blog lá no Facebook (deixe seu like tá também, se não for pedir muito). Ainda não tenho ideia de quando colocarei de graça na Amazon, isso depende de quantos blogueiros eu conseguir angariar nessa proposta e também do meu TCC, que já está bem adiantado.

Por fim, (chega de falar) tenho que agradecer a você que, na garra, não dormiu e chegou até o fim desse texto. E te agradecerei duas vezes se puder me ajudar na campanha de divulgação. Posso não garantir a melhor história, mas garanto que não tem erros de português (revisei umas quatro vezes e, ainda assim você achar, pelo amor, me avisa!) e a diagramação está boa (se você achar algum problema, me avisa também). Ah, e tudo o que eu contei sobre a Suécia no livro é verdade. Sou (quase) jornalista e chequei tudo antes de escrever. E vai ter um pouco de música também, mas de música que eu gosto, então, vai ter Pausini e Dion sim!

Mais uma vez obrigada e espero que gostem da história de Diana e Mikael (e está liberado shippar)!


Olá!

Mais um Vida Literária aqui no blog! A escolha de Junho foi da Raíssa. Lembrando sempre que o projeto consiste em que eu, a Raíssa (O Outro Lado da Raposa) e a Ana (EC&M) leiamos um mesmo livro, o comentemos e tragamos a resenha. Esse mês, devido ao TCC, o debate não rolou como gostaríamos e o post atrasou. Porém, antes tarde do que nunca. Desfrutem de Mar da Tranquilidade, de Katja Millay.


Mar da Tranquilidade começa com a jovem Nastya Kashnikov chegando em sua nova escola. Ela perdeu a coisa que mais amava na vida. Perdeu não, lhe foi tirado. Ela vai morar com sua tia Margot, longe de seus pais, que moram em Brighton, Inglaterra. O fatídico dia de Nastya foi há dois anos e meio, mas, desde então, ela mudou completamente. Não fala e gosta de estar isolada.

Josh Bennett também é aluno dessa escola. Ele também não é de falar, gosta mesmo é de ficar na oficina de carpintaria. Josh também têm suas tragédias: só tem o avô no mundo. Sua mãe e irmã foram mortas quando ele tinha oito anos. Seu pai morreu do coração alguns anos depois. Desde então, só tem o avô e a carpintaria. Como seu nome é sinônimo de morte, e vive isolado do resto da escola.

Josh e Nastya vão se cruzar pela primeira vez na aula de carpintaria. Eles são bem diferentes: ele anda como um jovem de sua idade, ao passo que ela mais parece uma prostituta, com roupas curtíssimas e muita maquiagem, além de um salto muito alto. Mas, ainda assim, uma relação vai começar. Graças às corridas dela e as construções de madeira dele, um lindo sentimento vai nascer.

Porém, Nastya ainda tem na mente tudo o que lhe aconteceu aquele dia. Por isso, vive em algo que eu chamaria de "autodestruição", pois quer ficar longe de tudo e todos e não cogita sequer uma amizade. Além disso, ela precisa lidar com alguns colegas de classe, como Drew, amigo de Josh e o "pegador", Kevin, o idiota e Ethan, que a assedia, além de Sarah e Tierney, as patricinhas. Será que Nastya superará seu trauma, seja ela qual for? E Josh, será que vai se abrir para Nastya?

Quando a Raíssa escolheu esse livro para o Vida Literária desse mês, eu não tinha nenhuma expectativa nesse livro. Cheguei a ler algumas resenhas há algum tempo, mas não me lembrava da sinopse. Sem querer ofender, mas foi uma leitura dispensável. Não me senti atraída à história tampouco aos personagens.

Nastya sofreu um puta trauma quando tinha apenas 15 anos. Perdeu boa parte da juventude. Até aí, realmente algo muito triste. Mas ela não faz por onde superar o ocorrido, pelo contrário, fica remoendo por dentro, se autodestruindo, piorando sua situação. Não consegui criar empatia por ela. Em dado momento, nem me interessava mais saber se ela ia ficar com Josh, só queria mesmo saber o que fizeram com ela.
Já Josh faz parte daquela raça que odeio com toda a força do meu ser: gente sonsa. Ele também tem sua história - que não é segredo pra ninguém - e é triste. Mas ele se faz de coitado, mesmo ele tocando a vida. Fiquei mais preocupada com o avô dele que estava doente do que eu deveria ficar caso ele descobrisse o que aconteceu com Nastya. Um completo chato, mas que pelo menos sabe fazer umas mesas legais.

Dá pra ver que Josh e Nastya, cada um a seu modo, são antissociais. Mas eles são muitos chatos! Ficam de frescura, principalmente ela, que quer se manter longe de todos - e até consegue, tendo em vista que ela não fala, mas, ao passo que ela se faz de forte, ela quer mostrar justamente o contrário: que ela está desesperada. Josh também não está tão bem: paga de independente, mas se pudesse, se misturaria com todos, mas prefere ficar em sua garagem mexendo com madeira.

Dois jovens de apenas 17 anos (mesmo Josh já sendo emancipado), com histórias cruéis, mas que não convencem. Mesmo logo no prólogo a Nastya já solta a primeira bomba - o que realmente aconteceu ela só revela nos acréscimos - a história em si até tentou sair do clichê, mas no fim acabou saindo uma história maçante, cujo único objetivo real (pra mim) foi desvendar o que aconteceu com Nastya. 

Como eu li a edição digital, não tenho muito o que comentar sobre edição e revisão. Só me declino pra dizer que a capa é bem bonita, ela tem muito a ver com a história, muito mesmo. Precisei ler pra entender, porque, assim de cara, a ilusão de ótica não revela. Segundo os agradecimentos, esse é o primeiro romance da Katja. Por ser um livro de estreia, é muito bem escrito, mas, pra mim, não funcionou. Esse casal não me arrancou suspiros.

Claro que essa é minha opinião, mas ainda assim recomendo pra você que quer fugir do mais do mesmo. A premissa é diferente, então vale a pena sim conhecer a obra da Katja, afinal, é sempre bom conhecermos novas escritas - sem falar que nossos pontos de vista serão bem diferentes...

A autora soube colocar em perspectiva a vida de dois jovens que sofreram além de suas cotas e encontraram jeitos diferentes de lidar com a dor. Mas que, ao longo da narrativa encontram um no outro refúgio e esperança. O livro, de modo geral, me lembrou bastante algo que a Colleen Hoover escreveria, quando lemos a sinopse não imaginamos a carga emocional que contém na estória e o quanto ela irá mexer conosco. Quem gosta de um bom romance com drama intenso vai gostar muito de Mar da Tranquilidade. É uma estória que representa que o mal existe no mundo, mas também há esperança e beleza, basta nos darmos a chance de enxergar. Raíssa, O Outro Lado da Raposa

Mar de Tranquilidade foi uma leitura diferente para mim. Não esperava esse tipo de enredo e não estava no clima certo para a história, o que infelizmente influiu a minha leitura. Porém, é nítido que a autora escreve muito bem e soube tratar sem muito mimimi sobre temas densos e principalmente sem cansar o leitor. Foi uma leitura agradável. Ana, Entre Chocolates e Músicas

A próxima escolha é minha e eu escolhi O Segredo dos Seus Olhos, do Eduardo Sacheri, por motivos de: hora de tirar as meninas da zona de conforto. Sim, eu vi o filme com o Ricardo (lindo) Darín - inclusive falei dele aqui no blog (resenha aqui) - e se eu amei o filme, creio que o livro seja ainda melhor, porque penso assim...

Post participante do:


Olá!

Peço desculpas pelo meu sumiço, fiquei uma semana longe daqui por causa da minha pré-banca do TCC. Mas posso adiantar que, apesar das várias leituras que fiz, habemus TCC! hahaha na verdade, ainda não sei como será feito, mas pelo menos sei que será feito - mais pra frente conto mais detalhes.

O resenhado de hoje é um recebido em parceria que li sem expectativas e acabei mergulhando numa história única. Suspense, mistério e várias polêmicas estão em Não Fale Com Estranhos, de Harlan Coben, publicado pela Arqueiro.
Não Fale Com Estranhos nos apresenta Adam Price. Um cara que tem a vida dos sonhos. Tem um emprego bacana como advogado, é casado e tem dois filhos. A história começa quando Adam está em uma reunião com outros pais, em que o técnico do time de lacrosse da escola vai chamar os jogadores. Ryan, um dos filhos de Adam, tem chances de estar no time A. Até aí tudo bem, até que um homem estranho abordou Adam, dizendo que sua esposa, Corinne, mentiu para ele.

Daí em diante, a derrocada de Adam começa. Ele tenta conversar com Corinne, mas foi desnecessário. Adam já comprovou que ela mentira para ele. Mas o que era pra ser apenas uma mentira, torna-se um jogo cruel, com mais mentiras e assassinatos. Corinne pede um tempo no casamento e some. Isso mesmo. Some, deixando apenas duas mensagens para Adam.
Enquanto isso, o homem estranho já estava atrás de outra pessoa para contar outra verdade. A pobre vítima era Heidi, uma mulher cujo segredo revelado tinha relação com uma de suas filhas. Depois veio Dan, um cara que morria de orgulho de seu filho, que estava tentando entrar na universidade através do futebol americano - mas o filho de Dan também tinha um segredo. Ainda deu tempo de mais duas mulheres terem seus segredos revelados. Porém, Dan foi chantageado. Heidi e Adam não. E as intrigas envolvendo essa complexa história começam aí.
Uma partida de lacrosse, cujo objetivo é fazer o gol, usando esse taco com uma redinha na ponta.
Como começar essa história que mais parece um emaranhado de histórias que, aparentemente, não tem sentido algum? Por que a pessoa tem que ser muito tola para acreditar em algo dito por um estranho. Mas não é que nosso personagem acreditou? Meio intrigante pensar que alguém acreditaria em um fato qualquer dito por um estranho. Mas, sabe quando aquela verdade inconveniente é revelada? Aquela que todo mundo viu, menos você? Então, esse é o ponto de partida desse livro.

Até boa parte do livro, eu achava que o estranho estava ali para contar a determinadas pessoas algum segredo podre. Mas, além desse estranho, havia um outro grupo, que tinha como objetivo destruir uma pessoa que sabia demais. Daí pra frente, nem respirei mais. Cada página era uma nova descoberta, até que, quando finalmente descubro o paradeiro de Corinne, fiquei de queixo caído. Mesmo. 

Eu solicitei esse livro junto à Arqueiro, parceira do blog e, em relação ao livro que solicitei anteriormente, o Cilada (resenha aqui), Não Fale Com Estranhos é muito, mas muito melhor. Para se ter uma ideia, li apenas em dois dias (teria sido em um dia só, se eu não tivesse que trabalhar). Enquanto que Cilada tinha um início arrastado, melhorando mais pro meio da história, este te prende do início ao fim, com várias partes que, de início, parecem soltas, mas elas se encaixam perfeitamente, contando uma história que chega a ser inacreditável, mas com uma mensagem que te faz pensar.

Em relação à parte gráfica, a editora está de parabéns. Não encontrei erros, a capa está condizente com a obra - apesar de que, pra mim, parece que o cara vai ser assaltado, rs - e as folhas amareladas permitem uma leitura confortável, mesmo quando você está em um ônibus que balança muito. Enfim, não há muito o que dizer dessa obra, a não ser, que leiam e desfrutem dessa história eletrizante! E pra saber o que aconteceu com a Corinne, né?!


Olá!

Mais uma resenha de autor nacional aqui no blog! Fechei parceria com o Paulo Mateus em fins de março, mas só agora pude trazer a resenha. Paulo, desculpe a demora em ler, mas trago minhas impressões. Espero que gostem da resenha de "Os Antigos".

Skoob | Amazon | Instagram Paulo Mateus

A história de "Os Antigos" começa no vilarejo de Vila Rica. Lá, Nornas vive com sua sobrinha Alice. de 11 anos. A vida é tranquila, até que uma criatura esquisita ataca sua primeira vítima, uma criança. O rei da região vai até a vila e conversa com frei Marco, uma pessoa de sua extrema confiança, transmitindo-lhe uma péssima notícia. Enquanto isso, Alice conhece Vitória, uma coleguinha de escola que passará a ser uma grande amiga. 

Depois de um novo ataque de várias dessas criaturas, somente Nornas, Alice, Vitória e frei Marco sobrevivem. Os quatro farão uma longa viagem para descobrir como parar esses seres e evitar que façam mais estragos por toda a região.

Eles precisavam chegar em Alquiméra, onde encontrariam um sábio, que contaria a verdadeira história da origem dessas criaturas - demônios - e quando a líder deles atacaria - sete anos. Os quatro primeiros anos se passaram. Alice e Vitória cresceram e se tornaram exímias lutadoras. Nornas e frei Marco continuaram aprimorando suas técnicas de magia. 

Vieram novos ataques dos demônios. Algumas vidas humanas foram perdidas, porém, os quatro melhoraram e muito suas técnicas de defesa e ataque. Os três anos restantes se passaram e por fim, a grande líder dos demônios apareceu. E esse encontro de poderes rendeu um final eletrizante, porém, inacreditável.

Fantasia não é meu forte, não é um gênero literário que eu leia com frequência, porém, quando o Paulo me procurou para formalizar a parceria, me surpreendi com a sinopse, tanto que precisei perguntar se ele escrevia como Neil Gaiman. Perguntei porque não tive uma boa experiência de leitura com Neil. Eu li O Oceano no Fim do Caminho (resenha aqui) e, desde então, não queria ler nada parecido. Mas o Paulo disse que seu livro estava mais para o estilo do George R.R. Martin e J.R.R Tolkien, então fechei a parceria de bom grado.

É verdade que demorei um pouco para ler o e-book, por causa da faculdade. Me arrependo. Apesar de ser uma história crua, é muito boa. Porém, ele ainda precisa amadurecer sua escrita. Não perguntei se esse é o primeiro livro dele porque logo menos pretendo entrevistá-lo. Mas pude notar que faltam alguns detalhes para deixar a história tinindo.

Começando pela região: quando eu li na sinopse que se tratava de Vila Rica, achei que fosse a cidade (atual Ouro Preto, MG), porém, quando mergulhamos na história, damos de cara com um vilarejo medieval - pelo menos foi essa leitura que eu tive logo que visualizei os primeiros parágrafos da trama. Nada contra o nome, mas não dá pra saber se a história realmente se passa no Brasil - e seria muito mais legal se ela se passar por aqui mesmo.

Outra coisa que notei foram as justificativas, os motivos para os demônios atacarem a região. Não dá pra contar o motivo porque seria contar O spoiler. Mas posso dizer que o motivo é simplório demais. Eu li e me perguntei: ué, é por isso mesmo????
(sdds colocar gifs rs)

Uma coisa legal nesse livro é que eu aprendi uma palavra nova. Eu nunca tinha ouvido falar em "acólito", "que significa na Igreja católica, ministro que acompanha e auxilia o celebrante a conduzir os atos litúrgicos". Sério, nem sabia que existia.

Apesar de eu ter lido a versão digital (ainda não há versão física), percebi muitas falhas de revisão. Quando lemos em e-book, não podemos falar muita coisa sobre diagramação e revisão geral, mas percebemos claramente erros de digitação. Eu não sei se a configuração na hora de subir o arquivo na biblioteca da Amazon deu algum problema, mas não é normal não ter hifens em todo o livro. Seria legal ele dar uma olhada com muito carinho nessa parte e subir novamente o arquivo na Amazon.

A capa está bem legal, condizente com a trama. Simples, possui poucas informações, e apesar da caveira, não dá medo, ao contrário, instiga o leitor a encaixar as peças dessa história. 

Pode ser que eu tenha deixado de informar algo importante da obra. Como eu disse lá em cima, fantasia não é meu forte, me esforço ao máximo para compreender a história. Paulo, você tem uma ótima história, até incomum para a literatura brasileira atual, mas seria legal se você pudesse dar uma olhada com carinho nesses detalhes que eu citei.

Adorei conhecer a história de Nornas, Alice, Vitória e frei Marco e, mesmo sendo fantasia, mesmo tendo encontrado esses detalhes, foi uma leitura agradável, saí da zona de conforto, devorei esse livro rapidamente. Espero que o Paulo continue escrevendo histórias tão maravilhosas como essa!




Olá!

Hoje tem mais uma entrevista! E a entrevista é a jornalista, escritora e parceira do blog, a Valéria Martins! Valéria, desde já obrigada pela entrevista! Por favor, não deixem de opinar sobre as perguntas... E os links para segui-la estão no fim do post.
Foto: Facebook A Pausa do Tempo
1 -Diga para os leitores do blog: quem é Valéria Martins?
Valéria é uma valente, uma sobrevivente, mas com muita leveza. Nasci com uma bênção – não sei direito qual – e isso me guiou e ajudou a vida inteira. Sou filha única de pais incomuns – ele, jornalista-intelectual ultra bem sucedido; ela, primeira Miss Brasília 1959, morena de olhos verdes, beleza estonteante – que se separaram quando eu tinha menos de cinco anos. A vida se tornou um mar revolto e isso durou muito mais do que eu previa, queria ou gostaria. Mas fiquei firme e serena – e ainda tento me manter firme e serena, a cada nova chacoalhada.

2- Como você descobriu o gosto pela leitura? E quando você decidiu que seria escritora? Sua família te apoiou?
Meu pai não queria que eu fosse jornalista, muito menos escritora. Queria que eu estudasse economia ou informática. Mas eu odiava matemática! Ele morreu quando eu tinha 17 anos e rapidamente troquei a faculdade que iria fazer, de medicina para jornalismo. Não me arrependo, apesar da atual crise no jornalismo. Foi o meu pai, também, quem plantou a semente do amor pelos livros e pela leitura em mim.

3- Em que (ou quem) você se inspira para criar seus personagens?
Sei lá... Em ideias que tenho, que surgem dentro de mim quando estou com a mente a divagar ou quando medito – prática constante.

Clique aqui para conferir a resenha de A Matéria dos Sonhos.

4- Sobre o livro A Matéria dos Sonhos, como foi o processo de criação? Você realmente visitou a Chapada Diamantina? Porque as descrições que você dá são precisas...
Sim, visitei, é a Disneylandia da natureza, cada dia uma atração supera a outra, é mais linda que a outra. Eu amo a natureza e amo viajar. Agora falta conhecer a Chapada dos Veadeiros, perto de Brasília, e o Jalapão, em Tocantins. Escrevi o livro em um dos empregos que tive, nas horas de almoço, acredita?

5- Depois que seu livro ficou pronto, quais as dificuldades que você enfrentou para publicá-lo?
O livro demorou muito a sair. Muitos anos. A dificuldade maior foi acreditar em mim. A falta da autorização do pai, para escrever, pesou muito. Ele morreu, então, não pudemos debater isso. Mas o tempo opera milagres e cá estou. Terapia também ajudou muito!

6 – Além d’A Matéria dos Sonhos, quantos livros você escreveu, (independentemente de ter publicado ou não)? Tem mais algum projeto novo, seja pronto ou engavetado?
Escrevi vários livros de não-ficção como jornalista, sendo o principal deles “Encontros com Deus – 21 personalidades narram sua busca espiritual”, com depoimentos de Paulo Coelho, Gilberto Gil, Frei Betto e outros, sobre sua busca espiritual. No momento, finalizo um livro de contos que será publicado em 2016 pela editora 7Letras.

7 – Uma coisa que temos em comum é que adoramos a Isabel Allende, com a diferença de que vocês são amigas. Você já me contou – e fiquei com inveja branca – mas você poderia contar aos leitores sobre sua última visita à casa dela?
Em 2010, conheci e tornei-me amiga do escritor norte americano de romances policiais William Gordon, casado com Isabel Allende, quando veio ao Brasil lançar um de seus livros. Eu trabalhava na Editora Record e o acompanhei em sua estadia no Rio. Ele me convidou: ‘Venha a São Francisco, te convido a ficar hospedada em nossa guest house (casa de hóspedes)’. Demorou cinco anos, mas consegui me organizar e em fevereiro de 2015 fiz uma road trip com meus filhos Clarissa e Gabriel pela Califórnia. Ficamos hospedados na ‘casita de huespedes’ em Sausalito – um dos bairros mais exclusivos de San Francisco – e visitamos William e Isabel em sua casa, La Casa de Los Espíritus, em San Raphael. Levei cachaça do Brasil e fiz caipirinhas pra eles!

8 – Uma polêmica: livro físico ou digital?
Os dois! Eles não brigam, se complementam. O importante é ler sempre.

9 – Por favor, deixe um recado aos leitores do blog.
Que sejam bons leitores antes de quererem se tornar escritores. Ler bons livros é fundamental: literatura brasileira, clássicos e contemporâneos; literatura estrangeira desde que seja uma boa tradução. Não dá para ser escritor antes de ser um excepcional e intenso leitor.

Valéria, mais uma vez muito obrigada pela confiança e pela entrevista! Ah, e aqui estão os links para seguir a autora: Facebook | Blog.




Olá!

O resenhado de hoje é um livro que há muito queria ler, mas só agora consegui, via empréstimo. Foi escrito por um autor que até então eu não sabia o que esperar de sua escrita. Espero que gostem da resenha de "A Máquina de Contar Histórias", do Maurício Gomyde.
A Máquina de Contar Histórias começa com o famoso escritor Vinicius Becker em mais uma de suas viagens para lançar seu mais novo livro. Entre um evento e outro, ele recebe uma ligação - já esperada, até - avisando que sua esposa Viviana tinha falecido, vítima de câncer. Ele larga tudo e volta para poder enterrá-la. Ao chegar em casa, encontra uma família devastada, principalmente sua filha mais velha, Valentina, que sofreu bastante, porque a mãe era seu exemplo.

Valentina o culpa pela perda, por ele ter estado tão ausente nos últimos anos, devido suas viagens e seu tempo dedicado à literatura. A caçula, Vida, tem só quatro anos e também sofre muito, mas entende pouco do que está acontecendo. Daí em diante, Vinicius embarcará numa viagem em busca de sua redenção como pai, ao mesmo tempo que colocará em xeque sua carreira como autor.

Foi meu primeiro contato com o Maurício Gomyde e já gostei! O autor escreve com uma delicadeza que vi em poucos autores homens (tirando o Sparks, que é um caso a parte). Ele mostra um Vinícius antes e depois da perda de Viviana. Como o ato de escrever deixou de ser algo romântico para se tornar mecânico.

Primeiro, Vinícius relembra seus momentos com a esposa, depois volta à infância e adolescência, onde um jovem Vinícius escreve uma declaração de amor a uma colega, mas o texto foi visto com maus olhos pela diretoria e pelos pais do menino. Só uma professora apoiou seu sonho literário, dando-lhe como incentivo um livro de técnicas de escrita, que passaria a ser seu livro da sorte.

Ali em cima eu disse que Vinícius embarcaria numa viagem. Pois é, ele pegou as filhas e as levou para a Itália, Espanha e Inglaterra. Tudo previamente arquitetado através de emails com uma tal Bárbara, cujo endereço de email ele encontrou no computador da Valentina, junto com um livro que ela estava escrevendo.

Teve uma coisa que me incomodou no jeito do Vinícius durante a leitura. O autor era bem metódico na hora de escrever: 1500 palavras por dia, planilhas e mais planilhas com características de personagens... Em certo momento da carreira, ele deixou de escrever com o coração, para simplesmente escrever. Vinícius não escrevia o que sentia, escrevia aquilo que vendia. Eu sei que é maravilhoso quando um autor (principalmente no Brasil) tem seu sucesso reconhecido além-mar, começa a vender muito e arrasta para si uma legião de fãs. Mas, não é mais bonito quando escrevemos com o coração? Não é bonito ser sincero na hora de escrever? Foi como se simplesmente ele escrevesse por dinheiro, eu achei ele mercenário.

A propósito, uma coisa que reparei é que, o livro foi escrito usando duas fontes diferentes. Assim, o autor começou escrevendo usando Times New Roman - eu sei distinguir Times das outras, rs - e depois pulou para essa da foto. A diferença é visível.
Veja bem, eu escrevo no Wattpad (ou tento escrever, já que são tantas coisas pra fazer que ando meio sumida de lá) o que eu gostaria de viver, de sentir, eu escrevo o que sonho. Acho que todo autor é assim. Não consigo gostar de ser tão certinha na hora de escrever, gosto de jogar as palavras na tela, de acordo com o que está na minha mente. Claro que sou a favor de se fazer um fichamento com os personagens da história a ser escrita, para que a mesma não se perca e tenha nexo, mas, precisa mesmo ter tantas técnicas assim? Escrever é bom e ganhar dinheiro também, mas acho que no Vinícius faltou amor. Ele parou de escrever com o coração para escrever com a cabeça.

Tirando isso, a história tem uma linda mensagem, que deve ser lida por todos. Só espero que o Maurício continue escrevendo com o coração e, que o sucesso internacional que está fazendo não lhe suba à cabeça e termine como o Vinícius. Livro mais que recomendado!



Olá!

O resenhado de hoje é mais um recebido em parceria com a editora Arqueiro. A Garota sem Passado, de Michael Kardos e tem uma história que vai te prender do começo ao fim!

A garota sem passado começa com o ex-jornalista Arthur Goodale escrevendo o que ele acreditava ser seu último post em seu blog pessoal. Ele está doente, em uma cama de hospital, e resolveu abrir seu coração para seus (75) leitores, falando sobre o caso Miller, que ocorrera 15 anos antes.

No ano de 1991, Ramsey Miller resolve dar uma festa em sua casa. Horas depois, sua esposa Allie é encontrada morta e sua filha, Meg, desaparece. Todos acreditam que Ramsey fugiu, levando Meg, que tinha apenas 2 anos na época. O que não se sabe é que Wayne e Kendra, tios de Meg, a levaram para outro estado (Nova Jersey) e a criaram sob o nome de Melanie Denison.

Já em 2006, Melanie está estudando para se tornar jornalista. Ela vive sob o medo. Foi criada para viver escondida, pois cresceu ouvindo que Ramsey Miller poderia aparecer a qualquer momento e matá-la. Porém, ela se envolve com Phillip, um jovem professor, e engravida. Ela decide que não quer mais viver - nem criar seu bebê - sob o medo e a desconfiança, então pega seu carro vai ao encontro de Arthur Goodale, depois de descobrir tudo sobre o crime na internet - nem a internet a jovem podia acessar.
"Acho que a meteorologia é o único trabalho no mundo em que a pessoa é paga para errar na metade das vezes."
Que livro! Quando eu solicitei à editora, eu pedi sem expectativa nenhuma, mas já sabendo que se tratava de um grande sucesso internacional, pois a Arqueiro o divulgou com pompas. Mas, cada vez que eu ia lendo, ia me envolvendo e me surpreendendo com a trama e os personagens nela envolvidos.

Melanie Denison, apesar da pouca idade, não sabia o que queria, até engravidar de seu namorado e decidir que queria dar um basta em tudo. Os tios são boas pessoas, mas até o mais bondoso ser tem algo a esconder. E com o casal Wayne e Kendra não é diferente. Há 15 anos, Wayne era amigo de Ramsey. Eles mais dois caras tinham uma banda de rock, até aí tudo bem. Mas uma chuva de mal-entendidos faz com que suas histórias sofram uma revira-volta incrível.

O autor Michael Kardos soube trabalhar bem cada personagem, fazendo com que eles levassem o leitor a uma conclusão, então, quando você pensa que acabou, a bomba estoura e um fato novo surge. Apesar de eu já desconfiar do paradeiro de Ramsey, quando o autor finalmente esclareceu seu destino, pensei "que horrível, porém inesperado". Inesperado em partes, porque eu meio que imaginava o que ia acontecer, mas não imaginava que seria tão simples.

O livro é narrado em terceira pessoa em 1991, e em primeira pessoa em 2006 (quem narra é a Melanie). Outro personagem que merece destaque - e peço para que vocês prestem atenção durante a leitura - é David Magruder. Ele é meteorologista, sua carreira na TV foi brilhante, mas há 15 anos, ele era só mais um jornalista no meio de tantos. E era vizinho dos Miller.

Enfim, para quem gosta de suspense ou quem quer sair da zona de conforto, essa é uma ótima pedida. Recém-lançado, fresquinho, sem erros de revisão/ortografia e com uma bela capa, A Garota sem Passado vai fazer você perder as próximas horas, tamanha a curiosidade que você terá para descobrir o final!

Olá!

O resenhado de hoje foi lido há algum tempo, mas só hoje que pude trazer minhas impressões para vocês por motivos de: não sabia nem por onde começar. A Babi eu conheci através da Ani e da Raíssa, que são parceiras e amigas dela. Eu cheguei por último no grupinho, mas tudo bem, antes tarde do que nunca, não? Espero que gostem da resenha de Entre o Amor e o Silêncio, de Babi A. Sette. (E se acharem que falta alguma informação, por favor, me avisem nos comentários!)

Entre o Amor e o Silêncio começa com Francesca Wiggs escrevendo seu livro. Ela mora e estuda teatro em NY. Ela tem um namoro conturbado com Vince, diretor do teatro onde estudava. Mitchell Petrucci é um empresário importante, bem sucedido e implacável. Um sucesso nos negócios, economista muito inteligente, mulherengo inveterado.

Mitchell sofre um acidente e entra em coma. Francesca resolve se inscrever em um programa de leitura para pacientes em coma. Ela é designada para ler para Mitchell. Ela resolve ler capítulos de seu livro para ele.

Há capítulos introdutórios, explicando quem são Mitchell e Francesca, mas a história realmente começa quando Francesca lê para Mitchell. Os capítulos de seu livro falam sobre perdas, algo que ela conhece muito bem, porque seu pai a abandonou ainda criança. Ele nunca ligou, nem para saber se estava viva. O que deveria ser uma atividade lúdica, acaba se tornando uma obsessão, isso porque, Frances percebe que nenhum familiar vai visitar o paciente. Então ela determina que passará o maior tempo possível com ele para que ele não se sinta só. 

Mitchell fica em coma por um ano. Enquanto isso, Frances vai e volta seu namoro com Vince, ele a trai, ela reencontra o pai, a avó paterna falece... ufa! São muitas coisas que acontecem. Mas a história fica boa mesmo quando Mitchell encontra Francesca. Na Itália.
O que contei aqui representa só a ponta do iceberg que é Entre o Amor e o Silêncio. O que dizer dessa história? Isso mesmo, Mitchell e Francesca moram no meu coração - se tiver algum ship, me avisem. Apesar de não ser uma história passível com qualquer um de nós reles mortais, ela tem seu brilhantismo. Perfeita em seus detalhes e no todo.

Finalmente pude mergulhar na escrita da Babi e entender o porquê de ela ser tão ser aclamada na blogosfera. Ela tem uma escrita delicada, fluída. Eu tive o prazer de conhecer pessoalmente a Babi e ela parece uma boneca de porcelana, de tão meiga e fofa. Durante o livro, os personagens falam palavrões. Eu não tenho problema com isso, até porque minha boca é um tanto suja. Porém, eu lia com a voz da Babi na mente e ela não é o tipo da pessoa que tem a boca suja. Então pensei: como ela sendo tão delicada escreve palavrão no livro? É um paradoxo engraçado.

A amiga de Frances é um barato. Olivia é extrovertida e sincera, fala na cara sem medo. Queria ser amiga dela. Uma pessoa que achei fria e esperava uma mudança mais profunda é Silvia Petrucci, mãe de Mitchell. Aliás, as famílias de nosso casal querido não são dois amores, pelo contrário, só atrasaram as vidas deles. Principalmente os pais de Mitchell, dois carrascos.

Já disse que a história é linda, o casal é puro amor e desencontros e que a história vale a pena ser lida. Mas tem o lado ruim e atende pela revisão. Quando peguei para ler, pensei: segunda edição, vendeu bastante, se houve erros, foram corrigidos. Que mentira! Parece que a Novo Século fez de qualquer jeito, a revisão deixou demais a desejar - por ser uma segunda edição, isso não deveria acontecer. Várias palavras escritas erradas, erros de digitação, enfim, tudo aquilo que odeio em um livro, mas em excesso.
"Querida Kamila, Que a história de Francesca e Mitchell te encante! Obrigada por ter vindo! Com Carinho, Babi A. Sette."
Tirando isso, recomendo demais. A capa é bem bonita, apesar de que demorei um pouco pra entender a referência da mesma perante a obra (e acho que nem entendi direito), mas tudo bem. Sério, não tenho palavras para descrever esse livro, que te prende do começo ao fim e as mais de 500 páginas não são um empecilho para deixar de ler. Sem falar nas paisagens descritas, Nova York e Taormina, na Itália. Será que a autora já visitou essas regiões?

Só me resta encerrar essa resenha - que demorou para ser escrita porque não tinha as palavras certas para descrever - dizendo que vocês devem ler essa história, que é linda e mesmo não sendo possível acontecer com nós, faz a gente acreditar (nem que seja um pouquinho) no amor verdadeiro!


Olá!

O resenhado de hoje é um livro que eu tinha boas expectativas, mas caíram por terra. Mas pra passar a tarde é bom, leiam e opinem sobre Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor.
Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor conta duas pessoas que têm algo em comum, mas, obviamente, não se conhecem. Alice tem 30 anos e se sente melhor quando não está em sua casa, em Heathrow, Londres. Ela gosta de viajar. Seu último destino era Ulan Batur, capital da Mongólia. Ela precisou voltar, pois recebeu uma ligação. Seu pai está gravemente doente.

Do outro lado da capital da Inglaterra, Daniel é um morador de rua que, há mais de trinta anos se apaixonou por uma mulher que lhe era impossível. Desse amor nasceu uma filha, que desde então ele a procura.

O pai de Alice, Malcolm, acaba morrendo, deixando a jovem e suas irmãs Tilly (Matilda) e Cee (Cecília) sozinhas, já que a mãe das três falecera muitos anos antes, em um acidente de carro. Alice sabe que está sozinha e acredita que suas irmãs, principalmente Cee, a odeia.

Entre um lixo e outro, entre um albergue e outro, Daniel junta alguns itens bem coloridos para fazer uma colagem que lembrasse a filha perdida. Ele gosta de cores e de olhar as estrelas. E é numa Londres fria que esses dois completos desconhecidos nos mostrarão várias formas de amar.

A premissa em si é muito bonita, mas eu esperava mais da história. A autora fez todo um passeio por Londres, mas esqueceu de desenvolver a trama. Em alguns momentos, a revisão também pecou. Apesar das listas que Alice e Daniel fizeram ao longo do livro, o livro em si ficou raso demais.
É o primeiro romance de Sarah Butler, então acho que ela pode vir a melhorar, caso escreva novos livros. Por ser uma história que fala do amor de um pai por sua filha e de uma filha que que sente bem em qualquer lugar, exceto em casa, achei que faltou algo. Aliás, faltaram várias coisas. Não à toa, ao chegar exatamente na página 100, já tinha sacado toda a história.

Os pontos positivos do livro são: a paisagem. Londres é um lugar maravilhoso. Várias ruas e bairros são citados, e várias vezes pesquisei na internet alguns dos lugares. Outra coisa que gostei são as listas. São várias, intercaladas por Daniel e Alice ao longo do livro. Aliás, os capítulos são intercalados e narrados em primeira pessoa pelos dois e as listas indicam o início dos capítulos.

O trabalho de revisão da NC pecou em alguns momentos, mas no geral, a tradução ficou boa, o que ajudou na fluidez da leitura. A capa está linda demais. Tirando os personagens, que estão destacados de preto, mina vontade é de colocar essa capa na foto de capa das redes sociais, de tão linda que está. Em parte, isso se deve ao Parlamento, que está ao fundo e abrilhanta o trabalho da NC, já indicando o que a obra nos mostrará.

Não vi nenhuma mensagem maravilhosa no livro, mas pra passar a tarde ou ler num dia chuvoso, a leitura vale a pena. Então, aproveitando que Alice e Daniel faziam listas para tudo - tudo mesmo - resolvi fazer a minha. Vi dúzias de resenhas e em boa parte delas, os blogueiros fizeram uma lista de dez coisas que aprenderam sobre o amor - provavelmente uma ação de marketing da editora. Mas eu sou a diferentona e resolvi montar a minha; como acho chato fazer listas sobre o amor, fiz uma aleatória: Dez personalidades internacionais que quero conhecer. A ordem de relevância vai só até o terceiro nome - do quarto pra frente é ordem de lembrança mesmo.

Dez Personalidades Internacionais que quero conhecer

1. Laura Pausini
2. Céline Dion
3. Isabel Allende
4. Malala Yousafzai
5. Nicholas Sparks
6. Mario Vargas Llosa
7. Sandra Bullock
8. Eros Ramazzotti
9. Kevin Costner
10. Whoopi Goldberg

Espero que vocês tenham gostado da resenha. Não é porque não achei toda essa coca-cola que você não deve ler, pelo contrário, leia e, caso tenha uma opinião diferente. vamos conversar!