Olá!

Mais uma entrevista aqui no blog! O entrevistado de hoje é um autor ainda pouco conhecido, mas que tem tudo para despontar no cenário nacional como sucesso! O Paulo Mateus é autor de Os Antigos e falou um pouco sobre sua vida e obra.

1- Diga para os leitores do blog: quem é Paulo Mateus?

Olá, bom, como começar? Eu sou uma pessoa que gosta de boas histórias, sejam elas contadas em séries, filmes, animes, livros, HQs e etc.
Eu admiro a inteligência e a capacidade das pessoas que criam histórias assim, fico imaginando como elas desenvolvem algo que consegue prender tanto a atenção do leitor ou espectador. Ou como seria diferente se uma determinada história fosse escrita por outra pessoa. Eu fico analisando isso e tentando entender esse processo, então quando assisto ou leio uma história estou também estudando como foi feita. Acabei fugindo um pouco do tema central da pergunta mas creio que isso me descreve bem.



2- Como você descobriu o gosto pela leitura? E quando você decidiu que seria escritor? Sua família te apoiou?

Creio que foi por influência da minha avó, e por influência de alguns amigos. Depois que comecei a ler eu descobri que não seria muito difícil tentar escrever as minhas próprias histórias, mas foi quando eu li alguns livros ruins que eu realmente pensei sério no assunto. Eu pensei: “Não é possível que publicaram isso, eu mesmo faço algo melhor do que isso”. E foi assim que surgiram meus primeiros livros. (risos) Escrevo mais como um passatempo, creio que minha família não liga muito para isso.



3- Em que (ou quem) você se inspira para criar seus personagens?

Essa é uma pergunta que não sei responder muito bem, creio que meus personagens sejam uma mistura das coisas que começam a surgir na minha cabeça quando começo a escrever. Claro que outros livros e personagens famosos também interferem no processo.

Clique aqui para conferir a resenha de Os Antigos

4- Sobre o livro Os Antigos, como foi o processo de criação?
Bom, Os Antigos surgiu naturalmente, tinha acabado de escrever O Feitiço do Mago e eu queria escrever uma história similar mas que fosse melhor do que a anterior. Acho que foi um processo de “evolução” como escritor. Escrevi Os Antigos em 3 meses, bem mais rápido do que O Feitiço do Mago que levou 6 meses para ficar pronto.



5- Sei que seu livro é independente, mas houve alguma dificuldade que você enfrentou antes disponibilizar na Amazon? Soa um pouco óbvio, mas você ainda sonha em vê-lo por alguma editora?

Não, nenhuma dificuldade, o processo de publicação na Amazon é extremamente simples (Aliás, parabéns para a Amazon). O mais complicado foi formatar e corrigir o texto por conta própria, além de fazer a capa (ao contrário de O Feitiço do Mago onde eu paguei para uma profissional especializada fazer a capa). Quero economizar e usar o dinheiro obtido com o livro para investir no próprio livro. Sim, acho que todo autor sonha em ver seu livro publicado por uma editora, mas não é fácil, especialmente para mim que moro no interior, onde as coisas são mais distantes. Mas felizmente o mercado de livros digitais está em expansão. :)


6 – Além d’Os Antigos, quantos livros você escreveu, (independentemente de ter publicado ou não)? Tem mais algum projeto novo, seja pronto ou engavetado?
Eu escrevi até agora apenas O Feitiço do Mago e Os Antigos, no momento tenho apenas algumas ideias e alguns rascunhos, nada que seja muito definitivo ainda.



7 – Uma polêmica: livro físico ou digital?
O livro físico tem a vantagem de você poder tocar e colecionar, mas o livro digital tem a portabilidade e a facilidade. Eu uso os dois com frequência, mas acho que a tendência é que os livros digitais comecem a tomar cada vez mais espaço no mercado, especialmente entre os jovens.


8 – Por favor, deixe um recado aos leitores do blog.
Quem tem um site ou blog sabe que quem faz as coisas acontecem são os leitores, então queria agradecer a todos que leem e comentam (e os que não comentam também). Não parem, continuem assim pois este blog só tem a crescer. Obrigado a todos. :)

Espero que vocês tenham gostado de conhecer um pouco mais do Paulo e espero trazer novas entrevistas para vocês!!


Olá!

Mais uma resenha de autor nacional aqui no blog! Fechei parceria com o Paulo Mateus em fins de março, mas só agora pude trazer a resenha. Paulo, desculpe a demora em ler, mas trago minhas impressões. Espero que gostem da resenha de "Os Antigos".

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A história de "Os Antigos" começa no vilarejo de Vila Rica. Lá, Nornas vive com sua sobrinha Alice. de 11 anos. A vida é tranquila, até que uma criatura esquisita ataca sua primeira vítima, uma criança. O rei da região vai até a vila e conversa com frei Marco, uma pessoa de sua extrema confiança, transmitindo-lhe uma péssima notícia. Enquanto isso, Alice conhece Vitória, uma coleguinha de escola que passará a ser uma grande amiga. 

Depois de um novo ataque de várias dessas criaturas, somente Nornas, Alice, Vitória e frei Marco sobrevivem. Os quatro farão uma longa viagem para descobrir como parar esses seres e evitar que façam mais estragos por toda a região.

Eles precisavam chegar em Alquiméra, onde encontrariam um sábio, que contaria a verdadeira história da origem dessas criaturas - demônios - e quando a líder deles atacaria - sete anos. Os quatro primeiros anos se passaram. Alice e Vitória cresceram e se tornaram exímias lutadoras. Nornas e frei Marco continuaram aprimorando suas técnicas de magia. 

Vieram novos ataques dos demônios. Algumas vidas humanas foram perdidas, porém, os quatro melhoraram e muito suas técnicas de defesa e ataque. Os três anos restantes se passaram e por fim, a grande líder dos demônios apareceu. E esse encontro de poderes rendeu um final eletrizante, porém, inacreditável.

Fantasia não é meu forte, não é um gênero literário que eu leia com frequência, porém, quando o Paulo me procurou para formalizar a parceria, me surpreendi com a sinopse, tanto que precisei perguntar se ele escrevia como Neil Gaiman. Perguntei porque não tive uma boa experiência de leitura com Neil. Eu li O Oceano no Fim do Caminho (resenha aqui) e, desde então, não queria ler nada parecido. Mas o Paulo disse que seu livro estava mais para o estilo do George R.R. Martin e J.R.R Tolkien, então fechei a parceria de bom grado.

É verdade que demorei um pouco para ler o e-book, por causa da faculdade. Me arrependo. Apesar de ser uma história crua, é muito boa. Porém, ele ainda precisa amadurecer sua escrita. Não perguntei se esse é o primeiro livro dele porque logo menos pretendo entrevistá-lo. Mas pude notar que faltam alguns detalhes para deixar a história tinindo.

Começando pela região: quando eu li na sinopse que se tratava de Vila Rica, achei que fosse a cidade (atual Ouro Preto, MG), porém, quando mergulhamos na história, damos de cara com um vilarejo medieval - pelo menos foi essa leitura que eu tive logo que visualizei os primeiros parágrafos da trama. Nada contra o nome, mas não dá pra saber se a história realmente se passa no Brasil - e seria muito mais legal se ela se passar por aqui mesmo.

Outra coisa que notei foram as justificativas, os motivos para os demônios atacarem a região. Não dá pra contar o motivo porque seria contar O spoiler. Mas posso dizer que o motivo é simplório demais. Eu li e me perguntei: ué, é por isso mesmo????
(sdds colocar gifs rs)

Uma coisa legal nesse livro é que eu aprendi uma palavra nova. Eu nunca tinha ouvido falar em "acólito", "que significa na Igreja católica, ministro que acompanha e auxilia o celebrante a conduzir os atos litúrgicos". Sério, nem sabia que existia.

Apesar de eu ter lido a versão digital (ainda não há versão física), percebi muitas falhas de revisão. Quando lemos em e-book, não podemos falar muita coisa sobre diagramação e revisão geral, mas percebemos claramente erros de digitação. Eu não sei se a configuração na hora de subir o arquivo na biblioteca da Amazon deu algum problema, mas não é normal não ter hifens em todo o livro. Seria legal ele dar uma olhada com muito carinho nessa parte e subir novamente o arquivo na Amazon.

A capa está bem legal, condizente com a trama. Simples, possui poucas informações, e apesar da caveira, não dá medo, ao contrário, instiga o leitor a encaixar as peças dessa história. 

Pode ser que eu tenha deixado de informar algo importante da obra. Como eu disse lá em cima, fantasia não é meu forte, me esforço ao máximo para compreender a história. Paulo, você tem uma ótima história, até incomum para a literatura brasileira atual, mas seria legal se você pudesse dar uma olhada com carinho nesses detalhes que eu citei.

Adorei conhecer a história de Nornas, Alice, Vitória e frei Marco e, mesmo sendo fantasia, mesmo tendo encontrado esses detalhes, foi uma leitura agradável, saí da zona de conforto, devorei esse livro rapidamente. Espero que o Paulo continue escrevendo histórias tão maravilhosas como essa!