Olá!

Apesar do atraso e dos últimos acontecidos, finalmente trago a resenha do conto Felicidade Invisível, da nossa parceira querida Lari Azevedo. É um conto curto, lindo, que aqueceu meu coração em um dia que foi, disparado, o pior da minha vida: a morte da minha avó. Deixemos a tristeza de lado por alguns minutos e confiram a resenha dessa preciosidade literária.

SKOOB - Felicidade Invisível é o conto que abre a série Crainn Chiara. E aqui temos a jovem Maeve MacCleury, descendente de irlandeses, cuja família é celta e sua principal tradição é vigiar a felicidade das pessoas - os únicos que podem, literalmente, cuidar da vida alheia, rs - e armazenar essa felicidade em pequenas bolinhas, as FELIS, que mais parecem globos de natal. A família de Maeve faz parte dos "Guardiões da Felicidade", ou Crainn Chiara, termo usado por seus ancestrais.

Um dos poderes (adorei!) da família MacCleury é a invisibilidade, mas, um certo dia, Maeve esquece de acioná-la e acaba conhecendo Henrique, um rapaz cheio de alegria, mas que esconde muita dor - que Maeve conhece, porque ela cuida da vida de Henrique - no bom sentido, claro, rs.

Henrique é engenheiro, mas gosta mesmo é de dançar, e é isso que lhe causa tanta dor, ao mesmo tempo que lhe enche de alegria. Agora, que Maeve será sua amiga, ele terá mais um motivo para sorrir - e para fugir do destino traçado por seu pai.

Ao som de Enya - adoro - Maeve e Henrique se tornarão bons amigos, ao passo que a FELIS de Maeve destinada ao rapaz, fica cada vez mais cheia, o que é ótimo para a família, que compete com outras famílias para ver quem tem mais FELIS cheias - o que nossa irlandesa detesta, inclusive.
Eu já tinha lido esse conto no Wattpad lá no início de 2016, mas relê-lo agora me trouxe muita alegria. O conto breve, porém, sincero da Lari nos mostra o verdadeiro valor da felicidade, além de mostrar o que é família, alegria, amor...

Peço desculpas à autora pela demora na leitura e resenha, mas posso garantir que estou esperando o primeiro volume da série - previsto para julho deste ano - e que seu conto foi um dos poucos livros com pegada fantástica que me prendeu a atenção do começo ao fim. Encontrei alguns erros na questão de vírgulas, mas por ser uma edição independente, a autora pode corrigir em minutos.

Como se eu disser mais qualquer coisa vira spoiler, vou deixar vocês com curiosidade e convidá-los a ler Felicidade Invisível, uma obra linda e delicada, com bastante cultura celta - que, temos que admitir, não é tão conhecida por aqui, infelizmente.




Olá!

Mais um recebido em parceria com a Arqueiro aqui no blog! Pena que, dessa vez, o livro ficou bem abaixo das expectativas, nem parece que foi ele mesmo que escreveu. Enfim, escritores também são seres humanos e também falham (ou escrevem histórias não tão boas assim). Então vem entender o que aconteceu depois que li A Promessa, de Harlan Coben.
A Promessa é o oitavo livro da série Myron Bolitar e desta vez ele vai prometer umas coisas complicadas a duas jovens, que são as filhas de sua namorada e de sua amiga. Um certo dia, ele encontra essas moças conversando em seu porão. Elas falavam sobre garotos, festas e álcool. Myron, querendo ajudar (algo que é normal em sua vida), oferece ajuda a elas, caso algum dia estivessem em apuros. Para que elas tivessem total confiança, ele promete que, caso elas liguem, ele não fará nenhum tipo de pergunta. 

E isso realmente acontece. Uma das meninas, Aimee Biel, que é filha de uma amiga de longa data de Bolitar, liga para ele, pedindo que a leve num certo endereço. Depois que ele cumpre sua promessa, a garota é dada como desaparecida. Porém, alguns meses antes, outra garota sumiu, em modus operandi parecido com este: garota maior de idade, faz saque num caixa eletrônico (o mesmo nos dois casos). E Myron acaba sendo considerado o principal suspeito do desaparecimento de Aimee. E o que era pra ser um caso de procura, acaba se tornando uma busca pela verdade. 

Adoro romances policiais, então não ler Harlan seria algo estúpido de minha parte. É o quarto livro dele que leio – segundo sobre Bolitar – e infelizmente, ele me decepcionou. Comecei a leitura com altas expectativas, que não foram superadas. Aliás, nem parece que foi ele quem escreveu, de tão modorrento que é.
A leitura foi muito arrastada, mesmo eu já tendo reclamado de ter lido vários policiais em um curto espaço de tempo, esperava mais deste livro. E não, o fato de ter lido vários do gênero em seguida não ia atrapalhar esta leitura, até porque eu li premissas bem diferentes, situadas nos mais diversos lugares, como São Paulo, Estocolmo e Reykavik. Parece que temos mais do mesmo, Bolitar roda, roda, roda e não sai do lugar, muitos detalhes – muitos mesmo – e a história não parece avançar. O que é uma pena, porque Coben é mestre em fazer prender os seus leitores, só que, desta vez, parece que ele perdeu a mão. 

Já a Arqueiro está de parabéns pela edição. Solicitado em parceria, a capa condiz com a trama e adorei o título escrito em rosa – na minha estante vai combinar com o "O Medo Mais Profundo" (resenha aqui), cujo título está escrito em azul e também é uma história com Myron, mas muito melhor. 

Antes que me crucifiquem, Harlan não perdeu uma fã, pelo contrário, vou continuar lendo mais dele sim, mas A Promessa não foi um livro que me convenceu, e fico chateada porque acompanho o trabalho dele e nem preciso dizer, mas ele é ótimo no que faz! A propósito, se você conhece mais obras dele, pode me indicar! Pra ajudar, além de O Medo Mais Profundo, eu li "Cilada" (resenha aqui) e "Não Fale com Estranhos" (resenha aqui), todos recebidos em parceria com a editora. 

O marcador informa todos os títulos da série Myron Bolitar.
P.S.: Arqueiro, que dia será publicado Home, o décimo primeiro livro da série?



Olá!

O resenhado de hoje foi um recebido em parceria com a Arqueiro que me deixou emocionada, ao mesmo tempo que me fez refletir sobre muitas coisas. Confiram a resenha de O Caminho Para Casa, de Kristin Hannah, recebido em parceria com a Arqueiro.
O Caminho Para Casa começa com Lexi Baill, de 14 anos, sendo adotada por sua tia-avó. Até então, ela vivia entre lares adotivos temporários e sua casa, onde via a mãe se drogar. Sua mãe morre e ela é avisada de que possui uma parente, que jamais conhecera. Tia Eva (melhor pessoa) mora em Port George, Washington. Port George, pelo que entendi, fica perto de Pine Island, onde mora a família Farraday.

Jude Farraday é a mãe superprotetora (irritante) dos gêmeos Zach e Mia, também de 14 anos. Zach é o atleta popular, gato e cercado de amigos, enquanto Mia é tímida, sonha em ser atriz e não tem amigos. Jude acaba incluindo Lexi na família quando esta resolve se juntar à Mia no intervalo da escola, para falar sobre livros. Olha aí a literatura criando e fortalecendo uma amizade que dura todo o Ensino Médio.

Mas Lexi se apaixona por Zach. E guarda esse segredo durante os anos escolares, isso porque não queria magoar Mia, porque, num passado não tão remoto, outra garota usou Mia para se aproximar de Zach e depois desfez a amizade. Lexi prezava demais sua amizade com Mia, ao passo que imaginava que Zach não gostava dela.

O último ano chega e todos os jovens estão às voltas com a formatura e os formulários de inscrição para as universidades. Os gêmeos Farraday querem ir para a USC (Carolina do Sul), que é bem conceituada... e cara. Como Lexi é bem mais humilde, sonha com a faculdade comunitária. Nesse meio tempo, Zach se declara para Lexi (e a gente começa a shippar esse casal), ele e a irmã conseguem entrar na faculdade desejada e Lexi consegue duas bolsas em universidades excelentes - Washington e Western Washington.

E como o que é bom dura pouco, uma certa situação - tragédia - destrói a família Farraday. Claro que Jude e seu radar de mãe pressentem que algo de ruim poderia acontecer e claro que fica muito arrasada com isso. E é aí que a amizade das meninas, o amor de Zach por Lexi e tudo que envolve essa família fica em xeque.
Dizer que sou fã da Kristin é como dizer que gosto de ler, porque ela é incrível! Apesar de seu início um pouco lento, pela necessidade de apresentar - com riqueza de detalhes - o universo da trama: seus personagens, o meio e o contexto em que vivem, (o que é visível em todos os livros dela) é possível enxergar como é Pine Island só pelas descrições da autora. Isso me deixa muito ansiosa para chegar à parte boa da história. E quando ela chega... aí você não larga mais.

A mensagem de Kristin Hannah sobre amor, família, perdão e compreensão é muito forte. Te faz pensar nas injustiças da vida e porque elas acontecem. Uma coisa que achei interessante foi o paradoxo entre Jude e a mãe de Lexi - como elas são tão diferentes. Outra coisa é ver os rumos que Lexi tomou: mesmo sendo filha de uma drogada e tendo tomado decisões ruins, ela segue o caminho do bem; é um doce de menina.

O final foi até como eu esperava, mas senti que faltou algo, que não sei como explicar, talvez tenha sido rápido, não saberei dizer. Os questionamentos que Jude faz sobre ser mãe (e sobre sua própria mãe, que vai aparecer em certo momento da trama) são super válidos e comuns às mães - vale refletir.

A edição da Arqueiro, que me cedeu o livro em parceria, está de parabéns. É dividido em duas partes, em terceira pessoa, mas narrando os pontos de vista de Jude e Lexi. A capa representa bem a trama: o jarro se quebrando, ele representa a família Farraday no ponto alto da história. Cinco estrelas é pouco pra Kristin Hannah.

P.S.: adorei o sobrenome Farraday.

P.S. 2: Miles Farraday, médico e marido de Jude, é a segunda melhor pessoa deste livro. E, disparado, o mais bonito, rs.



Olá!!!

O ano mal começou para o Resenha, e já temos novos parceiros!! E os novos parceiros do Resenha são os autores Guilherme Cepeda e Lari Avezedo, criadores do portal Burn Book e autores da Série Minha Vida, além de diversos livros. Bora saber um pouco mais sobre eles? 
Foto: Facebook Série Minha Vida
Guilherme Cepeda é blogueiro, sonhador e escritor. Nasceu em São Paulo, em 1992. Formado em Marketing e apaixonado por tecnologia e literatura desde sempre, em 2010 resolveu criar um blog para compartilhar sua opinião com os amigos. Jamais imaginaria que o projeto chegaria tão longe, tornando-se hoje o Burn Book, um dos maiores portais de literatura jovem do Brasil. Hiperativo e escorpiano, só sabe amar intensamente - e isso se aplica aos livros e às séries. Ele ainda acredita na magia da Disney. (Skoob)

Larissa Azevedo, ou apenas Lari, nasceu em 1988, na cidade de São Paulo, onde ainda reside. Desde pequena é apaixonada por arte, cores e literatura. Formada em Design Digital, é diretora de arte em uma agência de Comunicação. Além disso, é colaboradora do blog Burn Book e, como fuga, lê todos os livros que pode, escreve e brinca no Photoshop nas horas livres. (Skoob)

O trabalho mais recente da Lari é o conto Felicidade Invisível, que agora está na Amazon, mas eu tive o prazer de ler quando ainda estava no Wattpad. É lindo, me lembro que tem Irlanda, cultura celta e Enya, como não amar? Creio que a autora fez algumas alterações na história para subir na Amazon, mas ainda assim recomendo, é bem escrito e super gostoso de ler!

Sinopse: Maeve MacCleury é a filha caçula de Brendon e Caylie MacCleury. Descendente de uma gigantesca e antiga família tradicional irlandesa, também de uma geração de "guardiões da Felicidade", ou como seus ancestrais a chamam “Crainn Chiara”. 
Cada família de guardiões, incluindo a sua, é responsável por armazenar momentos de extrema felicidade em globos de vidro. Esses momentos, são resgatados apenas na véspera de Natal e colocados nos galhos de um enorme pinheiro escocês, exatamente à meia-noite, fazendo com que o mundo seja invadido por uma felicidade incomum, capaz de preparar a humanidade para encarar mais um ano. O problema é que, depois de tantos séculos, as civilizações tornaram-se mais sérias, mais egoístas, com momentos de felicidade reais ficando escassos, assim como as árvores e todas as plantas. E a felicidade está em risco.
Maeve precisa cumprir seu dever, faltam poucos dias para a véspera de natal e ela ainda não conseguiu. O mundo depende dela. Mas o que ela não contava, é que Henrique, dono de uma felicidade revigorante, poderia balançar com a sua própria felicidade.
(Amazon)

Bem, por ora é essa a maravilhosa novidade do blog! Conforme os autores divulgarem novos trabalhos, claro que vocês ficarão sabendo por aqui também! Gui e Lari, que os conheci no 2016 Literário, no início do ano passado, pessoas maravilhosas e iluminadas, é um prazer ser parceiros de vocês, espero que nossa parceria resulte em ótimos frutos para ambos!!


Olá!

Terceira resenha de nacional seguida no blog! Eba! E o de hoje, mesmo com esse nome pesado, não tem nada de mais. Pode ser lido por todos - inclusive pra quem faz parte da família tradicional brasileira. Minhas Conversas com o Diabo, de Mário Bentes, é mais uma grata surpresa para os fãs de literatura fantástica e para quem curte histórias mais sombrias...
Apesar do nome e da capa indicarem algo tenebroso, Minhas Conversas com o Diabo aborda temas totalmente terrenos. São sete contos em que cada história tem um personagem que sofre problemas mundanos, mas, com uma ajudinha lá de baixo, cada um resolve sua situação de acordo com seus desejos. Até porque, nem todo mundo sonha com poder, dinheiro. Assim como os protagonistas deste livro, muita gente só quer o suficiente para ser feliz.

Como são só sete, dá pra eu fazer um breve resumo de cada: o primeiro, "Eu corrompi homens santos", o padre Pedro se vê tentando desvendar a mensagem que seus sonhos transmitem, ao passo que sua fé é posta à prova. "Topa um acordo, menino" conta a história de um menino que aguarda ansiosamente o retorno de seu pai, que é caixeiro-viajante. O pai foi embora há meses. Durante uma tempestade, uma certa ave visita o garoto, e lhe propõe um acordo que, a princípio, é maravilhoso para a criança.

O próximo é o "Esquecer de viver", em que a jovem Maria sofre por ter sido abandonada pelo pai de sua filha. Por viver em uma família conservadora e em uma vizinhança mais conservadora ainda, ela sofrerá todos os tipos de julgamento. Ao som de Julio Iglesias, ela descobrirá que a vida não é só chorar escondida. "A Mulher que me Amou" conta a história de Bartolomeu, um garoto que, junto com sua amiga Estefânia, cria uma cápsula do tempo: enchem uma mala com pertences dos dois, que só poderá ser aberta depois de 50 anos. Porém, quando o prazo está para se encerrar, Bartolomeu não sabe se conseguirá reencontrar sua amiga.
Em seguida, "À Espera da Próxima Carta", Maximiliana é uma costureira que segue à risca sua rotina. Até receber uma carta, em que sua vida íntima é detalhada. A partir disso, ela passará a trocar cartas com seu novo amigo. O penúltimo conto é o "A Mulher da Capa de Couro", em que a jovem Iracema é obrigada a se casar com um fazendeiro de Pernambuco. O novo casal parte para o Piauí em busca de riqueza, porém, uma tragédia faz com que a moça volte à sua terra natal. Por fim, "Diga-me tu, filho do homem: qual o teu sonho?" mostra um jornalista recém desempregado e escritor fracassado, que tem como único desejo ser reconhecido por sua literatura. Entre idas e vindas a um bar da região, descobre que é possível realizar seu desejo, basta fazer a coisa certa.

Particularmente, me interessei mais pelo último conto, por motivos de: sou (quase) jornalista como o personagem. Mas isso não significa que eu não gostei dos demais, pelo contrário, curti todos. De escrita fluida, Mário Bentes convida o leitor a questionar seus medos e falhas enquanto lê.
Apesar de se chamar Minhas Conversas com o Diabo, não tem nada de satânico, aliás, é até uma aula de História, em que o prefácio começa explicando sobre o Inferno, o demônio e seus vários nomes - e parando pra pensar, são muitos mesmo. E a capa, em alguns deu medo, outros, como minha mãe, a acharam horrorosa. Eu, particularmente, gostei. Bem original.
Já conhecia a escrita do Mário através de seu conto "Manaos Railway", da antologia Quando a Selva Sussurra, também da Lendari (resenha aqui). Mas é a primeira vez que leio um livro de sua autoria. Aliás, tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente na Bienal deste ano, em que aproveitei e pedi uma entrevista para meu TCC. Muito simpático, autografou meu exemplar.

Sou suspeita para falar, mas recomendo sim este livro. Aliás, a vantagem dos livros de contos é que podem ser lidos super rápido, o que é o caso deste. Pena que, ainda não sei quando sairá o livro dois (e espero que saia). No mais, quando você ler este livro, não dará uma força apenas à literatura nacional, dará uma força extra a literatura feita na região Norte do país, comumente negligenciada pelo eixo Rio-SP.

P.S.: quem está na capa deste livro é o Buer, que na hierarquia demoníaca, é um Presidente. Sim, no Inferno não tem só um Demônio nem tem bagunça, todo mundo é separado por funções. E a função de Buer é ensinar Medicina e Filosofia Moral e Lógica. Até Buer gosta de filosofia e o Temer não. Vai entender...



Olá!

Mais uma breve fuga do TCC (que está ficando lindo, aliás) para mais uma resenha de recebido em parceria que é simplesmente maravilhoso! O Medo Mais Profundo, do mestre Harlan Coben, é um suspense que mostra que, por um filho, é possível ir até as últimas consequências.

O Medo Mais Profundo começa com Myron Bolitar reencontrando uma ex-namorada, Emily, de quem tem muita mágoa. Mas ela não voltou do passado à toa, precisava de ajuda. Seu filho, Jeremy, de 13 anos, tem uma grave doença - anemia de Fanconi - e precisa urgentemente de um transplante de medula. Até aí, uma situação grave, que vai piorar quando ela diz que um doador foi encontrado, mas ele simplesmente sumiu. Como se não bastasse, Emily ainda revela que o garoto é filho de Myron.

É o sétimo livro da série Myron Bolitar, mas o primeiro que leio, então não sei muito sobre ele, mas deu pra entender que, em algum momento, foi investigador de polícia. Porém, neste livro, ele tem uma empresa que agencia atletas. A agência está passando por uma crise, que Myron precisa driblar, enquanto procura o doador sumiu - o detalhe é que Myron nem sabe quem é esse doador - e ainda precisa se preocupar com o pai, que recentemente sofreu um ataque do coração.

A situação vai se agravando quando Bolitar finalmente encontra uma pista sobre o doador. E quanto mais ele mexe, mais a coisa piora, porque ele se depara com uma família poderosa que não quer que ele investigue. Só que ele está entre a espada e a parede. Será que ele vai ceder às ameaças?

Terceiro livro do senhor Coben e só uma frase: queria ter beijado aquela careca maravilhosa na Bienal de 2014! Que história! Ela começa um pouco morna, onde Bolitar relembra os momentos que viveu com Emily - e quando ela o trocou por outro. Myron, na juventude, era um promissor jogador de basquete, mas uma lesão grave no joelho colocou um fim em sua carreira. Mas, conforme o tempo vai passando - e ficando cada vez mais curto para salvar Jeremy - essas lembranças doloridas acabam voltando, mas ele precisa colocar tudo isso de lado, porque precisa encontrar o bendito doador.

Conforme a trama vai se desenrolando, nós entendemos porque Harlan ganhou tantos prêmios: ele constrói uma história intrínseca, de deixar o coração do leitor na mão, ao mesmo tempo que queremos que Jeremy seja salvo, queremos saber quem é o doador, quem são os poderosos que querem que Myron pare de investigar... E ainda sobra tempo pra um princípio de romance, com a apresentadora Terese Collins, mas acho que, pelo contexto, esse romance seja algo antigo - portanto, está em outros livros.



Recebi este livro em parceria com a Arqueiro e, mais uma vez, a editora não deixou a desejar: um ótimo trabalho de revisão/edição. Só encontrei um erro, falta de atenção, inclusive. A capa também esta bem bonita, condizente com a trama - vendo essa capa, me lembrei do livro Não Fale com Estranhos, também do Harlan (resenha aqui), em que, na capa, há duas pessoas, sendo uma encapuzada, dando a impressão de um assaltante. Aqui, vi a mesma coisa: uma pessoa encapuzada escorada num alambrado, parece um assaltante também, rs.

É claro que recomendo essa história, um suspense de tirar o fôlego. Se você tiver tempo, devora em um dia! Eu só demorei dois dias porque tenho TCC, senão, teria lido sem parar. Espero que a Arqueiro continue trazendo os livros do Harlan Coben pro Brasil porque, sem dúvida, são maravilhosos!!


Olá!

Voltei brevemente ao blog para compartilhar uma resenha maravilhosa de um livro que me surpreendeu. Verdade que li sem expectativas, por isso o resultado foi tão incrível! Não Quero Ser Lembrado é o primeiro livro de Lucas Rezende, lançado recentemente pela Empíreo.
Não Quero Ser Lembrado começa nos apresentando Bernardo, um homem que, aparentemente está transtornado pela morte de sua esposa. Bernardo não é um exemplo: sente-se fracassado, impotente, um completo inútil. E isso não é algo novo, esse sentimento está nele desde que se conhece por gente.

Voltamos alguns anos no tempo. Bernardo está passeando pelos corredores de sua locadora favorita (locadora de filmes VHS, sim, isso um dia existiu, tanto os VHS como as locadoras), quando tromba com uma bela mulher, tão jovem quanto ele. Eles trocam um pedido de desculpas e cada um segue seu rumo.

Mas Bernardo fica vidrado na moça. Ele, que não gostava de viver em sociedade, preferindo usar os filmes como válvula de escape da realidade, passa a procurar aquela com quem trombou. Se ele já ia com frequência à locadora, passou a ir praticamente todo santo dia. Como ele é brasileiro e não desiste nunca, passado algum tempo, ele reencontra a moça na locadora. Seu nome é Patrícia, e ela o confunde com um funcionário, tanto que acaba lhe pedindo uma dica de filme!

Feitas as apresentações, Bernardo e Patrícia passam rapidamente de desconhecidos a amigos, de amigos a namorados e por fim, se casam. Mas, assim como a vida de Bernardo era uma bela porcaria, a de Patrícia ia muito bem, principalmente no âmbito profissional. E isso incomodava muito o marido. Um suspense que vai tirar seu fôlego, do começo ao fim!

Sério, que livro é esse, Brasil?! Quando eu solicitei junto à Empíreo, parceira do blog, eu tinha lido em algum lugar que era romance, acho que foi até no Facebook da editora, mas qual minha surpresa quando, ao começar a ler, me deparar com um suspense? - Pelo menos, pra mim é suspense. Falando sobre Bernardo, no início até me identifiquei com ele - frustrado, com um emprego comum e não querendo se envolver com a sociedade. Mas, conforme ele foi contando sua história, admito que fiquei com medo. Não chega a ser bipolar, mas com certeza ele tem algum tipo de transtorno.


Já Patrícia é o oposto: alegre, batalhadora, é o sol na vida de Bernardo. Cheia de vida, a cada ano vem demonstrando muita capacidade em seu trabalho, além de ter nascido em uma boa família, cercada de amor. Como dito, os dois são muito diferentes, mas justamente esse detalhe - e a preferência de Patrícia por um determinado gênero de filme - é o que unirá esse casal.

Gostei muito da forma como o Lucas desenvolveu a trama. Oscilando entre os anos de 1997 e 2006 (e, quando necessário, voltando um pouco antes), mostra uma história sem pontas soltas, onde o leitor, ao mesmo tempo que fica aflito, fica curioso, pois quer saber mais e mais sobre Bernardo e o que ele fará para dar um rumo em sua vida.

Sobre a edição/revisão da Empíreo: impecável. A editora possui um cuidado incrível, pensa nos mínimos detalhes para que cada obra tenha sua própria cara (se os livros da editora fossem pessoas, teriam suas próprias personalidades). Não há erros de português e a capa tem uma mensagem subliminar - que eu só vi depois que li, aliás, a própria capa é muito bonita!

No mais, esse livro é muito bom, recomendo a todos, principalmente se você quiser sair da zona de conforto ou procura por uma história diferente. Que esse seja o primeiro de muitos livros do autor!


Olá!

Há mais de um ano o blog é parceiro da Editora Arqueiro e essa é a oportunidade que tenho para ler os lançamentos da editora. E sempre têm ótimos lançamentos, sempre que peço não me arrependo, pois os livros são bons mesmo. Mas tudo tem um porém. E o solicitado e resenhado de hoje é um deles. Essa Luz Tão Brilhante veio para fazer barulho. Mas não é essa coca-cola toda.
Essa Luz Tão Brilhante conta a história de Lucille, que vive em uma família sem estrutura. Ou melhor, vivia. Vivia porque seu pai surtou e foi parar numa hospício clínica de reabilitação. E a mãe simplesmente foi embora de casa, deixando Lucille e sua irmã Wren sozinhas. Detalhe: Lucille tem 17 anos.

Triste, não? Sim, muito triste. Mas Lucille precisará dar a volta por cima, ou as assistentes sociais vão tomar Wren, que tem apenas 10 anos. A melhor amiga de Lu é Eden, que se conhecem desde sempre. Pra ajudar mais um pouco, ela está apaixonada por Digby, irmão gêmeo de Eden, que tem namorada. Para manter sua dignidade e a de sua irmã, Lucille vai precisar de um emprego e não deixar ninguém na vizinhança perceber que elas estão sozinhas.
Então, uma história que tinha tudo para ser de superação, acabou deixando a desejar. Esperava mais desse livro - e olha que li sem expectativa alguma. Lucille, apesar de tudo, não me convenceu. Ela é muito apaixonada por Digby, mas ela só tem 17, como diabos vai morrer de amor por alguém? Com 17 anos eu queria matar toda a minha classe da escola - e ainda tinha que escolher uma faculdade.

Ela está desesperada para rever sua mãe (o pai nem tanto, e isso eu entendo), que a abandonou, assim do nada. Se eu estivesse nessa situação, ia querer que minha mãe morresse lenta e dolorosamente. Que raio de mãe abandona os filhos? Aliás, o motivo do abandono da mãe fica subentendido na leitura - e acho que alguns de vocês vão descobrir aqui também...

Eden e sua família são o exemplo de família perfeita: unida. Mas não é só Eden e Digby que também estenderão a mão para Lucille. Há um anjo misterioso, que enche os armários de comida e apara a grama, e esse é o único mistério realmente interessante - porém previsível também.
É uma pena que uma história tão simples tenha uma capa tão linda. O marcador da Arqueiro, que veio junto com o livro também é lindo, personalizado até demais. Não encontrei erros de revisão. Como a história se desenvolveu praticamente toda e ainda assim haverá continuação, o segundo volume se chama But Then I Came Back (Mas Depois Voltei, segundo o Translate), que espero que seja melhor que este.

No mais, se você gosta de uma história de superação, recomendo sim a leitura, a menos que você seja como eu e não tenha paciência com muitas coisas, rs. Tomara que a Arqueiro não demore em lançar o segundo.


Olá!

Há alguns posts, eu anunciei a parceria com a autora Isis L.M.J. Pois bem, por causa do TCC (como sempre), demorei para ler, mas finalmente consegui e agora trago a resenha de seu livro O Filho da Natureza, primeiro volume da trilogia de mesmo nome.

Filhos da Natureza começa com uma família que está tranquila em casa (não estamos no Brasil e o tempo está muito à frente), até que a cidade onde essa família vive é devastada pela Natureza e some do mapa. Anos depois, temos Sam. Ele tem poderes e vive na Aldeia, que é uma região bem pobre onde vivem pessoas que sofreram mutações depois da Devastação. A Devastação, aliás, transformou tudo em Nova América, que é controlada por mãos de ferro.

Sam vive com sua mãe, seu pai, seu amigo e a mãe dele. Por questões do momento, eles precisam fugir. O governo está atrás do pai de Sam, que acaba sumindo. A mãe é assassinada. Sam foge, foge e foge até ser atingido por tiros. E aí entra seu poder (que eu adorei, particularmente): ele pode se restaurar. Sendo assim, os tiros perfuraram sua carne, mas logo em seguida ele ficou bem.

Nessa hora, aparece Cat, pensando que ele está morto (até porque mesmo a carne estando bem, o impacto deixa a gente tonta, no chão). Eles acabam se conhecendo e Cat revela que seu poder é o de se teletransportar (X-Men!). Cat e Sam, depois de passar uns perrengues, vão parar no Acampamento, local onde ficam vários mutantes. E após saber de uma série de revelações, Sam e Cat precisarão vencer as forças que controlam Nova América e se salvarem também, porque é claro que estão sendo procurados.

Mais uma fantasia que leio e... gostei! Sim, pela primeira vez eu gostei de um livro de fantasia. Claro que, nesse caso, também têm ficção científica (gosto às vezes) e distopia (amo). Talvez por isso eu tenha lido até rapidamente, apesar de ter demorado tanto. A forma como a Isis montou a trama foi muito bem pensada. Na Natureza há os Coisas, seres geneticamente modificados, como crocodilos gigantes e hienas com dentes no lugar dos olhos (fiquei com medo feat. vontade de vomitar). Os Coisas são alimentados pelo governo e é claro que eles adoram comer gente.
Pra quem gosta de romance em tudo, aqui também tem. Mas é claro que nada demais vai rolar nesse livro, até porque ele terminou em um ponto crucial que me deixou querendo o próximo livro. Gostei muito de Sam, que às vezes é um tonto, mas é um cara de bom coração. Já Cat é ousada, anda sem medo do amanhã, e isso é ótimo, mas pode lhe trazer sérias consequências. Prestem atenção também em Maria, única amiga de Cat. Ela tem cabelo roxo e um poder legal (que eu não vou contar, rs).

Primeiro livro que leio da Arwen. A história, como eu disse, é ótima, mas a revisão deixou a desejar. Encontrei vários erros de digitação durante a leitura. E é gravíssimo, porque são erros bobos, dá pra pegar de cara - inclusive, uma mesma palavra apareceu escrita errada tantas vezes que, quando finalmente apareceu corretamente, achei que estivesse errada. É bom a editora ficar de olho.

Por fim, claro que recomendo esse primeiro volume, já querendo saber quando vem o próximo porque, como eu disse, ele acabou num ponto crucial, me deixando boquiaberta e querendo saber o que vai acontecer. Isis, obrigada por ter me respondido aquele status lá no facebook, chamando para a parceria, seu livro é ótimo! E não ligue para as críticas, elas sempre virão - e sempre vai ter aquele hater recalcado para te encher a paciência, rs.


Olá!

Pela primeira vez no blog, uma resenha de livro com personagens LGBT. Apenas um Garoto é o primeiro livro de Bill Konigsberg publicado no Brasil. Eu recebi em parceria com a Arqueiro e simplesmente adorei. Vem conferir a resenha.

Apenas um Garoto começa com Rafe chegando à escola nova, longe de sua casa. Mas não é uma escola qualquer e sim um colégio interno para meninos. Até aí tudo bem, se ele fosse hétero. Pois é, nosso personagem é gay e decidiu frequentar essa escola para fugir dos rótulos. Ele estava cansado de ser "Rafe, o gay", queria ser apenas "Rafe".

Na escola nova, ele conhece Albie e Toby, que viriam a ser seus colegas de quarto. Ele sente lago novo quando um outro garoto o chama para jogar futebol americano. Tudo bem que o chamaram por ele ser parecido com um ex-aluno, mas ainda assim, para Rafe foi novo, não ser rotulado naquele primeiro dia foi bom.

Rafe, na verdade é Seamus Rafael (se lê xeimus), e tem pais muito doidos. Quando ele se assumiu gay, a família fez uma festa. Literalmente. O pai adorava filmar tudo o que ele fazia e a mãe vivia dando opinião (isso me irritou, mas mãe é mãe). Sua melhor amiga ficou em Boulder, cidade onde morava. Claire Olivia é uma garota legal, cheia de vida e sempre apoia Rafe em suas decisões.

Como ele passou a andar com os atletas, ficou cada vez mais difícil guardar o fato de que era gay. Ele era bom em futebol, por isso foi aceito. Mas, um determinado garoto chamou sua atenção. Ben. Na escola, somente o Sr. Scarborough, professor de literatura, sabia de seu segredo - e só sabia porque a mãe contou. O professor instigou Rafe a se abrir através de seus textos. Rafe escrevia muito bem, mas ainda se escondia nas palavras.

Enquanto ele escrevia, seus sentimentos por Ben cresciam. E ele não podia fazer nada, porque Ben era hétero. E ele, aparentemente, também. Mas, um bromance (romance entre brothers, brother no sentido de amigo) vai surgir e cada vez mais Rafe terá que pensar em suas decisões.
Pausa pra suspirar por esse marcador maravilhoso!
Bom, primeira vez que leio um romance LGBT e, ufa, que trama! A menos que você seja entusiasta da família tradicional brasileira, você vai amar essa história. A Arqueiro, que me cedeu um exemplar em parceria, acertou muito em trazer para o público brasileiro um gênero que vem crescendo, mas por diversos motivos, ainda não é consumido em sua plenitude.

Eu não sou gay, mas tentei me colocar no lugar de Rafe. Viver sob rótulos (não que eu não os tenha, mas digamos que no caso dele é bem mais difícil) é algo sufocante, ainda mais se você não é aquilo que dizem. Ele não sofria preconceitos na escola local, mas de tanto ser conhecido como "Rafe o gay", acabou se cansando e mudando de escola - e de estado. Principalmente porque a mãe dele era presidente da PPAGL (Pais, Parentes e Amigos de Gays e Lésbicas) de Boulder e não entendia porque ele queria mudar, sendo que estava bem adaptado e nem sofria homofobia na escola.

Infelizmente, segundo o site do autor, não há um segundo volume previsto para esta história, mas vai que ele está preparando algo, rs. Aliás, a capa da Arqueiro é tão linda, não só a capa, mas todo o kit que recebi. Como sempre, trabalho de revisão e edição impecáveis. O livro é em primeira pessoa, mesclado com textos escritos por Rafe e corrigidos pelo senhor Scarborough.
Agora quero ler tudo que Bill escreveu e vier a escrever. Sua escrita gostosa com toques de humor fez eu devorar o livro em dois dias. Por fim, esse é o tipo de livro que eu penduraria no pescoço e imploraria para todo mundo ler, porque é lindo! Inclusive, shippo o autor com seu marido, Chuck.

A propósito, eu li esse livro e continuo gostando de homem. Então se você é daqueles que tem preconceito quando vê beijo gay (na TV ou não), apenas pare. Homossexualismo não se transmite por osmose. Ela é e pronto. Você não "vira" gay porque leu um livro ou viu um beijo. Toda forma de amar é válida!



Olá!

No post anterior (confira aqui), fechei parceria com a autora Marcela Cardoso. Lá, eu prometi que logo menos traria a resenha de seu livro, Minha Vida é um Reality Show. Pois eu li, gostei e agora trago minhas impressões para vocês.

Skoob | Amazon

Minha Vida é um Reality Show começa com Bruna Marshall, de 16 anos, diante dos jurados para uma audição do Music Idol, que está em sua décima quinta temporada e ao longo dos anos foi revelando grandes nomes da música. Até aí tudo bem, mas o que era pra ser uma simples audição de 30 segundos acaba viralizando na internet, tudo porque Bruna entra em trabalho de parto. Isso mesmo, Bruna está grávida - ou melhor, está prestes a dar à luz.

Depois de algum tempo, Bruna (que nasceu nos EUA mas mora no Brasil desde pequena), que foi aprovada na audição, se juntará aos demais aprovados para começar, de verdade, a competição. Ela e todos os participantes estão hospedados no hotel que pertence à irmã de Bruna, Elisa, e por isso ela pode ficar perto de seu pequeno Christian.

Logo de cara, ela conhece Angie, sua colega de quarto que veio do Maranhão para participar. Elas viram amigas logo de cara, apesar de serem bem diferentes. Como se não bastasse, o pai do filho de Bruna aparece no programa. Como jurado. E a aventura só está começando para Bruna, Angie e vários outros participantes do reality.

A autora Marcela Cardoso entrou em contato comigo, oferecendo o livro para que eu lesse e o resenhasse. Li a sinopse mas sem muita expectativa, até porque com TCC não dá pra ter muita expectativa, por causa disso, acabei demorando a ler, mas quando comecei, fui até o final.

Bruna Marshall da Cunha (confesso que detesto meu sobrenome de certidão, mas Marshall da Cunha chega a ser engraçado) sempre sonhou em ser uma popstar de sucesso, porém, vinda de uma família conservadora tradicional brasileira, digamos que ela não tem muito apoio. Apoio esse que ela não tem mesmo quando descobre que está grávida. Até aí tudo bem, porém, o pai da criança está namorando Sheila, a outra irmã de Bruna - esse é só o primeiro babado do livro.

Entre idas e vindas (e vários spoilers incluídos), nossa protagonista chega ao Music Idol. E é lá que reencontra Gabriel, também de 16 anos. Ele é seu amigo de infância, mas se mudara para a Argentina alguns anos atrás. Claro que Gabriel também está no programa, mas por outro motivo.

No geral, gostei muito da história, ri bastante, inclusive. Mas algo que me incomodou foi a idade. Bruna tem só 16, mas passou por algumas situações que me pareceram um pouco forçadas para uma garota dessa idade - e não estou falando da gravidez. A história se passa no Rio de Janeiro, o que é ótimo, mas admito que fiquei perdida com alguns endereços que ela deu durante a trama (digamos que só conheço o bairro de Brás de Pina e olhe lá, os outros só conheço de nome), ou seja, quem mora na Cidade Maravilhosa vai se identificar rapidinho.

O livro, em primeiro momento, só está disponível em e-book. Bem baratinho, vale super a pena comprar, é curtinho (segundo o Skoob, 181 páginas), dá pra ler em uma tarde. Além disso, está bem formatado, sem erros de digitação e afins. E pra terminar essa resenha, não seria justo um livro cujo plano de fundo é um reality show não ter música! E é claro que a autora montou no Spotify uma playlist com todas as músicas citadas no livro. Pode até soar como spoiler, mas tem tanta coisa boa menos Céline que vale a pena conferir. 




Olá!

O resenhado de hoje é um livro que aparenta ser voltado para o público infantil. Mas só aparenta, porque a mensagem que ele transmite é tão linda que vale a pena ser lido por todos. É o Infinito Reflexo, lançamento da Empíreo, parceira do blog.
Infinito Reflexo, que tem como subtítulo "Um palácio para Hamid", conta a história real da viagem da autora Cris de Ávila à Índia, onde conheceu um garoto que ela chama de Hamid (porque ela esqueceu de perguntar o nome do garoto). Hamid não é um menino qualquer. Com seu caderno surrado e cheio de orelhas, ele aborda os turistas na porta do Palácio dos Espelhos. 

Hamid vende canetas artesanais, mas não é por isso que aborda os turistas. Ele quer conhecer cada país de onde veio cada um daqueles turistas. Ele resolve conversar com uma mulher loira. Seu nome é Magda, ela é de Berlim e em seu país o beisebol não é famoso, mas são tetracampeões de futebol. E assim, Hamid vai desenhando a Alemanha em seu caderno surrado e cheio de orelhas. O detalhe é que Magda respondeu todas as perguntas do menino em alemão, o que não seria surpreendente, se o menino falasse alemão, o que não é o caso.

Vou parar por aqui para não soltar mais da história. O livro é forrado de ilustrações. O ilustrador é o Leonardo Guidugli, que tem um traço incrível e conseguiu transmitir bem com seus desenhos o que a Cris queria dizer. O livro tem uma escrita bem gostosa, de fácil compreensão e é impossível não querer contar sua história pro Hamid.


Se a escrita e as ilustrações são lindas, o que dizer do trabalho da Empíreo? Revisão, edição e a capa dura estão impecáveis. O único ponto negativo é até inusitado: o cheiro do livro. Não é cheiro de livro novo, o cheiro do papel usado é ruim, não sei explicar, dá um pouco de dor de cabeça e enjoo (principalmente se você ler no transporte coletivo). Mas tirando isso, o livro deve ser lido sim.

Ah, e a renda obtida com os direitos autorais desse livro vai para o projeto "Save the Childrood Movement" (salve o movimento da infância, em português), da Bachpan Bachao Andolan, cujo objetivo é salvar as pessoas do trabalho escravo e exploração infantil. Até hoje, o movimento salvou mais de 80 mil pessoas da degradação humana. Clique aqui para conhecer a BBA. Portanto leiam, é um livro lindo que toda a família vai adorar!


Olá!

Peço desculpas pelo meu sumiço, fiquei uma semana longe daqui por causa da minha pré-banca do TCC. Mas posso adiantar que, apesar das várias leituras que fiz, habemus TCC! hahaha na verdade, ainda não sei como será feito, mas pelo menos sei que será feito - mais pra frente conto mais detalhes.

O resenhado de hoje é um recebido em parceria que li sem expectativas e acabei mergulhando numa história única. Suspense, mistério e várias polêmicas estão em Não Fale Com Estranhos, de Harlan Coben, publicado pela Arqueiro.
Não Fale Com Estranhos nos apresenta Adam Price. Um cara que tem a vida dos sonhos. Tem um emprego bacana como advogado, é casado e tem dois filhos. A história começa quando Adam está em uma reunião com outros pais, em que o técnico do time de lacrosse da escola vai chamar os jogadores. Ryan, um dos filhos de Adam, tem chances de estar no time A. Até aí tudo bem, até que um homem estranho abordou Adam, dizendo que sua esposa, Corinne, mentiu para ele.

Daí em diante, a derrocada de Adam começa. Ele tenta conversar com Corinne, mas foi desnecessário. Adam já comprovou que ela mentira para ele. Mas o que era pra ser apenas uma mentira, torna-se um jogo cruel, com mais mentiras e assassinatos. Corinne pede um tempo no casamento e some. Isso mesmo. Some, deixando apenas duas mensagens para Adam.
Enquanto isso, o homem estranho já estava atrás de outra pessoa para contar outra verdade. A pobre vítima era Heidi, uma mulher cujo segredo revelado tinha relação com uma de suas filhas. Depois veio Dan, um cara que morria de orgulho de seu filho, que estava tentando entrar na universidade através do futebol americano - mas o filho de Dan também tinha um segredo. Ainda deu tempo de mais duas mulheres terem seus segredos revelados. Porém, Dan foi chantageado. Heidi e Adam não. E as intrigas envolvendo essa complexa história começam aí.
Uma partida de lacrosse, cujo objetivo é fazer o gol, usando esse taco com uma redinha na ponta.
Como começar essa história que mais parece um emaranhado de histórias que, aparentemente, não tem sentido algum? Por que a pessoa tem que ser muito tola para acreditar em algo dito por um estranho. Mas não é que nosso personagem acreditou? Meio intrigante pensar que alguém acreditaria em um fato qualquer dito por um estranho. Mas, sabe quando aquela verdade inconveniente é revelada? Aquela que todo mundo viu, menos você? Então, esse é o ponto de partida desse livro.

Até boa parte do livro, eu achava que o estranho estava ali para contar a determinadas pessoas algum segredo podre. Mas, além desse estranho, havia um outro grupo, que tinha como objetivo destruir uma pessoa que sabia demais. Daí pra frente, nem respirei mais. Cada página era uma nova descoberta, até que, quando finalmente descubro o paradeiro de Corinne, fiquei de queixo caído. Mesmo. 

Eu solicitei esse livro junto à Arqueiro, parceira do blog e, em relação ao livro que solicitei anteriormente, o Cilada (resenha aqui), Não Fale Com Estranhos é muito, mas muito melhor. Para se ter uma ideia, li apenas em dois dias (teria sido em um dia só, se eu não tivesse que trabalhar). Enquanto que Cilada tinha um início arrastado, melhorando mais pro meio da história, este te prende do início ao fim, com várias partes que, de início, parecem soltas, mas elas se encaixam perfeitamente, contando uma história que chega a ser inacreditável, mas com uma mensagem que te faz pensar.

Em relação à parte gráfica, a editora está de parabéns. Não encontrei erros, a capa está condizente com a obra - apesar de que, pra mim, parece que o cara vai ser assaltado, rs - e as folhas amareladas permitem uma leitura confortável, mesmo quando você está em um ônibus que balança muito. Enfim, não há muito o que dizer dessa obra, a não ser, que leiam e desfrutem dessa história eletrizante! E pra saber o que aconteceu com a Corinne, né?!


Olá!

Nesse feriado li bem pouco, na verdade só tive tempo de finalizar essa leitura porque precisei fazer um trabalho de faculdade. Porém, a resenha está aqui, atrasada, é verdade, mas o importante é que, se demorei, foi por uma boa causa, rs. Sem mais atrasos, é de conhecimento público que amo/sou Nicholas Sparks - leio tudo dele, até bula de remédio. E é sobre seu mais novo livro que vim falar. Espero que gostem de No Seu Olhar.
No Seu Olhar nos apresenta Maria Sanchez, advogada, que, aos 28 anos, está trilhando seus passos na carreira, trabalhando em um escritório. Filha de imigrantes mexicanos, Maria volta para a pequena cidade de Wilmington, (que, mesmo não sendo falado, já sabemos que fica na Carolina do Norte) por causa de um fato ocorrido com a família de um dos clientes que atendeu.

Do outro lado temos Colin Hancock, um cara que teve problemas com a família e com a justiça (coisas de média gravidade, como espancar bêbados em um bar, estando bêbado também) ao longo da vida. Mas tudo ficou no passado. Ele agora é um estudante universitário, aos 28 anos decidiu ser professor, além de ser lutador amador de MMA nas horas livres.

Um carro quebrado na estrada foi o suficiente para que Colin e Maria se conhecessem. Porém, isso não foi suficiente. Foi necessário um empurrãozinho de Serena, irmã mais nova de Maria, que, coincidentemente, faz algumas aulas na mesma sala de Colin. Alguns encontros foram o suficientes para que logo eles virassem um casal, mesmo sendo tão diferentes.

Porém, algumas situações vêm à tona para perturbar Maria. E uma delas é o assédio sexual por parte de um de seus chefes. Ela acreditava que, passando uma borracha na situação, o chefe pararia. E parou, mas não com outras funcionárias. Lá no início eu disse que Maria voltou para Wilmington por causa de algo que ocorreu em seu passado. Pois é, esse passado está voltando. 

Cassie Manning namorava George Laws, mas ele a sequestrou e matou. Até aí, mais um triste caso de violência doméstica. Se não fosse a família esquisita, os Manning. Maria era a advogada responsável por colocar Laws na cadeia. Ela até conseguiu, mas não do modo como a família esperava, causando problemas a ela. Eleanor, a mãe de Cassie, cometeu suícidio, e Lester, o irmão, teve um surto, a ponto de ameaçar Maria de morte. O único aparentemente normal era Avery, o pai de Cassie e Lester.

Como será que Maria vai passar pelo chefe assediador e resolver o caso da família Manning? E Colin, será que seu jeito esquentado vai apaziguar por causa de Maria? São 417 páginas de uma história super atual, mesmo tendo todas as características que consagraram Nicholas Sparks!

Eu recebi esse exemplar da Arqueiro, parceira do blog. Não me arrependo de ter pedido. Como eu já disse, tem todas as características que destacam Sparks na literatura, mas possui detalhes que devemos prestar atenção. Por exemplo: Serena, a irmã de Maria, é ativa nas redes sociais. Toda a vida dela está no Facebook e Instagram (aliás, as redes sociais aparecem bastante no livro, nos identificando com os personagens, até), o que facilitará bastante em um determinado momento da história.

Colin é um cara um tanto controlado, mas tem instinto de violência, graças ao seu passado, passando de escola em escola. Sua família mora longe, com ordem de restrição e tudo. Colin só pode contar com Evan e Lily, seus amigos de sempre. Evan é o oposto de Colin, cabelo escovinha, menino de família rica, mas com um grande coração. E Lily, que é namorada de Evan, está sempre disposta a ajudar. De poucas palavras, Colin é sincero e fala na cara, mas não por maldade, mas porque faz parte dele.
Minha coleção do autor
Maria é o oposto. é centrada, calma e sempre colocou seu trabalho em primeiro lugar. Seus pais vieram do México para tentar a sorte e conseguiram abrir um restaurante típico. Uma coisa que pude notar é que as famílias mexicanas que vivem nos EUA são muito unidas. E a de Maria não é diferente. Quando a situação apertou, os tios e primos e todos os parentes apareceram para ajudar. Acho bonito todas as histórias em que as famílias se ajudam e as pessoas se dão bem entre si, principalmente com seus tios e primos (se relacionar bem com pais, avós e irmãos é obrigação, né?). Até porque como minha relação com tios e primos beira o inexistente - principalmente do lado do meu pai - gosto de ver livros/filmes em que isso acontece.

Jill é advogada e a melhor amiga de Maria. Prestem atenção nela, pois ela será crucial em uma parte da história, em que Maria precisa tomar uma decisão. 

Sobre o conjunto da obra, pra variar, muito bem escrita, intrincada, atualizada, falando sobre vários temas que há muito não vejo em livros - internacionais ou não - como: assédio sexual, exposição nas redes sociais, esses são os mais latentes, mais visíveis durante a história. Como o assédio denigre a mulher (ainda mais na cultura em que vivemos, a do estupro e da impunidade) e a exposição em redes sociais pode nos expor demais, por exemplo.
A edição da Arqueiro está ótima, porém, notei dois erros graves, em que os nomes dos personagens foram trocados; isso me causou uma pequena confusão, fazendo com que eu precisasse reler a frase. mas tirando isso, a capa está muito bonita (igual à original). Colin, de poucas palavras e Maria, que sempre pensa antes de agir, formam um belo casal, onde a sinceridade prevalece. Sem falar que eu shippo, mesmo às vezes, quando eu quis socar o Colin por causa de suas respostas curtas, como "Certo" e "É". A única coisa que concordo com ele é o fato de que, segundo ele, ninguém liga para as opiniões dele. Me identifiquei.

No mais, só me resta recomendar esse livro lindo em que, duas pessoas completamente diferentes acabam se apaixonando. Peço desculpas à editora em postar a resenha, mas espero que, tanto a Arqueiro como você que me lê tenham gostado do post!