Olá!

Depois de muito relutar, finalmente terminei a trilogia da Sophie Jackson e não podia esperar outra coisa de Amor sem Medidas. Um livrão desses, bicho.

Resenhas Anteriores: Desejo Proibido | Eternamente Você (conto) | Paixão Libertadora

SKOOB - Amor sem Medidas é o último livro da trilogia de Sophie Jackson e vai contar a história de Riley Moore, que trabalha na oficina mecânica onde é sócio de Max (do livro anterior) e trabalha duro para se manter na honestidade, após passar uns meses na cadeia. Ele mora em Nova York e suas horas vagas são preenchidas com bebidas e sexo. Muito sexo.

Sua vida está nos trilhos, até que recebeu uma ligação de sua mãe, dizendo que o pai tinha sofrido um infarto. Apesar de sua relação com o pai não ser das melhores, ele pega o avião (emprestado por Carter, do primeiro livro) e volta para Traverse City, no estado americano do Michigan. A cidade lhe traz muitas lembranças, todas relacionadas a Lexie Pierce.

Lexie foi sua primeira amiga e seu primeiro amor. Eles se conheciam desde os oito anos, mas por causa de diversas brigas e muita imaturidade, acabaram por se separar. Mas parte de Riley queria muito revê-la, pois ainda não a havia esquecido. Quando os dois se encontraram pela primeira vez, eles meio que pisaram em ovos, pois as mágoas e os bons momentos do passado estavam colidindo em sua mente. Mas, ao ver um certo garotinho, seu mundo vira de ponta cabeça. Ele tinha um filho. Lexie escondeu isso dele e o deixou maluco.

Muitas coisas ainda eram confusas para Riley, como sua relação com seu pai, mas essa novidade tomaria todos os seus pensamentos. O garoto se chamava Noah e era um poço de fofura, com seus quatro anos e sua inteligência afiada. Além disso, Riley estava confuso em relação a Lexie: deveria confiar nela?

Eu já estava com saudades desse universo maravilhoso criado pela Sophie. Enquanto fiquei muito feliz quando a Arqueiro divulgou o lançamento. Esperei a Black Friday e... Devorei esse livro no dia de Natal. Sério, não tem como não amar Riley Moore. Ele é uma pessoa do bem, apesar de ter passado uma temporada na cadeia. Pensa sempre no bem de todos e se dá super bem com sua mãe e seus três irmãos (todos homens).
A escrita dela é super gostosa e, por ter conteúdo erótico, algumas pessoas podem se incomodar com isso – eu não, pelo contrário, queria ter um Riley pra mim. É muito interessante ver como o amor de Riley por Lexie vem desde a infância, me faz acreditar que, às vezes, duas pessoas nascem destinadas uma a outra e nada pode destruir isso. O tempo vai passando, os amigos viram namorados e... a imaturidade destrói tudo.

Uma série de fatores fez com que Lexie escondesse a gravidez. Mas o estopim de tudo foi a morte do pai dela, que a fez mergulhar numa forte depressão. A depressão, aliás, foi abordada meio que por cima, não é o foco do livro, mas podemos notar o que essa doença silenciosa faz com uma pessoa. Logo, a autora mostra que a depressão afeta não só a pessoa que a tem, mas todas as pessoas a seu redor.

A relação de Lex com sua família (mãe, irmã e filho) é maravilhosa, eles a reergueram da depressão e fizeram com que ela se esforçasse em melhorar e até abrir uma loja, a joalheria "Com Amor, Você", que tem um sistema de descontos bem interessante: se a cliente (sempre mulher, pelo que entendi) estava em dúvida entre dois produtos (um anel e uma pulseira, por exemplo), Lex encaminhava a pessoa até um espelho e lhe entregava um papel em branco, onde a mulher escreveria uma dedicatória a si mesma. No canto do papel, apenas uma assinatura: “com amor, você”. Se a cliente fosse sincera na mensagem escrita, ganhava 20% de desconto em um dos produtos. Uma boa forma de se autovalorizar e ainda por cima ganhar um desconto.

Então, se você procura uma trilogia já publicada contendo uma linda história, personagens incríveis, crushes literários (tem para todos os gostos, Carter segue sendo meu favorito) e boas doses de humor e sexo, a trilogia Desejo Proibido é para você. Vou sentir falta de todos os personagens, confesso.

Garanta aqui seu exemplar de Amor Sem Medidas.

Olá!

Meu recebido de março da Arqueiro é um livro que a editora apostou todas as suas fichas, dada a dificuldade que a autora impôs para que a obra fosse publicada; não seria qualquer casa literária que publicaria seu segundo livro, ela teria que ser convencida para tal. E nossa parceira conseguiu. Agora vem conferir a resenha de O Sol Também é Uma Estrela, de Nicola Yoon.
SKOOB - O Sol Também é Uma Estrela começa com a jovem Natasha depositando suas últimas fichas para reverter o praticamente irreversível: sua deportação. Ela e a família são oriundos da Jamaica e vivem ilegalmente nos Estados Unidos há nove anos. Ela precisa arrumar suas malas porque o embarque será em 12 horas. Entretanto, ela sai de casa em busca de uma solução para seu problema.

Daniel é um jovem que sonha em ser poeta, algo que sua família, de origem coreana, reprova. O pai quer que ele vá estudar medicina em Yale. Para a família de Daniel, ou você vira médico ou você vira uma decepção, assim como é seu irmão Charlie, suspenso das aulas em Harvard. Ele sai de casa para ir a uma entrevista, que pode carimbar sua ida para Yale.

E justamente nesse dia, que aparenta ser comum para muita gente, o Universo vai mexer seus pauzinhos e fazer com que Natasha e Daniel se conheçam numa rua movimentada de Nova York, fazendo com que suas vidas ganhem um novo sentido.

Natasha é a razão: para ela, tudo tem que ser exato, real e sucinto. Ela precisa controlar tudo, assim, saberá que está certa. O cérebro em primeiro lugar e quer estudar para ser cientista de dados, assim poderá trabalhar com fatos e argumentos. Ela não acredita em nada que não possa ver ou provar. Daniel é o coração: seus sentimentos são movidos pela poesia, é um sonhador nato, para ele é impossível viver sem sonhar.

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Apesar das apostas altíssimas da editora, para mim foi uma boa leitura. E só. Claro que, pelo fato da autora ter imposto uma certa dificuldade em aceitar qual editora publicaria este livro, a Arqueiro tem que mostrar ao mundo. E tem mesmo, o livro é lindo, mas a Natasha me irritou com seu ceticismo ao extremo. Eu também sou cética, é verdade, mas como ela, olha, nunca vi, tinha horas que eu só queria entrar no livro e socar a cara dela.

O livro é todo em terceira pessoa, mas temos vários pontos de vista: Daniel e Natasha são os principais, claro, mas também temos pontos de vista do pai de Natasha, do pai do Daniel, explicações sobre o cabelo, os olhos, entre outros temas que são abordados no livro, de acordo com o desenrolar dos fatos.

Eu deveria ter me irritado demais com o final do livro, mas, após concluir a leitura, tive que aceitar o fato de que a história acabou do jeito que deveria acabar, ou seja, acabar com o único final possível. Por mais que o jeito que Daniel e Natasha se conheceram seja um tanto improvável (se um cara me aborda do nada no meio da rua, não vou pensar coisa boa), a escrita da Nicola me fez acreditar que o Universo era legal a ponto de fazer com que duas pessoas completamente diferentes se apaixonem. Mas a Nicola foi gente boa e colocou um "extra" (é um spoiler, mas juro que vale a pena), nos deixando com o coração aquecido.
A capa da Arqueiro é igual à original americana. Aliás, essa capa é uma obra à parte. Feita à mão por uma designer australiana, essa arte, a princípio te faz admirar a imagem, mas conforme você vai lendo, vai entendendo a importância dela. É um trabalho de formiguinha, cujo final te deixa boquiaberto. Não encontrei erros de nenhuma ordem e os capítulos são tão rápidos (alguns duram meia folha) que, quando você vê, já acabou de ler - o que é ótimo, dado meu pouco tempo livre.

No mais, a história é linda sim, por mais que eu tenha dito que é "só uma boa leitura", eu gostei muito de ter conhecido a escrita da Nicola, além de saber mais sobre ela mesma. Com certeza alguém vai se inspirar (ou se identificar com) na Natasha ou no Daniel e assim, aquecer seu coração, porque é uma trama que todos os céticos deveriam ler. Aliás, quando recebi o kit com essa almofada bem confortável, o quote escrito nela me lembrou uma música da minha banda favorita, cujo clipe está logo abaixo, e, para mim, a mensagem de Marie e Per combina muito bem com esse livro.

No kit, além da almofada, veio um bottom com um quote do livro e uma cartela de tatuagens com todas as ilustrações que abrem cada capítulo do livro. Prestem atenção nelas, além da delicadeza iminente, elas têm um sentido incrível na trama. A cartela é como aquelas tatuagens de chiclete, precisa de água para grudar na pele. Mas eu não tive coragem de usar porque elas são lindas demais.

Todos os envolvidos na publicação dessa história estão de parabéns.





Olá!

Mais um LGBT sendo resenhado hoje, amém! One Man Guy, de Michael Barakiva, é um romance que fala sobre descobertas, amor, família e, acima de tudo, respeito. Uma tacada certeira da Leya.
One Man Guy nos apresenta Alek Khederian, um adolescente que mora próximo a Nova York e é descendente de armênios. Sua mãe, Kadarine, é muito, mas muito fresca, tem paranoia com a limpeza e a alimentação- tudo deve estar perfeito. O pai é mais tranquilo e o irmão Nik (Andranik no RG) é, aparentemente, perfeito.

Um certo dia, após determinada situação, Alek terá que fazer aulas extras no verão, isso mesmo, nas férias. E em uma dessas aulas, ele conhece Ethan descolado e conhecedor de muitas coisas, inclusive NY.

Após algumas conversas, Ethan decide convidar Alek para visitar a Big Apple, mas, para isso, ele terá que matar um dia de aula, o que o deixa apavorado, pois ele é tão certinho que teme as consequências - aliás, tenho a impressão de que sua mãe o controla demais sem motivo aparente, enquanto Nik recebe outro tratamento.

E entre um passeio e outro na cidade, Ethan revela a Alek que é gay. De início, Alek chega a pensar que seu novo amigo é homofóbico, quando é justamente o contrário. Mais adiante, os dois começarão um relacionamento, em que será visível o amadurecimento do nosso protagonista. 

Ao mesmo tempo que descobre sua homossexualidade, Alek não quer decepcionar os pais, que sonham com netos e se esforçam ao máximo para manter as tradições armênias. Ele encontra em Becky, sua melhor amiga e exímia patinadora, um ombro para desabafar. (Becky melhor pessoa!).
Michael Barakiva também tem descendência armênia (e israelense), portanto, tenho a certeza de que todas as informações sobre o país (que não tem mar, inclusive) são verídicas, sem contar os assuntos delicados que ele aborda, como a descoberta da homossexualidade e o Genocídio Armênio, em que cerca de 1,5 milhões de armênios foram mortos pelo vizinhos turcos e outros milhões fugiram para os mais diversos países - incluindo o Brasil - e até hoje a Turquia não reconhece, claro, sob os pontos de vista de cada personagem.

O título do livro não pôde ser traduzido porque One Man Guy é o nome de uma famosa música do cantor indie Rufus Wainwright, de quem Ethan é um grande fã e faz algum sucesso entre a comunidade LGBT novaiorquina - mas ainda acho que ele é famosinho lá nos EUA. É um spoiler, leia se quiser. Faz tempo que não coloco um spoiler em branco, rs.

A edição da Leya está uma graça. Não é a primeira vez que leio um romance LGBT e não é a primeira vez que me encanto. Gostei demais da história e sua capa é bonita e condizente com a trama. Faz tempo que a Leya não publicava algo tão legal, e posso garantir que eles acertaram na publicação da obra - que li em um dia, aproveitando uma folga da empresa.

P.S.: ainda odeio a mãe do Alek, me irritou, mesmo tendo tomado a única decisão possível no fim da história. Ela é muito chata.

P.S. 2: o sobrenome Kardashian, de Kim e companhia, é armênio, da família parterna. Eu morria sem saber. Obrigada por esclarecer, Barakiva.




Olá!

O resenhado de hoje foi um recebido em parceria com a Arqueiro que me deixou emocionada, ao mesmo tempo que me fez refletir sobre muitas coisas. Confiram a resenha de O Caminho Para Casa, de Kristin Hannah, recebido em parceria com a Arqueiro.
O Caminho Para Casa começa com Lexi Baill, de 14 anos, sendo adotada por sua tia-avó. Até então, ela vivia entre lares adotivos temporários e sua casa, onde via a mãe se drogar. Sua mãe morre e ela é avisada de que possui uma parente, que jamais conhecera. Tia Eva (melhor pessoa) mora em Port George, Washington. Port George, pelo que entendi, fica perto de Pine Island, onde mora a família Farraday.

Jude Farraday é a mãe superprotetora (irritante) dos gêmeos Zach e Mia, também de 14 anos. Zach é o atleta popular, gato e cercado de amigos, enquanto Mia é tímida, sonha em ser atriz e não tem amigos. Jude acaba incluindo Lexi na família quando esta resolve se juntar à Mia no intervalo da escola, para falar sobre livros. Olha aí a literatura criando e fortalecendo uma amizade que dura todo o Ensino Médio.

Mas Lexi se apaixona por Zach. E guarda esse segredo durante os anos escolares, isso porque não queria magoar Mia, porque, num passado não tão remoto, outra garota usou Mia para se aproximar de Zach e depois desfez a amizade. Lexi prezava demais sua amizade com Mia, ao passo que imaginava que Zach não gostava dela.

O último ano chega e todos os jovens estão às voltas com a formatura e os formulários de inscrição para as universidades. Os gêmeos Farraday querem ir para a USC (Carolina do Sul), que é bem conceituada... e cara. Como Lexi é bem mais humilde, sonha com a faculdade comunitária. Nesse meio tempo, Zach se declara para Lexi (e a gente começa a shippar esse casal), ele e a irmã conseguem entrar na faculdade desejada e Lexi consegue duas bolsas em universidades excelentes - Washington e Western Washington.

E como o que é bom dura pouco, uma certa situação - tragédia - destrói a família Farraday. Claro que Jude e seu radar de mãe pressentem que algo de ruim poderia acontecer e claro que fica muito arrasada com isso. E é aí que a amizade das meninas, o amor de Zach por Lexi e tudo que envolve essa família fica em xeque.
Dizer que sou fã da Kristin é como dizer que gosto de ler, porque ela é incrível! Apesar de seu início um pouco lento, pela necessidade de apresentar - com riqueza de detalhes - o universo da trama: seus personagens, o meio e o contexto em que vivem, (o que é visível em todos os livros dela) é possível enxergar como é Pine Island só pelas descrições da autora. Isso me deixa muito ansiosa para chegar à parte boa da história. E quando ela chega... aí você não larga mais.

A mensagem de Kristin Hannah sobre amor, família, perdão e compreensão é muito forte. Te faz pensar nas injustiças da vida e porque elas acontecem. Uma coisa que achei interessante foi o paradoxo entre Jude e a mãe de Lexi - como elas são tão diferentes. Outra coisa é ver os rumos que Lexi tomou: mesmo sendo filha de uma drogada e tendo tomado decisões ruins, ela segue o caminho do bem; é um doce de menina.

O final foi até como eu esperava, mas senti que faltou algo, que não sei como explicar, talvez tenha sido rápido, não saberei dizer. Os questionamentos que Jude faz sobre ser mãe (e sobre sua própria mãe, que vai aparecer em certo momento da trama) são super válidos e comuns às mães - vale refletir.

A edição da Arqueiro, que me cedeu o livro em parceria, está de parabéns. É dividido em duas partes, em terceira pessoa, mas narrando os pontos de vista de Jude e Lexi. A capa representa bem a trama: o jarro se quebrando, ele representa a família Farraday no ponto alto da história. Cinco estrelas é pouco pra Kristin Hannah.

P.S.: adorei o sobrenome Farraday.

P.S. 2: Miles Farraday, médico e marido de Jude, é a segunda melhor pessoa deste livro. E, disparado, o mais bonito, rs.



Olá!

Mais uma resenha de livro do James Patterson aqui no blog! Mas, diferente dos livros que li dele, esse é um romance. Eu sabia que ele escreve de tudo, mas é a primeira vez que leio algo dele que não seja policial/thriller. Estou apaixonada por O Diário de Suzana para Nicolas.
O Diário de Suzana para Nicolas começa com a editora literária Katie Wilkinson sofrendo porque seu namorado, o poeta Matt Harrison terminou o relacionamento que tinham há cerca de um ano. Antes de sumir no mundo, Matt deixou um embrulho para Katie e, quando ela o abriu, se surpreendeu: era um diário. O conteúdo do diário foi escrito por Suzana, esposa de Matt. Isso mesmo, Matt era casado. E tinha um filho, o Nicolas. Junto do diário, uma mensagem do poeta, que poderia ser resumida como: “é cruel, porém real” (minha interpretação).

No diário, Suzana vai contando desde quando foi embora da cidade grande após passar mal, até quando conheceu Matt e os pormenores de sua vida de casada. Entre uma leitura e outra, Katie vai sofrendo, pois as palavras de Suzana machucam. Mas são palavras reais, que, conforme você vai lendo, vai se emocionando.

Bem, eu sou suspeita para falar de James Patterson. Ele me conquistou com seus livros da série Alex Cross (policiais/thrillers/suspenses) e em parceria com outros autores. Ele escreveu incontáveis livros sobre os mais diversos temas, mas essa é a primeira vez que eu tinha lido um de seus romances.

Outras obras: Os Assassinos do Cartão-Postal (c/ Liza Marklund) | Zoo (c/ Michael Ledwidge)
E estou apaixonada. Esse livro é lindo, chega no coração. Ao mesmo tempo que você vai sofrendo com Katie, querendo consolá-la, você também quer estar com Suzana, porque ela também precisa de ajuda. Quando você pensa que Matt é um babaca, a situação vai se revelando e você, no final, só quer ajudar a todos.

Em 2005, essa linda história virou filme, com a Christina Applegate no elenco. Não sei se pretendo ver, pois o final é forte demais. Arriscarei. Mas, enquanto isso, apenas elogios para a edição da Arqueiro. Não localizei erros de nenhuma ordem e a capa dá uma ideia de como é a ilha de Martha’s Vineyard (gostei do nome), que é onde a história de Suzana se passa.

A capa da Arqueiro é linda e os capítulos são curtos, sob os pontos de vista de Suzana, Katie e Matt. Recomendado pra quem ama aquele romance contendo dor e sofrimento, mas que no fim, tudo fica bem - ou para sair da zona de conforto do James Patterson.


Olá!

Mais uma resenha de livro que me deixou no chão. Uma das apostas da Arqueiro para este fim de ano é Depois Daquela Montanha, de Charles Martin. Solicitei à editora esta obra, que vai para o cinema no ano que vem e é um daqueles livros que te fazem rir, chorar, te dá aperto no coração, mas no fim, sua vontade é dar um abraço de urso no autor, porque escreveu uma história digníssima.

Depois Daquela Montanha nos apresenta Ben Payne, um ortopedista que está preso no aeroporto, tentando voltar para casa. Porém, uma forte nevasca impediu os aviões de decolarem. Enquanto ele espera uma decisão por parte do aeroporto, ele conhece Ashley Knox, uma jornalista que está às voltas com seu casamento, que será daqui há 48 horas.

O voo de Ashley, Ben e todos os outros foi cancelado, deixando todos irritados. Porém, Ben procura uma alternativa. Um voo particular. E é aí que Grover entra na história. Grover é um piloto muito experiente, que aceita levar Ben até seu destino, a cidade de Jacksonville, Flórida. Mas, antes de ir, Ben resolve convidar Ashley para ir junto, ela ia para Atlanta. Ou seja, três pessoas mais Tanque, o cachorro de Grover. Em um avião pequeno. Para atravessar uma nevasca. A chance de dar errado é enorme.

A história vai começar mesmo quando o Grover sofre uma parada cardíaca em pleno voo, derrubando o avião. No meio do nada. Onde tudo é branco até doer. E aí, a dupla vai ficar presa em um território desconhecido, onde cada dia pode ser o último. Ashley leva a pior, mas já está acostumada: por ser praticante de tae kwon do, passou boa parte da vida frequentando a sala de cirurgia. E Ben é quem precisará segurar as pontas.

Que história, meus amigos! Ela começou meio morna, mas, conforme Ben ia abrindo seu coração para seu gravador portátil, que ele carregava para todos os lugares, eu ia querendo mais e mais entrar na história e ajudar Ben não só a superar as adversidades do acidente, mas também a de seu coração.

Ele estava para completar 15 anos de casado, mas uma briga fez com que ele quisesse se afastar de Rachel, seu grande amor. Conforme ele e Ashley conviviam, ela cada vez mais queria para sim um homem apaixonado, como Ben. Segundo ela, Vince, o noivo, era um homem bom. Mas não era como Ben. E ele, sempre que falava de Rachel - seja para o gravador, seja para ela - era sempre falando coisas boas. Mas ele feriu a esposa. Com palavras. Que atingem mais que um soco ou uma facada.
Para variar, quando um autor ou autora fala de amor de forma terna e delicada, só um nome me vem à mente: ele mesmo, Nicholas Sparks. Quando leio romances em que os homens são apaixonados e delicados e fiéis e o autor não é o tio Nick, começo a desconfiar. Não existem homens assim como os que o filho ilustre da Carolina do Norte cria. Mas Charles Martin demonstrou que não é bem assim. A forma como escreve, faz o leitor mergulhar num mundo onde tudo é lindo, menos os pumas, esses atacam sem medo (leiam e entenderão).

Calma, não estou comparando. Estou dizendo que Nick Sparks não é o único homem que consegue criar um personagem apaixonado. Aliás, as semelhanças entre ambos param por aí. Logo, se você não curte Sparks, além de eu te julgar, pode ler esse livro em paz. Martin nos brinda com uma história de superação, de amor, de tristeza (porque nem tudo são flores) e ainda por cima você torce para que tudo dê certo. E quando você descobre o que Ben fez que deixou Rachel chateada, apenas preparem os lenços.

Esse livro maravilhoso, com uma capa em tons de branco e cinza, tendo em destaque apenas um cachecol (bonito, inclusive) e uma árvore sem folhas no meio da neve, vai virar filme em 2017, tendo como protagonistas Idris Elba e Kate Winslet (que pode fazer o filme que for, pra mim sempre será a "moça do Titanic" hahaha) e espero que seja bem fiel à história. A edição da Arqueiro está impecável e que a editora se anime e traga mais livros do autor para o Brasil!


Olá!

Depois de mais uma semana longe do blog, que é meu único lugar que ao mesmo tempo é público (por estar na internet) e particular (pois só eu tenho acesso), por causa do TCC, estou de volta com uma resenha de um livro que começou morno, me deixando nervosa e ao mesmo tempo querendo ir até Londres bater na autora e terminando de um jeito que eu não esperava. A História de Nós Dois, de Dani Atkins, é um carrossel de emoções. E é dele que falarei hoje.

A História de Nós Dois começa com a despedida de solteira de Emma Marshall. Ela tem 27 anos e voltou de Londres para ajudar o pai a cuidar da mãe. Ela vai se casar com Richard, que conhece há mais de 25 anos, daqui a três dias. Voltando da despedida de solteira junto com suas amigas Caroline e Amy pela estrada, o carro capota, em um grave acidente.

Elas são salvas por Jack Monroe, um escritor americano que está de passagem pela Inglaterra - e viu quando o carro capotou. Como Amy morre horas mais tarde, o casamento de Emma é adiado. Emma e Caroline ficam em estado de choque, principalmente Emma, que passa a ter a "Síndrome do Sobrevivente" (que existe mesmo; é quando a pessoa, após um acontecimento traumático, passa a se sentir culpada pelo que aconteceu).

Mas, o que seria só um adiamento para a ser visto como algo definitivo. Isso porque, como Jack é uma pessoa muito atenciosa, está sempre perto de Emma, ajudando-o no que é necessário, ao contrário de Richard, que também é atencioso, mas está muito distante. E isso levanta uma suspeita, que logo será confirmada. E é nesse triângulo amoroso que está Emma. Será que ela se casa com Richard ou dá uma chance para Jack?

Que livro! Ele começa modorrento, tanto que me fez abandonar a leitura por alguns dias (a biografia do ABBA passou a ser bem mais interessante...). Quando retomei a leitura, continuou modorrento, mas quando levantei uma suspeita, aí começou a ficar bom. Tive que ficar até de madrugada lendo, porque eu precisava saber o que Emma faria.

Emma, nossa protagonista, é uma boa alma, sempre disposta a ajudar as pessoas, largou seu emprego em Londres para voltar para sua cidade natal para ajudar o pai a cuidar da mãe, que tem Alzheimer (tenho uma tendência a criar afeição por personagens literários com Alzheimer). Ela gosta de Richard, mas depois do que aconteceu, ela ficou muito balançada. Só posso dizer que é algo muito grave. Mas, por incrível que pareça, todos ficaram contra Emma quando ela tomou a decisão, principalmente Caroline, a amiga ridícula, que dava uns conselhos que, só Jesus na causa dela, porque, olha, que ódio dessa fulana, vontade de socá-la!

Richard é o, até o momento, noivo que está aguardando remarcar a data do casamento. Como já dito, ele cometeu um erro muito grave. Ele se arrependeu e tals, mas, ficou pressionando Emma para remarcar a data, usando inclusive os pais dela, Bill e Frances, que o adoravam. Golpe baixíssimo. Outro que eu gostaria de socar.
Jack (pausa pra suspirar), o americano que salvou Emma e as amigas do acidente, está na Inglaterra para colher informações sobre seu novo livro. Ele escreve thrillers e é muito aclamado por isso. É visível seu interesse em Emma, mas ele voltará para Nova York em três semanas, além de não querer se relacionar com ninguém após seu casamento ter fracassado. Tem seus segredos, mas sua bondade e seus sentimentos por Emma o tornam um doce de pessoa - diferente do idiota do Richard.

Como eu disse, começou modorrento, mas depois, a Dani nos prende na história de um jeito que você não vai largar a história. Quando eu descobri o babado forte que aconteceu, fiquei torcendo para um determinado final. A história começou a pender para o lado errado, aí quis entrar no livro e socar todo mundo e depois ir para Londres socar a Dani, mas desisti porque, além de ser uma senhora, ela deu um final que eu não esperava, tanto que eu fiquei "ah não, por que fez isso?". Dani tem dessas.

Recebi esse exemplar em parceria com a Arqueiro. Sobre capa, edição e revisão, tudo seguindo o padrão Arqueiro de qualidade. A capa é igual a da edição americana, que lembra muito a capa de Uma Curva no Tempo (resenha aqui), será que a editora terá um "padrão Dani Atkins de capas"? Não encontrei erros de português, mas a capa de Uma Curva no Tempo ainda é mais bonita do que essa.

Recomendo sim a leitura de A História de Nós Dois, ainda mais porque quando o livro chega na metade, a trama melhora e muito! E ainda é possível imaginar o final. Aliás, depois que terminei a leitura, porque o fim acabou com meu pobre coração! Não chorei, mas, como eu disse, fiquei querendo saber porque Dani Atkins acaba com a gente com esses finais!


Olá!

O Vida Literária de hoje foi uma escolha da Ani. Ela escolheu um chick-lit que tanto ama, rs. Este é o segundo livro de Katie Fforde que é publicado aqui no Brasil e é sobre ele que vamos falar. Lembrando que o Vida Literária é um projeto que consiste que eu, a Ani (EC&M) e a Raíssa (O Outro Lado da Raposa) leiamos um mesmo livro, discutamos e depois o resenhemos. Ah, o livro se chama Uma Pitada de Amor.


Skoob | Saraiva | Site Katie Fforde | Record

Uma Pitada de Amor começa com Zoe Harper em Somerby (Inglaterra), para participar de um programa de culinária - tipo Masterchef. Porém, como ela chegou muito cedo, resolveu passear pela região. Até que viu um carrão quase cair em uma vala. Era o crítico de gastronomia Gideon Irving - lindo e maravilhoso - que ficou muito indignado. Zoe, que é uma alma bondosa, resolve ajudar o rapaz, mesmo sabendo que ele viria a ser um dos jurados do programa. Depois de tirarem o carro da vala, ele resolveu dar uma carona à moça, sabendo que isso poderia vir a prejudicá-los no programa.


Ao voltar para casa onde ficaria instalada, Zoe conheceu Fenella, dona da casa, que estava prestes a ganhar bebê. Fenella precisava dar atenção à produtora que estava lá para gravar os primeiros episódios. Era muita gente e Fen estava só com seu marido, Rupert. Zoe, que já disse que é uma alma bondosa, se habilitou a ajudar no que fosse necessário.

Quando tudo já estava pronto, chegaram os demais participantes. Pra não ficar lento, vou destacar os mais relevantes: Muriel, a dona de casa; Bill, o ex-ator; Becca, a quieta; Shadrach, o especialista em facas; e Cher, a metida - prestem atenção neles. Logo de cara, Zoe terá que dividir o quarto com Cher - que ficou com a cama de casal. Um certo dia, porém, nossa amada (sqn) Cher resolver dormir. E trancar a porta do quarto, deixando Zoe do lado de fora. Ela tentou entrar, mas nada. Só lhe restou procurar outro quarto. Fenella até tentou ajudar Zoe, mas não encontrava cópia da chave, então, Zoe resolve dormir no sofá mesmo.

Até que ela foi parar na cama do Gideon. Calma, ela fingia dormir quando foi carregada por ele. Como a cama era grande, os dois caberiam tranquilamente. Até que Zoe acordou, um tanto angustiada por causa da competição. Ela estava na cama. Com Gideon. Tentou seduzi-lo. E conseguiu. Tá, foi uma tentativa meio tosca, mas ela conseguiu. E a história começa justamente aí, quando Zoe toma a irremediável (e maravilhosa) decisão de transar com Gideon.
Quando a Ani escolheu esse livro, não dava nada por ele, mais um chick-lit de capa bonita no meio da multidão de chick-lits. Mas a história é um tanto interessante. Em suas 400 páginas, vemos uma Zoe se arriscando ao se entregar para Gideon ao mesmo tempo que se desdobrava para ajudar Fenella e ainda se preparar para as provas do programa. Zoe é um doce de pessoa, mas às vezes, sua bondade me irritou um pouco - se coloque em primeiro, mulher!

Gideon, ah, esse crítico maravilhoso... No começo se mostra um chato arrogante, mas com o virar das páginas, ele se mostra um cara legal, que se preocupa com Zoe e o que ela sente. Ele também está dividido entre ela e sua posição de jurado - se tudo vem à tona, sua carreira pode acabar. Mas ele tem um segredo, que quando li, fiquei de queixo caído. Achei cretino da parte dele esconder isso.

Em 400 páginas, podemos desenvolver uma ótima história, nem lerda demais, nem atropelada. E foi nisso que a autora pecou. A escrita dela lembra muito a da Marian Keyes, por sinal. Ela ia bem, mas tacou algumas revelações, colocou o clímax e acabou a história. Como assim, mulher??!!! Não deu tempo nem de shippar!!!!!

A escrita da autora é divertida e leve, apesar de abusar algumas vezes de certos clichês. Ela seguiu a linha de muitos outros chick lit que já existem, talvez com medo de se arriscar em algo mais ousado e fora do padrão. Mas é uma leitura que se dá tranquilamente enquanto aprendemos um pouco mais sobre cozinhar. Raíssa Martins

Até onde pesquisei, não há continuação - nem sinal dela. Mas senti falta de algo no final, pra mim, a autora deixou em aberto, cabendo uma sequência. Não sei se eu leria essa possível sequência, mas acho que seria interessante. Em relação à capa, a da Record é bem bonita, mas a original é mais, porém, segue um padrão imposto pela autora em suas capas.

Não é segredo que eu sou fã de programas culinários, ao ver a obra sabia que seria uma boa leitura. Foi muito bom conhecer um pouco mais da personagem e dos bastidores do programa. A autora conseguiu criar bons personagens com boas histórias. O final ficou um pouco em aberto, seria lindo se houve uma continuação focando no futuro dos personagens. É uma boa história e com certeza vale a pena ser lida (mas com um bom doce por perto, a leitura dá fome). Ani Lima

Além disso, o livro dá ótimas dicas para quem gosta de cozinhar e até mesmo os bastidores de um programa de TV desse gênero. Sem falar que dá muita fome durante a leitura, tamanha a quantidade de comidas gostosas que os personagens cozinham...
Então, para uma tarde em que você quer algo leve, a leitura é mais que recomendada! Recomendo visitar também o site da Katie (em inglês, o link está abaixo da primeira foto neste post), é muito legal!

Postagem participante do:



Olá!

Como foi o fim de semana de vocês? Espero que bem! Hoje trago a resenha de um livro que, digamos que não entendi a mensagem que ele transmite, mas que tem uma história até razoável. É o Confissões de Inverno, romance de estreia de Brendan Kiely.

Confissões de Inverno começa com o jovem Aidan Donovan se drogando (esmagando e cheirando) com Adderall, um forte calmante, durante mais uma festa dada por sua mãe, Gwen. O jovem vai se destruindo aos poucos, desde que o Velho Donovan (seu pai) foi embora de casa para viver com outra mulher na Europa. Os Donovan são da alta sociedade de Connecticut, EUA.

Além do Adderall, Aidan bebe e encontra consolo no padre Greg, sacerdote da igreja Preciosíssimo Sangue de Cristo, paróquia da região. Porém, durante o Natal, Aidan descobre as verdadeiras intenções do padre Greg. Que não são boas.

A família vai se destruindo aos poucos e Aidan encontra consolo em três amigos de escola: Mark, jovem que vive pressionado por seu pai; Sophie, uma garota bem rebelde e Josie, a menina que ele gosta. Esse quarteto se unirá nos bons e maus momentos. O inverno mostrará algumas facetas diferentes do amor...

O que dizer de uma história que mostra a busca pelo amor, a aceitação e seu lugar no mundo? É isso que se passa na cabeça de Aidan. Ele quer saber quem é de verdade, está cansado de usar máscaras para conviver entre os membros da alta sociedade. Está cansado da hipocrisia em que vive. E tudo isso acontecendo enquanto ele guarda um grave segredo!

Esse livro eu recebi em parceria com a Arqueiro e não tinha nenhuma expectativa sobre ele. Ainda bem, porque não foi a melhor leitura. O começo é um pouco confuso e quase de cara você já descobre o segredo de Aidan. A história é triste, porém, não é difícil de vermos casos assim. Não transmite nenhuma lição, mas, quem for católico fervoroso vai odiar a leitura. Eu só odiei dois personagens: Elena, a babá de Aidan e o padre Dooley, superior da igreja Preciosíssimo Sangue. Os odiei porque Aidan precisou deles e ambos só tentaram acobertar, nada fizeram pra ajudá-lo.

A história é dividida em 15 capítulos, narrados por Aidan. Acho que, por ter Igreja Católica envolvida, muitos (pra não dizer todos) que lerem esta resenha ou até mesmo lerem a contra-capa do livro, terão ideia do que Aidan passou.

Apesar de não ter sido a melhor leitura do mês, recomendo o livro pra quem quer sair da zona de conforto literária. É o primeiro romance do autor e, portanto, ele merece uma oportunidade. A Arqueiro novamente de parabéns, trabalho de revisão e edição impecáveis, não encontrei erros de nenhum tipo.


Olá!

O filme de hoje é um desses que nos deixa encabulados. Quando pensamos que tudo vai acabar do jeito que imaginamos (e esperamos), o jogo vira. Mais uma comédia romântica será resenhada hoje. É o "Um Novo Amor", com Andy Garcia e Vera Farmiga.

Título Original: At Middleton
Ano: 2013
Elenco: Andy Garcia, Vera Famiga, Taissa Farmiga, Spencer Lofranco
Duração: 1h48m

Um Novo Amor conta a história de George Hartman, um cirurgião cardíaco, e seu filho Conrad. Ele está indo levar o jovem para um tour pela Universidade de Middleton, onde, segundo o pai, é o local mais adequado para o filho estudar. Porém, o garoto não quer saber do campus. Chegando no estacionamento do campus, George conhece Edith, de um jeito bem esquisito, digamos. Ela, mais rápida, estaciona na vaga que ele queria. E o pior é que ele vai tirar satisfação com ela!

Do outro lado temos Edith Martin, dona de uma loja que vende móveis antigos e sua filha Audrey, que quer muito estudar em Middleton e ser aluna de Roland Emerson, um dos professores mais importantes da faculdade, além de ser um linguista de sucesso. Porém, a mãe não tem certeza se Middleton é bom para a filha. Como muitos jovens, não sai do celular e usa bastante a arrogância para com a mãe.

Durante a visita guiada pelo campus, George e Edith, que não têm nada em comum, a não ser os filhos que podem estudar no campus, se separam do resto do grupo e acabam aprontando muitas loucuras - digo que são loucuras porque eles são pais de família, se fossem jovens seria só aventura - dentro da faculdade, desde roubar bicicletas a participar de uma aula de teatro! Mas, uma hora a visita acaba e, o que vai acontecer com George e Edith? Será que vão prolongar esse dia tão especial?

Gente, o que dizer desse filme? É muito lindo! Primeiro, vale a pena citar as atuações de Andy Garcia e Vera Farmiga.. O Andy eu já conhecia do filme "Confusões em Família" (ele é um ator bem famoso, mas Confusões em Família foi o primeiro que vi dele) enquanto era a primeira vez que via um filme com Vera. Foram excelentes atuações - diria geniais, até, mas esse filme é só mais um blockbuster no meio da multidão, talvez nem seja tão conhecido assim. O casal tinha química, o que, em qualquer produção, deve ser considerado. Também tem muito humor. Não só os adultos, mas os jovens, apesar de seus medos e as imposições de seus pais, também se divertem no campus.
essa cena é muito linda, só coloquei ela de walpaper do PC do trabalho rs
Pesquisando na internet (e descartando as imagens de Kate Middleton) vi que o campus da universidade de Middleton é enorme e bonito, como no filme. A parte ruim fica na tradução do título: de At Middleton para Um Novo Amor. Não gostei. Elenco, produção e fotografia estão de parabéns. Juntando o talento dos atores, o bom roteiro e a Universidade, o filme ganhou uma mística própria. A curiosidade fica por conta das atrizes Vera e Taissa Farmiga, que na vida real são... irmãs!

Vera é mais velha que Taissa "só" 21 anos (Vera tem 42 e Taissa, 21) e ainda por cima fazem aniversário no mesmo mês! (Vera faz no dia 6 e Taissa no dia 17) Foi através de Vera que Taissa entrou pro cinema. Elas são norte-americanas com descendência ucraniana. E têm seis irmãos. Quem também faz uma participação no filme é Daniella Garcia, filha de Andy. Ela é Daphne e vai aparecer durante o filme.

Para uma tarde de tédio, junte a pipoca e vá assistir Um Novo Amor. É um filme bem sessão da tarde, mas vale a pena, tem muito amor envolvido. Mais um filme que ganhou um lugar especial no meu coração, junto com Top Gun, O Guarda-Costas e O Amor Pede Passagem. É um filme para passar o tempo, nada muito profundo, mas bem feito e isso é o que importa.


Olá!

Pra começar essa semana, tem resenha de filme francês! Desde que comecei a trabalhar na distribuidora de conteúdo, prestando serviços pra Netflix (favor não me pedirem filmes), assisti vários filmes, de todos os gêneros e nacionalidades imagináveis (menos pornô, graças a Deus). E pude ver a diferença entre os filmes franceses e os americanos.


Título Original: Des Vrais Mensonges
Ano: 2010
Elenco: Audrey Tautou, Nathalie Baye, Sami Bouajila e elenco.

Duração: 1h45m

Já tinha aprendido essa diferença na faculdade: os filmes franceses são os de amor - tem uma mensagem a transmitir. E os filmes americanos são de ação - visam o lucro. Claro que existem exceções nos dois tipos, mas, a grosso modo, é assim que funciona. Justamente por isso, passei a amar os filmes franceses, são lindos demais, não melosos ou frescos, mas lindos.

E por considerar pakas os filmes desse país, trago hoje a resenha de um filme que tem muito amor envolvido e humor também. E ainda tem a talentosa Audrey Tautou, que ganhou fama mundial ao protagonizar o filme "O fabuloso destino de Amélie Pouchain", em 2001. Além de ser linda e talentosa, pra mim, ela tem os olhos escuros mais lindos do mundo - lembram jabuticabas. <3 Desfrutem a resenha de "Uma Doce Mentira".

Uma Doce Mentira conta a história de Émilie Dandrieux (Audrey Tautou), cabeleireira e dona de um salão de beleza, o “As Intosáveis”. Ela é sócia de Sylvia e tem como funcionários Jean e Paulette. A história começa com Émilie recebendo uma carta anônima. Uma carta de amor anônima, que ela lê e imediatamente descarta. Na verdade, a carta não é tão anônima assim, quem escreveu foi Jean, que a ama desde o primeiro dia que a viu.

Nesse meio tempo, Maddy, a mãe de Émilie, está em depressão, desde que seu marido a trocou por uma moça mais nova que Émilie. E ainda por cima, a dita madrasta está grávida.
Para ajudar a mãe a sair da tristeza profunda, Émilie pega a carta que recebeu e a reescreve para a mãe, de forma anônima. A mãe fica radiante ao receber tal carta, mas, obviamente quer saber quem enviou. E quer receber mais cartas.

A cabeleireira então escreve mais duas cartas. Mas são muito ruins, em comparação à primeira. O problema surge quando Maddy acha que Jean, que ama Émilie, é quem está enviando as cartas. E a confusão está armada. Enquanto que Émilie tem um sentimento estranho por Jean, ela fica, digamos, meio boba na frente dele, nunca sabe o que dizer, nem como dizer - a pobre tem dificuldade com a gramática e Jean é que nem eu: corrige sempre que pode, rs.

Émilie é uma personagem de bom coração - meio burra, mas de bom coração - ela tenta ajudar a mãe a sair da fossa, que foi abandonada há quatro anos pelo marido e, sequer teve forças para assinar o divórcio. Jean é formado em Harvard, mas trabalha como eletricista. É um cara tímido, mas que sabe o que sente por Émilie. Ele é o galã que toda mulher queria ter. Sylvia e Paulette também tem sua importância na trama - elas são as mais engraçadas. E Maddy (apelido de Madeleine) é uma mulher ainda jovem, mas que está com uma aparência velha, devido seu sofrimento.

Esses personagens garantem arrancar suspiros e risadas do público. Com uma trama leve, Uma Doce Mentira nos faz refletir sobre o amor, depressão, esperança. E também nos faz rir, principalmente pela Sylvia, que é muito tímida e está sempre em rabo de foguete. Sem falar que Jean é um gato - provavelmente tenha descendência argelina, o que deixa ele mais sedutor, rs.

Sério, assistam esse filme, só vendo pra acreditar que os filmes franceses não perdem em nada para os blockbusters dos EUA. Vale a pena pela história, pelos personagens, pela fotografia e porque tem a Audrey Tautou, que é um charme a parte - já falei que sou fã dela?

Pra galera que tem Netflix, só posso dizer que, em breve Uma Doce Mentira estará no catálogo deles, portanto, não vejo motivos para não assistirem. E vejam legendado, porque o francês é uma língua linda demais para ser deturpada por dublagens. E quem ver legendado, se virem que a legenda não está boa, podem reclamar comigo, fui eu que sincronizei a legenda, rs.

Assistam a cena da franja (bem no começo): pra mim, melhor cena do filme. Além do trailer, vou deixar pra vocês uma matéria que achei na internet, uma entrevista que a Audrey Tautou concedeu à Veja quando veio pro Brasil divulgar Uma Doce Mentira. Só posso dizer que ela tem talento e humildade, essa linda <3 Pra conferir, só clicar nesse link.






Olá!

Dando sequência às resenhas da série Quarteto de Noivas, hoje tem a resenha do terceiro volume, Bem-Casados, de Nora Roberts.
(agora fotos com marca d'água hehehe)



Bem-Casados conta a saga do Quarteto de Noivas sob o ponto de vista de Laurel McBane, a confeiteira. Ela é a responsável por todos os doces e quitutes que são servidos nas cerimônias que a Votos organiza. Logo, o trabalho dela é o mais gostoso...

Diferente da vida de Mac (que tem uma mãe insuportável e um pai ausente) e Emma (que nasceu numa família numerosa e rodeada de amor), Laurel era fruto de um casal instável: o pai traía a mãe e deu vários golpes na Receita Federal, enquanto que a mãe... Bem, a mãe não lhe dava atenção.

A história começa com as quatro, ainda jovens, se preparando para o baile de formatura. Cada uma já tem seu futuro definido: Emma e Parker vão para a faculdade e Mac vai fazer cursos de fotografia. E Laurel? Ela não tem muito que fazer, vai pra faculdade pública fazer um curso qualquer e trabalhar muito para poder pagar seu curso de Confeitaria.

Quem a ajuda é a governanta dos Brown, senhora Grady, ou simplesmente Sra. G. A sra. Grady pagou o curso de confeitaria de Laurel, que além de ser caro, ficava em Nova York.
Laurel, grata pela ajuda se dedicou de corpo e alma nos estudos. Mas tem uma coisa que ela nunca esqueceu: seu amor por Del, irmão de Parker. Ela sempre foi apaixonada por ele, porém, ele a vê como uma irmã, sente-se responsável por ela. E pelo Quarteto. Então, depois de um beijo acidental, Laurel e Del resolvem se envolver, só pra saber como vão terminar, se o relacionamento avançaria ou não.

Pra variar, o Quarteto e Jack e Carter resolveram apostar: quanto tempo Del e Laurel namorariam sem sexo. O problema é que Laurel queria algo que ela (achava que) sabia que Del não ia querer. Enquanto que Del não sabia como cuidar de Laurel como mulher. Ao longo da história, ele foi condicionado a cuidar delas como irmãs e, saber que está se envolvendo com uma delas não o deixa em situação confortável.

Esse livro está muito recomendado por motivos de: Nora consegue trazer o leitor para o mundo da Votos, o leitor se sente parte dele. A escrita é envolvente, não deixa ponto sem nó, sempre focando em Laurel, mas não se esquecendo de Mac e Emma e já dando uma avant-premiére do que virá no quarto livro, com Parker protagonista.

"Muito amor envolvido" define o relacionamento de Laurel e Del (como shippar?). Todos veem que eles se amam, mas ambos adoram colocar obstáculos, como a (maldita) diferença de classes sociais - Laurel não é ninguém na fila do pão e Del vem de uma família influente em todo o estado - e o fato de que Del não a vê como mulher. Coisas que poderiam ser resolvidas com conversas francas. Mas pra quê conversar se posso armar barraco, né?

A edição da Arqueiro continua impecável, menos na parte de que os capítulos começam no meio da folha, tão mais bonito começar no topo. Fonte Times 14 e folhas amareladas contribuem para uma leitura agradável, inclusive para ler no sacolejar do ônibus, hahahaha. A capa está de lamber os beiços, com esse bolo maravilhoso. Ou seja, motivos não faltam para você ler essa maravilha escrita pela Nora!

E você, leu/pretende ler Bem-Casados?


Olá!!!

Por motivos de muitas leituras atrasadas, hoje é dia de TAG respondida!!! Prometo que, semana que vem, vai ter resenha sim! E se reclamarem, vai ter tanta resenha que sete dias na semana serão poucos para tanta resenha :)

Voltando à TAG, ela se chama Amor vs. Ódio. Foi criada pelo blog Purmoon e eu fui indicada pela Raíssa, do O Outro Lado da Raposa. As respostas dela estão aqui e as minhas logo abaixo. E a imagem peguei da Raíssa porque achei bonita e não sei fazer nada dessas coisas legais, rs. As coisas que eu amo estão à esquerda, mais uma forma de saber um pouco mais sobre mim.



Anime/Mangá 
Nenhum

Filme  
O Guarda-Costas/Ouija - Onde Tudo Começou

Série 
Pablo Escobar - El Patrón del Mal/ The Walking Dead

Livro
Travessuras da Menina Má/50 Tons de Cinza

Comida 
Lasanha/ Bacalhau

Bebida 
Schweppes/Café

Doce/sobremesa 
Brigadeiro/Doce de abóbora

Acessório
Relógio/Anel

Peça de roupa 
Calça jeans/Saia

Calçado 
Tênis/Todos os outros tipos de sapatos femininos

Música
Pop romântico/Funk

Estação do ano
Primavera/Inverno

Flor/planta
Nenhum 

Animal 
Gatos/Todos os répteis

Cheiro/aroma 
Cominho/Fumaça

Cor 
Nenhuma

Banda/cantor 
Laura Pausini/Amado Batista

Fruta 
Goiaba/Figo

Festa/dia 
Feriados Emendados/Carnaval

Hobby/atividade
Ler/Secar louça

Esporte
Ciclismo/Futebol Americano

Objeto
Livros/Armas

Como sou péssima em indicar blogs, deixo livre para que todos se sintam à vontade para responder :)






Olá!

Gente, antes da resenha, gostaria de avisar que estou participando do concurso #BrasilemProsa, da Amazon Brasil. Meu conto é o Uma História de Amor e Árvores, que está disponível gratuitamente na Amazon até este domingo, 26/07. Gostaria que vocês baixassem, lessem e me dissessem o que acham - aceito também divulgações, rs. Espero que gostem!!!!

Agora, falemos do que interessa. O resenhado de hoje é um relato autobiográfico. Três semanas com meu irmão é um relato de uma viagem que Nicholas Sparks fez com seu irmão, Micah.



A história começa com Nicholas mostrando brevemente sua rotina com a família: ele ajuda a cuidar dos cinco filhos e é responsável pela correspondência. E foi no meio das cartas de mais um dia comum em sua casa na Carolina do Norte, que Nicholas recebeu um panfleto de uma agência de viagens. Um tour por vários países, que duraria três semanas. Ele conversou com sua esposa, relutou bastante, mas optou por ir. E resolveu convidar seu irmão Micah.

No capítulo seguinte, o autor conta como seus pais se conheceram, muito jovens e se casaram muito cedo, como foi sua infância com Micah e Dana, sua irmã caçula.

Os capítulos sempre começam com detalhes dos lugares em que eles visitaram, e terminava com uma história do passado do autor. E com direito a várias fotos, tanto da viagem como da infância e adolescência de Nick, Micah e Dana.

E por mais incrível que possa parecer, a família Sparks passou por maus bocados. Eles viviam na pobreza de marré de si (será que eu escrevi certo? Hahaha). O autor afirma que chegou a viver abaixo da linha da pobreza. Não pude deixar de imaginar como ele sofreu. Sofreu mesmo. Se você acha que pobreza é triste, é porque ainda não sabe das duras perdas que ele sentiu.

Os locais que os irmãos passaram foram os mais incríveis que alguém pode imaginar: Camboja, Índia, Noruega... Claro que não vou falar todos, vou deixá-los curiosos, rs.

Nem tudo é tristeza nesse livro. Nicholas também conta como conheceu Cathy, sua esposa. Como ele quase se tornou um atleta e como é difícil criar cinco crianças, sendo uma especial. E ainda contou detalhes de sua vida como escritor, contando como, acidentalmente escreveu seu primeiro livro, Diário de Uma Paixão.

A edição que eu recebi da parceira do blog, Arqueiro, está impecável, mas encontrei uns errinhos - faltando artigos e pontos finais. Mas nada que não me fizesse devorar esse livro em dois dias - obrigada feriado de nove de julho! Fonte Times 14 e folhas amareladas contribuíram para o conforto durante a leitura.

A única coisa que pesou contra foi a demora. O livro foi lançado em 2004, mas chegou no Brasil mês passado. Em dez anos, Nicholas escreveu muitos livros. E se separou de Cathy. No livro ele fala da importância da esposa em sua vida, e aí me senti meio esquisita porque ele morre de amores por ela. Porém, eu li depois que eles se separaram, no começo de 2015. Fiquei triste. Não sei porque a Arqueiro demorou tanto em publicar - vai ver o autor não liberou os direitos, quem sabe.

Mesmo com o hiato de uma década, esse livro é recomendado porque te faz refletir sobre familia, perdas, fé e sobretudo, o amor. Se eu pudesse encontrar Nicholas Sparks, eu lhe daria um forte abraço e diria: você é um vencedor! E pediria um autógrafo, claro, rs.