Olá!

Pense no livro mais engraçado que você já leu. Esse mesmo, esse título que te arrancou gargalhadas em todos os lugares que você o leu. Pode ter certeza que o francês Gilles Legardinier superou o/a autor/a da obra em que você pensou. Um dos lançamentos de abril da Arqueiro me fez ter altas crises de riso. Confira a resenha de Amanhã Eu Paro!
SKOOB - Este livro não é sobre gatos, porém vai contar a história da jovem Julie Tournelle, que mora em uma cidadezinha (não citada) no interior da França. Ela está na festa de divórcio de um amigo, quando um homem a aborda perguntando qual foi a coisa mais idiota que ela já fizera na vida. Então, ela se abre para o leitor (e para quem lhe fez a pergunta) e conta sua maior (e mais louca) aventura.

Julie tem um emprego chato num banco e separou-se recentemente de um namorado abusivo. Porém, um novo morador chega em seu prédio. Um homem cujo rosto ela não conhece, mas seu nome torna-se um mantra em seus lábios. Ricardo Patatras. Isso mesmo, Patatras é o sobrenome do cara, e é justamente nisso - o sobrenome incomum - que ela vai reparar.

Por causa de sua imensa curiosidade, ela chegará ao ponto de prender a mão na caixa de correio do vizinho sem rosto e é bem nesse dia que se conhecem. Ricardo diz trabalhar com informática, e a atração de nossa mocinha atrapalhada é imediata. Ela não faz outra coisa senão pensar no cara. Vai pintar altos climas, mas ela tem medo de se apaixonar e o cara ser, sei lá, um doido assassino.
Diferente de muita coisa que já li, Amanhã, Eu Paro! é um livro super gostoso e engraçado de se ler. Em meia hora de leitura, já tinha dado umas três gargalhadas, daquelas bem gostosas. A sinopse diz que "Julie tem o irritante hábito de fazer as maiores loucuras quando está apaixonada". Mas sabe que, em nenhum momento fiquei irritada com ela? Pelo contrário, cada vez que ela vai narrando um acontecimento seja com Ric, seja na vizinhança, a vontade que me dava era de entrar na história e viver essa aventura com ela - menos namorar o Ric, dispenso.

A redondeza que Julie vive é muito bacana: tem o Mohamed, do hortifruti (é o terceiro Mohamed que é dono da loja, mas só o primeiro realmente tinha esse nome), a sra. Bergerot, da padaria, que todo mundo queria ter como avó, o Xavier, que mora no prédio vizinho e, por não ter entrado no exército, acabou por construir um super carrão bólido, a Géraldine, colega de banco da Julie, que é muito doida... Enfim, gente bacana que dá todo um charme à história.
Tá vendo o gatíneo passeando ali na página? Então, ele faz parte de um flipbook :)
Ricardo Patatras é um poço de mistério, a começar pelo sobrenome, que claramente não é francês. Ele diz trabalhar com informática, mas tem umas informações muito exclusivas sobre a casa de uma certa família Debreuil, que tem uns segredos meio polêmicos... Não sabemos o que esperar dele, mas queremos (e torcemos) para que ele seja um cara super do bem e não faça nossa Julie sofrer.

A edição da Arqueiro está uma lindeza, a capa é a mesma da edição original, em que se ressalta que não é um livro sobre gatos, porém, quando solicitei o livro à editora, foi justamente o bendito gato que me chamou a atenção, ainda mais por ele usar um gorro peruano super conceitual, que é feio pra burro, mas agora eu quero um. Achei uns dois errinhos, graves, porém que não alteram a beleza e o humor da leitura.

Eu, infelizmente, não falo francês (aprendi algumas coisas, mas não são suficientes para que eu inicie uma leitura), então fica o apelo para que a Arqueiro publique mais obras dele, porque o cara é muito bom! Não são todos os homens que escrevem uma personagem feminina - em primeira pessoa - sem soar piegas ou artificial. Gilles e a Arqueiro estão de parabéns.

E agora eu quero um gato e um gorro peruano. Ou um gato usando gorro peruano.



Olá!

Pela primeira vez, tive a oportunidade de ler algo de Patrick Modiano, prêmio Nobel de Literatura 2014. Apesar do título comprido, Para Você Não se Perder no Bairro é um livro super curto, que pode ser devorado em horas. Vem comigo conferir do que se trata esse romance.
Para Você Não se Perder no Bairro nos apresenta o escritor parisiense Jean Daragane, que está na solidão de sua casa, quando recebe uma ligação. Do outro lado da linha, um desconhecido afirma ter encontrado a caderneta de endereços de Jean. O homem insiste em querer devolvê-la pessoalmente ao autor, mas ele reluta muito antes de aceitar.

Quando finalmente se encontraram, Jean percebe que são duas as pessoas que encontraram a caderneta - um casal. Mas, o encontro tinha segundas intenções, pois o rapaz queria que Jean desse o paradeiro de um certo Guy Torstel. Mas Jean, já velho, não tem a menor ideia de quem diabos é esse Guy. Depois de muito puxar na memória, Jean se lembra que esse Guy Torstel foi citado em seu primeiro livro. 

E esse Guy Torstel também consta na bendita caderneta de endereços, mas, a caderneta é tão antiga que o número do Guy têm sete dígitos e na França atual, os números de telefone têm dez dígitos. Depois de muito procurar, Jean descobre que o senhor Torstel era amigo de um certo Jacques Perrín... e de sua mãe. E depois surge um novo nome: Annie Astrand. 
Indo a fundo em suas investigações, ele vai parar numa casa na cidadezinha de Saint-Leu-la-Fôret. Puxando demais na memória, ele se recorda que passou certos momentos de sua infância nessa casa. E nessa casa, ele se lembrou que Annie Astrand, Guy Torstel, Jacques Perrín e sua mãe a frequentaram também. Enquanto isso, ele quer distância das pessoas que encontraram sua caderneta.

Como eu disse lá em cima, o livro é super curto, tem só 144 páginas, mas é muito bem escrito, oscilando entre um Jean criança e um Jean velho, com suas preocupações e um final um tanto improvável. Por ser a primeira obra que leio do francês, até que as impressões foram boas, apesar de ter dormido duas vezes enquanto lia, a atenção durante a leitura é máxima, pois a passagem de tempo é sutil. 

O título do livro é bem condizente com a obra, mas o motivo só é relevado nas páginas derradeiras. Leitura recomendada para pessoas mais velhas, jovens como eu podem se enfadar com as passagens de tempo e os devaneios do Daragane. Percorrendo a escrita do autor, ele mereceu demais o Nobel. Pretendo ler mais de Modiano, para entender melhor sua maneira de escrever. E parabéns à Rocco pela capa super bacana, com um mapa de Paris.



Olá!

O post de hoje, apesar de ser opinativo, está mais para serviço de utilidade pública do que opinião propriamente dita - mas claro que tem minha opinião. Queria compartilhar com vocês um momento raro na minha vida: uma ida ao cinema.

Como vocês puderam ler no título, vou falar sobre filmes de arte, um local que exibe esse tipo de filme e um título que assisti recentemente. Tudo isso em um só texto, ou seja, tópicos diferentes, mas que se casam entre si, formando uma grande teia. Ou, se preferir, senta que lá vem textão.
Alguém ousaria dizer não à Amélie Poulain? (pena que não tem mais na Netflix...)
Basicamente, aprendi os conceitos de filmes de ação (aqueles que priorizam efeitos especiais e bilheteria) e de arte (aqueles que priorizam a mensagem e as expressões) ainda no início da faculdade, quando eu tinha outra mentalidade. Porém, só tive a oportunidade de contextualizar os conceitos aprendidos em sala quando troquei de emprego, e pude mergulhar no mundo dos filmes sob demanda.

Um exemplo de quem sabe fazer filmes de ação são os EUA, claro, que criaram também o Star System (um sistema que tem como objetivo endeusar os atores/atrizes; exemplo clássico é o Oscar). Já os mestres dos filmes de arte são os franceses. Mas isso não significa que os franceses não façam filmes de ação e os americanos, de arte. Sabendo dessa pequena generalização, comecei a assistir diversos filmes (clássicos ou não), de diversas nacionalidades: franceses, suecos, húngaros, dinamarqueses, italianos, argentinos... e por aí vai. E claro que tenho alguns preferidos (se você tiver um tempinho, convido a navegar pela categoria "Filmes" deste blog, resenhei alguns títulos).

Nutrindo esse carinho imenso pelos filmes de arte, devido, principalmente, pela delicadeza que as histórias são contadas, estou eu andando pelo Conjunto Nacional (rumo à Livraria Cultura, claro), quando me deparo com um pôster de um certo filme. A Jovem Rainha. Na imagem, duas mulheres: a loira abraçando a morena. Mas não foi isso que me chamou a atenção, e sim o elenco. Me interessei pelo filme porque no elenco está ninguém mais e ninguém menos que meu crush ator favorito, o sueco Michael Nyqvist - caso você não saiba (ou tenha acabado de acordar do coma), ele é o Mikael Blomkvist dos filmes Millennium.

Tá, mas e daí? Daí que, ao pesquisar na internet, descubro que este filme está em cartaz no Caixa Belas Artes, que cansei de passar na porta, mas não fazia ideia de que se tratava de um cinema. E lá fui eu, no dia seguinte - era segunda de carnaval, amém - comprar meu ingresso. E qual a surpresa? Os preços são muito, mas muito acessíveis, além do local ser um dos poucos em SP que exibem filmes de arte, além de clássicos - sucessos de bilheteria? Só se for do tipo La La Land.
Antigamente, o nome era esse da foto. Os nomes das salas são mantidos até hoje.
Spoiler de utilidade pública: às segundas, o preço do ingresso é 18 golpinhos. Nos demais dias, 26 golpinhos. E até a pipoca é barata! Eles aceitam dinheiro e cartão de débito (crédito só da Caixa). E se você levar 100 reais em moedas, eles trocam por cédulas e você não paga a mais pelo ingresso! No site, você confere todos os filmes em cartaz e seus respectivos horários. O Caixa Belas Artes fica no número 2423 da Consolação, ao lado da estação Paulista do metrô.

E a experiência na sala de cinema foi muito boa, apesar do corredor entre as fileiras ser bem apertadinho (eu quase caí em cima do namorado de alguém). Na sala em que assisti o filme, por incrível que pareça, tinha bem umas quarenta pessoas. 40 pessoas numa segunda à noite pra assistir um filme sueco. Me surpreendi. E me surpreendi mais ainda quando, entre um trailer e outro, eles exibiram um vídeo em que a população e algumas iniciativas precisaram se unir pra que o local voltasse a funcionar. Isso foi em 2014, depois de ficar três anos fechado.

E isso foi muito legal! Tipo, um monte de gente se uniu e conseguiu com que o espaço reabrisse, mostrando que ainda tem muita gente que curte arte - e que um lugar assim não poder perder espaço pros Cinemark da vida, cuja pipoca custa um rim. Tem lugar pros dois! Depois desse vídeo explicativo, outro igualmente explicativo, mas muito criativo. Sabe aqueles vídeos que explicam as normas de segurança, seja de cinemas ou shows? Então, o do Caixa exibe filmes antigos como forma de explicar onde ficam as saídas de emergência e etc. Foram exibidos vários títulos, mas só reconheci Cidadão Kane (assisti e recomendo).

Sobre o filme em si, poderia fazer uma resenha, mas ando resenhando filmes demais, rs. Brincadeiras à parte, A Jovem Rainha é um filme que conta como foi o reinado da Suécia sob o jugo de Cristina (Malin Buska), que foi criada para governar, sob os cuidados do Chanceler Axel (Michael Nyqvist), depois que a mãe da menina surtou. Mas, entre a guerra envolvendo católicos e protestantes e a pressão para que ela tivesse um filho para garantir a sucessão do trono, Cristina se vê apaixonada por sua dama de companhia (Sarah Gadon). Naturalmente, uma mulher (muito) à frente de seu tempo.

E claro que a rainha Cristina existiu de verdade, buscou a todo custo a paz em seu país, no século XVI. E apesar de seu curto reinado, ela deixou uma marca incrível na história do reino. A Jovem Rainha é aquele tipo de filme que não vamos ver na sessão da tarde, mas se dermos sorte encontraremos o DVD na Livraria Cultura. Se as pessoas abrissem mais os horizontes, com certeza veriam que o cinema europeu é rico em títulos, que o cinema de arte não é chato nem fresco, mas delicado e bem feito, além das diversas mensagens que são transmitidas em cada filme.

E como já cansei de dizer aqui no blog, eu valorizo demais um livro (ou filme, no caso) que tenha uma mensagem, seja ela qual for. E onde encontrar mais mensagens no Cinema se não em filmes de arte? E São Paulo está bem servido com o Caixa Belas Artes, que, com o apoio do público, vem trazendo títulos incríveis de várias partes do mundo para nós - sem contar os filmes nacionais, que sempre ganham destaque.
Uma mini resenha do filme, feita assim que saí da sessão. Por algum motivo, o Face disse que eu estava no Guarujá. Pesquisando, descobri que o filme foi feito na Finlândia, Suécia, Alemanha, França e Canadá. O quote faz parte do filme.
E por que eu escrevi esse textão? Pra dizer que, de vez em quando, é bom abrirmos os horizontes e conhecer mais do cinema de arte, seja europeu, asiático ou nacional, poucas vezes vi filme de arte ruim, todos - sem exceção - tem algo para nos mostrar. Quer me fazer feliz? Me leve para ver um filme francês, italiano ou sueco, são os meus favoritos!

P.S.: não é porque falei dos filmes de arte, que eu não goste do cinema de ação. Adoro ver também uma porrada, tiroteio ou lutinha... Mas apenas quis mostrar meu amor por esses filmes tão, mas tão legais!


Olá!

O resenhado de hoje foi um recebido da Arqueiro, parceira do blog, que me surpreendeu. É a primeira vez que leio uma obra do francês Michel Bussi. E não sei se terei palavras para descrever esse livro. Tentarei, eu juro. Confira a resenha de Ninfeias Negras.
Estamos em Giverny, um vilarejo no interior da França. Até aí, nada demais, se Giverny não tivesse sido imortalizada nas telas do único pintor possível, o gênio do Impressionismo, Claude Monet (1840-1926). Estamos em 2010 e o lugar foi palco de um terrível crime: o oftalmologista Jérôme Morval é brutalmente assassinato, à beira de um rio. Para tentar solucionar esse mistério, o detetive Laurenç Sérénac é designado para o caso.

Mas, quem nos contará melhor esse caso é a velha, uma mulher octogenária que anda pelos cantos, sempre vendo tudo, através do quarto andar do moinho de Chennevières, onde esconde sua maior preciosidade: um quadro, intitulado Ninfeias Negras.
A história dessa velha se mistura à história de outras duas mulheres: uma menina de onze anos, Fanette, que sonha se tornar uma grande pintora; e a professora Stéphanie Dupain, da escola local, que vive presa em um casamento sem amor.

Voltando ao crime, Sérénac e seu fiel assistente Sylvio Bénévides buscam provas e suspeitos nos mais diversos lugares, mas cada vez que procuram, mais difícil fica de desvendar o caso. Morval é um colecionador das obras de Monet e, antes de morrer, estava obcecado em conseguir um quadro de Ninfeias. Além disso, era conhecido por trair a esposa.

O livro é narrado sob as óticas de: da velha (primeira pessoa), do detetive Sérénac (em terceira) e de Fanette (primeira pessoa, mas com pensamentos em primeira), então temos vários pontos de vista para a mesma situação. Ah, e vale ressaltar que Giverny acompanhou tudo isso em treze dias. E várias histórias se desencadeiam a partir desse crime: o casamento frio de Stéphanie, o quadro que Fanette está pintando para participar de um concurso, a investigação de Sérénac...

Adorei o marcador!
Gente, eu não tenho palavras para descrever esse livro (sim, já disse isso no início do post, mas preciso repetir)! Nunca tinha lido um romance policial francês, ainda mais se passando numa cidade como Giverny, que respira Impressionismo, Monet e arte, muita arte! Um ponto muito positivo para Bussi é que ele inseriu muitos fatos reais na trama. Os locais, outros pintores, as histórias sobre Monet, alguns crimes de arte citados, tudo isso é real. E eu adoro quando fatos reais são inseridos na trama.

Apesar dos fatos terem acontecido em treze dias - dividido em duas partes -, a história não acontece às pressas, tudo é devidamente bem trabalhado, bem descrito, bem contado, fazendo o leitor entrar na história e assistir a tudo de camarote, junto com a velha.

Sério, eu preciso comentar esse livro com alguém, porque o final me fez levar às mãos na cabeça. Nem me passou pela mente a forma como o autor encerraria o caso. Você acredita em uma coisa durante todo o tempo, aí no fim, o autor vai lá e esfrega na sua cara que você esteve errado o tempo todo!

Bom, não posso falar mais sobre Ninfeias Negras porque qualquer coisa a mais que eu diga será spoiler. Porém, posso afirmar que a Arqueiro arrasou no trabalho. Não encontrei erros de nenhuma ordem e estou apaixonada por essa capa preta com um verniz que simula água. O marcador personalizado dá todo um charme à leitura. Durante a leitura, pensei em dar quatro estrelas no Skoob, por detalhes, mas por causa do final, cinco estrelas é muito pouco para essa obra!
Casa de Monet, em Giverny. Foto: site oficial de Giverny
Portanto, obra mais que recomendada, para mim foi uma experiência interessante ler um romance policial de um autor fora do eixo EUA-Inglaterra-Suécia. Vale muito a pena, ainda mais porque Giverny é muito linda!
Aureliano, de Luis Aragon.

Olá!

Pra começar essa semana, tem resenha de filme francês! Desde que comecei a trabalhar na distribuidora de conteúdo, prestando serviços pra Netflix (favor não me pedirem filmes), assisti vários filmes, de todos os gêneros e nacionalidades imagináveis (menos pornô, graças a Deus). E pude ver a diferença entre os filmes franceses e os americanos.


Título Original: Des Vrais Mensonges
Ano: 2010
Elenco: Audrey Tautou, Nathalie Baye, Sami Bouajila e elenco.

Duração: 1h45m

Já tinha aprendido essa diferença na faculdade: os filmes franceses são os de amor - tem uma mensagem a transmitir. E os filmes americanos são de ação - visam o lucro. Claro que existem exceções nos dois tipos, mas, a grosso modo, é assim que funciona. Justamente por isso, passei a amar os filmes franceses, são lindos demais, não melosos ou frescos, mas lindos.

E por considerar pakas os filmes desse país, trago hoje a resenha de um filme que tem muito amor envolvido e humor também. E ainda tem a talentosa Audrey Tautou, que ganhou fama mundial ao protagonizar o filme "O fabuloso destino de Amélie Pouchain", em 2001. Além de ser linda e talentosa, pra mim, ela tem os olhos escuros mais lindos do mundo - lembram jabuticabas. <3 Desfrutem a resenha de "Uma Doce Mentira".

Uma Doce Mentira conta a história de Émilie Dandrieux (Audrey Tautou), cabeleireira e dona de um salão de beleza, o “As Intosáveis”. Ela é sócia de Sylvia e tem como funcionários Jean e Paulette. A história começa com Émilie recebendo uma carta anônima. Uma carta de amor anônima, que ela lê e imediatamente descarta. Na verdade, a carta não é tão anônima assim, quem escreveu foi Jean, que a ama desde o primeiro dia que a viu.

Nesse meio tempo, Maddy, a mãe de Émilie, está em depressão, desde que seu marido a trocou por uma moça mais nova que Émilie. E ainda por cima, a dita madrasta está grávida.
Para ajudar a mãe a sair da tristeza profunda, Émilie pega a carta que recebeu e a reescreve para a mãe, de forma anônima. A mãe fica radiante ao receber tal carta, mas, obviamente quer saber quem enviou. E quer receber mais cartas.

A cabeleireira então escreve mais duas cartas. Mas são muito ruins, em comparação à primeira. O problema surge quando Maddy acha que Jean, que ama Émilie, é quem está enviando as cartas. E a confusão está armada. Enquanto que Émilie tem um sentimento estranho por Jean, ela fica, digamos, meio boba na frente dele, nunca sabe o que dizer, nem como dizer - a pobre tem dificuldade com a gramática e Jean é que nem eu: corrige sempre que pode, rs.

Émilie é uma personagem de bom coração - meio burra, mas de bom coração - ela tenta ajudar a mãe a sair da fossa, que foi abandonada há quatro anos pelo marido e, sequer teve forças para assinar o divórcio. Jean é formado em Harvard, mas trabalha como eletricista. É um cara tímido, mas que sabe o que sente por Émilie. Ele é o galã que toda mulher queria ter. Sylvia e Paulette também tem sua importância na trama - elas são as mais engraçadas. E Maddy (apelido de Madeleine) é uma mulher ainda jovem, mas que está com uma aparência velha, devido seu sofrimento.

Esses personagens garantem arrancar suspiros e risadas do público. Com uma trama leve, Uma Doce Mentira nos faz refletir sobre o amor, depressão, esperança. E também nos faz rir, principalmente pela Sylvia, que é muito tímida e está sempre em rabo de foguete. Sem falar que Jean é um gato - provavelmente tenha descendência argelina, o que deixa ele mais sedutor, rs.

Sério, assistam esse filme, só vendo pra acreditar que os filmes franceses não perdem em nada para os blockbusters dos EUA. Vale a pena pela história, pelos personagens, pela fotografia e porque tem a Audrey Tautou, que é um charme a parte - já falei que sou fã dela?

Pra galera que tem Netflix, só posso dizer que, em breve Uma Doce Mentira estará no catálogo deles, portanto, não vejo motivos para não assistirem. E vejam legendado, porque o francês é uma língua linda demais para ser deturpada por dublagens. E quem ver legendado, se virem que a legenda não está boa, podem reclamar comigo, fui eu que sincronizei a legenda, rs.

Assistam a cena da franja (bem no começo): pra mim, melhor cena do filme. Além do trailer, vou deixar pra vocês uma matéria que achei na internet, uma entrevista que a Audrey Tautou concedeu à Veja quando veio pro Brasil divulgar Uma Doce Mentira. Só posso dizer que ela tem talento e humildade, essa linda <3 Pra conferir, só clicar nesse link.






Olá!

Faz um bom tempo que não falo de música - isso só prova como eu ouço muito, mas de poucas pessoas, rs. Pra quem não sabe, adoro pesquisar e ouvir cantores que ninguém escuta/conhece - tanto por gosto como para melhorar meu vocabulário de outras línguas. Melhorei meu italiano com Laura Pausini, meu inglês e francês com Céline Dion e o russo com a Imperatriz da música russa, Irina Allegrova - sim, eu pratico russo. Quando eu tiver tempo, quero começar turco - só preciso conhecer alguns bons cantores.

Acabei de dizer que aprimoro meu francês com a Céline (lacradora) Dion, mas o grande problema é que seus maiores sucessos são... em inglês. Logo, as músicas para download são mais fáceis de achar na internet, isso se você não tiver conta premium nesses sites/softwares de música via streaming, como o Spotify, onde dá pra ouvir offline e até baixar as melhores músicas.

Um dia desses, já enjoada de ouvir a dobradinha Laura/Céline no meu spotify - sim, amo tanto que enjoo, então elas que lancem novas músicas - resolvi que queria ouvir algo em francês, então pesquisei o único nome que me veio à mente: Carla Bruni. E é sobre ela que eu vou falar hoje.


Ela vai completar 50 com rosto de 21 e eu com 21 estou parecendo uma velha. 
Vida longa à beleza italiana!

Carla Gilberta Bruni Tedeschi nasceu em 23 de dezembro de 1967, em Turim, na Itália. Na família dela só tem músicos: a mãe, Marisa Borini, é concertista de piano, o pai é o compositor Alberto Bruni Tedeschi. E ainda tem uma irmã atriz, Valeria Bruni. Passou sua infância na França e na Suiça, exilada, fugindo das Brigadas Vermelhas - organização terrorista - e estudou na Universidade de Sorbonne.

Trocou os estudos pelas passarelas no fim da década de 1980, desfilando para grandes marcas, como Guess, Chanel, Dior, Versace e todas essas grifes chiques, que eu nunca poderei usar por motivos de: sou pobre e gorda. No final da década de 1990, ela troca as passarelas pelos palcos. Até hoje, ela lançou quatro discos:

• Quelqu'un m'a dit (Alguém me disse), de 2002, todo em francês;
• No Promises, de 2006, todo em inglês;
• Comme si de rien n'était (Como se nada tivesse acontecido), de 2008, cantado em inglês e francês;
• Little French Songs, de 2013, em inglês.



Em sua vida pessoal, foi casada com o filósofo francês Raphaël Einthoven, com quem teve seu primeiro filho. Mas foi em dezembro de 2007, que sua vida sofreu uma revira-volta. Começaram a surgir boatos de que Carla estaria namorando o então presidente da França, Nicolas Sarkozy e, que antes de namorá-la, era sua amante. Foi assim que eu a conheci. E foi assim que as músicas de Carla chegaram ao Brasil: através de seu caso com Sarkozy e também porque o cantor Leonardo fez uma versão (horrorosa) de Quelqu'un m'a dit, maior sucesso dela. Carla acabou se casando com Sarkozy em fevereiro de 2008, sendo assim, a cantora e modelo também passou a ser primeira-dama da França. (E casou escondido de todo mundo, lembro que, na época, achei hilário) Também tem uma filha com Sarkozy.



Carla como primeira-dama. O que ela viu nesse feioso?

Como eu não tenho nada a ver com sua vida pessoal, eu gosto da Carla porque ela tem uma voz incrivelmente delicada, somando-se a isso músicas com letras carregadas de romantismo - e algumas canções polêmicas, como "Je Suis une Enfant" (eu sou uma criança), dedicada a Nicolas Sarkozy; e "Raphaël", dedicada a seu ex-marido. E o melhor é que são músicas lentas, portanto, cantadas devagar, o que facilita a compreensão das letras - um prato cheio para alunos de francês.

Depois de falar como eu a conheci, quem é e o que fez de relevante, vem a melhor parte: ela vem pro Brasil!!!!!!! Ela vem esse mês de agosto para divulgar sua turnê "Little French Songs". Mas, pra variar, minha mãe não me deixou ir e, mesmo que tivesse deixado, os preços estão um pouco salgados, pelo menos pra mim, que ganho salário de estagiária - a vantagem disso é que, se eu não desobedecer minha mãe, ela vai me deixar ir no show da Laura Pausini, em 2017 e, daqui pra lá, já juntei o dinheiro! Serão dois shows, um em Porto Alegre, no dia 24/08 e em São Paulo, dia 26/08. Em São Paulo, o show será no Teatro Bradesco e os preços vão de 160 a 480 reais.

Pra encerrar esse post musical... música! Deixo vocês com três de seus sucessos, já que eu não sei montar playlist para postar. Mais informações sobre os shows e as redes sociais da Carla estão logo abaixo!

PS: como eu não vou ao show, espero que alguma emissora consiga entrevistá-la. Pode ser até mesmo Faustão, Gugu e/ou Eliana.




Quelqu'un Ma Dit


Raphaël


Tu Es Ma Came


Olá!

Antes de começar a resenha de hoje, eu aviso que: o blog voltou pro Instagram!!!! Segue lá @blogresenha, além claro, do facebook do blog, fb/resenhaeoutrascoisas

Aviso dado, vamos à resenha:

O livro resenhado de hoje é "O Sal da Vida". Um livro que comprei pela capa, muito linda, aliás. O Sal da Vida nada mais é que um livro que a autora fez uma lista de coisas a se fazer para que a vida fique um pouco mais divertida.




A autora é a antropóloga francesa Françoise Héritier, que surpreendeu a todos quando deixou seus estudos de lado para escrever um livro - e dedicar ao amigo e médico pessoal dr. Jean-Charles Piette. Segundo ela, o livro é uma "fantasia". Ela decidiu escrever o livro pensando no amigo médico, porque ele sempre dedicou muitas horas de sua vida aos pacientes e, naturalmente, esqueceu de cuidar de si mesmo.

O livro é uma grande frase em que a autora descreve muitas coisas a se fazer, coisas simples como andar descalço - adoro! - ou ouvir Mozart. É um monólogo da autora consigo mesmo, ao mesmo tempo que é uma longa lista de coisas a se fazer no tempo livre - "o sal da vida", como ela diz.

Ela começa o livro explicando que recebeu um cartão-postal do amigo dr. Jean-Charles, em que ele escreve "Uma semana roubada de férias na Escócia." Então, ela começa a refletir sobre o tempo que a pessoa gasta fazendo as coisas importantes e deixando o prazer de lado. Segundo ela, um francês tem expectativa de vida de 85 anos, partindo dessa premissa, ela começa a calcular o tempo gasto em trabalho, estudos e afins, e ela conclui dizendo que temos apenas... pouco tempo para desfrutar os prazeres da vida. Sim, é muito pouco tempo mesmo!!

Por que ler O Sal da Vida? O livro nos faz refletir sobre a forma em que usamos nosso tempo com as importâncias/urgências/banalidades da vida e esquecemos de fazer coisas simples, mas que fazem a vida valer a pena!

O Sal da Vida é curtinho, tem só 100 páginas e ainda vem com umas folhas em branco para você escrever sua lista de coisas que representam o sal da vida!! O livro foi publicado este ano no Brasil pela Editora Valentina. Nem vou dizer da capa e diagramação, que estão bem feitas e impecáveis! Leiam, vocês vão rir e se apaixonar! Não vão se arrepender...

E pra você, o que é o Sal da Vida?