Olá!
Graças à Cia das Letras, que há algum tempo, disponibilizou uma sessão exclusiva para convidados, e a Ani, do Entre Chocolates e Músicas, que me cedeu gentilmente o ingresso, pude conferir, em primeira mão, o filme O Círculo, baseado em best-seller de mesmo nome e estrelado por Emma Watson e Tom Hanks. A resenha foi postada originalmente no EC&M.
Título Original: The Circle
Elenco: Emma Watson, Tom Hanks, Johh Boyega, Karen Gillan entre outros.
Duração: 1h 50m
Ano: 2017
O Círculo nos apresenta Mae Holland (Emma), uma jovem que vê
sua vida virar de cabeça para baixo quando sua amiga arruma um emprego para ela
numa empresa chamada “O Círculo”. Mae era atendente e, assim como eu num
passado remoto, só atendia clientes insatisfeitos e revoltados.
O Círculo tem como produto principal o “True You”, que pelo
que entendi, é um programa onde você pode gerenciar desde suas redes sociais
até suas contas bancárias, enfim, como um Serviço de Atendimento ao Consumidor
em grande escala. Mae fará o mesmo que fazia na outra empresa, mas, ao invés de
telefones, a conversa seria por computadores.
O chefão d’O Círculo é Eamon (Tom), que quer compartilhar
absolutamente tudo com todo o mundo. Tudo mesmo. Eamon desenvolveu uma micro
câmera que permitirá as pessoas compartilhar tudo e disponibilizar online. Em tempo
real. E conforme Mae e os demais funcionários vão compartilhando absolutamente tudo de suas vidas, eles
vão subindo posições no ranking da empresa.
Em algum momento da sua vida, você já assistiu o BBB (enjoei
na quinta edição, agora só acompanho memes) ou, mais recentemente, algum
episódio de Black Mirror (eu vi os eps "O Hino Nacional" e "Urso Branco") ou 1984,
do George Orwell, ou o filme Invasão de Privacidade (falei dele aqui, mas, se não viu, tem na
Netflix). Pois saiba que O Círculo é a versão piorada (pelo menos para mim)
desses quatro exemplos que dei. Esse filme distópico vai abordar as consequências
de querermos viver conectados demais, integrados demais.
Ao mesmo tempo que a tecnologia vai ajudar diretamente a
vida de Mae (o pai tem uma doença grave), vai atrapalhar também, principalmente
quando, mesmo bem-intencionados, nós acabamos cometendo erros, que acabam
virando uma bola de neve. A obra vai mostrar até onde a sede por compartilhar informações
vai nos levar – e o que acontece quando desaprendemos o conceito de
privacidade. O Círculo mostra como a recente necessidade humana de estar na
internet, ser curtido, compartilhado e amado nas redes sociais pode nos afetar
na vida real.
O filme é muito bem feito, as atuações impecáveis... gosto
da Emma quando ela faz filmes que não tem tanto hype, como o ótimo, porém pouco
falado, Regressão (com Ethan Hawke, tem na Netflix). Tom Hanks,
apesar de aparecer no cartaz, vai aparecer pouco, mas quando aparece, impressiona.
Aliás, ele optou por um visual “Náufrago”, só faltou a bola Wilson.
“Saber é bom. Saber tudo é melhor ainda.”