Olá!

Mais uma série encerrada. Com muita dor no coração, tenho que trazer a resenha do terceiro livro da trilogia Reiniciados, da Teri Terry - que é maravilhosa e mora no meu coração. Confira a resenha abaixo e em seguida vá ler toda a série.
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Este é o terceiro volume da série Reiniciados e nossa protagonista Kyla continua sua jornada exatamente de onde parou o volume anterior, Fragmentada. Pra variar, os Lordeiros e o TAG (Terroristas Anti Governamentais) continuam atrás dela. Lembrando que os Lordeiros são os guardas do governo de Coalizão Central, em que o Reino Unido se fechou para o resto do mundo (tipo Coreia do Norte) e o TAG é o grupo que quer acabar com os Lordeiros na base da bala.

Mas agora, Kyla tem uma nova informação: sua mãe foi localizada. Seu nome é Stella Connor e mora em Keswick. Quem conseguiu essa informação foi o DEA, os Desaparecidos em Ação, órgão não oficial que ajuda os parentes de Reiniciados a encontrarem seus sumidos. Stella é diretora de um orfanato na cidade, que cuida de várias adolescentes.

Mas antes, Kyla precisaria (de novo) mudar de nome e visual. Agora ela seria Riley Kain (mistura de Lucy, seu nome de batismo; Chuva (seu nome como integrante do TAG, do inglês Rain) e Kyla. Chegando em Keswick, uma torrente de verdades são trocadas entre mãe e filha. Mas, por causa de uma Lordeira infiltrada no orfanato, Kyla/Riley precisa fugir de novo, para junto de Aiden, um dos líderes do DEA. Mas, qual a surpresa da jovem quando ela encontra Ben! Sim, o Ben lá do primeiro livro, o primeiro amor de Kyla, logo que ela foi Reiniciada, estava ali, junto com Aiden. Mas, será que é o mesmo Ben?
Bom, por ser o terceiro volume da trilogia, se eu disser mais qualquer coisa além disso, vira spoiler, aliás, nesses dois parágrafos têm spoilers, mas não posso resenhar sem antes contar a história, certo? Pois bem, os Lordeiros estão com tudo! Estão atrás de Kyla/Lucy/Chuva, porém, oficialmente, ela foi dada como morta. O motivo da "morte" da personagem só será revelado no fim do livro.

Ainda não é descoberto o líder dos Lordeiros, mas o primeiro-ministro planeja algo. E Olivia, mãe de Stella, que é uma espécie de "líder" também está atrás de Kyla/Chuva/Lucy, mas Riley, que está novamente mudada, precisará fugir, caso queira salvar seu país. Mal sabe ela que não é uma ex-Reiniciada qualquer...

Acabou a trilogia. To no chão com esse final. Eu sabia que Kyla sabia demais, mas dessa vez, a Teri jogou vários segredos assim, na cara, sem anestesia. Cada vez que lia uma página, tinha uma novidade. Lá na primeira resenha (link abaixo da primeira foto), eu disse que esperava um final positivo. O final me surpreendeu - não vou dizer como acabou, porque seria demais. Os personagens criados pela Teri foram tão bem feitos que não esperava outro final. E ainda deu tempo de rolar um início de romance, mas senti falta de algumas coisas.

Não nos é revelado quem lidera (de verdade) os Lordeiros, mas em troca, a autora conta a verdade sobre Kyla. Ben, a paixão de Kyla, não é tudo isso que acreditamos. Aliás, sem os Nivos, as pessoas aproveitaram e mostraram suas personalidades. Enfim, uma série de fatos novos que foram colocados no lugar certo e na hora certa, mostrando o talento de Terry.
Li esse livro na semana anterior ao referendo em que o Reino Unido optou por sair da UE (independente do resultado e das consequências que ele trará, parabéns aos envolvidos, por perguntar a opinião do povo, diferente de um certo país aí que troca de presidente na calada...). Então, para mim, me parecia irreal o Reino Unido estar fora da UE. Mas o jogo virou, não é mesmo? E o mais incrível é que, parte dos motivos que levaram o RU, no livro, a se isolar do mundo foi a desvalorização da moeda. Olhem aí o que levou o Reino Unido a sair da UE. 

No livro ainda temos a Irlanda Unida, provavelmente a junção da Irlanda do Norte com a República da Irlanda. A Irlanda Unida está separada do Reino Unido, logo não estão isolados. E não é que se especula uma possível junção das Irlandas para que possam voltar para a UE? Espero que não aconteça de verdade o que aconteceu no livro, mas que é, olha, a autora mais parecia uma vidente...
Escrevi esse status no domingo, 26/06 por volta de 11 da manhã, compartilhado pela autora, com um pedido de desculpas, rs.
Vou sentir falta dos personagens e dessa história tão maravilhosa que a Teri nos proporcionou. Foi com ela que conheci o maravilhoso mundo das distopias, então com certeza virei fã dela, agora só me resta a saudade da trama, mas agora vou ficar de olho na próxima série dela, que eu não sei como se chama, mas sei que saiu pela Farol Literário, rs. Preciso dizer que vocês devem ler?



Olá!

Como vai o feriado de vocês? O meu está bem tranquilo, fazendo vários nadas, rs. Então, a resenha de hoje é do segundo volume de uma série que me deixou sem respirar, de tão incrível! É o Fragmentada, da série Reiniciados, da inglesa Teri Terry. A resenha de Reiniciados você confere clicando aqui.



Em Fragmentada, Kyla está desesperada para saber o paradeiro de Ben, enquanto percebe que suas memórias estão voltando aos poucos, mas de maneira desordenada. Em certo momento, ela descobre que seu professor de Biologia na verdade é Nico, um dos articuladores do Reino Unido Livre (R.U. Livre), que para o governo é o TAG (Terroristas Anti Governo) e que tem como objetivo tirar os Lordeiros do poder.

Seus lampejos de memória (e o site do DEA, Desaparecidos em Ação) revelam que Kyla era Lucy Connor e, aos 14 anos, por algum motivo que ela não sabe (nem eu), foi parar nas fileiras do R.U. Livre, tendo Nico como comandante. Seu apelido era Chuva. Lucy/Chuva/Kyla passa por uma forte pressão, fazendo com que seu cérebro se dividissem em duas partes: Lucy, garotinha inocente, e Chuva, jovem integrante do R.U. Livre, pronta para o combate. Por algum motivo, só as memórias de Lucy foram apagadas quando ela foi Reiniciada.

Enquanto Kyla/Chuva luta com seus pesadelos e medos, os Lordeiros comemorarão trinta anos no poder. Uma série de eventos foram planejados para que o momento seja lembrado. O país é lembrado de que Guy Fawkes explodiu o então parlamento inglês, em 1605 (isso aconteceu de verdade). Em 2020, os pais da mãe de Kyla foram assassinados. O pai da mãe de Kyla era o primeiro-ministro dos Lordeiros, um homem que morreu na posição de herói. É hora de comemorar essas datas importantes.

O Nivo – uma espécie de relógio que tem como função controlar a felicidade dos Reiniciados – de Kyla já não funciona mais. Agora, o Nivo esconde um microcomunicador, onde Kyla/Chuva pode falar diretamente com Nico. Mas, o que ela não sabe, é que Nico têm planos obscuros para dar um ponto final nos Lordeiros. E Ben? Ele até vai aparecer, mas bem diferente...

Não conto mais porque é certeza de spoiler. Mas o que posso dizer é: que livro! Emoção do começo ao fim. É uma distopia, mas ela é um pouco palpável. Ela se passa em 2050. Em 2020, os Lordeiros, comandados por alguém que não tem rosto, tomam o poder, fecham as fronteiras e isolam o Reino Unido do resto do mundo. Há revoltas. Os jovens – sempre eles – vão às ruas, protestam, quebram tudo e se dão azar, são punidos. Tirando o isolamento, não é isso que acontece em alguns protestos, pra não dizer em todos, independente do país? Na resenha do primeiro volume, eu falei que esse Reino Unido, e especialmente Londres, que é onde Kyla mora, mais parecia a Coreia do Norte, isolada e nada que não seja louvar o Kim não sei das quantas é proibido, sob pena de morte. Nesse livro, podemos colocar qualquer país que está sob domínio ditatorial.

Pode pegar o país de sua preferência. Temos uma garota (Kyla/Chuva) que representa a juventude que quer mudança. Nico é aquele que articula os movimentos. Os Lordeiros são o governo que oprime e temos também os coniventes. Nessa série, a representante maior dos coniventes com esse “sistema” de controle é a dra. Lysander, que criou o método de Reiniciação. Mas ela esconde algo. Não esqueçamos da Reiniciação e do Nivo. O primeiro pune e o segundo tortura. O Nivo precisa marcar sempre acima de quatro. Menos que isso e a pessoa pode morrer de dor. Literalmente.

Kyla percebe que não tem em quem confiar. De um lado, os Lordeiros são poderosos demais. E do outro, Nico não é o que parece. Não tem pra onde correr. Em seu lugar, eu teria desistido. Mas Teri Terry, que já me tem como sua fã, escreveu uma trilogia de tirar o fôlego. A história começa meio morna, mais do mesmo, mas, em determinado ponto, a autora coloca uma informação que dá uma revira volta em tudo o que sabemos.

A Farol Literário fez uma edição brilhante. A capa é maravilhosa e há um único erro  - de digitação, não de português. Folhas amareladas e fonte confortável contribuem para uma leitura agradável, inclusive em ônibus. Já estou com o terceiro volume, Despedaçada, e não tenho a menor ideia de como terminará essa história. Espero que seja um final positivo, não precisa ser feliz, mas positivo, pelo menos para o Reino Unido. Leitura mais que recomendada.