Olá!

Pela primeira vez resenho um filme original Netflix. No começo fiquei em dúvida em qual categoria colocar (Filmes ou Na Netflix?), mas optei pela segunda, sei lá porque, até que este texto caberia nas duas categorias, mas prefiro cada um no seu quadrado. Hoje é dia de louvar Noomi Rapace em seu mais novo filme: Onde Está Segunda?

Título Original: What Happened to Monday?
Elenco: Noomi Rapace, Glenn Close, Willen Dafoe, entre outros.
Duração: 2h 3m
Ano: 2017

Onde Está Segunda? se passa em 2073, num mundo futurístico que está tão cheio quanto as plataformas da Sé em horário de pico. A explosão demográfica explodiu demais e a política do filho único é levada à risca (ainda existe isso em 2017...). Ai de quem engravida pela segunda vez.

E foi isso que aconteceu com Karen Settman. Ela morreu no parto, mas teve sete filhas. Sete. E quem ficou com as crianças foi seu pai, o dr. Settman (Willen Dafoe). Para facilitar a vida, cada uma foi registrada com um dia da semana. Elas só podiam sair no seu respectivo dia, nunca juntas, muito menos uma depois da outra. Da porta para dentro, podem ser quem quiser, da porta para fora elas são... Karen Settman (Noomi Rapace).

Nicolette Cayman (Glenn Close) é quem faz a Lei de Alocação Infantil ser cumprida. Ah, se descobrem que a família tem dois ou mais filhos, eles são levados para dormirem um sono eterno, através da criogenia, aos cuidados de uma certa agência. Ela também quer se candidatar ao Parlamento, para deixar essa lei mais pesada. Isso tudo porque, com a explosão demográfica, os alimentos e a água ficaram escassos.

Karen trabalha num banco, porém, um certo dia, Segunda sai de casa e não volta. O dr. Settman instituiu que, ao fim do dia, quem saísse de casa deveria contar absolutamente tudo sobre seu dia. O que uma faz, afeta a todas (a Quinta que o diga). Como tudo é futurista nesse lugar, as informações sobre as Settman estão na palma da mão. Literalmente. Os monitores de computador somem num piscar de olhos e todos são obrigados a usar uma certa pulseira que, ao encostar num leitor, toda a vida da pessoa aparece na tela.
Então, a Segunda sumiu e as irmãs se desesperam, porque o segredo delas pode ser descoberto a qualquer momento. Vale ressaltar que cada irmã realmente parece um dia da semana: a Segunda é séria, a Terça é obstinada, a Quarta é elétrica, a Quinta é revoltada, a Sexta é inteligente, a Sábado é vida loka e a Domingo é paz e amor. Além de terem que se desdobrar pra achar a sumida, descobrirão várias coisas que elas supostamente fizeram, e não são nada boas... Agora estão atrás das Settman, quem poderá ajudá-las?

Primeiramente, preciso dizer que AMO NOOMI RAPACE!!!!!!!!! Na caixa alta porque não quero deixar suspeitas. Eu não tenho palavras para descrever essa mulher, estava esperando por esse filme muito antes de saber que ia entrar na Netflix (pra mim que ia ser lançado nos cinemas mesmo), então quando vi que era produção exclusiva da plataforma, só surtei. Foi difícil escolher, mas a Quarta é a minha favorita porque lembra Lisbeth Salander é maravilhosa.

Tenho o sonho de visitar um set de gravação de filme, deve ser um ambiente e tanto! Se interpretar um personagem deve ser pesado, imagine então sete! Cada um com uma personalidade diferente. Preciso ressaltar também a atuação da Cruella de Vil, não, pera, da Glenn Close, que só de aparecer na tela já deixa o espectador nervoso, porque sabe coisa boa não virá da personagem. Quero confessar que, quando mais nova, confundia ela com a Meryl Streep (ainda confundo, na verdade...), adoro as duas, rs.
A pessoa nasce uma vez e nasce bonita desse jeito. Que injustiça.
Willen Dafoe, com sua eterna cara de vilão, dessa vez foi um excelente avô, treinando as meninas para que não fossem pegas. Digamos que deu certo. Por 30 anos. Claro que, por ele ter uns contatos, conseguiu esconder toda a história. Uma coisa legal que ele fez foi descobrir o melhor de cada menina, para que, juntas, pudessem arrumar um emprego e, assim, todas se saírem bem. Só fiquei pensando que, como bancos não funcionam aos fins de semana, o que a Sábado e a Domingo faziam?

O filme, com excelentes efeitos especiais (a Netflix se endividou com certeza) e a única atriz possível em atuações de encher os olhos, tem também uma excelente crítica social, em que mostra que a repressão não é a saída para absolutamente nada. Cada cena é um show de atuação, te deixando na expectativa acerca de cada irmã, algumas te dão aflição (preciso de pessoas para conversar sobre a cena do dedo) e em outras você ri, porque simplesmente não está esperando o momento seguinte.

O filme entrou no catálogo na sexta passada, ou seja, praticamente está fresco. Um filme super atual, com algo que pode acontecer em cinquenta ou sessenta anos, uns plot twists de matar, atuações de alto nível e Noomi Rapace, que dispensa apresentações. Vamos assistir e saber onde raios está a Segunda.

Olá!

Aproveitando que ando com uns trocados pra ir ao cinema, e sabendo que Kenneth Branagh está no elenco (talvez eu tenha virado fã, já que a resenha de Wallander saiu nesta segunda, com o link aqui), corri pra ver Dunkirk. E foi tão legal! Poucas vezes vi um filme de guerra tão bem feito.

Título Original: Dunkirk
Elenco: Harry Styles, Tom Hardy, Kenneth Branagh e elenco
Ano: 2017
Duração: 2h

Baseado em um best-seller recém-lançado pela Harper Collins, o filme vai contar a história da batalha da praia de Dunkirk, durante a Segunda Guerra, quando os alemães cercaram o local e os franceses e ingleses, sob cobertura aérea e marítima, ajudaram as tropas a evacuar a praia. Tropa composta por mais de 400 mil soldados.

Basicamente, é isso, mas quando vemos de forma detalhada como aconteceu, percebemos como o processo foi aflitivo, com muitas vidas perdidas, e quem está na posição de comando fica só observando, num primeiro momento, mas quando resolve tomar a decisão crucial, o faz sem temer absolutamente nada.

O filme não tem um protagonista específico, então se você não gosta do One Direction, não precisa torcer o nariz, porque o Harry Styles vai aparecer o mesmo tanto de vezes que os demais atores - ele é um dos soldados. Aliás, se quiser seguir na carreira de ator, vai dar super certo, ele mandou super bem no personagem, talvez algumas aulas pra aprender alguns fundamentos e vá ser feliz na carreira! Aliás (de novo), ele tá tão adulto nesse filme que quase não o reconheci...

Já sabendo que o Oscar de melhor diretor vai pro Christopher Nolan... porque é impossível esse cara não ganhar, o que ele fez como diretor (ele também escreveu o roteiro, segundo os créditos), não vi em nenhum filme deste ano (talvez perca pra Patty Jenkins... ah, dividam o prêmio de uma vez!). O jogo de imagens, a fotografia, as câmeras deixando o espectador em primeiro plano... Outra pessoa que também deve ganhar a estatueta é o responsável pela trilha sonora, o alemão Hans Zimmer. Toda instrumental, cada tema aparecia no momento certo, ditando o sentimento a quem assiste, como o medo e a tensão, presentes em toda a história.
Spoiler: nessa cena, uma pessoa riu. E ninguém vai notar isso na hora, portanto, para ver o momento exato, pesquise na internet por "Dunkirk smiling extra fail".
Kenneth Branagh (minha motivação pra ver o filme) é o Comandante, ou seja, o que olha a merda sendo feita. Assim como os demais personagens, ele aparece o suficiente para sabermos que é ele quem manda... e eu vou dizer o quê desse homem maravilhoso (que precisa de um preenchimento labial urgente), só aplaudir e me deixar seduzir pelo sotaque britânico maravilhoso dele! O outro mais famoso que aparece é o Tom Hardy, que é piloto e passa o filme inteiro pilotando um caça (eu queria, inclusive) e que só tira a máscara nos acréscimos (é um spoiler, mas deve ser difícil atuar e não poder mostrar a cara, rs).

Também teve um monte de tiro disparado. Amei todas as cenas de tiro, porrada e bomba. Na primeira vez que os tiros são disparados, fiquei procurando de onde vinham as balas, porque parecia que tava rolando um tiroteio de verdade, juro! E isso foi possível porque assisti o filme numa sala Cinemark XD e nunca tinha passado por essa experiência - sala aprovadíssima!

Apesar da resposta polêmica recente do Nolan a respeito da Netflix, há que se parabenizar o trabalho dele, ele sabe o que faz e, por se tratar de uma história real, contá-la sem se tornar uma coisa arrastada é uma tarefa difícil. Então, se você gosta do 1D, ou do Kenneth ou de uma boa história de guerra, Dunkirk é uma ótima pedida!


Olá!

Graças à Cia das Letras, que há algum tempo, disponibilizou uma sessão exclusiva para convidados, e a Ani, do Entre Chocolates e Músicas, que me cedeu gentilmente o ingresso, pude conferir, em primeira mão, o filme O Círculo, baseado em best-seller de mesmo nome e estrelado por Emma Watson e Tom Hanks. A resenha foi postada originalmente no EC&M.

Título Original: The Circle
Elenco: Emma Watson, Tom Hanks, Johh Boyega, Karen Gillan entre outros.
Duração: 1h 50m
Ano: 2017

O Círculo nos apresenta Mae Holland (Emma), uma jovem que vê sua vida virar de cabeça para baixo quando sua amiga arruma um emprego para ela numa empresa chamada “O Círculo”. Mae era atendente e, assim como eu num passado remoto, só atendia clientes insatisfeitos e revoltados.

O Círculo tem como produto principal o “True You”, que pelo que entendi, é um programa onde você pode gerenciar desde suas redes sociais até suas contas bancárias, enfim, como um Serviço de Atendimento ao Consumidor em grande escala. Mae fará o mesmo que fazia na outra empresa, mas, ao invés de telefones, a conversa seria por computadores.

O chefão d’O Círculo é Eamon (Tom), que quer compartilhar absolutamente tudo com todo o mundo. Tudo mesmo. Eamon desenvolveu uma micro câmera que permitirá as pessoas compartilhar tudo e disponibilizar online. Em tempo real. E conforme Mae e os demais funcionários vão compartilhando absolutamente tudo de suas vidas, eles vão subindo posições no ranking da empresa.

Em algum momento da sua vida, você já assistiu o BBB (enjoei na quinta edição, agora só acompanho memes) ou, mais recentemente, algum episódio de Black Mirror (eu vi os eps "O Hino Nacional" e "Urso Branco") ou 1984, do George Orwell, ou o filme Invasão de Privacidade (falei dele aqui, mas, se não viu, tem na Netflix). Pois saiba que O Círculo é a versão piorada (pelo menos para mim) desses quatro exemplos que dei. Esse filme distópico vai abordar as consequências de querermos viver conectados demais, integrados demais.
Ao mesmo tempo que a tecnologia vai ajudar diretamente a vida de Mae (o pai tem uma doença grave), vai atrapalhar também, principalmente quando, mesmo bem-intencionados, nós acabamos cometendo erros, que acabam virando uma bola de neve. A obra vai mostrar até onde a sede por compartilhar informações vai nos levar – e o que acontece quando desaprendemos o conceito de privacidade. O Círculo mostra como a recente necessidade humana de estar na internet, ser curtido, compartilhado e amado nas redes sociais pode nos afetar na vida real.

O filme é muito bem feito, as atuações impecáveis... gosto da Emma quando ela faz filmes que não tem tanto hype, como o ótimo, porém pouco falado, Regressão (com Ethan Hawke, tem na Netflix). Tom Hanks, apesar de aparecer no cartaz, vai aparecer pouco, mas quando aparece, impressiona. Aliás, ele optou por um visual “Náufrago”, só faltou a bola Wilson.

No mais, novamente quero agradecer a Ani pelo ingresso e à Cia. Das Letras por viabilizar essa sessão exclusiva. Vale lembrar que O Círculo é baseado no livro de mesmo nome, do norte-americano Dave Eggers. Mais adiante vou querer ler o livro para fazer minhas comparações. O filme estreou no dia 22 de junho, nos cinemas de todo o país.
“Saber é bom. Saber tudo é melhor ainda.”


Olá!

Apesar de toda a correria, nada como uma boa leitura e uma boa resenha para relaxar. Quando eu era pequena, assisti Carrie a Estranha no SBT e tinha adorado, mas só recentemente descobri que o filme (eu assisti o de 2002) era baseado em um livro. De Stephen King. Aqui na blogosfera, perdi a conta de quantas resenhas de livros do King eu li, mas prometi pra mim mesma que, antes de ler qualquer coisa, eu leria Carrie a Estranha. Finalmente li. E King ganhou mais uma leitora e fã.

Como já sabemos, Carietta White, a Carrie, é uma menina que a sociedade julga esquisita. Filha de uma fanática religiosa, Carrie mais parece uma carola: é proibida de fazer praticamente tudo o que uma adolescente faz. O que muitos não sabem, é que ela tem poderes telecinéticos.

A história começa quando, após uma aula de Educação Física, durante o banho, Carrie acaba tendo sua primeira menarca. E sofre bullying por isso. Até porque a mãe jamais falou com ela sobre seu corpo, então a menina achou que estivesse morrendo. Uma das professoras vê a cena e ao invés de punir as garotas, pune Carrie (deu na cara dela, que absurdo!). Mas ao ver o estado da menina, beirando o desespero, a professora acaba se solidarizando.

Então, até chegar ao famoso baile de formatura, o autor vai falando sobre a vida de Carrie, mesclando com alguns textos acadêmicos da "Comissão White", grupo de pessoas que resolveram pesquisar sobre nossa protagonista, além de livros sobre o tema. E não, não é um livro de terror, tá mais para um thriller de suspense sobrenatural e epistolar. Ninguém vai ter pesadelos se ler.

Bem, como tem três versões cinematográficas de Carrie a Estranha, então meio que todo mundo já sabe como a história vai acabar. Ou não, a versão de 2002 é diferente do livro, eu não vi as versões de 1979 (com John Travolta) e a mais recente, com Grace Chloe Moretz e Julianne Moore. O livro é dividido em três partes, é bem curtinho e você lê em dois dias.
Há tempos que não vejo um sumário...
A edição da Suma de Letras até que está bonita, apesar dos vários erros de português que achei durante a leitura. Como já sabem (e se não sabem, vão saber agora), não gosto de rostos na capa muito menos de pôsteres de filmes como capa, muito menos acho a Grace boa atriz, mas tenho que admitir que essa capa está muito bonita. Simples e transmite a mensagem do livro.

Como eu disse, já virei fã do cara, com sua escrita simples, objetiva, detalhista sem ser modorrento e com uma história maravilhosa - que segundo o autor, foi baseado numa história real (não de telecinesia, mas de bullying contra uma menina, filha de uma fanática religiosa). Aliás, leiam a introdução, por favor, é muito engraçada!

Ah, faltou dizer que telecinesia é, segundo nosso amigo Google "é o movimento de objetos a distância, sem intervenção direta ou contato físico de alguém e supostamente devido a poder paranormal."

Então. se você ainda não leu Carrie a Estranha, vale muito a pena, depois pode ver os filmes, são bons, cada um tem sua particularidade, mas todos seguem bem à história. E sim, dá mais medo a mãe da Carrie do que da própria. Aliás, Carrie a Estranha foi o primeiro livro publicado por King, mas não o primeiro. Antes de Carrie, o autor tinha escrito outros quatro livros.