Olá!

A Ani, do Entre Chocolates e Músicas, tem parceria com a Rocco e me cedeu gentilmente um exemplar de Marlena, primeiro romance da norte-americana Julie Buntin, em que duas personagens que se tornam amigas, mas de uma maneira bem obsessiva. Resenha original no EC&M.
SKOOB - Marlena é um relato autobiográfico da autora, que não é Marlena, mas Cat, uma jovem de 15 anos que acaba de se mudar para Silver Lake, uma cidade interiorana localizada no "polegar" do estado americano de Michigan, com sua mãe e seu irmão depois que foram abandonados pelo pai (que quis ficar com uma mulher muito mais nova).

Cat é uma menina ainda, estudava em escola particular, tinha uma melhor amiga, faziam coisas de adolescente burguesa, etc, até que sua vida mudou da água pro vinho. E conheceu Marlena, que tinha 17 e bebia, fumava, pintava e bordava. Uma vida que, logo de cara, impressionou nossa protagonista.

Marlena tinha vários "amigos", aqueles que só sugavam, quando estavam nas boas. Ela tinha um irmão pequeno, Sal, e seu pai era um traficante. Sua mãe sumira há alguns anos. Bolt, amigo do pai de Marlena, vivia rondando-a. Cat, que estava de saco cheio de ser a boazinha, resolveu ser amiga da jovem, mal sabendo ela que sua vida daria uma reviravolta. Drogas, álcool, problemas na escola foram as novas pautas na vida de Cat.

Tudo ia super bem, até que uma morre (eu até diria quem morreu, já que isso está na terceira página, mas mantenhamos o suspense). E a que fica viva se martiriza com a perda. Então, o livro, contado na primeira pessoa, vai oscilar entre Michigan e Nova York, que é onde a sobrevivente mora atualmente, casada, mas volta e meia caindo no vício.

A história de Marlena é mais comum do que imaginamos. Não que elas não estejam nas famílias ricas, mas é na periferia que meninas como ela (e como Cat também) se perdem nos vícios, nas ilusões, no abandono, seja da família ou do estado. Enquanto eu lia, ia me lembrando de várias coisas que vivi enquanto tinha menos de 15 anos e estudava na escola do bairro (depois me transferi para uma escola técnica estadual e tive um ensino melhor).
O livro em si é bem interessante, porém, senti que faltou algo para a Cat me convencer - da Marlena ora tinha raiva, por sua burrice, ora tinha pena, pois ela era vítima da situação - sei lá, era como se ela tivesse tudo na mão e jogou pro alto por pura birra. Porém, vale ressaltar que ela tem apenas 15 anos, e sua consciência está se formando, ela age sem pensar, da noite pro dia ela perde tudo, todos os seus conceitos sobre a vida sofrem uma cisma praticamente impossível de consertar.

Mas, por outro lado, Cat tinha consciência sim, pois ela via como os vícios destruíam Marlena dia após dia. Nossa protagonista experimentou todo tipo de droga, menos o Oxi, porque sua consciência alertou que, se ela o experimentasse, aí sim o beco não tinha saída. Ela viu isso acontecer com sua melhor amiga.

E o mais incrível nisso é que tudo isso aconteceu mesmo. Como está na capa de trás, é a própria história dela, mas que poderia ter sido minha, pode ser sua, de alguém que você conhece, por aí vai... Ao mesmo tempo que o livro traz à vida a memória de quem morreu, ele também é um alerta para os jovens, de como as drogas são o grande mal da sociedade e a melhor prevenção é não se aproximar (já dizia a apostila do Proerd).

A edição da Fábrica 231, selo da Rocco, está legal, não encontrei erros de nenhuma ordem e a capa, apesar de que a editora tinha capacidade de fazer algo melhor, fez uma arte até bacana, dando o ar de mistério que a obra necessita. Pra tentar entender a mente dos jovens, vale a leitura.



Olá!

Terminar uma série que nós gostamos tem dois lados: o bom, em que nos livramos de um ciclo, e o ruim, em que nos despedimos com dor no coração porque a trama e os personagens são maravilhosos. E foi exatamente isso que aconteceu com a série Amores Improváveis, da canadense Elle Kennedy, que se encerra com o quarto volume, A Conquista, que é nosso resenhado de hoje.
Resenhas Anteriores: O Acordo | O ErroO Jogo

SKOOB - Neste volume, o protagonista é John Tucker, o mais quieto - mas não menos gostoso - dos jogadores de hóquei do time da Universidade Briar. De origem humilde, ele pretende investir a grana que recebeu de herança em um negócio próprio, mas não sabe se quer ficar próximo da universidade ou próximo da mãe, que mora no Texas.

Do outro lado, Sabrina James é totalmente diferente das demais protagonistas. Dean Di Laurentis a considera uma bruxa, os demais a consideram antipática e fria, Tucker está apaixonado por ela. Sabrina tem uma vida tensa: vive com a avó, que não sabemos se gosta dela ou não, e um padrasto nojento. Não conheceu o pai e sua mãe a abandonou ainda criança. Essa barra pesada faz com que Sabrina tenha um foco: entrar em Harvard e sair da vida que leva.

E um detalhe faz a vida de Tucker e Sabrina mudar irremediavelmente. Não vou dizer o que é, mas o que não foi dito na quarta capa deste livro foi dito no último parágrafo do livro anterior, ou seja, sem querer a autora nos dá um spoiler. Só dá para dizer que, além de matarmos as saudades dos casais anteriores (sou #teamGarrett), ainda podemos conhecer um pouco mais de Tuck e sua paciência infinita.
A única coisa que não gostei desse livro foi que a autora precisou voltar no tempo para começar a história de Tucker e Sabrina, então, algumas coisas que aconteceram n'O Jogo ainda não aconteceram nesse, mas tirando isso, amo essa série e irei protegê-la. Ela é carregada de clichês, mas a escrita da Elle é tão gostosa que você devora o livro rapidinho - li em dois dias.

Mesmo os universitários americanos e brasileiros vivendo em mundos totalmente opostos, dá vontade de querer estudar na Briar, seja pelos atletas gatos, seja porque todo mundo vai se dar bem, seja pelo ensino de alto nível. Esse é mais que um motivo para mergulhar na leitura, se imaginar num universo tão diferente - e intocável para muitos - vivendo fortes emoções...

Essa série termina direitinho, sem pontas soltas, porém, uma parte do meu coração desejou secretamente que houvesse mais um livro desse universo, porque, mesmo já tendo falado dos quatro principais jogadores de hóquei (são cinco no rinque), os titulares, ainda apareceu uma galera bacanuda que merecia um livro sim. E qual minha surpresa, ao ler os agradecimentos da autora (só eu me emociono lendo agradecimentos?), Elle anuncia que... vai ter sequência!
Muita gente - eu também - não gosta quando uma série vai sendo esticada e esticada eternamente (não cansou de ganhar dinheiro?), mas tenho que admitir que amei saber que, em algum momento, vai ter mais da Universidade Briar! Só fica o questionamento se ela vai continuar focando no hóquei ou se vai pular pro futebol americano (cadê o soccer?).

Enfim, sou suspeita para falar, mas indico toda a série Amores Improváveis pra quem curte uma leitura gostosa, pra passar o tempo, leve, tranquila e engraçada - e com algumas cenas de sexo, porque ninguém é de ferro!




Olá!

Finalmente o blog está voltando!!! O grosso do TCC foi feito, agora só faltam as correções pontuais, nada que não possa ser feito. E a revista está ficando tão linda *---*

Mas agora é hora de falar de um livro que me tirou o fôlego! Não conseguia não virar cada página, tamanho o suspense que cada linha trazia. O resenhado de hoje é o Arma de Vingança, do Danilo Barbosa, que tive o prazer de conhecer pessoalmente em um evento no começo deste ano. Eu peguei emprestado com uma amiga, mas me arrependo de ter demorado para ler (culpa do TCC), então confira logo abaixo a resenha de Arma de Vingança!
Arma de Vingança começa com o leitor sendo apresentado a Ana, uma mulher que, logo de cara, já diz que o livro não é uma história de amor. Brevemente ela conta um pouco sobre sua vida e, aí sim, já vamos para a história em si. Ana é uma menina que perde sua inocência depois da morte de seu pai e do abandono de sua mãe.

Ela foge de casa e muda de cidade. Consegue emprego em uma locadora e, aos poucos, refaz sua vida. Até conhecer Ricardo. Ele é o príncipe encantado, em forma de mortal. Só que não. Ricardo, que é um cara rico, vale ressaltar, faz de tudo para conquistar Ana, mas, lá no fundo, tem planos macabros para ela.

Mentiras. Terror. Medo. Ódio. Mas nem tudo é pesado, porque Ana tem ótimos amigos, como Adriana, Tiago, Paula e William. Porém, é óbvio que ela esconde segredos do passado. Segredos tão horríveis quanto o que ela viverá com Ricardo. E, depois de uma determinada situação, ela mudará. Para a pior? Isso você decide.
Que livro, meus amigos! Primeira obra que leio do Danilo e, sério, não tem como não virar fã. Principalmente pela Ana. Ele criou uma personagem muito diferente das mocinhas que vemos por aí. Este livro, quem me emprestou foi a Ana, do Entre Chocolates e Músicas. E ela me havia dito que a protagonista era forte e decidida. E é mesmo. Em dado momento, a Ana (não a minha amiga) me lembrou a Lisbeth Salander (sim, a da trilogia Millennium. Talvez, só talvez, eu goste muito dessa história). Quem leu os livros  (ou viu os filmes) lembra como Lisbeth era, determinada, sempre analisando as consequências. Ana também é assim, foco no que queria fazer. Será que o Danilo leu/assistiu a trilogia?

Como disse no início do post, nunca tinha lido nada do Danilo, então ler essa obra foi uma grata surpresa. Mais um talento nacional que merece todo o sucesso que vem recebendo - e merece ficar por muito tempo na Universo dos Livros, que acreditou e fez uma edição toda maravilhosa! A escrita do autor é fluida, intrínseca, não deixa pontas soltas e o melhor: te prende do começo ao fim. Tanto que, apesar de ter demorado para ler, quando o fiz, só parei depois que acabou. E pensei: que história do car****!

Uma trama diferente de tudo o que você já viu, Ana vai te surpreender e te deixar com o coração na mão, porque ela vai passar por maus bocados, mas ainda assim você vai se emocionar e torcer para ela. E Danilo, parabéns pela obra e espero que esse seja seu primeiro best-seller de muitos! E não fui só eu que elogiei esse livro, até o The Guardian aplaudiu essa maravilha! (confira o texto aqui) E se este grande jornal aplaudiu, quem sou eu para ir contra?


Olá!

Sim, eu sei que ando sumida do blog. Mas se eu estivesse sumida só do blog, até dava. Mas ando sumida da vida! Meu TCC está me sugando todas as forças, mas, se quero que dê certo, preciso de foco total. Porém, como nem tudo é trabalho, trago essa resenha (que está atrasada, aliás, peço perdão pelo vacilo), cuja leitura foi de altos e baixos, mas no final, ganhou meu coração, por isso TE AMO KRISTIN HANNAH!!!!!!!!! A propósito, o resenhado é o As Cores da Vida, lançamento de agosto da Arqueiro.

A história se passa na pequena cidade de Oyster Shores e começa com a morte da matriarca da família Grey. Agora, o pai teria que cuidar sozinho do rancho e de suas três filhas: Winona, Aurora e Vivi Ann. Elas eram novas quando a mãe morreu, então tem uma passagem de tempo e elas já são moças. Winona sofria de baixa auto-estima, era gorda, comia compulsivamente e seu crush não a correspondia. Pior, ele gostava da caçula Vivi Ann (me identifiquei com Win, me julguem).

Nesse meio tempo, o rancho precisa de um funcionário que realmente seja comprometido com o trabalho, já que nenhum fica por muito tempo no rancho. Até que Winona contrata Dallas Raintree. Até aí tudo bem, se ele não fosse índio. Logo de cara, percebemos que nos EUA, ser índio (ou nativo americano) é como ser negro (tanto lá como aqui). Porém, Dallas se mostra um excelente funcionário.

Aí começa a parte "novela mexicana": Win gosta de Luke, que namora Vivi Ann, que se apaixona por Dallas. Se fosse esse triângulo amoroso, estava bom, mas Win, que tanto gostei, começou a me irritar e fez uma coisa imperdoável - eu pelo menos não faria, não da forma como ela fez. Passado algum tempo, um crime choca a pequena cidade, colocando em xeque o conceito de família, algo que os Grey leva em conta há séculos - literalmente.

O que dizer dessa história? Não consigo dizer, só sentir. Mas comecemos falando das irmãs: Winona, a Win, é a mais velha. sempre sonhou em ter a aprovação do pai, mas o mesmo sempre cagou pra ela, coitada. Porém, cresceu e se tornou a melhor advogada da cidade. Muito inteligente, sempre deu um passo a frente na profissão, mas na vida pessoal, um belo fiasco (falta de auto-estima é coisa séria), por isso me identifiquei com ela. Mas, em dado momento, ela começou a me irritar, tanto que minha vontade era de entrar no livro e socar a cara dela.

Aurora é a do meio. Aparentemente tem a família perfeita: é casada com um cara comum, tem dois filhos pequenos e é a mediadora dos Grey, sempre disposta a conversar, ouvir e encontrar soluções para os problemas das irmãs. A perfeita dona-de-casa. Mas ela tem seus próprios dilemas: a família não é tão perfeita, mas pelo menos não sofre com a língua do povo. Eu diria que ela é sonsa, mas depois do que lhe aconteceu, ganhou meu respeito.
Vivi Ann é a caçula e o orgulho do pai. Ela é amazona, por isso ela é tão querida pelo velho Grey. Por ser a mais nova, ninguém lhe dá muito crédito, acham que ela tem a cabeça vazia. É só fachada, porque ela é tão inteligente quanto suas irmãs, mas como é brincalhona e um pouco impulsiva, meio que ninguém liga pro que ela pensa. Em dado momento me irritou também, mas, não faria o que ela fez durante o livro, abandono é uma coisa muito pesada. (um pequeno spoiler, sorry)

Sabendo um pouco de cada, arrisco dizer que, apesar de tudo, a família permanece unida. Em tempos em que se perde tempo discutindo o conceito de família, só de saber que ainda é possível três irmãs superarem uma barra muito pesada, dá esperança em mim. Não sou tão ligada ao resto da minha família e admiro quem tem contato próximo com tios/as e primos, gostaria de saber como é (se você que me lê sabe, por favor, escreva nos comentários). Esse livro mostra bem como a família que nasce estruturada, morre estruturada.

A nota negativa do livro é o pai Grey. Que velho escroto! Primeiro você pensa que ele prefere Vivi Ann às demais (por ela montar cavalos), mas ele se mostra uma pessoa fria, horrível, por ser pai, é pior ainda. Pobre Win, cada vez que o pai a humilhava, minha vontade era de entrar no livro e abraçá-la (mesmo eu querendo dar uns tapas nela). Ele, por ser neto do fundador de Oyster Shores (grande bosta, sinceramente), só se importava com as aparências, com o que a população diria sobre o comportamento das moças.

Já disse que amo Kristin Hannah? HAHAHA disse sim, mas digo de novo: ela é maravilhosa! O livro, apesar de ter uma parte meio novela mexicana, é bem escrito, bem estruturado e intrinsecado, ou seja, fechadinho, sem pontas soltas. Aliás, ela dividiu a obra em duas partes, pois há uma passagem de tempo considerável (é spoiler?). Quanto ao trabalho da Arqueiro: que lindo! Se eu não estivesse fazendo o TCC, teria devorado esse livro em dois dias, porque a escrita dessa mulher te envolve de tal modo que você perde a noção até da vida!

Não encontrei erros de revisão/edição e a capa é uma lindeza! Dá vontade de ficar olhando pra ela pra sempre. Termino dizendo que As Cores da Vida é um livro que deve ser lido com carinho, degustado, sorvendo cada informação que a Kristin fornece. Não preciso dizer mais nada, apenas leiam!


Olá!

Continuando nossa maratona de posts da Bienal (o primeiro post você confere aqui), antes de irmos para a terça feira, preciso dizer que o evento de blogs parceiros da Arqueiro foi maravilhoso!!! Ele aconteceu no domingo, 28 e contou com a presença da equipe de marketing da editora: Natália Alexandre (sempre um prazer vê-la), Fernando Mercadante (muito simpático) e Mariana de Souza Lima (melhor pessoa e que ainda por cima tem uma irmã gêmea).


No evento nos foi apresentado vários lançamentos (e os relançamentos do Nicholas Sparks) do segundo semestre. Obviamente ganhamos brindes, além de Coca-Cola e água (não tinha comida e a culpa é do hotel que não deixou). Dentro da sacola que ganhamos, muitos marcadores, bottons, uma semente relacionada a um livro da Lucinda Riley (a semente dei pra minha vó, que manja de plantas. Quando nascer, vou lá na casa dela e tiro foto) e dois lançamentos: O Feiticeiro de Terramar, da Ursula K. Le Guin, e Quando o Amor Bater na Sua Porta, da Samanta Holtz, que estava lá, falou do livro, autografou e tirou foto com todos. Preciso destacar que ela é UM AMOR DE PESSOA!!!!!!! Sim, em letras maiúsculas, porque ela é muito linda, maravilhosa e humilde.

O evento durou cerca de duas horas e foi muito bacana porque interagi com muita gente!! Algumas eu já conhecia através dos blogs, mas muitos conheci lá mesmo. Inclusive troquei tantos marcadores que não cabia mais na mão!

Pronto, já quero mais eventos! Agora é terça feira e não fui trabalhar, pois tinha entrevistas para fazer pro meu TCC (não vou citar as pautas, vai que dá problema depois, mas já adianto que foi muito legal). Quem me acompanhou nesse dia foi a Ani, do EC&M, que está fazendo o TCC comigo, é claro. Como ela ganhou credencial, estava mais por dentro do que eu, já tinha noção do que ia rolar. Ela queria ver uma palestra com a Jout Jout e as meninas do portal Capitolina. Claro que fomos, mas antes, fiz minha primeira entrevista. Foi na Empíreo, com o publisher da editora, o Filipe Larêdo. Depois da entrevista, comprei um exemplar de O Corvo - Edição Colaborativa.

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Andamos bastante, comemos, consegui arrumar a câmera da faculdade (foi engraçado, a máquina fotográfica não funcionava, aí comecei a mexer nos botões, Deus me livre de mexer nas configurações, até que apertei um botão e tomei um susto quando a foto saiu, com um flash cegante, inclusive) e fomos ver a palestra da Jout Jout.

A palestra, na Arena BNDES, com capacidade para 500 (ou 550?) pessoas, teria sido boa, se a Júlia pudesse ter falado. Quem mediou foi uma das moças da Capitolina, que falou tanta merda que nem sei como não fui embora. A mesa era composta pela Jout Jout e por três moças do portal. A que menos falou foi a de óculos (perdão, mas não me habilitei a decorar seus nomes). O tema era sobre o feminismo na internet (ou coisa que o valha). A Julia só falou três frases, mas foram as melhores.

Depois da palestra, que durou exatamente uma hora (as palestras que fui foram pontuais como sempre) a Jout Jout ia autografar seu livro, mas só pra quem tinha senha. Aí deu confusão, porque a Bienal deu as senhas, mas a Julia (ou a editora, não vou lembrar) derrubou as senhas. Só que só deixaram entrar quem tinha as benditas. A Ani comprou o livro, mas queria trocar. Não pôde. Por fim, todo mundo entrou. Eu não tinha livro, mas ganhei um livreto em branco, feito para ser autografado. Ela foi muito simpática, mas não deu pra conversar (não que eu fosse falar muito, rs).

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Depois da palestra, andamos mais um pouco.Ah, faltou dizer que logo que chegamos finalmente tirei foto no MENAS. O menas era um tipo de totem, feito para explicar o preconceito linguístico. Atrás desse totem tinha um painel mostrando (esfregando na nossa cara) os erros que cometemos todo dia. Pronto, voltando a depois da palestra, demoramos mas encontramos o estande da Lendari, para entrevistar o diretor-executivo da editora, Mario Bentes. Estava na Travessa Literária, naquela parte onde os estandes são miúdos, comumente usados por autores independentes. Após a entrevista, comprei o Minhas Entrevistas com o Diabo - Parte Um, de autoria do Mario.

Passamos em vários estandes, mas gostamos mesmo do da Universo dos Livros, que tinha muitas opções, mesclando bem os autores brasileiros e gringos, mas com preços salgados. Ainda deu tempo de eu comprar o 1+1, do Augusto Alvarenga e do Vinicius Grossos. Tudo isso só na terça.

Já na quarta, fiquei cerca de duas horas, pois, não sou uma Kardashian, preciso trabalhar, então fui depois do expediente. Fui no intuito de encontrar a Ani e a Angela, minha outra colega de TCC, para combinarmos mais uma entrevista. A Ani estava com a Raíssa, outra amiga nossa e a Angela atrasou. Então, nesse meio tempo, finalmente tirei foto na cadeira de Game of Thrones (estava no estande da Leya), encontrei a Babi A. Sette no corredor (maravilhosa como sempre) e o Pororo (pra quem desconhece, Pororo é um desenho animado made in Korea cujo protagonista é um pinguim. Tive que assistir aquilo em coreano, português e espanhol).

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Só fomos encontrar nossa futura entrevistada em questão na palestra da Carina Rissi (e só a encontramos porque eu, a Ani e a Angela ficamos um tempão no estande da Gutemberg esperando e uma boa alma em forma de atendente nos informou que ela estaria lá). Tudo bem que eu a vi autografando livros assim que cheguei, mas como eu não tinha marcado a entrevista, então temi que ela não quisesse falar comigo depois, vai saber, preferi esperar.

Falei e falei e esqueci de dizer que nossa entrevistada é a Babi Dewet, linda, maravilhosa e autora de diversos livros, entre eles o Um Ano Inesquecível, com a Paula Pimenta, Thalita Rebouças e Bruna Vieira. Nesse dia não comprei nada.

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Falei bastante nesse post, mas ainda falta falar do sábado seguinte, tão bom quanto os demais. Desde já agradeço à Arqueiro e à Lendari, pois cada uma me deu um ingresso, fazendo com que eu pudesse ir à Bienal na terça e na quarta. Clique aqui e você será redirecionado ao álbum que montei na página do Resenha com todas as fotos do evento - provavelmente algumas fotos que estão nesse post estão lá no álbum, rs. Spoiler: pode ter uma ou outra foto ruinzinha, peço desculpas desde já, até porque, se não tenho olho bom pra enxergar, imagine então para fotografar, mesmo que com o celular?


Olá!

Pela segunda vez, eu visitei a Bienal de São Paulo! E, em relação a primeira vez, em que eu estava doente, foi muito mais produtivo! Como não tenho muito tempo e provavelmente esqueci de muita coisa que rolou, vou fazer um apanhado de tudo o que vi somente no sábado. Fui em vários dias: os dois sábados, a terça e a quarta - no domingo rolou evento de parceiros da Arqueiro, vou pincelar também. Fiz tanta coisa lá que, só de lembrar, já fico cansada. Mas 2018 vai demorar pra chegar...

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No primeiro sábado, levei a minha irmã. Nesse dia fomos pra conhecer os estandes e marcar minhas entrevistas para o TCC (spoiler: marquei para terça). No primeiro estande que cheguei, já comprei: foi na Intrínseca, onde tinham livros a cinco e nove reais. E pela primeira vez, reconheci alguém pelo rosto - porque tenho disso: conheço seu blog ou livro, mas se eu te ver caído/a na rua, vou passar direto, porque não sei da sua cara.

O reconhecido em questão era "só" o Mauricio Gomyde, autor de Surpreendente! Ele estava lá, conversando com leitoras. Aproveitei e vi que o dito livro estava por R$19,90. Comprei e ganhei autógrafo dele!! Além do Surpreendente!, comprei O Segredo do Meu Marido, da Liane Moriarty, por nove reais (comprei pelo preço mesmo, nem sei se é bom).

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Andamos mais um pouco e fomos no estande da Empíreo, parceira do blog. Lá seria minha primeira entrevista. A jogada da editora foi muito boa: eles não criaram um estande e sim uma sala de leitura. Lá tinha uma cadeira super confortável, bancos, uma vitrola... enfim, foi criado um ambiente muito receptivo, mesmo sem ter tanto espaço físico assim. E quem quisesse, poderia comprar os móveis lá mesmo (queria a cadeira, mas meu quarto é minúsculo...)

Em seguida (depois de andar mais, lembrando que ainda é o primeiro sábado), fomos na Gutemberg, disparado o estande que deu mais descontos. Já me atraquei com um exemplar de Pollyanna, clássico da literatura infanto-juvenil, em seguida cheguei na seção de quadrinhos (selo Nemo) e vi que tinha os livros da Fernanda Nia, Como eu realmente... 1 e 2, aí me lembrei que um determinado dia ela estaria no estande; ao perguntar à funcionária, qual a surpresa senão que ela estaria naquele dia mesmo???? 

Comprei o primeiro volume, o já citado Pollyanna e duas HQs do Garfield para minha irmã - inclusive, quero registrar que a funcionária deu o desconto para ela e não para mim, mas tudo bem. Fui lanchar, voltei alguns minutos e ganhei meu autógrafo. (E nas compras acima de 40 reais, ganhava um livro de colorir; gastei R$75).

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Provavelmente devido à crise, os estandes estavam menores, ao passo que os corredores estavam maiores. Mesmo assim, rolou muita interatividade. No estande da Rocco, dava pra tirar fotos com a temática Harry Potter, lá na estação de trem cujo nome não sei (óbvio, não acompanho), mas estava tão cheio que só entrei na Rocco no sábado seguinte. Outro que estava bonito era o da Cia. das Letras. Não tinha nada de tirar foto, mas tinha um totem grande que, ao girar, mostrava várias capas de livros, pena que eram todos de youtuber, além da capa do livro novo do Paulo Coelho. Lá eu comprei O Erro, da Elle Kennedy. O da Arqueiro estava legal, mas os preços estavam muito altos.

Por fim, pude conhecer pessoalmente o Mario Bentes, diretor-executivo da Lendari. O bacana foi que a Lendari é a primeira editora do Norte do país (Manaus) a estar na Bienal. Conversamos brevemente, ganhei um ingresso e marquei outra entrevista. Ainda tirei foto da minha irmã abraçada a uma Mônica gigante. Passei na Coerência e comprei o livro novo da Camila Pellegrini (Aos olhos de Zoe), na Pandorga (pra cumprimentar a Raiza Varella) e na Leya, pra tentar tirar foto na cadeira de Game of Thrones (que deve ter um nome específico, que claramente desconheço). Spoiler: só fui fazer a foto na quarta.


Vou montar um álbum na página do Resenha no Facebook, com todas as fotos da Bienal. Claramente, esse ano foi muito melhor que em 2014. Naquele ano, eu estava com uma baita enxaqueca, todo estande tinha fila, passei duas horas e meia na fila da Novo Conceito (que esse ano, fiquei chocada, não tinha estande) para comprar UM livro e não conhecia ninguém.

Para quem achava que tinha esquecido de muita coisa e ia fazer um único post, vou precisar de mais porque aconteceu tanta coisa que o texto vai ficar enorme. Usei fotos do Instagram do blog e do meu pessoal, mas o link do álbum vou disponibilizar só no post seguinte, já que meu celular deu problema e não consigo copiar as fotos.


Olá!

No post anterior (confira aqui), fechei parceria com a autora Marcela Cardoso. Lá, eu prometi que logo menos traria a resenha de seu livro, Minha Vida é um Reality Show. Pois eu li, gostei e agora trago minhas impressões para vocês.

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Minha Vida é um Reality Show começa com Bruna Marshall, de 16 anos, diante dos jurados para uma audição do Music Idol, que está em sua décima quinta temporada e ao longo dos anos foi revelando grandes nomes da música. Até aí tudo bem, mas o que era pra ser uma simples audição de 30 segundos acaba viralizando na internet, tudo porque Bruna entra em trabalho de parto. Isso mesmo, Bruna está grávida - ou melhor, está prestes a dar à luz.

Depois de algum tempo, Bruna (que nasceu nos EUA mas mora no Brasil desde pequena), que foi aprovada na audição, se juntará aos demais aprovados para começar, de verdade, a competição. Ela e todos os participantes estão hospedados no hotel que pertence à irmã de Bruna, Elisa, e por isso ela pode ficar perto de seu pequeno Christian.

Logo de cara, ela conhece Angie, sua colega de quarto que veio do Maranhão para participar. Elas viram amigas logo de cara, apesar de serem bem diferentes. Como se não bastasse, o pai do filho de Bruna aparece no programa. Como jurado. E a aventura só está começando para Bruna, Angie e vários outros participantes do reality.

A autora Marcela Cardoso entrou em contato comigo, oferecendo o livro para que eu lesse e o resenhasse. Li a sinopse mas sem muita expectativa, até porque com TCC não dá pra ter muita expectativa, por causa disso, acabei demorando a ler, mas quando comecei, fui até o final.

Bruna Marshall da Cunha (confesso que detesto meu sobrenome de certidão, mas Marshall da Cunha chega a ser engraçado) sempre sonhou em ser uma popstar de sucesso, porém, vinda de uma família conservadora tradicional brasileira, digamos que ela não tem muito apoio. Apoio esse que ela não tem mesmo quando descobre que está grávida. Até aí tudo bem, porém, o pai da criança está namorando Sheila, a outra irmã de Bruna - esse é só o primeiro babado do livro.

Entre idas e vindas (e vários spoilers incluídos), nossa protagonista chega ao Music Idol. E é lá que reencontra Gabriel, também de 16 anos. Ele é seu amigo de infância, mas se mudara para a Argentina alguns anos atrás. Claro que Gabriel também está no programa, mas por outro motivo.

No geral, gostei muito da história, ri bastante, inclusive. Mas algo que me incomodou foi a idade. Bruna tem só 16, mas passou por algumas situações que me pareceram um pouco forçadas para uma garota dessa idade - e não estou falando da gravidez. A história se passa no Rio de Janeiro, o que é ótimo, mas admito que fiquei perdida com alguns endereços que ela deu durante a trama (digamos que só conheço o bairro de Brás de Pina e olhe lá, os outros só conheço de nome), ou seja, quem mora na Cidade Maravilhosa vai se identificar rapidinho.

O livro, em primeiro momento, só está disponível em e-book. Bem baratinho, vale super a pena comprar, é curtinho (segundo o Skoob, 181 páginas), dá pra ler em uma tarde. Além disso, está bem formatado, sem erros de digitação e afins. E pra terminar essa resenha, não seria justo um livro cujo plano de fundo é um reality show não ter música! E é claro que a autora montou no Spotify uma playlist com todas as músicas citadas no livro. Pode até soar como spoiler, mas tem tanta coisa boa menos Céline que vale a pena conferir. 




Olá!

Semana de três dias úteis chegando e nada como uma boa resenha para revigorar a segunda! Para variar, é a vez do maravilhoso James Patterson aparecer novamente por aqui. Já me declaro fã de carteirinha dele e é por isso que trago mais uma aventura de um dos detetives mais famosos da literatura mundial aqui ao blog: Eu, Alex Cross.

A história começa com Alex Cross comemorando mais um aniversário com sua família: a namorada (e também policial) Brianna "Bree", sua avó Nana e seus filhos Jannie, Damon e Ali e seu colega e grande amigo, John Sampson, com sua família. Até que o telefone toca. E quando o telefone de Alex Cross toca, só pode significar uma coisa: acabou a paz. E foi exatamente o que aconteceu: do outro lado da linha, Ramon Davies, da Polícia Metropolitana, lhe daria a pior notícia de sua vida. Caroline Cross, sobrinha de Alex, foi encontrada morta. Com requintes de crueldade.

Longe dali, Johnny Tucci era procurado por um determinado grupo. Ele sabia demais e por isso pagaria com sua vida. Enquanto isso, Tony Nicholson estava preparando seu clube privativo para mais uma festa (vulgo orgia). Ele tinha uma mania sórdida: costumava assistir (e gravar) seus clientes nos momentos mais íntimos, para depois chantageá-los. O que seria comum, tendo em vista que seus clientes são nomes fortes da politica norte-americana (vulgo senadores e magnatas). Mas Nicholson temia uma pessoa: Zeus. E esse Zeus é quem realmente manda.

Caroline, Alex não sabia, trabalhava nesse clube. Sim, a sobrinha do detetive era uma prostituta. Como se não bastasse, por envolver nomes fortes da política, o FBI tinha entrado em jogo, para que a presidente dos EUA não fosse afetada (sim, no livro, os EUA são comandados por uma mulher, Margaret Vance).

Agora, se Cross quiser saber quem matou sua sobrinha e quem está por trás dessa rede de sadismo, ele terá que enfrentar tudo e todos, inclusive o FBI. Para isso, ele contará com a ajuda de Bree, Sampson e sua intuição, porque esse caso está mais difícil do que nunca, só pelo fato do alto escalão da Casa Branca estar envolvido.
Já disse que amo James Patterson? Já disse que amo Alex Cross? Pois bem, amo os dois! Quando leio algo do James, é como se não houvesse amanhã, a Arqueiro tem razão quando diz que "as páginas viram sozinhas". O cara te prende do começo ao fim com uma escrita eletrizante e, nesse caso, duas histórias que, em determinado momento, passa a ser uma só.

Nada é fácil para Alex Cross. Não seria diferente nesse livro, onde ele terá que bater de frente "só" com o FBI e a Casa Branca. Já li milhares de livros em que algum presidente fictício dos EUA é citado. Mas só Patterson coloca uma mulher no poder (e não é a primeira vez!). Além disso, como Cross é conhecido por seu trabalho e sua persistência, claro que ele encontraria vários percalços pelo caminho.

Esse eu li através de empréstimo e, mesmo sabendo que ele costumar ter duas histórias que em dado momento se unem em uma, dessa vez ele conseguiu fazer isso em 198 páginas! E sem deixar pontas soltas! Já devolvi o livro, mas ainda estou impressionada com isso.

O legal das histórias do Alex Cross é que dá pra você ler todas fora da ordem. Já li cinco obras do autor, sendo Feliz Natal, Alex Cross (o primeiro da série, que possui seis livros); Corra, Alex Cross; Zoo; e Os Assassinos do Cartão Postal (clique nos títulos e você será redirecionado às respectivas resenhas), estou com mais um dele para ser lido e ainda assim ele me surpreende, mesmo sabendo o que esperar de sua escrita...

Como o livro é de empréstimo, então seu estado de conservação era: cheiro de sebo, rs. Mas a diagramação e revisão seguem o alto padrão da Arqueiro. Apesar das letras ficarem meio que espremidas, a leitura é agradável.

Acho que, depois de tanto elogiar, é óbvio recomendar o livro para vocês. Como é curtinho, dá pra ler em um dia até. Eu terminei de ler na fila de espera de um exame que eu ia fazer! HAHAHA


Olá!

Primeira entrevista internacional do blog!!! Dessa vez, eu consegui conversar com a Teresa Medeiros, autora de Twittando o Amor, publicado aqui no Brasil pela Novo Conceito. Eu formulei as perguntas no Translate mesmo, então se algo ficar sem nexo, a culpa é estritamente minha. As respostas foram traduzidas pela Raíssa, do O Outro Lado da Raposa, obrigada!

1 - Diga para os leitores do blog: Quem é Teresa Medeiros? Você tem parentes portugueses ou brasileiros? (seu nome é bem comum no Brasil).
Say to the blog readers: Who’s Teresa Medeiros? Are you portuguese or brazilian relatives? (Your name and surname are very commons in Brazil).

Eu me casei e adquiri o lindo nome “Medeiros”. Os avós do meu marido, do lado do pai dele da família, são de Portugal (em Açores). Eles vieram para New Bedford, Massachusetts, onde há uma amável população portuguesa. O pai dele estava nas forças armadas em Ft. Campbell e foi lá que ele conheceu a mãe do meu marido, que era do Mississippi. Meu marido e eu nos conhecemos na escola de enfermagem quando nós dois estudávamos para nos tornamos enfermeiros certificados. (eu deixei a enfermagem para escrever em tempo integral.)
I married into the beautiful name “Medeiros”! My husband’s grandfather and grandmother from his father’s side were both from Portugal (the Azores). They settled around New Bedford, Massachusetts, where there is a lovely Portuguese population. His father was stationed in the military in Ft. Campbell, KY and that’s where he met my husband’s mother, who was from Mississippi. My husband and I met in nursing school when we were both studying to become registered nurses. (I quit nursing to write full-time.)

2 - Como você se apaixonou pela leitura? E quando você decidiu que se tornaria escritora?
How you found the love of Reading? And when you decided you would be a writer?

Eu era só uma criança e meu pai era militar, então eu tive muitas oportunidades para usar minha imaginação e entreter a mim mesma. Mesmo quando nós tivemos que nos mudar, os livros puderam continuar sendo meus melhores amigos. Eu estava brincando de “faz de conta” e na verdade é isso o que os escritores fazem.
I was an only child and my dad was in the military so I had a lot of opporunities to use my imagination and entertain myself. Even when we had to move around, books could still be my best friends. I was always playing “Let’s pretend” and that’s exactly what writers do.

3 - Em que (ou quem) você se inspirou para criar seus personagens nas histórias?
In what (or who) inspired you to create your characters and stories?

Meus personagens vêm a mim primeiramente pelos seus nomes. Eu crio seus nomes, depois suas personalidades e depois a estória parte daí. Algumas vezes um livro começa com um único diálogo ou algo que eu entre ouvi por aí.
My characters tend to come to me by their names first. I learn their names, then their personalities, then the story follows from that. Sometimes a book may start with a single line of dialogue or something I’ve overheard when I’m out and about.
4 - Sobre o livro “Twittando o Amor”: Como foi o processo de criação?
About the book “Goodnight Tweetdeck”: how was the creation process?

O livro é muito pessoal para mim. Sou uma escritora como a Abby, eu tenho dois gatos chamados Buffy the Mouse Slayer (algo como o assassino de ratos) e Willow Tum-Tum. Minha mãe estava no lar de idosos sofrendo de demência. Meu pai era militar. Então Abby foi um grande reflexo meu, provavelmente mais do que qualquer outro personagem que eu tenha escrito nos meus 23 livros. Eu me apaixonei pelo twitter e fiquei muito empolgada em escrever um livro falasse sobre um casal que se conheceu através do twitter. Eu escrevi a maior parte do livro enquanto eu tomava café na Starbucks e algumas vezes até parecia que eu estava tuitando com Mark Baynard de verdade! Eu senti muito a falta de Abby e Mark depois que terminei o livro.
The book is a very personal one for me! I’m a writer like Abby, I have two cats named Buffy the Mouse Slayer and Willow Tum-Tum. My mom was in the nursing home suffering from dementia. My dad was in the military. So Abby was very much a reflection of me, probably more than any other character I have written in my 23 novels. I had fallen in love with “Twitter” and was so excited to write a book that revolved around a couple who meet through Twitter. I wrote most of the book while sitting at my local Starbucks and at times it felt like I was almost tweeting with Mark Baynard for real! I missed Abby and Mark so much after I finished the book.

5 - Depois que esse livro foi finalizado, quais dificuldades você enfrentou até a publicação dele?
After this book was finished, what difficulties you faced until the book was published?

Sou conhecida pelos meus romances históricos nos Estados Unidos e eu estava no meio de um contrato escrevendo históricos quando tive a ideia para “Twittando o Amor”. Por sorte, meu atual editor se interessou em comprar o livro, então nós apenas trabalhamos um novo contrato. Mas aí eu tive que convencer as pessoas que não eram familiarizadas com o Twitter que eles iriam gostar do livro da mesma maneira. Então eu lhes contei que eu estava espionando uma conversa onde duas pessoas se apaixonam.
I’m known for my historical romances in the U.S. and I was in the middle of a contract writing historicals when I got the Idea for “Goodnight Tweetdeck”. Luckily, my current publisher was interested in buying the book so we just worked out a new contract. But then I had to convince the people who weren’t familiar with Twitter that they would enjoy the book as well. So I told them it was like eavesdropping on the conversation of two people falling in love.

6 - Você tem algum novo projeto, que esteja pronto ou arquivado?
Do you have any new projects, whether ready or shelved?

Eu tinha outro histórico publicado nos Estados Unidos desde “Twittando o Amor” chamado “A Tentação do seu Toque” e eu tinha acabado de começar a trabalhar no meu novo livro. Eu também estive ocupada me certificando de que todos os meus fossem publicados em e-book nos EUA e na Alemanha. Eu até comecei minha pequena editora – Amber House Books – para publicar meus próprios livros e alguns livros de escritores que eu admiro.
I’ve had another historical published in the U.S. since “Goodnight Tweetdeck” called “The Temptation of Your Touch” and I’m just starting work on my new book. I’ve also been busy making sure all of my books are published in e-book in the U.K. and Germany. I even started my own little publisher—Amber House Books—to publish my own books and some books by other writers I admire.

7 - Por favor, deixe uma mensagem para os leitores do Resenha e Outras Coisas.
Please, give a Messenger from the Resenha e Outras Coisas’ readers.

Umas das coisas que eu mais amo sobre a internet é que a chance que tenho de me conectar com todos os meus leitores de todos os lugares do mundo! Eu sempre digo que amor e livros são a “linguagem universal” e eu apenas quero que meus leitores brasileiros saibam o quanto eu os amo e agradeço por eles!
One of the things I love the most about the internet is the chance to connect with my readers all over the world! I’ve always said that love and books are the “universal language” and I just want to let my Brazilian readers know how very much I love and appreciate them!

A Teresa foi muito simpática - e até ficou preocupada por não ter respondido dentro do prazo e pediu desculpas, rs. Sério, ela foi um amor de pessoa! Teresa, thank you! Espero que vocês gostem da entrevista e opinem sobre as perguntas!!!



Olá!

Esta semana, esta que vos escreve ficará um ano mais velha (exatamente no dia do jornalista). E como sempre, faço uma lista de desejados que eu gostaria de ganhar de presente - ainda mais agora que estou sem grana para comprar. A lista é pequena, se comparada a de anos anteriores - ou até mesmo de desejos anteriores. Vamos conferir o que esta humilde blogueira deseja ganhar de presente?
Todas as capas foram tiradas de seus respectivos sites, exceto a foto 5, que tirei do Facebook da editora.
1 - Provavelmente vocês assistiram a série A Rainha do Tráfico (La Reina del Sur, no original) na Globosat ou Netflix. Pois bem, o seriado é derivado desse livro, que é antigo, mas a Record finalmente publicou no fim do ano passado. Há séculos eu estava atrás dele, mas não encontrava nem físico nem digital. Eu cheguei a acompanhar a série (muito boa) mas desisti por preguiça. E adoro a Kate del Castillo (a atriz da capa), é uma excelente atriz.

2 - Tem alguém que não gosta do Sensacionalista? Melhor site do Brasil! É o compilado de notícias mais relevantes publicadas pelo portal nos últimos sete anos. Cada tirada melhor que a outra. E o lançamento foi dia primeiro de abril. Sério.

3 e 4 - Eu gosto muito da série Guia Politicamente Incorreto. Entre o fim de 2015 e o início de 2016, foram lançados dois novos volumes: um que fala sobre a economia brasileira e outro que fala sobre os presidentes que o país já teve. Eu tenho todos os volumes anteriores da série e esses dois viriam para fechar com chave de ouro minha coletânea - a menos que lancem outro, rs.

5 - Esse é bem difícil de conseguir. Como vocês já sabem, sou fã da Céline Dion. E no mês passado, foi lançado mais um livro sobre ela. Até aí, tudo bem. Porém, o mesmo só está disponível no território canadense. Tem na Amazon de lá, porém: pra eu poder comprar a edição digital, eu precisaria migrar minha conta (ela deixaria de ser Amazon BR para ser Amazon Canadá) e li em alguns fóruns que para fazer isso para comprar um exemplar não vale a pena; ou, para eu poder comprar o exemplar físico, eu precisaria saber se precisa pagar a algo mais na Receita Federal (porque eu sei onde clicar para adquirir, mas não sei os procedimentos para receber). Caso vocês já tenham comprado livros de sites de fora do Brasil ou conheçam algum lugar (em SP) que importe livros, por favor, me avisem nos comentários.

Essa é a lista dos mais urgentes, mas daqui até o dia 7, com certeza pode surgir algo novo, rs. Aliás, parabéns a todos que fazem aniversário nesse mês legal :)

Olá!

SÓ SE VIVE UMA VEZ. MAS, SE VOCÊ FIZER AS ESCOLHAS CERTAS, UMA VEZ BASTA.

O resenhado de hoje é um romance que me abalou as estruturas desde o início. Eu recebi em parceria com a Arqueiro. Eu li a sinopse e acabei pedindo porque achei a premissa bonita, mesmo meu cérebro não a registrando corretamente, mas tudo bem. Vem se emocionar com Volta Para Mim, da Mila Gray.
Volta para Mim começa com nossa protagonista Jessa Kingsley vendo pela janela de sua casa que uma determinada visita chegou. Porém, a visita em questão trazia uma trágica notícia. O irmão (Riley) e o namorado (Kit) de Jessa serviam à Marinha dos EUA. Jessa sabia que, quando essa visita chegava na casa das pessoas, é porque alguém havia morrido. Quem seria: Riley ou Kit?

Pois é, a história começa bem assim. Porém, a autora volta três meses no tempo e nos apresenta Kit Ryan voltando para a Califórnia, depois de nove meses no Sudão. Ele reencontra Jessa na casa dos Kingsley, em virtude da comemoração do retorno de Riley do país africano, mas ele não é bem vindo: o pai de Jessa o odeia. A atração entre Jessa e Kit é palpável e de longa data. Kit e Riley se conhecem desde criança e são os melhores amigos desde então. O tempo passou e eles cresceram. Jessa, que era um patinho feio, ficou muito bonita, atraindo Kit, ao passo que ela sempre foi apaixonada por ele.

Contrariando todas as expectativas - e o pai de Jessa - o casal acaba ficando junto. Kit incentiva Jessa a ir atrás de seus sonhos. Ela os tinha, claro, mas o pai, desde que voltou do Iraque (era da Marinha também), por ter estresse pós-traumático, transformou-se em outra pessoa. Mais agressiva, por qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, surtava e gritava com a família. Sendo assim, o coronel Kingsley a proibiu de estudar Artes Cênicas para fazer outro curso em outra faculdade.

Kit trouxe uma nova chama para a vida de Jessa: a esperança. Eles não podiam sonhar - Kit e Riley voltariam à Marinha em quatro semanas - mas podiam viver cada minuto. Eles curtiram cada minuto que puderam, mesmo sabendo que, quando Kit voltasse, passaria um ano longe dela. Riley também tinha sua história: namorava Jo há três anos, e sempre sofria quando estava longe dela. Apesar de termos dois casais, nós acompanharemos a história de Kit e Jessa, em que viverão algumas situações em que o amor falou mais alto que a realidade.

Estou procurando palavras para descrever essa história. O livro já começa nos indicando que um dos rapazes morreu. Parece até que foi o Nicholas Sparks que escreveu. Mas, não, Mila Gray nos brinda com uma história que mostra como duas pessoas podem se entregar ao amor verdadeiro apesar de tudo parecer soar contra. O livro é narrado em primeira pessoa, cada capítulo intercalando os pontos de vista de Jessa e Kit. Assim, podemos saber o que se passa em suas mentes e seus corações.

Eu recebi esse livro em parceria com a Arqueiro e novamente, a editora acerta em trazer um YA envolvente. Por ser YA, óbvio que terá cenas mais quentes, mas elas são tão bem escritas que não chegam a incomodar, pelo contrário, parece até que estamos vendo uma cena de telenovela. A única coisa ruim que vi nesse quesito é que, como Jessa era virgem (tinha só 18 anos, alías), a autora se preocupou demais com a virgindade dela. Qual homem na face da terra vai ter a paciência que Kit teve? E quando essa parte finalmente aconteceu, foi bem escrita, mas muito descritiva. Eu realmente não precisava saber disso.

Além disso, temos outro problema: porque o coronel Kingsley odeia Kit? O pai de Kit, Ben Ryan, também era militar, mas desde a morte de sua esposa e de superar o vício em álcool, ele se tornou um homem religioso. Nem isso diminuiu o ódio de Kingsley pelos Ryan. Eram amigos, mas uma situação que aconteceu no passado mudou a relação dos patriarcas. Detalhe: na página 108 eu já tinha sacado o que aconteceu, mas fui até o fim pra ter certeza. Me senti Sherlock Holmes HAHAHA

Se recomendo essa leitura? Claro que sim! Apesar de ter torcido para que um deles tivesse morrido, fiquei muito emocionada com o desfecho - e a partir de um certo momento, parei de torcer, porque não queria que um deles morresse. Quando o leitor pensa que está tudo bem, a história toma uma reviravolta incrível. Meus olhos suaram quando finalmente o nome do morto é revelado. Mesmo assim, o livro possui uma mensagem maravilhosa.

Sobre as especificações: trabalho excelente (mais um) da Arqueiro, só encontrei um errinho de revisão no livro todo (!!!) e a fonte e tamanho mais as folhas amareladas contribuíram para uma leitura rápida e fluída. A capa, apesar de ter rostos, é muito bonita, porque eles estão para se beijar. Lembrando que eu não gosto de rostos em capa de livros, mas essa, tenho que aplaudir, porque está maravilhosa!

Sério, apenas leiam e se emocionem com essa história! Aliás, queria agradecer a Mila por ter me dado uma ótima ideia envolvendo minha diva Céline Dion. A cantora é citada em um quote, mas não pude reproduzir aqui por motivos de: spoiler.