Olá!

Fim de ano chegando, e, junto com ele, a resenha de um livro cuja leitura foi boa, mas que eu esperava mais, admito. Um Martíni com o Diabo é o segundo livro de Cláudia Lemes, publicado pela Empíreo. Diferente do anterior, Eu Vejo Kate - O Despertar de um Serial Killer (resenha aqui), neste ela mostra os pormenores da máfia italiana, que agiu por muitos anos (e ainda deve agir), em Las Vegas, nos anos 90. Mais um relato brutal e genial escrito por Cláudia.

Aviso: a leitura é pesada, recomendada para estômagos fortes. Quer leitura romântica? Então vai ler Nicholas Sparks, porque ela escreve de um jeito que cativa, mas também surpreende e deixa o leitor com as mais diversas sensações, inclusive náuseas.
Um Martíni com o Diabo começa com o jovem Charlie Walsh (o sobrenome já denuncia sua origem irlandesa) descobrindo suas origens. Sua mãe, Loreen, conta com detalhes e sem pudores, que foi violentada por um mafioso italiano. Charlie, então, saiu de sua casa, em Chicago e resolveu que ia matar seu pai, que vivia em Las Vegas.

Chegando em Vegas, conhecendo as pessoas certas, conseguiu se infiltrar na máfia, liderada por seu pai, Tony Conicci. Para isso, Charlie adotou um sobrenome italiano, pois, naquela época, ser irlandês nos EUA era algo complicado, guardadas as devidas proporções, é como ser negro aqui no Brasil. Mas ele está na máfia, na família. Um caminho sem volta.

Charlie conquista a confiança do capo, e acaba subindo na hierarquia da família. Mas, conforme as responsabilidades vão aumentando, os sentimentos de Charlie vão se confundindo, além de se envolver com as pessoas erradas. O tempo vai passando e o protagonista está muito diferente do que era quando chegou em Vegas. Mas é um carrossel de sentimentos, ele simplesmente não sabe o que fazer. Ele só sabe que: o FBI está na cola, seu pai precisa morrer e ele não deve se apaixonar por uma mulher em especial. Mas poder, dinheiro, drogas e amizades corrompem. E é aí que Charlie deve provar a que veio.

Foi uma boa leitura, mas, como disse no início do texto, eu esperava mais. O livro é muito bem escrito, mais uma vez a Cláudia mostra seu talento ao escrever uma história que, por mais ficcional que seja, é real, muitas coisas descritas no livro realmente aconteceram. Isso mostra também como a autora precisou estudar antes de escrever. Ela criou um Charlie que poderia ser qualquer um de nós, com um espírito vingador, mas com um coração inocente. O jovem, que foi até Vegas atrás do pai, sabia que ser da máfia não era a coisa mais fácil, mas não esperava encontrar o que encontrou.
Tony Conicci era o líder da família Conicci, uma das cinco famílias donas de Las Vegas, que faziam os cassinos e lavanderias circularem milhões de dólares na cidade - e no país. Ele tinha um séquito de associados, mas somente alguns poucos eram de sua extrema confiança, como Vinnie, Viking, Mickey e Frankie. Os Conicci e as demais famílias até se davam bem, desde que não invadissem o espaço um do outro.

Para quem gosta de descrições minuciosas em livros, principalmente descrições de décadas passadas, esse livro é ótimo, porque a autora descreve bem os locais e tudo o que neles acontecia. Em dado momento, essas descrições me cansaram um pouco, por isso acabei demorando um pouco a ler (isso e o fato de ter um TCC para apresentar). Mas, na metade final do livro, quando as coisas complicaram demais, voltei a devorar cada linha, cada página, porque a história começou a pegar fogo. Talvez por isso eu também tenha esperado mais da obra, menos descrições e muito mais ação (tem ação de sobra, mas eu queria mais, rs).

Eu recebi o livro em parceria com a Empíreo e, mais uma vez, a editora está de parabéns, uma edição impecável - como tudo o que eles fazem - sem erros de nenhuma ordem, uma capa muito bonita, condizente com a obra e, logo de cara, tem um organograma com a hierarquia dos Conicci, segundo a visão do FBI, além de um breve vocabulário com termos específicos usados pelos mafiosos.

Quem já leu Eu Vejo Kate e gostou, com certeza vai gostar deste Um Martíni com o Diabo. E se você não conhece a escrita da Cláudia, e procura algo para sair da zona de conforto, aceite minha sugestão, você não vai se arrepender!


Olá!

Aos poucos, o blog vai voltando... Mas não podia deixar de contar pra vocês que a Empíreo está com um lançamento muito pesado. Cláudia Lemes, autora de Eu Vejo Kate (resenha aqui), volta à baila com um livro sobre a máfia. Confira abaixo os detalhes de seu mais novo livro, Um Martini com o Diabo, com seus respectivos links de pré-venda.
"O jovem Charlie Walsh está em Las Vegas, não para tentar a sorte, e sim para matar seu pai, um chefe da máfia italiana, Tony Conicci."

Com esse mote, Cláudia Lemes convida seus leitores a mergulharem em Um martíni com o Diabo, um romance policial noir, recheado com uma tradicional história sobre a máfia italiana. Inspirada pelo clássico O Poderoso Chefão (Mario Puzo) e pelos mestres do gênero noir, Dashiell Hammett, Elmore Leonard e James Ellroy, a autora constrói um drama movido pela vingança e pelo ódio de um filho pelo pai.

Uma história densa e violenta não é novidade para Cláudia que, em 2015 chegou às livrarias com o sucesso Eu vejo Kate – O despertar de um serial killer. O thriller conquistou fãs do gênero policial. A obra despertou a atenção pela escrita ousada e história transgressora e chegou a ganhar o praise de Ilana Casoy, criminóloga, escritora referência nacional em assassinos em série e consultora da série Dupla Identidade da Rede Globo.

“Cláudia Lemes estreia com este romance impecável, nos brindando com a profundidade de seu conhecimento sobre a alma humana e criminologia (...) me deixou sem fôlego. É uma ficção mais do que real.” (Ilana Casoy) 

Em Um martíni com o Diabo, Cláudia deixa de lado os assassinos em série, mas segue firme com a violência e crueldade tão marcantes dos romances policiais. Dessa vez ela conta a história de Charlie Walsh que para se vingar de seu pai, o mafioso Tony Conicci, infiltrar-se no restrito grupo de confiança da família Conicci. Mas esse desejo de vingança é posto à prova quando ele se vê seduzido por amizades, poder, drogas e dinheiro que a máfia oferece. Com o FBI em sua cola, e secretamente apaixonado pela enigmática esposa do pai, ele precisará decidir onde apostar sua lealdade.

O lançamento será no dia 12 de novembro, às 18h30, no Sesc de Santos, localizado na Rua Conselheiro Ribas, 136, bairro Aparecida. E logo abaixo estão disponíveis todos os links de pré-venda.

Empório do livro: https://goo.gl/tfc3PE
Livraria Bela Vista: https://goo.gl/mVTzcT
Livraria Cultura: https://goo.gl/FaKvqi
Livrarias Curitiba: https://goo.gl/u4llJ8
Livraria da Folha: https://goo.gl/xAOVtn
Livraria Travessa: https://goo.gl/KNg6nS
Loja Empíreo: https://goo.gl/djXO9v

Olá!

Voltei brevemente ao blog para compartilhar uma resenha maravilhosa de um livro que me surpreendeu. Verdade que li sem expectativas, por isso o resultado foi tão incrível! Não Quero Ser Lembrado é o primeiro livro de Lucas Rezende, lançado recentemente pela Empíreo.
Não Quero Ser Lembrado começa nos apresentando Bernardo, um homem que, aparentemente está transtornado pela morte de sua esposa. Bernardo não é um exemplo: sente-se fracassado, impotente, um completo inútil. E isso não é algo novo, esse sentimento está nele desde que se conhece por gente.

Voltamos alguns anos no tempo. Bernardo está passeando pelos corredores de sua locadora favorita (locadora de filmes VHS, sim, isso um dia existiu, tanto os VHS como as locadoras), quando tromba com uma bela mulher, tão jovem quanto ele. Eles trocam um pedido de desculpas e cada um segue seu rumo.

Mas Bernardo fica vidrado na moça. Ele, que não gostava de viver em sociedade, preferindo usar os filmes como válvula de escape da realidade, passa a procurar aquela com quem trombou. Se ele já ia com frequência à locadora, passou a ir praticamente todo santo dia. Como ele é brasileiro e não desiste nunca, passado algum tempo, ele reencontra a moça na locadora. Seu nome é Patrícia, e ela o confunde com um funcionário, tanto que acaba lhe pedindo uma dica de filme!

Feitas as apresentações, Bernardo e Patrícia passam rapidamente de desconhecidos a amigos, de amigos a namorados e por fim, se casam. Mas, assim como a vida de Bernardo era uma bela porcaria, a de Patrícia ia muito bem, principalmente no âmbito profissional. E isso incomodava muito o marido. Um suspense que vai tirar seu fôlego, do começo ao fim!

Sério, que livro é esse, Brasil?! Quando eu solicitei junto à Empíreo, parceira do blog, eu tinha lido em algum lugar que era romance, acho que foi até no Facebook da editora, mas qual minha surpresa quando, ao começar a ler, me deparar com um suspense? - Pelo menos, pra mim é suspense. Falando sobre Bernardo, no início até me identifiquei com ele - frustrado, com um emprego comum e não querendo se envolver com a sociedade. Mas, conforme ele foi contando sua história, admito que fiquei com medo. Não chega a ser bipolar, mas com certeza ele tem algum tipo de transtorno.


Já Patrícia é o oposto: alegre, batalhadora, é o sol na vida de Bernardo. Cheia de vida, a cada ano vem demonstrando muita capacidade em seu trabalho, além de ter nascido em uma boa família, cercada de amor. Como dito, os dois são muito diferentes, mas justamente esse detalhe - e a preferência de Patrícia por um determinado gênero de filme - é o que unirá esse casal.

Gostei muito da forma como o Lucas desenvolveu a trama. Oscilando entre os anos de 1997 e 2006 (e, quando necessário, voltando um pouco antes), mostra uma história sem pontas soltas, onde o leitor, ao mesmo tempo que fica aflito, fica curioso, pois quer saber mais e mais sobre Bernardo e o que ele fará para dar um rumo em sua vida.

Sobre a edição/revisão da Empíreo: impecável. A editora possui um cuidado incrível, pensa nos mínimos detalhes para que cada obra tenha sua própria cara (se os livros da editora fossem pessoas, teriam suas próprias personalidades). Não há erros de português e a capa tem uma mensagem subliminar - que eu só vi depois que li, aliás, a própria capa é muito bonita!

No mais, esse livro é muito bom, recomendo a todos, principalmente se você quiser sair da zona de conforto ou procura por uma história diferente. Que esse seja o primeiro de muitos livros do autor!


Olá!

É sempre chato fazer resenha negativa. Ainda mais se o livro foi recebido em parceria. Hoje venho falar de um livro que, infelizmente, não correspondeu às minhas expectativas. Sete Cabeças é um suspense nacional que não me convenceu. Vem entender porque minha expectativa não foi alcançada com a resenha de Sete Cabeças, de Bruno Godoi.
Basicamente, o livro tem dois contos: o primeiro, caso 132, começa com o detetive Anton Levey numa cena de crime. Há uma pessoa morta na cena. Até aí tudo bem, mas ele não contava que fatos sobrenaturais dariam um toque a essa cena. A investigação da morte toma rumos incríveis quando sua própria vida passa na frente de seus olhos enquanto investiga.

Já o segundo, Frigorífico, conta a história de Eric Blair, que, ao acordar ao lado de dois completos estranhos em um lugar totalmente desconhecido, ele vai participar de um tipo de "jogos mortais" para sobreviver. Elas aparentam ser histórias distintas, mas são interligadas entre si, tendo a alma humana como objeto principal. 

Infelizmente, a história não funcionou para mim. É um livro enrolado, muito bem escrito, é verdade, mas tem alguns rodeios que não gostei. Ao fim de cada capítulo, há uma indicação escrito "corta" ou "volta", como se fossem indicações de roteiro de filme ou peça de teatro. Como livro, não foi a melhor leitura, mas acredito que se fosse um filme, documentário ou peça, com certeza prenderia minha atenção.
Uma coisa que gostei foram as imagens de um teste de Rorschach. Pra quem não sabe, esse teste pictórico consiste em dar nome a imagens abstratas desenhadas em cartões. Serve para analisar o psicológico da pessoa. Tem várias dessas imagens pelo livro e achei bacana explorar isso.

A Empíreo, que me enviou o livro em parceria, fez um excelente trabalho de revisão/edição. Não encontrei erros de nenhum tipo, a capa está condizente com a história e as imagens do Teste de Rorschach estão bem fiéis. Como eu disse, a história não me prendeu, mas não significa que eu não recomende, pelo contrário, se você gosta de suspense com elementos sobrenaturais, dê uma chance à obra de Bruno Godói, vamos discutir esse livro!



Olá!

Mais uma semana começando e... falta pouco para a tão esperada Bienal de São Paulo começar!!! E é por isso que a Empíreo, parceira do blog, liberou para nós tudo o que vai rolar em seu estande!!! A presença da Empíreo na Bienal por si só já é uma novidade, pois é a primeira participação da editora na Bienal de SP. Por isso, trago para vocês tudo o que vai rolar no estande, além do que a editora vai lançar, com suas respectivas sessões de autógrafos! Basicamente, o post conterá imagens dos livros a serem lançados, mas no fim vou deixar os links do site da Empíreo e do evento no Facebook.










Bem, depois de ver tantos lançamentos, siga o evento no Facebook clicando aqui e para ir à página da editora você clica aqui. Espero que tenham gostado e nos vemos na Bienal!!!



Olá!

Eu Vejo Kate - O Despertar de um Serial Killer é um daqueles livros que você precisa ler com a mente totalmente aberta. E, de preferência, não ter lido livros doces antes. Queria lê-lo desde que foi lançado e não me arrependo. Espero que gostem da resenha!
Foto: Resenha e Outras Coisas
O livro é narrado sob três óticas: de Kate Dwyer, uma escritora que está fazendo um livro sobre o passado e crimes de Nathan Bardel, um serial killer. Nathan está morto, mas ele tem seu ponto de vista, sua história pra contar. Já Ryan Owen é um ex-agente do FBI que saber muito sobre Bardel. Kate está investigando bastante sobre Bardel, está completamente mergulhada na história. E o espírito de Nathan está com Kate, a acompanhando a todo momento. 

A escritora têm seus próprios problemas: ela terminou seu namoro com Dale, mas toda vez que ele a procura em sua casa, eles transam. E Savannah, que é sua editora, que de vez em quando transa com Kate também, mas não são as melhores amigas. Entre seus conflitos e sua investigação, Kate chega até o ex-agente Owen, com quem descobre mais coisas sobre Bardel. E claro que Kate vai se envolver com Ryan.

Como já dito, Nathan Bardel está morto. Ele era o serial killer da cidade de Blessfield, Ele estuprava, torturava e matava suas vítimas. Matou 13 mulheres. Pois bem, o livro vai começar de verdade quando uma das vizinhas de Kate é estuprada e morta com requintes de crueldade, nos mesmos moldes das vítimas de Bardel. Mas ele está morto. E Kate corre perigo, Owen precisará mexer seus pauzinhos para encontrar o assassino. Será que ele vai conseguir? Será que Kate terminará de escrever seu livro?

Que livro, meus amigos! Se ele fosse um filme, com certeza o Ministério da Justiça o classificaria para maiores de 18 anos, porque o conteúdo é forte. Eu estava louca para ler esse livro logo que foi lançado, mas só o consegui quando eu fui no primeiro encontro realizado pela Empíreo. Demorei pra ler, comecei, dei uma pausa por motivos de TCC e quando retomei, fui até o fim. Ele é dividido em três partes, mas por volta da página 157, 158, é que ele fica bom mesmo. 

Como eu disse, é um livro forte. Percebe-se claramente que a autora estudou bastante sobre serial killers. Aliás, ela confirmou isso no segundo encontro da Empíreo, quando ela conversou sobre o livro. As vítimas mortas foram descritas com presteza, consegui ver cada uma delas - horrível, por sinal - mutilada, torturada e fotografada pela perícia. Mas também há o lado psicológico de Kate e Ryan. 
Autografado! Foto: Resenha e Outras Coias
Kate é autodestrutiva. Sabe que ruim para ela se relacionar com seu ex Dale, mas volta e meia eles ficam. Savannah, que supostamente é sua melhor amiga, é uma desgraçada que também não quer o melhor dela - pelo menos foi essa impressão que tive. Ryan era um agente exemplar, até que fez algo muito errado e causou uma tragédia - indiretamente, mas causou. 

Como eu disse lá no início, você só vai curtir essa leitura se, primeiro, gostar do gênero, claro. Partindo da premissa de que você gosta, então não leia nada parecido com romances. Livros melosos podem deixar você com ânsia de vômito, devido às fortes descrições. Acredito que assim seja melhor pra curtir a leitura. Pelo menos comigo foi assim: antes de ler esse, eu li Os Homens que Não Amavam as Mulheres (a resenha sairá logo <3) e como não é romance e tem umas partes fortes também, então fiquei calejada, mesmo antes de saber o que esperar na trama criada pela Claudia.

Essa história se passa em Blessfield e Miami. E antes que vocês reclamem dos brasileiros que escrevem suas histórias na gringa, saiba que a autora morou fora do Brasil dos dez aos dezesseis anos, ou seja, não tem muitas lembranças assim do Brasil. Me lembro que, no já citado evento, ela disse que o autor tem que escrever sobre o que se sente bem, por isso sua história se passou nos EUA. Inclusive, ela disse que escreveu Eu Vejo Kate em inglês e depois passou pro português. Na hora da revisão, a editora pecou um pouco, provavelmente por isso.

Por fim, seja pra sair da zona de conforto ou para conhecer como a mente humana pode ser sórdida, vale a pena conhecer Eu Vejo Kate, um suspense nacional brilhante!



Olá!

O resenhado de hoje é um livro que aparenta ser voltado para o público infantil. Mas só aparenta, porque a mensagem que ele transmite é tão linda que vale a pena ser lido por todos. É o Infinito Reflexo, lançamento da Empíreo, parceira do blog.
Infinito Reflexo, que tem como subtítulo "Um palácio para Hamid", conta a história real da viagem da autora Cris de Ávila à Índia, onde conheceu um garoto que ela chama de Hamid (porque ela esqueceu de perguntar o nome do garoto). Hamid não é um menino qualquer. Com seu caderno surrado e cheio de orelhas, ele aborda os turistas na porta do Palácio dos Espelhos. 

Hamid vende canetas artesanais, mas não é por isso que aborda os turistas. Ele quer conhecer cada país de onde veio cada um daqueles turistas. Ele resolve conversar com uma mulher loira. Seu nome é Magda, ela é de Berlim e em seu país o beisebol não é famoso, mas são tetracampeões de futebol. E assim, Hamid vai desenhando a Alemanha em seu caderno surrado e cheio de orelhas. O detalhe é que Magda respondeu todas as perguntas do menino em alemão, o que não seria surpreendente, se o menino falasse alemão, o que não é o caso.

Vou parar por aqui para não soltar mais da história. O livro é forrado de ilustrações. O ilustrador é o Leonardo Guidugli, que tem um traço incrível e conseguiu transmitir bem com seus desenhos o que a Cris queria dizer. O livro tem uma escrita bem gostosa, de fácil compreensão e é impossível não querer contar sua história pro Hamid.


Se a escrita e as ilustrações são lindas, o que dizer do trabalho da Empíreo? Revisão, edição e a capa dura estão impecáveis. O único ponto negativo é até inusitado: o cheiro do livro. Não é cheiro de livro novo, o cheiro do papel usado é ruim, não sei explicar, dá um pouco de dor de cabeça e enjoo (principalmente se você ler no transporte coletivo). Mas tirando isso, o livro deve ser lido sim.

Ah, e a renda obtida com os direitos autorais desse livro vai para o projeto "Save the Childrood Movement" (salve o movimento da infância, em português), da Bachpan Bachao Andolan, cujo objetivo é salvar as pessoas do trabalho escravo e exploração infantil. Até hoje, o movimento salvou mais de 80 mil pessoas da degradação humana. Clique aqui para conhecer a BBA. Portanto leiam, é um livro lindo que toda a família vai adorar!


Olá!

Mais um livro de fantasia aqui no blog!! Dessa vez, o resenhado será Inverno Negro, romance de estreia de Stéfano Sant'Anna e o primeiro livro que leio da Empíreo, parceira do Resenha. Como sempre, fantasias não são o meu forte, mas não é por isso que você não deve ler esse livro. Vamos à resenha?

O Inverno Negro traz a história de Leonan Albuquerque, que tem 16 anos, mora no estado do Rio de Janeiro e mora com sua mãe, Lydia. Até aí nada demais, porém Leonan não tem a melhor das vidas. Sobre bullying na escola (seu apelido é Calça Jeans) e sua mãe não liga para ele. Ele gosta de ficar sozinho em seu quarto. Na escola, fica na sua, sempre longe de problemas, ele é deslocado demais de seus colegas.

A história vai começar mesmo quando Leonan sofre algo como um ataque epilético na escola e sua mãe precisa ir buscá-lo. Em uma moto das grandes, tipo a Hayabuzza, digo isso porque ele era pobre e sua mãe só poderia ter roubado a moto. Chegando em casa, algo acontece: um cavaleiro - de nome Marwin - vem disposto a levar Leonan. Mas para onde?

Logo de casa, ele descobre que Lydia não é sua mãe e que seu pai era um rei de um reino distante. Até então, Leo achava que seu pai morrera num acidente de caminhão. Após várias revelações, Lydia comete suicídio. Antes de ser levado, Leo abre uma caixa que era de Lydia, que tinha um bracelente, um anel, uma carta e outras coisas. Ele pega tudo da caixa e em seguida é levado. Ele vai parar em um mundo completamente diferente. Starlândia era o nome do lugar. Assim que chega a esse mundo, Leonan conhece Pittsonn Meydym, um jovem que tem ligações com o reino.

Quando Leo e Pittsonn vão até um bar, para que Leo pudesse se situar onde estavam, ele conhece Samyra, uma moça sem papas na língua. Ela é irmã de Pittsonn. Eles têm poderes. No bar em que estavam, estava rolando uma determinada comemoração, mas, durante essa festa, um acidente acontece e os irmãos precisam tirar Leo de lá imediatamente.

No mundo em que estão, há o Éter, muito poderoso, que determina o que os starnianos podem manusear (terra, fogo, ar, água, mente). E como Leo era filho do rei, ele tinha praticamente o dom de controlar tudo. Mas ele, claro, não conhecia nada. Ele precisaria aprender a manusear seu bracelete, que grudou como cola em seu braço. Daí até o final, uma história que vai tirar o fôlego dos fãs de literatura fantástica!
Mapa do Reino. Eu adorei!
Pois bem, eu acabei de dizer que os fãs de literatura fantástica vão amar. O que não foi o meu caso. Calma, eu explico: a história é maravilhosa, o Stéfano criou um mundo paralelo perfeito, eu o aplaudo de pé por isso, eu não tenho tal capacidade. Porém, não sei o que acontece comigo que, quando vou ler algo desse gênero, a leitura flui, mas aos trancos e barrancos.

Esse é o primeiro recebido da Empíreo, parceira do blog. Para uma editora nova, fizeram um trabalho impecável! No livro inteiro, um único erro de revisão. Fonte agradável, folhas amareladas dão conforto à leitura. A capa nem se fala, condizente com a trama, muito bem feita.

Eu não sou especialista em mundos paralelos na literatura, mas posso afirmar que o universo que o Stéfano criou é muito bom. Apesar de Tróvis querer dominar tudo, Leo, Pittsonn e Samyra, auxiliados por várias pessoas ao longo do livro, farão de tudo para salvar o reino.

Só não gostei dos anxius, que são uma espécie de guarda. Eles fedem e tem a cabeça em forma de espiral, sem olhos, nariz e boca. Sério, fiquei com nojo. Suporto muita coisa em um livro, menos seres sem olhos, nariz e boca. Fico com pavor.

Só me resta recomendar esse livro - que é o primeiro, provavelmente, de uma trilogia - provavelmente porque não fui informada de quantos volumes são. Apesar de ter funcionado em partes para mim, a galera que curte mundos paralelos vai amar. Sem falar que é nacional, e um nacional que pode bater de frente com os best-sellers de fora!

Ah, e sobre o título, não vou contar o que significa, só vou dizer que se trata de uma maldição, mas sem detalhes!


Olá!

Hoje eu trago para você as impressões do primeiro evento organizado pela Empíreo, parceira do blog. Aconteceu no sábado, 30, o primeiro evento da editora Empíreo, intitulado "O Medo na Literatura", com as presenças de André Vianco, Bruno Godoi e Oscar Nestarez. O encontro aconteceu lá na Unibes Cultural, na rua Oscar Freire (mas não na parte rica). Dessa vez eu fui sozinha, já que minhas fiéis escudeiras (ou ao contrário?) Ana e Raíssa estavam doentes e tinham que estudar/limpar a casa. 
Foto: Facebook Empíreo
Cheguei ao local cedo, pois temi ficar sem senha (moro longe do local e só tinham 80 lugares, melhor prevenir!). Fiquei esperando (pelo menos tinha Wi-Fi funcionando rs), até que encontrei a Diana Canaverde, do Minhas Escrituras. Ela levou uma amiga, a Verônica, que foi um prazer conhecê-la.

Quando finalmente entramos, conheci pessoalmente a Adriana, melhor pessoa e que é responsável com o contato com os blogueiros. Fomos para nossos lugares, e finalmente o encontro começou. O mediador foi o Felipe (esqueci o sobrenome, me desculpem), que é publisher da Empíreo. Ele contou um pouco da vida e obra dos presentes e em seguida o Oscar - que tem Mestrado em Literatura - começou conceituando o medo.
 
Peço perdão pela qualidade das fotos, elas ficaram assim por causa do zoom :/
Depois, veio a melhor parte do encontro, o André Vianco falou sobre como começou a fazer sucesso com seus livros. Achei ousado e brilhante: ele disse que escreveu Os Sete e levou para as editoras, porém todas recusaram. Ele então pegou a grana que recebeu do FGTS e bancou uma impressão de alguns exemplares do livro. Bateu de livraria em livraria vendendo. Conseguiu vender vários. Os Sete é o segundo livro que o André tinha escrito, porém, não tinha publicado, mas ele teve a genial ideia de colocar na orelha do livro a frase "Do mesmo autor de Senhor da Chuva..." (salvo engano o título é esse). O problema é que, quando as editoras viram que ele estava fazendo sucesso, perguntaram se ele tinha pra vender o o outro livro. O André respondeu que tinha esgotado!

Depois dessa aula de como vender seu livro, o Bruno contou sobre como tinha escrito seu livro Os Sete Cabeças - teve influência dos jogos de RPG e filmes de terror. Eles ainda falaram sobre alguns mestres do gênero, como H.P. Lovecraft (o preferido do Oscar) e Edgar Allan Poe (o preferido de todos). Por fim, eles abriram espaço para perguntas.

Teve sorteio também. Mas esse foi diferente dos outros: preenchemos uma folha com nome e email e eram os autores que chamavam por um número, conforme a lista. Claro que eu não ganhei. Após o evento, enquanto os presentes iam tirar fotos e pegar autógrafos com os autores (spoiler: a Diana é fã do André, não tirou os olhos dele durante TODO o evento, rs), eu aproveitei para garantir o meu exemplar de Eu Vejo Kate. Esse e vários outros livros estavam com desconto. Aproveitei e distribuí alguns marcadores, não muitos, pois tinha pouca gente no local.
Ganhei esse imã maravilhoso, que já está na geladeira, rs
Foram umas duas horas e meia de um evento maravilhoso - para uma primeira vez foi maravilhoso mesmo - já quero o próximo, que será em junho ou julho e terá a presença da Claudia Lemes, autora de Eu Vejo Kate. Daqui para lá, com certeza eu já terei lido!





Olá!


O post de hoje é pra avisar que o Resenha e Outras Coisas agora é parceiro da Editora Empíreo! Logo abaixo explicarei mais sobre a Editora e suas publicações!!

A Editora Empíreo está há dois anos no mercado e tem como missão publicar literatura de qualidade e rica em cultura que edifique seus leitores usando os mais variados temas e formatos. A Empíreo tem esse nome porque a partir do latim Empyreus, uma adaptação do grego antigo, “dentro ou sobre o fogo (pyr)”, Empíreo é o mais alto dos céus, o local reservado para as divindades e para a perfeição. A editora quer levar os leitores ao prazer da leitura fazendo o que somos apaixonados: editar literatura, quadrinhos, música, fantasia, biografia e quaisquer obras de qualidade.

Um dos livros mais legais da editora - e que quero muito - é o Eu Vejo Kate (Skoob), que foi parar nas livrarias graças a uma indicação de parceiro. Já pensou, se você tiver algum livro legal, vai que eu te indico?

Então, sempre que a Empíreo liberar alguma novidade, avisarei para vocês, tanto aqui como nas redes sociais. Logo, siga a editora, tanto no site como nas redes (e me segue também, ué)!


Só me resta agradecer a Empíreo, que apesar de ser nova no mercado, está bombando, com excelentes publicações, por ter confiado em mim e no Resenha, e que este ano, essa parceria renda muitos frutos para ambos!

Logo de cara, a Empíreo já tem novidade!

A Editora Empíreo lançou, em fevereiro, um novo projeto: Muito Prazer: um livro colaborativo sobre sexo. A obra reunirá 40 histórias e 20 ilustrações selecionadas entre escritores do país todo. A editora mais uma vez aposta no financiamento coletivo como forma de viabilizar o projeto. 
Esse é o terceiro projeto colaborativo da Editora Empíreo. O primeiro, em 2014, resultou no livro Desnamorados, com 62 autores e 17 ilustradores que escreveram e criaram sobre o amor. O segundo, em 2015, foi O Corvo: um livro colaborativo, uma homenagem ao poema O Corvo de Edgar Allan Poe. Foram 60 textos escolhidos – inclusive de Manaus - e 15 ilustrações com alguns convidados especiais como os escritores André Vianco, Rubens Lucchetti, Cláudia Lemes e Edyr Augusto. A capa da obra foi feita e doada por um dos tatuadores mais famosos do país, Victor Octaviano. 
Dessa vez a editora propôs o sexo como tema dos textos, mas, segundo o editor Filipe Larêdo, não significa dizer que será um livro erótico. “O sexo pode receber vários tratamentos. Ele pode ser erótico sim, mas pode ser um drama, uma comédia ou até uma ficção científica e, claro, um texto de não-ficção, as abordagens são diversas. Vai do talento e criatividade do autor .”

Os livros colaborativos têm se mostrado uma oportunidade de escritores e artistas mostrarem seus trabalhos. Apesar de concorrerem - pois, há uma rigorosa seleção de textos – a disputa é bem menor do que a do mercado editorial. Para se ter uma ideia, uma editora jovem e pequena como a Empíreo recebe em média 150 originais por mês. 

Financiamento

Desde 2014, a editora – que possui apenas três anos de vida - tem chamado a atenção do mercado ao buscar o financiamento coletivo para viabilizar algumas de suas obras. A ideia base é simples: as pessoas que investem previamente no livro são, em geral, as mesmas que comprariam a obra se ela fosse publicada de forma tradicional.  “O que acontece é uma simples inversão do processo”. 

Por regra da plataforma, se a meta do financiamento não for alcançada o livro não é publicado e todos que contribuíram recebem de volta o valor investido.

Saiba mais através dos links: Portal Livro Muito Prazer | Facebook Empíreo | Facebook LMP ou por email adriana@editoraempireo.com.br ou telefone 11- 2309-2358