Olá!

O projeto Mulheres em Cena, das irmãs Nara Tosta e Lara Braga, nasceu, segundo elas mesmas, "da expressão artística das irmãs Lara Braga, poeta e compositora e Nara Tosta, escritora e contadora de história" (fonte: Site Oficial). O primeiro livro que li, Maria Isabel e Soraia, a priori, me pareceu ser um romance LGBT, por causa do título, mas ao me deparar com as histórias, são textos de mulheres reais, gente como a gente - e não, não tem nada de LGBT na obra.
SKOOB - Pelo que percebi, podemos separar o livro em duas partes: a da Maria Isabel e a da Soraia. Elas não se conhecem, em comum, apenas o fato de morarem na Tijuca (Rio de Janeiro) e que têm grandes dilemas a resolver. Primeiro vamos conhecer Maria Isabel, empresária e dona de casa, que faz de tudo para manter sua família unida, porém se sente infeliz porque não se sente completa como mulher. Seu marido, Luiz Henrique, não lhe dá atenção, a chama do amor está apagada.

Nesse meio tempo que Bel tenta (sozinha) salvar o casamento, ela conhece alguns homens, com quem tem momentos incríveis, que jamais teve com seu marido. Esses momentos com tais homens também a fazem lembrar de sua mãe, já falecida, de quem se afastou para poder ficar com o marido. Ela também se preocupa com o filho Vinícius, que está crescendo e cada vez menos precisa dela. As máscaras vão cair quando Bel deseja abrir um novo negócio e Luiz Henrique mostra sua verdadeira face.

A outra história vai nos apresentar Soraia, divorciada, mãe de dois filhos e uma empresária de sucesso. Uma mulher com passado difícil, que virá à tona quando sua irmã Valesca (que vive sob um casamento abusivo) lhe informa que Gustavo, o grande amor de Soraia, faleceu. Com a morte de Gustavo, Soraia cairá num abismo vertiginoso, que lhe trará muitas lembranças.

O relacionamento de Gustavo e Soraia não deu certo por vários motivos, desencadeado pela diferença de idade: quando se conheceram, Soraia era uma jovem de apenas 16 anos, enquanto Gustavo era vinte anos mais velho. Com isso, a mãe de Soraia, uma mulher intransigente, obrigou a jovem a casar-se com Edson, que lhe agredia e maltratava. Dessa união, nasceu Fábio. Depois, ela adotou Flávio, filho de uma alcoólatra.

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Muitos segredos e sensações permeiam esse livro. Elas são Maria Isabel e Soraia, mas podem ser qualquer uma de nós. Quantas vezes não vimos mulheres sofrendo com companheiros abusivos ou ausentes, alcoolismo, agressões, submissão... enfim, são histórias que, diferente de muitos romances, realmente podem acontecer com qualquer uma de nós.

O que mais gostei desse livro, além da narrativa da autora, simples e sucinta, é que as páginas do livro são cor-de-rosa! Eu nunca tive um livro com páginas diferentes de amarelo ou branco, no máximo tenho livros com laterais verdes e pretas (cada um é de uma cor, quero dizer). A edição da Bambual (não a conhecia) está caprichada e impecável.

No momento, são dois livros, mas espero que o projeto cresça mais ainda e tanto a Nara como a irmã produzam muito mais conteúdo, todos precisam conhecer o "Mulheres em Cena"! E aproveito para agradecer novamente à Oasys Cultural pela confiança em nossa parceria e também pela sugestão de leitura, foi maravilhoso!

Você pode adquirir o seu no site oficial do projeto Mulheres em Cena.


Olá!

Rapidinho: hoje sai o resultado da seleção de blogs parceiros que lerão e resenharão meu primeiro livro, o Segunda Chance. Então, se você se inscreveu na parceria, corre nas redes sociais do blog pra conferir se seu nome está lá!

Agora sim! Mais uma semana começando e, como vão vocês? Bem, o livro de hoje é empoderador, representativo, nacional, maravilhoso e é o único instrumento possível de amor! Amor Plus Size é o primeiro livro da Larissa Siriani que leio, a quem posso me dar ao luxo de dizer que tenho a honra de dizer que conheço pessoalmente e é um ser iluminado e maravilhoso, assim como a Mai, que veio ao mundo para te desconstruir e te dar um pouco de empatia!
Queria ter uma bonequinha plus size, mas só tenho a Tinker Bell, que assim como a Mai, distribui amor e sorrisos.

Amor Plus Size conta a história da Maitê Passos, uma jovem de 17 anos e 110 quilos. Ela está no último ano do ensino médio e cada um de seus dias é uma luta. Ela precisa driblar o bullying por parte dos colegas, as pressões da idade, a falta de apoio por parte da mãe maluca por dietas... E não é só isso, ela está apaixonada por Alexandre, o mais gato da escola.

Mas nem tudo são pedras na vida da jovem: ela tem como melhor amigo o Isaac, que mora no apartamento abaixo do seu e é um fotógrafo de mão cheia, a Valentina e a Josi, que são do segundo ano, além do pai super legal e do irmão caçula Lucca, - melhor pessoa - de 10 anos.

Por causa de um trabalho de escola, a Mai finalmente trocará as primeiras palavras com Alexandre - lembrando que Maitê não tinha nenhum amigo na sala, logo ninguém falava com ela - o que a deixará com o estômago cheio de borboletas - e despertará a ira na Maria Eduarda.
Ah, a Maria Eduarda é quem puxava o bonde daqueles que humilhavam a Maitê. E a Duda era o "exemplo" de "garota perfeita": magra, popular, podia escolher quem namorava... Enfim, ela tinha tudo que Maitê achava que jamais teria. Só que o jogo vira, graças ao amigo Isaac, que lhe oferece uma proposta única, que Maitê nem sequer esperava.

Ser modelo. Modelo Plus Size. Ela poderia ser uma. E ela nem sabia que isso de ser modelo gordinha existia. E é nesse jogo de auto-estima, aprendizado, quebra de estigmas e preconceitos e muito empoderamento que Maitê nos dará uma linda lição, em que sim, é possível ser feliz sem precisar estar nos padrões.

Quando terminei a leitura, fiquei me perguntando se a Larissa tem noção do que ela escreveu. É mais que um romance, é um tipo de mantra que todo mundo deveria tatuar na testa, para não esquecer. Acho que eu não sou o público-alvo dessa obra, pois já tenho mais de 20 e não sinto nenhuma falta do Ensino Médio - aliás, ele é um grande borrão na minha biografia - mas, como já disse inúmeras vezes, a mensagem é o que me importa. E aqui, a mensagem é gritante.
Ela mostra que eu e você, que somos aparentemente comuns, podemos sim ser modelos ou o que quiser. Além disso, a Maitê nos ensina a nos aceitar como somos, afinal, se a gente não gostar de si mesmo, quem vai gostar? E é justamente isso que a Larissa mostra aqui. Mai, eu e você não precisamos vestir 38 para ser feliz. Podemos ser felizes vestindo 50. E não adianta falar que ser gordo é horrível, até porque, em dado momento da leitura, ela vai ao médico para manter sua saúde em dia. Ou seja, você pode ser feliz vestindo 50 e ter a saúde em dia, tem coisa melhor?

E, se por acaso, você não é gordo/a, tudo bem, a autora coloca vários personagens na trama que, de uma forma ou de outra, tem suas "imperfeições", e ainda assim, tá tudo bem, você pode conviver com isso, porque a sociedade precisa quebrar os malditos padrões de beleza, impostos sabe-se lá por quem. Ah, e não é só bullying e gordofobia são abordados, mais pro fim da trama, ela vai abordar justamente o oposto da gordofobia, que faz tão mal quanto o primeiro.
A edição da Verus tá tão linda *----* A capa está condizente com a premissa e no começo do livro tem um trecho da música Believe in Me, da Demi Lovato. E se a capa está linda e o livro não tem erros de nenhuma ordem, o autógrafo que ela escreveu para mim deixou o livro mais bonito!

Então, se o assunto é empoderamento, esse livro é uma ótima sugestão para compreender o tema e também querer ser amiga da Maitê, porque ela é muito linda! (e arrisco dizer que é um alter ego da Larissa)...
Único autógrafo possível.