Olá!

Mais um livro de fantasia aqui no blog!! Dessa vez, o resenhado será Inverno Negro, romance de estreia de Stéfano Sant'Anna e o primeiro livro que leio da Empíreo, parceira do Resenha. Como sempre, fantasias não são o meu forte, mas não é por isso que você não deve ler esse livro. Vamos à resenha?

O Inverno Negro traz a história de Leonan Albuquerque, que tem 16 anos, mora no estado do Rio de Janeiro e mora com sua mãe, Lydia. Até aí nada demais, porém Leonan não tem a melhor das vidas. Sobre bullying na escola (seu apelido é Calça Jeans) e sua mãe não liga para ele. Ele gosta de ficar sozinho em seu quarto. Na escola, fica na sua, sempre longe de problemas, ele é deslocado demais de seus colegas.

A história vai começar mesmo quando Leonan sofre algo como um ataque epilético na escola e sua mãe precisa ir buscá-lo. Em uma moto das grandes, tipo a Hayabuzza, digo isso porque ele era pobre e sua mãe só poderia ter roubado a moto. Chegando em casa, algo acontece: um cavaleiro - de nome Marwin - vem disposto a levar Leonan. Mas para onde?

Logo de casa, ele descobre que Lydia não é sua mãe e que seu pai era um rei de um reino distante. Até então, Leo achava que seu pai morrera num acidente de caminhão. Após várias revelações, Lydia comete suicídio. Antes de ser levado, Leo abre uma caixa que era de Lydia, que tinha um bracelente, um anel, uma carta e outras coisas. Ele pega tudo da caixa e em seguida é levado. Ele vai parar em um mundo completamente diferente. Starlândia era o nome do lugar. Assim que chega a esse mundo, Leonan conhece Pittsonn Meydym, um jovem que tem ligações com o reino.

Quando Leo e Pittsonn vão até um bar, para que Leo pudesse se situar onde estavam, ele conhece Samyra, uma moça sem papas na língua. Ela é irmã de Pittsonn. Eles têm poderes. No bar em que estavam, estava rolando uma determinada comemoração, mas, durante essa festa, um acidente acontece e os irmãos precisam tirar Leo de lá imediatamente.

No mundo em que estão, há o Éter, muito poderoso, que determina o que os starnianos podem manusear (terra, fogo, ar, água, mente). E como Leo era filho do rei, ele tinha praticamente o dom de controlar tudo. Mas ele, claro, não conhecia nada. Ele precisaria aprender a manusear seu bracelete, que grudou como cola em seu braço. Daí até o final, uma história que vai tirar o fôlego dos fãs de literatura fantástica!
Mapa do Reino. Eu adorei!
Pois bem, eu acabei de dizer que os fãs de literatura fantástica vão amar. O que não foi o meu caso. Calma, eu explico: a história é maravilhosa, o Stéfano criou um mundo paralelo perfeito, eu o aplaudo de pé por isso, eu não tenho tal capacidade. Porém, não sei o que acontece comigo que, quando vou ler algo desse gênero, a leitura flui, mas aos trancos e barrancos.

Esse é o primeiro recebido da Empíreo, parceira do blog. Para uma editora nova, fizeram um trabalho impecável! No livro inteiro, um único erro de revisão. Fonte agradável, folhas amareladas dão conforto à leitura. A capa nem se fala, condizente com a trama, muito bem feita.

Eu não sou especialista em mundos paralelos na literatura, mas posso afirmar que o universo que o Stéfano criou é muito bom. Apesar de Tróvis querer dominar tudo, Leo, Pittsonn e Samyra, auxiliados por várias pessoas ao longo do livro, farão de tudo para salvar o reino.

Só não gostei dos anxius, que são uma espécie de guarda. Eles fedem e tem a cabeça em forma de espiral, sem olhos, nariz e boca. Sério, fiquei com nojo. Suporto muita coisa em um livro, menos seres sem olhos, nariz e boca. Fico com pavor.

Só me resta recomendar esse livro - que é o primeiro, provavelmente, de uma trilogia - provavelmente porque não fui informada de quantos volumes são. Apesar de ter funcionado em partes para mim, a galera que curte mundos paralelos vai amar. Sem falar que é nacional, e um nacional que pode bater de frente com os best-sellers de fora!

Ah, e sobre o título, não vou contar o que significa, só vou dizer que se trata de uma maldição, mas sem detalhes!


Olá!

Mais uma resenha de autor nacional aqui no blog! Fechei parceria com o Paulo Mateus em fins de março, mas só agora pude trazer a resenha. Paulo, desculpe a demora em ler, mas trago minhas impressões. Espero que gostem da resenha de "Os Antigos".

Skoob | Amazon | Instagram Paulo Mateus

A história de "Os Antigos" começa no vilarejo de Vila Rica. Lá, Nornas vive com sua sobrinha Alice. de 11 anos. A vida é tranquila, até que uma criatura esquisita ataca sua primeira vítima, uma criança. O rei da região vai até a vila e conversa com frei Marco, uma pessoa de sua extrema confiança, transmitindo-lhe uma péssima notícia. Enquanto isso, Alice conhece Vitória, uma coleguinha de escola que passará a ser uma grande amiga. 

Depois de um novo ataque de várias dessas criaturas, somente Nornas, Alice, Vitória e frei Marco sobrevivem. Os quatro farão uma longa viagem para descobrir como parar esses seres e evitar que façam mais estragos por toda a região.

Eles precisavam chegar em Alquiméra, onde encontrariam um sábio, que contaria a verdadeira história da origem dessas criaturas - demônios - e quando a líder deles atacaria - sete anos. Os quatro primeiros anos se passaram. Alice e Vitória cresceram e se tornaram exímias lutadoras. Nornas e frei Marco continuaram aprimorando suas técnicas de magia. 

Vieram novos ataques dos demônios. Algumas vidas humanas foram perdidas, porém, os quatro melhoraram e muito suas técnicas de defesa e ataque. Os três anos restantes se passaram e por fim, a grande líder dos demônios apareceu. E esse encontro de poderes rendeu um final eletrizante, porém, inacreditável.

Fantasia não é meu forte, não é um gênero literário que eu leia com frequência, porém, quando o Paulo me procurou para formalizar a parceria, me surpreendi com a sinopse, tanto que precisei perguntar se ele escrevia como Neil Gaiman. Perguntei porque não tive uma boa experiência de leitura com Neil. Eu li O Oceano no Fim do Caminho (resenha aqui) e, desde então, não queria ler nada parecido. Mas o Paulo disse que seu livro estava mais para o estilo do George R.R. Martin e J.R.R Tolkien, então fechei a parceria de bom grado.

É verdade que demorei um pouco para ler o e-book, por causa da faculdade. Me arrependo. Apesar de ser uma história crua, é muito boa. Porém, ele ainda precisa amadurecer sua escrita. Não perguntei se esse é o primeiro livro dele porque logo menos pretendo entrevistá-lo. Mas pude notar que faltam alguns detalhes para deixar a história tinindo.

Começando pela região: quando eu li na sinopse que se tratava de Vila Rica, achei que fosse a cidade (atual Ouro Preto, MG), porém, quando mergulhamos na história, damos de cara com um vilarejo medieval - pelo menos foi essa leitura que eu tive logo que visualizei os primeiros parágrafos da trama. Nada contra o nome, mas não dá pra saber se a história realmente se passa no Brasil - e seria muito mais legal se ela se passar por aqui mesmo.

Outra coisa que notei foram as justificativas, os motivos para os demônios atacarem a região. Não dá pra contar o motivo porque seria contar O spoiler. Mas posso dizer que o motivo é simplório demais. Eu li e me perguntei: ué, é por isso mesmo????
(sdds colocar gifs rs)

Uma coisa legal nesse livro é que eu aprendi uma palavra nova. Eu nunca tinha ouvido falar em "acólito", "que significa na Igreja católica, ministro que acompanha e auxilia o celebrante a conduzir os atos litúrgicos". Sério, nem sabia que existia.

Apesar de eu ter lido a versão digital (ainda não há versão física), percebi muitas falhas de revisão. Quando lemos em e-book, não podemos falar muita coisa sobre diagramação e revisão geral, mas percebemos claramente erros de digitação. Eu não sei se a configuração na hora de subir o arquivo na biblioteca da Amazon deu algum problema, mas não é normal não ter hifens em todo o livro. Seria legal ele dar uma olhada com muito carinho nessa parte e subir novamente o arquivo na Amazon.

A capa está bem legal, condizente com a trama. Simples, possui poucas informações, e apesar da caveira, não dá medo, ao contrário, instiga o leitor a encaixar as peças dessa história. 

Pode ser que eu tenha deixado de informar algo importante da obra. Como eu disse lá em cima, fantasia não é meu forte, me esforço ao máximo para compreender a história. Paulo, você tem uma ótima história, até incomum para a literatura brasileira atual, mas seria legal se você pudesse dar uma olhada com carinho nesses detalhes que eu citei.

Adorei conhecer a história de Nornas, Alice, Vitória e frei Marco e, mesmo sendo fantasia, mesmo tendo encontrado esses detalhes, foi uma leitura agradável, saí da zona de conforto, devorei esse livro rapidamente. Espero que o Paulo continue escrevendo histórias tão maravilhosas como essa!




Olá!

Hoje tem mais uma entrevista! E a entrevista é a jornalista, escritora e parceira do blog, a Valéria Martins! Valéria, desde já obrigada pela entrevista! Por favor, não deixem de opinar sobre as perguntas... E os links para segui-la estão no fim do post.
Foto: Facebook A Pausa do Tempo
1 -Diga para os leitores do blog: quem é Valéria Martins?
Valéria é uma valente, uma sobrevivente, mas com muita leveza. Nasci com uma bênção – não sei direito qual – e isso me guiou e ajudou a vida inteira. Sou filha única de pais incomuns – ele, jornalista-intelectual ultra bem sucedido; ela, primeira Miss Brasília 1959, morena de olhos verdes, beleza estonteante – que se separaram quando eu tinha menos de cinco anos. A vida se tornou um mar revolto e isso durou muito mais do que eu previa, queria ou gostaria. Mas fiquei firme e serena – e ainda tento me manter firme e serena, a cada nova chacoalhada.

2- Como você descobriu o gosto pela leitura? E quando você decidiu que seria escritora? Sua família te apoiou?
Meu pai não queria que eu fosse jornalista, muito menos escritora. Queria que eu estudasse economia ou informática. Mas eu odiava matemática! Ele morreu quando eu tinha 17 anos e rapidamente troquei a faculdade que iria fazer, de medicina para jornalismo. Não me arrependo, apesar da atual crise no jornalismo. Foi o meu pai, também, quem plantou a semente do amor pelos livros e pela leitura em mim.

3- Em que (ou quem) você se inspira para criar seus personagens?
Sei lá... Em ideias que tenho, que surgem dentro de mim quando estou com a mente a divagar ou quando medito – prática constante.

Clique aqui para conferir a resenha de A Matéria dos Sonhos.

4- Sobre o livro A Matéria dos Sonhos, como foi o processo de criação? Você realmente visitou a Chapada Diamantina? Porque as descrições que você dá são precisas...
Sim, visitei, é a Disneylandia da natureza, cada dia uma atração supera a outra, é mais linda que a outra. Eu amo a natureza e amo viajar. Agora falta conhecer a Chapada dos Veadeiros, perto de Brasília, e o Jalapão, em Tocantins. Escrevi o livro em um dos empregos que tive, nas horas de almoço, acredita?

5- Depois que seu livro ficou pronto, quais as dificuldades que você enfrentou para publicá-lo?
O livro demorou muito a sair. Muitos anos. A dificuldade maior foi acreditar em mim. A falta da autorização do pai, para escrever, pesou muito. Ele morreu, então, não pudemos debater isso. Mas o tempo opera milagres e cá estou. Terapia também ajudou muito!

6 – Além d’A Matéria dos Sonhos, quantos livros você escreveu, (independentemente de ter publicado ou não)? Tem mais algum projeto novo, seja pronto ou engavetado?
Escrevi vários livros de não-ficção como jornalista, sendo o principal deles “Encontros com Deus – 21 personalidades narram sua busca espiritual”, com depoimentos de Paulo Coelho, Gilberto Gil, Frei Betto e outros, sobre sua busca espiritual. No momento, finalizo um livro de contos que será publicado em 2016 pela editora 7Letras.

7 – Uma coisa que temos em comum é que adoramos a Isabel Allende, com a diferença de que vocês são amigas. Você já me contou – e fiquei com inveja branca – mas você poderia contar aos leitores sobre sua última visita à casa dela?
Em 2010, conheci e tornei-me amiga do escritor norte americano de romances policiais William Gordon, casado com Isabel Allende, quando veio ao Brasil lançar um de seus livros. Eu trabalhava na Editora Record e o acompanhei em sua estadia no Rio. Ele me convidou: ‘Venha a São Francisco, te convido a ficar hospedada em nossa guest house (casa de hóspedes)’. Demorou cinco anos, mas consegui me organizar e em fevereiro de 2015 fiz uma road trip com meus filhos Clarissa e Gabriel pela Califórnia. Ficamos hospedados na ‘casita de huespedes’ em Sausalito – um dos bairros mais exclusivos de San Francisco – e visitamos William e Isabel em sua casa, La Casa de Los Espíritus, em San Raphael. Levei cachaça do Brasil e fiz caipirinhas pra eles!

8 – Uma polêmica: livro físico ou digital?
Os dois! Eles não brigam, se complementam. O importante é ler sempre.

9 – Por favor, deixe um recado aos leitores do blog.
Que sejam bons leitores antes de quererem se tornar escritores. Ler bons livros é fundamental: literatura brasileira, clássicos e contemporâneos; literatura estrangeira desde que seja uma boa tradução. Não dá para ser escritor antes de ser um excepcional e intenso leitor.

Valéria, mais uma vez muito obrigada pela confiança e pela entrevista! Ah, e aqui estão os links para seguir a autora: Facebook | Blog.




Olá!

SÓ SE VIVE UMA VEZ. MAS, SE VOCÊ FIZER AS ESCOLHAS CERTAS, UMA VEZ BASTA.

O resenhado de hoje é um romance que me abalou as estruturas desde o início. Eu recebi em parceria com a Arqueiro. Eu li a sinopse e acabei pedindo porque achei a premissa bonita, mesmo meu cérebro não a registrando corretamente, mas tudo bem. Vem se emocionar com Volta Para Mim, da Mila Gray.
Volta para Mim começa com nossa protagonista Jessa Kingsley vendo pela janela de sua casa que uma determinada visita chegou. Porém, a visita em questão trazia uma trágica notícia. O irmão (Riley) e o namorado (Kit) de Jessa serviam à Marinha dos EUA. Jessa sabia que, quando essa visita chegava na casa das pessoas, é porque alguém havia morrido. Quem seria: Riley ou Kit?

Pois é, a história começa bem assim. Porém, a autora volta três meses no tempo e nos apresenta Kit Ryan voltando para a Califórnia, depois de nove meses no Sudão. Ele reencontra Jessa na casa dos Kingsley, em virtude da comemoração do retorno de Riley do país africano, mas ele não é bem vindo: o pai de Jessa o odeia. A atração entre Jessa e Kit é palpável e de longa data. Kit e Riley se conhecem desde criança e são os melhores amigos desde então. O tempo passou e eles cresceram. Jessa, que era um patinho feio, ficou muito bonita, atraindo Kit, ao passo que ela sempre foi apaixonada por ele.

Contrariando todas as expectativas - e o pai de Jessa - o casal acaba ficando junto. Kit incentiva Jessa a ir atrás de seus sonhos. Ela os tinha, claro, mas o pai, desde que voltou do Iraque (era da Marinha também), por ter estresse pós-traumático, transformou-se em outra pessoa. Mais agressiva, por qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, surtava e gritava com a família. Sendo assim, o coronel Kingsley a proibiu de estudar Artes Cênicas para fazer outro curso em outra faculdade.

Kit trouxe uma nova chama para a vida de Jessa: a esperança. Eles não podiam sonhar - Kit e Riley voltariam à Marinha em quatro semanas - mas podiam viver cada minuto. Eles curtiram cada minuto que puderam, mesmo sabendo que, quando Kit voltasse, passaria um ano longe dela. Riley também tinha sua história: namorava Jo há três anos, e sempre sofria quando estava longe dela. Apesar de termos dois casais, nós acompanharemos a história de Kit e Jessa, em que viverão algumas situações em que o amor falou mais alto que a realidade.

Estou procurando palavras para descrever essa história. O livro já começa nos indicando que um dos rapazes morreu. Parece até que foi o Nicholas Sparks que escreveu. Mas, não, Mila Gray nos brinda com uma história que mostra como duas pessoas podem se entregar ao amor verdadeiro apesar de tudo parecer soar contra. O livro é narrado em primeira pessoa, cada capítulo intercalando os pontos de vista de Jessa e Kit. Assim, podemos saber o que se passa em suas mentes e seus corações.

Eu recebi esse livro em parceria com a Arqueiro e novamente, a editora acerta em trazer um YA envolvente. Por ser YA, óbvio que terá cenas mais quentes, mas elas são tão bem escritas que não chegam a incomodar, pelo contrário, parece até que estamos vendo uma cena de telenovela. A única coisa ruim que vi nesse quesito é que, como Jessa era virgem (tinha só 18 anos, alías), a autora se preocupou demais com a virgindade dela. Qual homem na face da terra vai ter a paciência que Kit teve? E quando essa parte finalmente aconteceu, foi bem escrita, mas muito descritiva. Eu realmente não precisava saber disso.

Além disso, temos outro problema: porque o coronel Kingsley odeia Kit? O pai de Kit, Ben Ryan, também era militar, mas desde a morte de sua esposa e de superar o vício em álcool, ele se tornou um homem religioso. Nem isso diminuiu o ódio de Kingsley pelos Ryan. Eram amigos, mas uma situação que aconteceu no passado mudou a relação dos patriarcas. Detalhe: na página 108 eu já tinha sacado o que aconteceu, mas fui até o fim pra ter certeza. Me senti Sherlock Holmes HAHAHA

Se recomendo essa leitura? Claro que sim! Apesar de ter torcido para que um deles tivesse morrido, fiquei muito emocionada com o desfecho - e a partir de um certo momento, parei de torcer, porque não queria que um deles morresse. Quando o leitor pensa que está tudo bem, a história toma uma reviravolta incrível. Meus olhos suaram quando finalmente o nome do morto é revelado. Mesmo assim, o livro possui uma mensagem maravilhosa.

Sobre as especificações: trabalho excelente (mais um) da Arqueiro, só encontrei um errinho de revisão no livro todo (!!!) e a fonte e tamanho mais as folhas amareladas contribuíram para uma leitura rápida e fluída. A capa, apesar de ter rostos, é muito bonita, porque eles estão para se beijar. Lembrando que eu não gosto de rostos em capa de livros, mas essa, tenho que aplaudir, porque está maravilhosa!

Sério, apenas leiam e se emocionem com essa história! Aliás, queria agradecer a Mila por ter me dado uma ótima ideia envolvendo minha diva Céline Dion. A cantora é citada em um quote, mas não pude reproduzir aqui por motivos de: spoiler.


Olá!

Hoje, vou abrir espaço do blog para divulgar as novidades dos nossos parceiros e também para anunciar novas parcerias!!

Para começar, a Lendari - que já confirmou presença na Bienal de SP este ano - traz uma novidade em que você, leitor, pode ajudar! Confira!!

Única do Amazonas na Bienal de São Paulo 2016, editora quer lançar três títulos no evento com ajuda de internautas

O selo Lendari, único representante editorial confirmado do Amazonas até agora na 24ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, quer lançar, durante o evento, três títulos inéditos de autores da região. Para isso, a editora criou, nesta terça-feira, primeiro de março, uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) na Internet para arrecadar, com ajuda dos internautas, os recursos necessários para a impressão das obras.
No total, a campanha precisa reunir R$ 12 mil em colaborações – em troca de recompensas – no período máximo de 60 dias. Dedicado aos gêneros de literatura fantástica, realismo mágico e ficção científica, a estratégia do selo editorial é similar ao feito com seu primeiro título, Quando a selva sussurra: contos amazônicos, lançado no fim de 2015, quando também foi usada campanha de financiamento coletivo, mas focada na pré-venda da obra.
Desta vez, contudo, o selo editorial conta com o apoio dos internautas para obter os recursos necessários para garantir a impressão dos três livros. Toda a parte pré-editorial, como design de capas, editoração e revisão estão assegurados. “Os livros estão prontos, restando apenas garantir a tiragem impressa para lançamento na Bienal e para as recompensas dos colaboradores”, explica Mário Bentes, criador do selo e um dos autores envolvidos.
Recursos
Uma pequena parte dos recursos será utilizada para pagamento das taxas da plataforma Kickante, em que a campanha está sendo realizada, e despesas operacionais referentes às recompensas, como envio dos livros pelos Correios. Já a maior parte da verba levantada será utilizada para arcar com a tiragem que pode variar entre 200 e 300 exemplares de cada livro.
“O valor de R$ 12 mil pode parecer elevado, mas é bem baixo se levarmos em conta que estamos falando de um projeto conjunto de três livros. Cada um terá uma tiragem pequena, específica para o lançamento no evento, e também para pagamento de recompensas”, diz Bentes, que lembra que as recompensas variam de agradecimentos aos colaboradores – tanto nas versões impressas quanto digitais (e-books) de cada um dos livros – ao recebimento de exemplares impressos dos livros.
“Criamos recompensas variadas, para que um maior número de pessoas possa colaborar dentro das suas possibilidades e ainda ter um retorno justo. No fim, ganham todos: os autores, que têm seus livros lançados, e os colaboradores, que têm acesso aos novos títulos e ficam marcados como contribuidores da promoção da literatura amazonense”, afirma Mário Bentes.
Títulos inéditos
Os livros inéditos e alvos da campanha são: A Rainha de Maio, de Jan Santos; Quase o fim, de Leila Plácido; e o primeiro livro da série Minhas conversas com o diabo, assinado pelo próprio Mário Bentes. Dos três autores, apenas Leila Plácido faz sua estreia na literatura. Jan Santos já lançou a obra independente Evangeline: relatos de um mundo sem luz (2014), enquanto Bentes é autor de A terra por onde caminho (2012) e coautor de sete antologias literárias.
Financiamento coletivo
O crowdfunding é uma modalidade surgida nos Estados Unidos em que projetos recebem recursos de Internautas, durante um período limitado de tempo, em troca de recompensas específicas, geralmente proporcionais aos valores repassados pelos colaboradores. Nas modalidades “tudo ou nada”, as mais comuns, os projetos precisam reunir os valores necessários para atingir a meta global dentro do prazo máximo estabelecido. Do contrário, as colaborações são devolvidas.
Enquanto em países do exterior o crowdfunding é comumente utilizado para por em prática projetos de cunho tecnológico, como o lançamento de dispositivos eletrônicos e gadgets, no Brasil, esse tipo de financiamento tem sido largamente utilizado por artistas independentes para realizar projetos culturais. “O financiamento coletivo é importante porque engaja fãs e admiradores do trabalho que é alvo da campanha e o artista une forças com o próprio público para realizá-lo”, diz Bentes. Clique aqui para conhecer a campanha!

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A nossa parceira Vanessa Sueroz está modernizando as capas de seus livros e desta vez foi a vez do conto Eu te amo mais, que ganhou uma nova capa criada pela blogueira Géssica do blog Cantinho Geek. Quem ainda não conhece o conto? Eu o li há algum tempo, mas a resenha você encontra clicando aqui. Minha opinião: as duas capas são lindas, mas a primeira é um amor, ao passo que a segunda representa uma Marlene mais decidida. 
SINOPSE: Marlene resolve escrever uma carta ao namorado lhe contando porque ela lhe ama mais e quais as consequências disso.

À esquerda, a capa antiga, e à direita, a nova. O que acharam?
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Por fim, o Resenha tem a honra de anunciar que fechou parceria com dois blogs!! Eu fui procurada pela Luiza Xavier, do Estranhos como Eu e a Stéfani Rilli, do Rillismo e fechei parceria com as duas! Logo abaixo estão os banners e os links para acessá-los! Ah, e elas escrevem super bem! Os links dos blogs estão nas imagens, mas você pode acessá-los direto do meu blogroll (acho que é assim que se chama!)


Espero que vocês tenham gostado das novidades de hoje!!!





Olá!

Hoje é dia de resenha de um livro que já tinha lido há algum tempo, mas tinha me esquecido de boa parte da história. E, graças a editora Arqueiro, parceira do blog, tive o prazer de reler essa história e me iludir. Me iludir porque não existem homens como Travis Parker. Mas não é disso que falo e sim, da resenha que vocês conferirão agora. A Escolha, de Nicholas Sparks.
A história começa com Gabby Holland se mudando para a pequena Beaufort (preciso dizer que fica na Carolina do Norte?) para trabalhar como médica assistente em pequeno hospital. Até aí tudo bem, até ela descobrir que sua cadela, Molly, estava grávida. E quem seria o pai dos filhotes? Isso mesmo, o cachorro do vizinho, segundo Gabby. E quem seria o vizinho? Travis Parker, um cara lindo e que logo de cara chamou a atenção dela.

Após uma conversa muito constrangedora - e depois de levar Molly ao veterinário - Travis e Gabby se tornam amigos. Ele a convida para um passeio com sua irmã, Stephanie, e seus amigos Joe, Laird e Matt, com suas esposas Megan, Allison e Liz, respectivamente. Além das crianças, que são filhos dos casais. Travis tem uma bela casa à beira-mar.

Gabby namora Kevin, mas o namoro não é lá essas coisas. Ele sempre está fora e não quer saber de casar. Enquanto ela sonha em viver uma vida ao lado dele. Além disso, ela não tem uma relação maravilhosa com a mãe, exemplo de futilidade. A senhora Holland preferia as duas irmãs de Gabby, loiras e fúteis, ao invés da moça ruiva e inteligente, que sempre fez de tudo para agradar a mãe. O pai de Gabby é um senhor pacato, gosta de pescar quando não está trabalhando. Gabby, pelo que pude perceber, mostra-se um pouco insegura em relação às suas atitudes.

Travis está solteiro, mas não está procurando namorada. Ele é um cara que eu chamaria de livre, gosta de viajar, de andar de moto e de sempre ajudar o próximo. Um perfeito exemplar masculino do senhor Sparks. Aliás, Travis é dono de Moby, um cachorro que adora rolar em vísceras de peixe e correr atrás de bolas de tênis. Nosso protagonista é seguro de si, um espírito aventureiro, sabe o que quer, mas sem antes refletir sobre. Viajou por vários países e viveu em grandes cidades, mas sempre foi o menino do interior.

Até aí, tudo tranquilo. Mas o amor, quando vem, é como se fosse um trem: arrastando tudo o que vê pela frente. E não será diferente com Travis e Gabby. Porém, eles terão que enfrentar algumas coisas para ficarem juntos. A insegurança, o medo e todos os ingredientes românticos que conhecemos. E essa é só a primeira parte do livro. A segunda, é de chorar.
Tirando o "O Melhor de Mim", que ganhei em Top Comentarista, todos foram recebidos em parceria com a Arqueiro. Os outros foram resenhados :)
Quem me conhece sabe que sou fã do Nicholas Sparks. Apesar de ele usar a fórmula à exaustão, eu gosto porque, apesar de tudo, o final - na maioria das vezes - é feliz. Me faz acreditar que, sim, é possível viver uma história de amor onde o casal nasceu um para o outro. E não é diferente em A Escolha. Travis faz de tudo para agradar Gabby, enquanto ela não sabe quem escolher. Não quer decepcionar Kevin (que, pra mim, é um completo idiota), mas também quer ser feliz. Acho essa história plausível de acontecer com qualquer um de nós - menos a parte de viver em Beaufort.

Essa história, mesmo eu já tendo lido ha alguns anos, me deixou apreensiva, principalmente na segunda parte, em que direi apenas que houve um grave acidente, deixando Travis em uma sinuca de bico. Não à toa o livro (e agora o filme) se chama A Escolha. Tanto Travis como Gabby precisam tomar decisões que os afetarão a longo prazo. Mas, o que é mais bonito é o carinho que eles têm um pelo outro.

Nem preciso dizer que amei a leitura. Eu não me canso de dizer que não gosto de rostos na capa do livro, mas como essa reedição é em virtude do lançamento do filme, então eu relevo. Sem contar que o ator principal é um gato. Como eu disse logo no início, eu recebi esse livro em parceria com a Arqueiro, que, novamente, fez um excelente trabalho de capa e revisão. Não encontrei erros de ortografia/gramática/digitação. A propósito, o livro é dividido em duas partes, a primeira, Travis e Gabby se conhecem e na segunda, passam-se onze anos e acontece o tal acidente que citei. 

Enfim, só posso recomendar que leiam o livro (e vejam o filme só depois, por favor). Impossível não torcer para o casal ser feliz. E também, lá no fundo, a gente pede pra ter um Travis Parker para nós! Deixe seu coração decidir, mas use a razão e decida pelo livro, rs.


Olá!

O resenhado de hoje é um livro que têm uma forte carga emocional. Então, já aviso: se não gosta de cenas fortes, esse livro não é para você. Espero que gostem de O Que Há de Estranho em Mim, da Gayle Forman.

O livro nos apresenta Brit, uma garota que vive com seu pai, sua madrasta e o meio-irmão em Portland. Ela tem 16 anos e faz parte de uma banda, a Clod. Desde o desaparecimento de sua mãe, ela tem uma vida que a madrasta considera rebelde: chega tarde em casa, tem tatuagens e piercings, pinta o cabelo, enfim, coisas que muitos jovens fazem.

Mas, o pai de Brit resolve interná-la em uma clínica para corrigir sua "rebeldia". A clínica na verdade era um reformatório. Que não reformava ninguém, só piorava. Ao chegar na clínica, ela teve suas roupas e piercings confiscados e foi parar em um quarto que mais parecia uma solitária. O reformatório trabalhava com seis níveis. Quem chegava era Nível Um, quem estava para ir embora era Nível Seis e tinha direito a várias regalias, como breves passeios e telefonemas para os pais. Conforme Brit ia subindo de nível - a contragosto, porque sabia que tinha que dançar conforme a música - ela foi conhecendo quatro meninas, a quem se uniria para dar um fim no sofrimento que estavam passando.
Aproveito e mostro meu outro livro da Gayle, Eu Estive Aqui, também recebido em parceria com a editora
Martha é a gordinha que outrora fora miss, Bebe é filha de uma famosa atriz e estava lá porque transou com um latino, Cassie é gay (e não gosta de ser chamada de lésbica) e V é um mistério. E era por isso que as cinco meninas estavam lá: por não se encaixarem na sociedade que é imposta.

O reformatório era todo cheio de falhas, mas duas figuras merecem destaque: a dra. Clayton (que era a "psicóloga") e Bud Austin, o Xerife, que controlava as TC, Terapias Confrontativas, que, em suma, eram quando as jovens se reuniam para humilhar umas às outras. Além disso, as jovens tinham que passar o dia empilhando blocos de concreto no calor infernal de Utah, onde ficava o local.

Fora do reformatório, Brit só podia contar com seus parceiros de banda, Erik, Denise e Jed (que ela nutria um carinho especial por ele). Sua mãe sumiu e o pai resolveu interná-la, praticamente abandonando-a. E é nesse inferno que Gayle Forman nos presenteia com uma história de superação, amizade com uma pitada de realidade.

Achei essa música muito linda, por isso compartilhei com vocês :)
Que história! Quando eu solicitei este livro junto à Arqueiro, parceira do blog, já imaginava que viria uma história tensa, devido à capa, onde mostra uma jovem sentada em uma cadeira, como se tivesse sido punida. Li os dois primeiros capítulos e já entrei em desespero: sabia que viria violência. Bom, eu adoro livros e filmes onde os personagens lutam, morrem e etc. Mas não suporto cenas de estupro e tortura, essas me embrulham o estômago - mesmo sendo ficção. Dei uma pausa de uns dois dias e depois retomei a leitura até o fim.

Brit e suas amigas são "desviadas" perante a sociedade, mas não há nada demais com elas, são jovens normais, com opções e gostos diferentes da maioria. E por isso foram jogadas pelas próprias famílias nesse lugar horrível. E não é só isso que a autora retrata. Ela também fala da traição, por parte da família, que coloca a pessoa num lugar desse achando que está fazendo o bem. Mas a pessoa sai pior que entrou. E a família abandona em lugares assim à própria sorte. É de chorar.

Quando eu digo que leio para saber qual mensagem o/a autor/a está transmitindo, é porque quero refletir sobre a história. E não foi diferente com esse livro. Me veio à mente que, muitos jovens, por aí, estão sofrendo em reformatórios de verdade, muito piores do que os retratados no livro - aliás, eu esperava mais em determinado momento.
Eu esperava mais porque, do nada, as meninas começaram a fazer coisas que eram praticamente impossíveis (não vou falar porque é spoiler),mas também pode ser porque eu esperava algo muito mais pesado do que foi retratado. Vários problemas são apontados pela autora durante a história, como a Síndrome de Estocolmo, que algumas das internas desenvolveram. Me surpreendi com duas personagens em especial: V (que se chama Virginia) e a mãe de Brit, prestem atenção nelas, é de chorar.

Encontrei apenas dois erros de revisão, crassos, mas que não atrapalharam o andamento da história. Por fim, me sinto na obrigação de recomendar essa história maravilhosa, com personagens que podemos nos identificar com alguma delas e torcer para que elas terminem bem.




Olá!


O post de hoje é pra avisar que o Resenha e Outras Coisas agora é parceiro da Editora Empíreo! Logo abaixo explicarei mais sobre a Editora e suas publicações!!

A Editora Empíreo está há dois anos no mercado e tem como missão publicar literatura de qualidade e rica em cultura que edifique seus leitores usando os mais variados temas e formatos. A Empíreo tem esse nome porque a partir do latim Empyreus, uma adaptação do grego antigo, “dentro ou sobre o fogo (pyr)”, Empíreo é o mais alto dos céus, o local reservado para as divindades e para a perfeição. A editora quer levar os leitores ao prazer da leitura fazendo o que somos apaixonados: editar literatura, quadrinhos, música, fantasia, biografia e quaisquer obras de qualidade.

Um dos livros mais legais da editora - e que quero muito - é o Eu Vejo Kate (Skoob), que foi parar nas livrarias graças a uma indicação de parceiro. Já pensou, se você tiver algum livro legal, vai que eu te indico?

Então, sempre que a Empíreo liberar alguma novidade, avisarei para vocês, tanto aqui como nas redes sociais. Logo, siga a editora, tanto no site como nas redes (e me segue também, ué)!


Só me resta agradecer a Empíreo, que apesar de ser nova no mercado, está bombando, com excelentes publicações, por ter confiado em mim e no Resenha, e que este ano, essa parceria renda muitos frutos para ambos!

Logo de cara, a Empíreo já tem novidade!

A Editora Empíreo lançou, em fevereiro, um novo projeto: Muito Prazer: um livro colaborativo sobre sexo. A obra reunirá 40 histórias e 20 ilustrações selecionadas entre escritores do país todo. A editora mais uma vez aposta no financiamento coletivo como forma de viabilizar o projeto. 
Esse é o terceiro projeto colaborativo da Editora Empíreo. O primeiro, em 2014, resultou no livro Desnamorados, com 62 autores e 17 ilustradores que escreveram e criaram sobre o amor. O segundo, em 2015, foi O Corvo: um livro colaborativo, uma homenagem ao poema O Corvo de Edgar Allan Poe. Foram 60 textos escolhidos – inclusive de Manaus - e 15 ilustrações com alguns convidados especiais como os escritores André Vianco, Rubens Lucchetti, Cláudia Lemes e Edyr Augusto. A capa da obra foi feita e doada por um dos tatuadores mais famosos do país, Victor Octaviano. 
Dessa vez a editora propôs o sexo como tema dos textos, mas, segundo o editor Filipe Larêdo, não significa dizer que será um livro erótico. “O sexo pode receber vários tratamentos. Ele pode ser erótico sim, mas pode ser um drama, uma comédia ou até uma ficção científica e, claro, um texto de não-ficção, as abordagens são diversas. Vai do talento e criatividade do autor .”

Os livros colaborativos têm se mostrado uma oportunidade de escritores e artistas mostrarem seus trabalhos. Apesar de concorrerem - pois, há uma rigorosa seleção de textos – a disputa é bem menor do que a do mercado editorial. Para se ter uma ideia, uma editora jovem e pequena como a Empíreo recebe em média 150 originais por mês. 

Financiamento

Desde 2014, a editora – que possui apenas três anos de vida - tem chamado a atenção do mercado ao buscar o financiamento coletivo para viabilizar algumas de suas obras. A ideia base é simples: as pessoas que investem previamente no livro são, em geral, as mesmas que comprariam a obra se ela fosse publicada de forma tradicional.  “O que acontece é uma simples inversão do processo”. 

Por regra da plataforma, se a meta do financiamento não for alcançada o livro não é publicado e todos que contribuíram recebem de volta o valor investido.

Saiba mais através dos links: Portal Livro Muito Prazer | Facebook Empíreo | Facebook LMP ou por email adriana@editoraempireo.com.br ou telefone 11- 2309-2358





Olá!

Finalmente trago a resenha do novo livro da nossa parceira, a autora e jornalista Valéria Martins. Esse livro foi uma grata surpresa para mim, nunca tinha lido nada parecido, e apesar de ser um livro curtinho, tem uma mensagem forte - sem falar das paisagens descritas. Valéria, mil perdões na demora em postar a resenha, mas ela está aqui e espero que você e os leitores gostem.

Sinopse: Jovem rica e mimada, Mariana sofre uma imensa decepção amorosa às vésperas do casamento e cai em depressão. Seu irmão aventureiro a incentiva a empreender uma viagem a Chapada Diamantina, na Bahia, a fim de espairecer e encontrar um novo rumo. Lá ela se depara com paisagens belíssimas, conhece um modo de vida bem diferente do que estava acostumava, envolve-se com o guia turístico Alex e desfruta a verdadeira amizade com Claudia, menina maluquinha a quem o destino a uniu para sempre.
A matéria dos sonhos é um romance sobre busca, amor, amizade e encontro.

A história começa com a jovem advogada Mariana de Almeida Ribeiro em uma prova de seu vestido de noiva. Ela está prestes a se casar, mas não está contente. Algo a incomoda. Seu noivo é o playboy Gustavo Motta, filho de um importante industrial. Gustavo tem fama de ser mulherengo, enquanto que Mariana é uma moça, digamos, tímida. O casamento era um acontecimento mais que esperado pela alta sociedade do Rio de Janeiro.
Após uma determinada foto vazar na imprensa, o noivado de Gustavo e Mariana acaba - faltando 15 dias para a cerimônia - e ela fica praticamente em depressão. Então, seu irmão Paulinho, um fotógrafo viajante, sugere que ela faça uma viagem. E sugere como destino a Chapada Diamantina, na Bahia. Porém, antes da foto vazar na imprensa - portanto, antes da viagem - Mariana vai a um chá de bebê de uma amiga e conhece Claudia, uma jovem aspirante a cineasta que está de passagem pelo Rio.
Chegando na Chapada Diamantina, Mariana encontra belas paisagens. O irmão Paulinho preparou tudo para que Mariana pudesse desfrutar da viagem. E qual sua surpresa ao chegar na região? Alex. Um rapaz negro, forte, lindo e maravilhoso. Ele será o guia de Mariana nessa viagem. Depois de um dia de passeios, Mariana reencontra Claudia com um grupo de amigos, entre eles está Bernardo, irmão de Alex.
Entre passeios e festas em que foi convidada por Claudia, Mariana e Alex ultrapassarão as barreiras do profissional e viverão uma linda história de amor. Nesse meio tempo, Mariana ainda terá que lidar com fantasmas do passado. A viagem também marcaria o reinício da vida da advogada, seu encontro com seu eu interior. Tudo isso tendo como plano de fundo a Chapada Diamantina!
Conheci a Valéria através da Ani, do Entre Chocolates e Músicas, que é parceira da autora há algum tempo. A Ani me mostrou (e me fez lembrar) o livro A Pausa do Tempo, que é de crônicas. Nesse livro, Valéria conta várias coisas, inclusive que conversou com William P. Gordon(!!!!), que não é famoso por aqui, mas nos EUA é relativamente conhecido por seus romances policiais e por ter sido casado com a escritora (e meu ídolo literário) Isabel Allende por 27 anos. Quando a Ani me disse que a autora estava em busca de parceiros, me inscrevi e fiquei feliz ao saber que fui aprovada! Ao ler A Matéria dos Sonhos, não me arrependi de ter solicitado a parceria, só me arrependi de ter demorado tanto pra ler...
A escrita da autora é maravilhosa! Com certeza ela viajou para a Chapada Diamantina, porque a autora descreve - é narrado em terceira pessoa - os lugares com muita precisão, tanto que imaginei todas as cenas na minha cabeça com uma facilidade incrível. Mariana é uma advogada que sempre teve tudo o que quis e, ao passar pela situação que passou com a tal foto, ela tinha tudo para se afogar na depressão. Mesmo sendo a mais nova do casal Almeida Ribeiro, teve que sofrer para entender as situações que a vida coloca no caminho.
Alex, o guia, é um cara superprofissional, que procura não se envolver com as moças que solicitam seus serviços, porque ele também tem suas feridas de amor. E é com Mariana que ele quebra todas essas barreiras, em nome de um amor difícil, mas muito verdadeiro. Alex mora com a mãe e os quatro irmãos e, além de seu trabalho como guia, ele ajuda na creperia da família.
Sobre Claudia: quero ser amiga dela! Ela é super decidida, mas que tem medo também. Foi criada pela avó, seu pai é falecido e a mãe a abandonou ainda pequena. Tem o sonho de ser cineasta, mas por ora, trabalha na França como continuísta. Sua vida nada tem de maravilhosa - mesmo vivendo na França - mas ela sempre está com um sorriso no rosto, vivendo um dia de cada vez.
Esse livro tem mensagens incríveis. Todas me fizeram refletir sobre os sonhos: o que são, por que tê-los. Nos faz pensar até em viagens: tantos querendo ir para fora do país, mas que esquece que o Brasil tem paisagens maravilhosas. Nada contra quem quer fazer viagens internacionais - inclusive, eu também quero - mas, é bom olharmos com carinho para o nosso país também, tem tanto a oferecer. Essa reflexão, inclusive, foi uma das primeiras que a Mariana fez ao desembarcar na Bahia!
A leitura é tão boa e você torce tanto por Mariana e Alex que você mal vê o tempo passar, aí quando vê, acabou o livro. O final foi um tanto inesperado, mas gostei, não conseguia ver outro jeito de acabar. Eu li em e-book, mas não pude deixar de notar alguns erros de digitação. Uma segunda revisão por parte da editora Jaguatirica será de grande valia.
Enfim, só me resta recomendar esse livro lindo, com uma história que nos prende do começo ao fim e com uma paisagem de tirar o fôlego! Ou vocês acham que só tem mato e planície na Chapada Diamantina? E o livro é super curto, você lê em horas, de uma vez só (são só cinco capítulos)! Ah, recomendo que você visite o blog da autora (clique aqui) e logo abaixo, tem o booktrailer!




Olá!

Hora de conferir a resenha de um livro que recebi da Arqueiro em parceria e, ao ler sem expectativa nenhuma, me deparei com uma trama incrível - e com protagonista jornalista!!! Desfrutem a resenha de Cilada, de Harlan Coben.

Cilada começa com a jornalista Wendy Tines, da NTC, apresentando mais um de seus programas, que consistia em flagrar pedófilos. O acusado da vez era Dan Mercer, um homem que trabalhava com crianças carentes. Ora, ele foi uma dessas crianças. Depois de muito investigar, o tribunal inocentou Dan. Mas esse era só o começo de uma longa, tensa e tortuosa investigação.

Enquanto isso, a jovem Haley McWaid, de 17 anos, estava desaparecida há 90 dias. Ou seja, 90 dias sem notícias. E, claro que Dan Mercer era suspeito, já que era considerado um pedófilo. Mas, um certo dia, Dan é assassinado. E Wendy começa a ouvir seus instintos. Acha que pode ter condenado um inocente em rede nacional.

Entre programas de TV, acusações de pedofilia e um Dan Mercer que teve sua vida irreversivelmente alterada, Wendy, a família McWaid e outras supostas vítimas de pedofilia, Harlan Coben nos brinda com uma história que, apesar de ter umas partes chatas, é de tirar o fôlego - e de você ficar boquiaberta com o final.

Primeira vez que leio um livro do Coben (que esteve na última Bienal em SP, eu o vi, mas não sabia quem era e, quando perguntei a uma moça que passava na hora, ela só faltou me bater, tamanha minha ignorância. Desculpa, moça.) Agora, já sabendo de quem se trata, posso dizer que ele escreve bem, mas não a ponto de se tornar um favorito.

Vamos lá: ele escreve bem, com fluência, porém, ele coloca umas partes que não precisa - pelo menos eu enxerguei assim - como detalhes demais em determinada cena. Por exemplo: logo que a advogada Hester Crimstein aparece no livro - além de advogada, apresenta um programa de TV, tipo o Caso Encerrado, que passava no SBT. Pesquisem no youtube e se divirtam - ele dá muitos detalhes sobre o programa que estavam gravando. E também tem o caso das falas. 

Adoro falas - o livro é narrado em terceira pessoa, sob o ponto de vista de Wendy - mas, esse tem muitas! Tem texto corrido, mas tem muitas falas, mesmo. Não gosto porque, em dado momento, se tiver mais de dois personagens na cena, eu me confundo e não sei mais quem é quem. 
Sobre a obra, os pontos negativos que vi são só esses. A parte boa é que dá pra refletir bastante sobre essa história. Como já sabem - e se não sabem, vão saber - estudo jornalismo e adoro devorar histórias - mesmo ficcionais - em que há personagens jornalistas. Cilada me fez refletir sobre a linha tênue entre o jornalismo e a justiça. 

Veja bem: Wendy usa seu programa para desmascarar pedófilos. Porém, ela lança mão do consagrado porém irritante sensacionalismo. Tudo para conseguir o flagra, aquele momento irrefutável. Quem ler o livro vai ver como funcionou a armação para que Wendy "capturasse" Dan. Sim, o programa lançou mão de uma armação para fisgar Dan. Então, parei e pensei: por que a televisão está fazendo o trabalho que é da justiça?

Entendo que a televisão tem um papel importante quando o assunto é auxiliar na busca por desaparecidos, criminosos, etc. Mas, daí a procurar um bandido, não é demais? Ainda não trabalho na área, mas acredito que deve ser maravilhoso dar um furo de reportagem, trazer uma informação exclusiva, porém, esse livro me mostrou - não sei se o autor fez de propósito ou se eu vi além - que ir até as últimas consequências em nome da audiência pode ter resultados gravíssimos. Exemplificando: caso Escola Base. Todo mundo viu o que aconteceu. Foi nisso que fiquei pensando após a leitura.

Além de Dan e Wendy, tem os amigos do suposto pedófilo. São quatro e eles aparecem durante a obra e, claro, têm seus segredos, mas todos interligados com uma brincadeira do passado, que criou uma enorme bola de neve, prejudicando até mesmo vários inocentes. Prestem atenção neles e em Ed Grayson, pai de uma suposta vítima de Mercer. Esse cara também vai aprontar, deixando o leitor de queixo caído.

O trabalho de revisão/edição/diagramação da Arqueiro - de quem recebi em parceria - está de parabéns, mesmo tendo encontrado dois errinhos de revisão. Os capítulos começam aleatoriamente na folha - podem aparecer no começo, meio ou fim da folha - acredito que seja uma regra que deve constar em vários livros do gênero. A capa, de início, achei sem sentido, mas, ao fim da leitura, ela se encaixa perfeitamente à trama. 

Por fim, recomendo a leitura. Eu o li sem expectativa nenhuma e terminei boquiaberta com a forma como Coben conduziu a história. Mesmo com os detalhes que considerei negativos, a história é muito bem escrita, sem pontas soltas nem correria com o final. Apesar de não ser meu favorito, quero ler mais dele sim!