Olá!

Cumprindo o último tópico do Desafio 12 Meses Literários, cujos tópicos estão na imagem disponível na sidebar, eu deveria ler uma adaptação literária. Não costumo ler os livros depois de ter visto os filmes, salvo raras exceções. E no fim do ano passado, comprei Spotlight, mas, por ocasião do meu TCC, posterguei a leitura. Até hoje.
SKOOB - Spotlight - Segredos Revelados é mais que um livro, é um documentário que mostra o quão passiva e acobertadora foi a Igreja Católica ao longo dos anos, quando optou por esconder os muitos padres abusadores sexuais de menores. Isso mesmo, a Igreja escondeu por décadas muitos sacerdotes que, com a certeza da impunidade e, usando roupas e hábitos religiosos, violentaram muitas crianças, meninos, em sua imensa maioria.

A história teve sua origem na Arquidiocese de Boston, região em que se concentra o maior número de católicos dos EUA - mais de três milhões, números de 2015, data desta edição, atualizada em virtude do filme, lançado no ano seguinte e vencedor de dois Oscar, nas categorias "Melhor Filme" e "Melhor Roteiro Original". Em suma, cada vez que uma denúncia de um padre abusador surgia, ele apenas era mudado de diocese - saía de uma igreja para outra. Em alguns casos, eram internados em clínicas e, com o aval de médicos, voltavam ao trabalho episcopal, supostamente "curados".

Não vou me ater aos detalhes de quando começou tampouco citar nomes, porque são tantos nomes que o leitor só não se perde porque alguns se destacam mais que outros - estes são verdadeiros predadores sexuais - mas sim contar como o trabalho dos jornalistas e editores do Boston Globe (o periódico responsável por trazer à luz essa atrocidade) em juntar muitos detalhes de um grande quebra-cabeça, contendo muitas entrevistas, documentos e, claro, provas confidenciais.

Inclusive, podemos ver como o papel do Vaticano foi crucial nisso, ao passar pano nos cardeais que passavam pano para os pedófilos. E como a religião, quando misturada aos órgãos estatais, pode resultar num desastre, já que, houve um certo choque de interesses por parte de algumas autoridades policiais na hora de tomar as medidas cabíveis contra os acusados - quem ousaria dar voz de prisão a um sacerdote? Inclusive, o Papa João Paulo II, a quem eu estimava, dada sua importância, me decepcionou quando decidiu cuidar dos seus, em detrimento do sofrimento das vítimas.
O Cardeal Law teve um papel crucial no acobertamento, tendo em vista que ele era um dos cabeças da Igreja Católica nos EUA. De Boston, garantiu uma cadeira direto no Vaticano.
Aliás, o livro nos mostra o que acontece quando a vítima é abusada por alguém que sua família tem em alta conta (aqui, no caso, é um padre, mas pode ser um tio, um amigo, ou até mesmo o próprio pai, por exemplo). Muitos se aproveitavam do fato de que as crianças vinham de famílias disfuncionais e/ou pobres e, após conquistas a confiança dos pais, atacavam. Como os abusos datam dos anos 50, para nós pode parecer estranho, mas naquele tempo era super normal um padre levar as crianças para tomar sorvete ou nadar em piscinas públicas.

Para os jornalistas de hoje, o escândalo da Arquidiocese de Boston (o livro tem esse nome devido à equipe responsável pelas investigações, chamada de Spotlight) é o novo Watergate. Logo, para os estudantes de jornalismo, faz-se essencial a leitura do mesmo (ou pelo menos ver o filme) para que se compreenda o papel do profissional e da imprensa numa sociedade que vive sob um regime democrático. Sem a insistência deles (e a coragem das vítimas em se abrir) nunca saberíamos desse caso e, naturalmente, até hoje os sacerdotes desta e de outras cidades estariam cometendo seus crimes.

Termino dizendo que, infelizmente, ainda falta muito para que todos os religiosos paguem por seus crimes (se é que algum dia vão pagar, já que muitos até morreram) e também falta muito para que o Estado se dissocie por inteiro da Igreja, pelo menos no lado de cá do globo. Porém, o livro ressalta a importância da população leiga (os católicos que frequentam a igreja) em querer que a Igreja mude, principalmente nos pontos delicados, como a ordenação de mulheres e gays e o fim do celibato. Sabemos que é um trabalho difícil, mas se tivermos do lado certo, toda luta é válida.

Pela primeira vez participo de um desafio literário e fiquei feliz com o resultado, pois cumpri onze dos desafios propostos. Que venha o próximo ano com mais desafios!

Compre Spotlight - Segredos Revelados clicando aqui.

Postagem participante do:











Olá!

Já falei várias vezes aqui no blog que amo/sou a literatura latino-americana, aquela tão consagrada e cheia de Nobel de Literatura. Meu ídolo maior é Isabel Allende (tomara que um dia ganhe o Nobel), mas gosto de outros também, e Vargas Llosa é um deles. E Cinco Esquinas, seu último livro, é o resenhado de hoje.
Logo de cara, Cinco Esquinas começa com uma cena de sexo entre Chabela e Marisa, que se conhecem graças a seus esposos, respectivamente o advogado Luciano Casasbellas e o engenheiro Enrique "Quique" Cárdenas. Porém, Marisa não sabe se a noite de amor com a amiga foi sonho ou não. Ela passa o dia seguinte pensando nisso.

Estamos no Peru dos anos 1990, sofrendo com a ditadura de Alberto Fujimori (que continua vivo, preso e ativo na política local) e, por trás das câmeras, sendo governado pelo Doutor (cujo nome não é revelado, mas pesquisei e descobri que ele existiu também). A população tem medo: roubos, sequestros, os grupos paramilitares Sendero Luminoso, MRTA (só pra citar os mais famosos) estão tocando o terror na sociedade - como em qualquer ditadura. Todos os veículos de comunicação, como sempre, estão entre a cruz e a espada. Exceto um, o semanário Revelações.

Quem dirige o Revelações é o jornalista Rolando Garro, a personificação do que é chamado de Jornalismo Marrom - aquele que denigre a pessoa, popularmente conhecido como jornalismo sensacionalista. Pois bem, sendo um instrumento do governo, o Revelações tem como objetivo publicar os podres de diversas figuras públicas do "mundo do espetáculo" - artistas, cantores, dançarinos, etc.

Rolando possui umas fotos comprometedoras de Quique, feitas dois anos antes. Ele chantageia o engenheiro, que, obviamente, recua. As fotos, claro, são publicadas e, a partir daí, o terror toma conta de Cárdenas, homem importante dentro e fora do Peru. O semanário, dessa vez, deixou de lado os artistas para jogar na lama uma reputação até então ilibada. E como se fosse pouco, deixou o Doutor em fúria. E agora, o que será de Cárdenas, cujo sobrinho foi sequestrado dois meses atrás e não se tem notícia? Como recuperará sua dignidade? E a transa de Chabela e Marisa, foi real ou só sonho?
Na literatura latino-americana, que tanto amo (e muitos torcem o nariz sem conhecer), Mario Vargas Llosa é o meu segundo autor favorito (em primeiro, Isabel Allende, sem pestanejar). Ele consegue, como poucos, prender a atenção do leitor a ponto de fazê-lo driblar o sono para poder terminar a história.

Todas as histórias escritas por MVL se passam em bairros reais de Lima. Em boa parte das obras, ele fala do bairro de Miraflores, onde passou parte de sua infância. Mas aqui, quem protagoniza é Cinco Esquinas, conhecido nos anos 90 pela alta taxa de assassinatos, portanto, um bairro pobre. A história é ficcional, mas, ao se misturar com personagens reais - Fujimori, Sendero Luminoso, MRTA - dá a impressão de que tudo é verdade. Ainda por cima, a gente aprende um pouco da História do Peru.

Outro ponto levantado pelo autor é o jornalismo. O Revelações é um instrumento do governo para manter os rivais acuados, um exemplo de jornalismo marrom, mas, aqui, o jornalismo também exercerá sua função original, de denunciar e servir à sociedade. E isso, ao longo da trama, torna-se muito interessante - ainda mais para mim, que sou jornalista e consigo me ver em alguns personagens.
A edição da Alfaguara, selo de títulos latino-americanos da Cia. das Letras, está muito bonita, capa condizente com a trama, só uma coisa que me incomodou foi a fonte do título, muito grande - em relação às capas de outros títulos desse selo, que seguem um padrão, está muito diferente. Mas tudo bem, é apenas um detalhe que não apaga o brilho da história.

Cinco Esquinas é mais do que um livro que fala sobre jornalismo, ou política, ou amizade, é um livro que fala de um pouco de tudo. Sem contar na alfinetada que MVL dá em Fujimori, seu eterno rival - lembrando que o autor e o ditador concorreram às eleições em 1990 e o nipo-peruano levou a melhor, em apuração polêmica, já que não se tem certeza se Fujimori é peruano ou japonês. A ditadura acabou em 2000, quando ele fugiu para o Japão, depois para Santiago do Chile, onde foi preso, tentou renunciar por fax e depois deportado para o Peru, onde cumpre pena e segue em atividade política, através de sua filha/testa de ferro, Keiko. Mais do que recomendado.


Olá!

Mais uma entrevista internacional aqui no blog! Dessa vez, a entrevistada é a Michelle Falkoff, autora de A Playlist de Hayden, publicado aqui pela Novo Conceito. Por favor, quero as opiniões de vocês principalmente em relação às perguntas, pois como sou estudante de Jornalismo, preciso sempre aprimorar minhas técnicas. Lembrando que as respostas quem traduziu foi a Raíssa, do O Outro Lado da Raposa, portanto, se houver algum erro de inglês, a responsabilidade é toda minha! Obrigada Raíssa!

1- Diga para os leitores do blog, quem é Michelle Falkoff?
Say to the blog readers': Who’s Michelle Falkoff?

Eu sou escritora e ex-advogada que ensina escrita criativa e jurídica profissionalmente.
I’m a writer and former lawyer who teaches both creative and legal writing professionally.

2- Como você se apaixonou por escrever? E quando decidiu se tornar escritora?
How you found the love of Reading? And when you decided you would be a writer?

Eu aprendi a ler muito cedo e amei logo de cara. Eu lia muitos livros quando criança e nunca parava, não importava o que estava acontecendo em minha vida. Eu não pensei que ser escritora fosse muito prático, mas mesmo assim sempre foi eu algo que eu quis, e não era até depois de eu ter me tornado advogada e começar a levar a escrita a sério.
I learned to read really early and loved it right away. I read tons of books as a kid and never stopped reading no matter what was happening in my life. I didn’t think being a writer was very practical, so even though it was always something I wanted, it wasn’t until after I became a lawyer that I started taking writing seriously.

3- O que (ou quem) te inspira a crier seus personagens e histórias?
In what (or who) inspired you to create your characters and stories?

Não tenho certeza – eu baseio quase tudo na minha imaginação, apesar de eu pegar emprestado algumas coisinhas da vida.
I’m not sure - I base most everything on my imagination, though I borrow little things from life.
Clique aqui para conferir a resenha de A Playlist de Hayden

4- Sobre o livro “A Playlist de Hayden” como foi o processo de criação? 
About the book “Playlist of the Dead”: how was the creation process?

Eu amei. Levou aproximadamente dois anos para chegar ao primeiro rascunho, e depois tudo começou a acontecer mais rápido. Eu trabalhei com ótimas pessoas que realmente me ajudaram a melhorar de onde eu tinha começado.
I loved it. It took a couple of years to get through that first draft, and then everything started to move faster. I worked with great people who really helped me improve it from where it started out. 


5- Com o livro pronto, quais foram as dificuldades que você enfrentou para publicá-lo?
After his book was finished, what difficulties you faced until the book was published?

Para mim o grande desafio é sempre o tempo. Meu emprego fixo me mantém sempre ocupada, então o grande desafio foi encontrar um jeito de me concentrar no meu segundo livro enquanto eu esperava que A Playlist de Hayden saísse.
For me the big challenge is always time. My full-time job keeps me busy, so the big challenge was finding a way to concentrate on my second book while waiting for Playlist to come out.


6- Você tem algum novo projeto, arquivado ou pronto?
Do you have any new projects, whether ready or shelved?

Um está pronto: Um livro chamado (em tradução livre) “Forçando ser Perfeita(o)” vai sair este outono. Eu tenho alguns outros projetos arquivados também, e estou trabalhando em tirar algum deles do arquivo e tentar melhorá-lo.
One is ready: a book called Pushing Perfect will come out this fall. I’ve got a couple of shelved projects too, and I’m working on trying to take one of them off the shelf and see if I can make it better.


7- Você prefere livros físicos ou digitais?
Do you prefer paperback or digital books?

Eu leio os dois. Eu amo livros físicos e sempre vou amar, mas eu também viajo bastante, e é sempre bom poder levar vários livros com você sem ocupar nenhum espaço a mais na bagagem. (o que significa meu kindle).
I read both. I love physical books and I always will, but I also travel a lot, and there’s nothing better than being able to bring a big stack of books with you without taking up space in your luggage (meaning my Kindle). 

8- Por favor, deixe uma mensagem para os leitores do Resenhas e Outras Coisas.
Please, give a Messenger from the Resenha e Outras Coisas’ readers.

Estou tão feliz que exista uma comunidade tão forte de leitores – continuem lendo para sempre! E obrigada por lerem essa entrevista também!
I’m so glad there’s such a strong community of readers - keep reading forever! And thanks for reading this interview, too! 

Só me resta mesmo agradecer à Michelle pela entrevista e que seu próximo saia logo! E aí, o que achou da entrevista? Quero as opiniões de vocês!


Olá!

Julho chegou e... estou de férias! Tá, estou de férias há cerca de 15 dias, mas não tenho culpa se julho só quis chegar hoje, rs. E as férias só são da faculdade, férias de trabalho estão longe, a perder de vista...


Coloquei essa foto porque é em Montréal, no Canadá. Espero um dia poder conhecer essa linda cidade! Foto by Pinterest.

Sim, esse semestre foi corrido pra mim. Não foi do jeito que eu queria, mas foi satisfatório. Tirei boas notas (a menor foi um 8), porém, sei que não foi suficiente. Sei que posso fazer mais, sinto que há um bloqueio em mim, algo que me diz que fracassarei, algo que me diz que dará errado, que não me deixa tentar. E o medo predomina. Quem me conhece sabe que reclamo demais, pareço uma velha. Pareço mesmo, sei disso. Mas eu reclamo sobre coisas pequenas, como deixar a esquerda livre na escada rolante do metrô - é mesquinho, mas me irrito ao ver o povo usando a escada rolante como escada normal. Fico na esquerda mesmo, mas sempre tem um que me pede licença, aí eu tenho que ceder, fazer o quê. Sempre uso a normal, rolante só quando não dá mesmo. Mas não é disso que vim falar e sim, do que rolou nesses primeiros seis meses de 2015. Comecei o ano com uma bomba: ninguém esperava, mas troquei de emprego. Seis por meia dúzia, porque ainda não encontrei estágio na área em que estudo. O emprego em si é legal. Tem a ver com filmes e a Netflix e acredito que esse emprego tenha contribuído com essa fase, juntando isso com o fato de que ainda não estou exercendo a profissão de jornalista.

Fiz muitos trabalhos práticos - reivindicação antiga da classe - como programas de rádio, de TV, uma revista... Enfim, produzi muito conteúdo. Alguns dos trabalhos, como o programa de rádio "Cultura Universitária", estão na internet. Eu separei o link, que está disponível na aba "Portfólio" aqui mesmo no Resenha. Pois bem, escrevi muito e não escrevi nada.

Ali em cima eu disse que reclamava de coisas pequenas, pois é, queria não reclamar tanto, mas essa foi a forma que encontrei para explicitar o que sinto. Como mais planos que fiz foram por água abaixo (devo ter virado especialista nisso, não é possível!) e como eu gostaria que fosse diferente. Às vezes, me sinto perdida. Por incrível que pareça, comecei a duvidar de que tinha feito a escolha certa. Em casa, meus pais não queriam que eu escolhesse o jornalismo. Minha mãe ficou neutra, não queria mas respeitou minha escolha. Meu pai foi veementemente contra. Ainda é, de vez em quando joga na minha cara que ele estava certo e que eu não devia isso, não devia aquilo e etc... 

Sim, quando eu entrei pra faculdade, eu pensei em trabalhar com TV como correspondente internacional (que petulância, não?) e em mídia impressa. Eu queria escrever. Hoje, a cabeça é outra, ainda quero trabalhar escrevendo e um dia ser correspondente internacional, mas abri meus horizontes. Antes, queria falar sobre o que viesse, hoje penso em escrever sobre cultura (livros!), esportes, apesar da doença crônica chamada machismo, trabalhar em mídias sociais... TV, no momento, está fora de cogitação, não tenho porte para tal. Mas, até esse semestre, jamais tinha parado pra pensar se eu havia feito a escolha certa. E se tudo der errado?

Pois é, pela primeira vez desde que pisei na faculdade, senti o medo real de tudo dar errado. Ainda sinto, apesar de ter sido um semestre incrível em quesito notas (a menor foi 8!). Sinto que, se eu tiver que fazer uma escolha, a chance de ela dar errado é de 99 em 100. Parece que, desde que saí da escola, o destino optou por me ferrar. As pessoas tiram um ano sabático por vários motivos. Eu tirei por força maior. É triste você fazer uma série de planos e TODOS darem errado. Todos mesmo. Desde então, foram poucos momentos de satisfação, verdadeiros lapsos, dá pra contar usando apenas uma mão.

Esse 2015 eu queria fazer diferente, e fiz, mas pra pior. Estou reclamando? Evidente que sim! Eu vejo tanta gente se dando bem sem merecer que me pergunto: o que fiz de mal pra ser tão azarada? Porque eu devo ter feito algo ruim, não é possível! Eu sei que tem gente que tem problemas piores que os meus, mas de acordo com a vida que tive e o meio em que vivo, não está fácil. Sem falar que eu penso que é egoísmo e falta de respeito ficar fazendo competição pra saber quem tem o pior problema.

Como o que passou já foi e eu não sei o que o futuro me reserva, finalizo esse post com uma das minhas poucas alegrias, a revista Querido Leitor, que eu fiz com a Ani, com matérias nossas, para a disciplina de Planejamento e Produção de Revista.

Escrevi tudo o que estava engasgado mas ao mesmo tempo não escrevi nada. Portanto, me julguem à vontade usando o espaço destinado aos comentários e que venha o sexto semestre!

PS: apesar de alguns lapsos, eu nem penso em desistir do Jornalismo!!!

Olá!

Hoje vim pra dizer que estou ansiosa e desesperada para voltar à faculdade! Rever os amigos, os professores, conhecer as novas disciplinas... Já vou ficar feliz só de saber que não vou mais precisar pegar três ônibus (que bom que existe o Bilhete único!), vou andar bem mais para pegar o ônibus que me deixa em Santana (caminhada faz bem pra saúde!) e vou andar mais um pouco até a faculdade (local um pouco chato de acessar). Mas, só de saber que faço isso por amor... me deixa imensamente feliz!


O caminho para o futuro é muito tortuoso, mas quando estamos com vontade, pode vir a adversidade que for que batemos de frente e vencemos!

É, quem diria... a menina que quase seria professora, se não fosse a situação da educação brasileira, está superando muitas coisas para conseguir o que quer: a reprovação do pai, a opinião alheia (aquela que nunca pede, mas sempre dão), o trabalho que me ocupa toda a mente (é muito triste ver que você passa mais tempo olhando pra cara do seu chefe do que pra sua própria mãe)... enfim, é um post rápido em que comemoro mais um semestre desse curso que tanto amo com um desafio ainda maior: manter as altas notas senão, adeus bolsa! Esse semestre que passou foi um desafio com resultado razoável, mas passei e isso é excelente! Então, que venha o quarto semestre de Jornalismo!

<3



Olá gente!

Hoje, pela primeira vez, vou resenhar uma biografia! Mas, antes, um breve esclarecimento: para quem acha que não dou atenção suficiente ao blog, fiquem sabendo que não é verdade! Sempre leio os comentários e respondo (claro que, infelizmente não é possível responder a todos devido à minha dupla jornada), mas eu leio sim, além de, claro, me esforçar ao máximo para escrever um bom post.

Bem, esclarecimento feito, vamos ao que interessa. Hoje, a resenha será da biografia da jornalista e empresária (e muito linda, rs) Ana Paula Padrão!


“O amor chegou tarde em minha vida” (Paralela, 2014) é uma autobiografia de cunho feminista – por mais que ela fale ao longo do texto que ela não é feminista – e relata tanto a trajetória da jornalista como a trajetória da mulher.

Ana Paula conta, entre muitas coisas, como (não) buscou o amor próprio e, ainda assim o encontrou. Ela entrelaça sua biografia com relatos de como a mulher é subjugada no ambiente de trabalho – principalmente se o chefe for homem, o que ela precisa fazer diariamente para se sobressair não só no trabalho, mas na vida.

Claro que ela também contou sua vida pessoal: desde sua infância na recém-nascida Brasília, de como foi rejeitada na Band e foi parar na Globo (#chupaBand rs), de suas viagens, entre elas, de como fez para entrar no Afeganistão (essa parte me deu medo), de que sofreu um aborto e se calou, entre outras histórias.

Duas partes em especial me chamaram a atenção: uma delas foi a gafe que ela cometeu no Jornal da Record ao vivo, durante os Jogos Olímpicos de Londres/2012, vejam o vídeo e riam litros como eu ri:

Gafe de Ana Paula Padrão

A outra parte refere-se ao capítulo em que ela conta como conheceu o atual marido, o economista Walter Mundell, história que, aliás, intitula este livro. Claro que não vou contar a história, mas posso afirmar que é muuuuuuito linda, digamos que nem Nicholas Sparks pensaria em um texto assim!

Concluo este texto dizendo que Ana Paula Padrão é uma mulher capaz de inspirar muitas mulheres dentro e fora do jornalismo, já que conquistou tudo o que tem com sua garra, força de vontade e bastante talento. Jornalistas como ela são poucas; chega a ser triste não vê-la apresentando algum telejornal.

Atualmente ela dirige duas empresas: a Touareg Agência de Conteúdo e a Tempo de Mulher, que é especializada em pesquisas e palestras voltadas para a mulher executiva.

Bem, isso é tudo, espero que vocês tenham gostado do post e que se inspirem nela, assim como eu!

Nos vemos na próxima segunda!


Oi gente!
Hoje estou aqui para contar-lhes o quão foi sensacional minha visita na... (que toquem os tambores rs)... TV Record!!


Exatamente isso, passei a tarde da última quinta-feira, 08 de maio, visitando as instalações da Record,  no bairro da Barra Funda, zona oeste de São Paulo - aproveito para agradecer a professora de Imprensa e Sociedade da Anhanguera/Campus Marte, Valéria Cintra, pelo seu empenho e dedicação na hora de nos conseguir (eu não fui só, parte da turma da qual faço parte esteve lá, inclusive a Ani e a Raissa. Os demais só chegaram no segundo horário) essa oportunidade única de poder ver nascer a notícia. Já fiz visitas técnicas em outras instituições - entre elas a toda-poderosa Rede Globo - mas nenhuma foi tão surpreendente como essa.

Bem, a aventura começou antes mesmo de chegar no bairro. Eu não conhecia (e ainda não conheço em sua totalidade) a Barra Funda, então, para chegar na Record, precisamos nos informar – e caminhar um pouquinho, rs.

Já dentro da emissora, pude constatar a maravilha que é! É enorme!!!!

Começamos a visita com um passeio no estúdio que abriga dois programas de sucesso da casa: Balanço Geral e Cidade Alerta. É um local pequeno, mas bem equipado com TVs, um tele-prompter (aquele letreiro que o repórter lê as notícias) e um relógio, além de cerca de cinco funcionários preparados para manusear todo o aparato.

Depois estivemos por dentro das salas de controle, sendo as seguintes: sala de controle de Video-Tape (com várias TVs ligadas na Record, mas com diversos sinais de TV por assinatura (e diga-se de passagem, a SKY era quem tinha sinal mais atrasado); outra sala que cuida de todo o acervo da emissora (curiosidade: as matérias da Record são salvas em um dispositivo chamado XD-Cam – uma espécie de CD misturado com disquete, um tanto esquisito, mas com alta capacidade de armazenamento – 25GB/cerca de 1h30 de imagens. Antes as matérias eram armazenadas em fitas K7, mas um pouco maiores do que essas que temos em casa – sim, eu tenho fitas K7 guardadas em pleno 2014, um tanto engraçado, rs). Por fim, passamos pelas salas de sonoplastia e controle de audiência.

Aí chegamos na primeira das redações: a do Domingo Espetacular. É uma sala que tem ambiente super incrível – estava um tanto tranquilo, rs – e tinha várias TVs sintonizadas em vários canais – um dos funcionários estava assistindo “Café com aroma de mulher”, aí fiquei com invejinha, mas dei sequência no passeio, quando demos de cara com Arnaldo Duran, repórter do Domingo Fantástico. Mas o mais engraçado foi que, na hora, ninguém, nem a monitora lembrou do nome. Ele conversou com a gente, foi simpático e não se importou em ser fotografado (foi aí que vi o nome dele no crachá, rs).

Então, fomos direcionados à redação do Jornal da Record – sim, aquela mesma que fica atrás dos âncoras. É enorme e muito equipada, mas o que achei mais curioso é que a bancada fica escondida atrás do aparato e o espaço acaba ficando livre para o pessoal da limpeza e manutenção. E foi justamente nessa redação que vimos ninguém mais e ninguém menos que Percival de Souza!!!!!!!!!!!! E é aí que o empenho da professora Valéria – que foi citada no começo do post – se aflora.


Pois vocês acreditam que ela simplesmente deixou os alunos com os monitores e foi falar com o Percival? E que ele bateram papo como se fossem velhos amigos, sendo que era a primeira vez que ambos se viam? E que ela conseguiu que ele desse uns conselhos para nós? Sim, tudo isso aconteceu – e eu tenho registrado!

Depois do bate-papo com o Percival, fomos ver o estúdio do Hoje em Dia. É grande, bonito e bem detalhado; pudemos andar e fotografar (calma que já mostro), pena que nenhum dos apresentadores estava lá. Daí, passeando por dentro da emissora, conseguimos encontrar o apresentador Àlvaro José, que havia acabado de apresentar o quadro Minuto do Esporte, que consiste em mostrar grandes momentos do esporte que a Record gravou e mantém em seu acervo – acervo que, aliás, ficou bem prejudicado devido aos incêndios que a emissora sofreu. Ele também conversou conosco a respeito da Copa e do Jornalismo – e, pra variar, registrei também!

Por último, demos uma passada no estúdio do Programa da Sabrina, que é grande, mas a capacidade da plateia é só de 480 pessoas.

A visita terminou com os agradecimentos de sempre, com a (ótima) impressão que os monitores tiveram de nós – e vice-versa, com várias informações importantes como a liberação da emissora para que os alunos queiram fazer entrevistas, TCCs, pesquisas e afins. E já nos deu um caminho para que possamos um dia integrar o quadro de funcionários da casa (!)

O que mais gostei da vista foi que pudemos fotografar a vontade – quando perguntamos se podia fotografar, os monitores disseram: “Fiquem à vontade, não temos nada a esconder, ainda mais sabendo que vocês podem vir a trabalhar aqui!” Achei digno. A única parte triste da visita foi que não pude ver o Marcelo Rezende (meu sonho ter o autógrafo dele no meu exemplar de “Corta Pra Mim”.

Isso é tudo, vejam as fotos e deem sua sincera opinião!

PS: Me desculpem se alguma das fotos ficou ruim, é que não sou uma expert em fotografia, além de ter usado um Android para tirar as fotos.
















Olá!

Hoje eu vim falar de uma experiência m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a! Eu visitei o jornal “Folha de S. Paulo” na última quinta, 24 de abril!




Como vocês já perceberam, a Raíssa manifestou seu ponto de vista no post do último dia 25, agora, é a minha vez de contar-lhes minhas impressões acerca dessa visita!
Durante a visita, fomos guiados pela Ellen, que não é jornalista – trabalha no administrativo – mas conhece muito bem a redação e por isso, nos deu ótimas dicas.
A vista começa já no hall: eles expuseram 19 pôsteres sobre a copa do mundo – um pra cada edição – como mostra a foto abaixo:


Quando passamos a catraca, subimos direto para outra exposição: são tábuas que formam um jornal, conforme você vai virando, uma espécie de jornal rígido. Cada lado da tábua mostra uma primeira página do jornal, organizados cronologicamente, claro, e comemorando também os noventa anos da publicação.

Curiosidade: sabe aquelas três estrelas que aparecem no logo da Folha? Pois bem, a Ellen nos contou que cada estrela representa os três jornais – lembrando que a Folha de São Paulo é a união da Folha da Manhã, da Folha da Tarde e da Folha da Noite, ou seja, uma publicação complementava a outra.

PS: era pra eu ter tirado mais fotos das placas, mas me fixei nesta e me lembrei do meu avô. Quando ele passou 10 meses na minha casa, ele vivia falando desse “Movimento Revoltoso”, mas ninguém nunca acreditou, por causa do Alzheimer, ele dizia coisas sem nexo. Quem diria, a Folha esfregou essa verdade na minha cara. Aí fiquei momentaneamente chateada.

Em seguida, demos uma volta por toda a redação – não foi permitido tirar fotos – e o que constatei é que o ambiente é bem organizado – estava até tranquilo, rs – cada profissional comportado em sua mesa, na internet, nos softwares de design e na TV – alguns viam a novela da Globo e outros viam s jogos da UEFA Europe League – admito, parei por uns segundos pra ver o jogo da Juventus (#mejulguem).

Para terminar a entrevista com chave de ouro, fomos direcionados para o auditório  – super lindo, mas, como nem tudo são flores, as cadeiras se balançavam. Resultado: todos – sem exceção – começaram a se balançar como crianças felizes, foi engraçado, mas as cadeiras rangiam insuportavelmente.

Já no auditório, tivemos uma conversa franca com a jornalista (muito simpática) Sabine Righetti, do blog Abecedário (ela também está no Twitter e no Instagram). Ela contou várias situações de sua carreira – como no plantão do domingo de páscoa, em que ficou no plantão comendo Cheetos enquanto a família jantava bacalhau, rs. Ela contou sobre os programas de treinamento (!) e estágio (!!!!!), nos deu dicas e nos elogiou – aliás, modéstia a parte, a turma de jornalismo da qual faço parte sempre foi elogiada durante as visitas técnicas, um luxo para poucos, rs.

No fim, pude ver como os jornais são impressos —  na verdade, o que vi era uma máquina de médio porte imprimindo jornais de circulação interna; o jornal que você lê é impresso na cidade de Barueri/SP.


 Bem, esse é um breve relato da tarde que passei na Folha de São Paulo. Até valeu a pena ficar três horas andando de ônibus (ida e volta) rs.

Espero que tenham gostado e/ou despertado a vontade de vocês para o Maravilhoso Mundo do Jornalismo!

Até a próxima segunda!