Olá!

Julho chegou e... estou de férias! Tá, estou de férias há cerca de 15 dias, mas não tenho culpa se julho só quis chegar hoje, rs. E as férias só são da faculdade, férias de trabalho estão longe, a perder de vista...


Coloquei essa foto porque é em Montréal, no Canadá. Espero um dia poder conhecer essa linda cidade! Foto by Pinterest.

Sim, esse semestre foi corrido pra mim. Não foi do jeito que eu queria, mas foi satisfatório. Tirei boas notas (a menor foi um 8), porém, sei que não foi suficiente. Sei que posso fazer mais, sinto que há um bloqueio em mim, algo que me diz que fracassarei, algo que me diz que dará errado, que não me deixa tentar. E o medo predomina. Quem me conhece sabe que reclamo demais, pareço uma velha. Pareço mesmo, sei disso. Mas eu reclamo sobre coisas pequenas, como deixar a esquerda livre na escada rolante do metrô - é mesquinho, mas me irrito ao ver o povo usando a escada rolante como escada normal. Fico na esquerda mesmo, mas sempre tem um que me pede licença, aí eu tenho que ceder, fazer o quê. Sempre uso a normal, rolante só quando não dá mesmo. Mas não é disso que vim falar e sim, do que rolou nesses primeiros seis meses de 2015. Comecei o ano com uma bomba: ninguém esperava, mas troquei de emprego. Seis por meia dúzia, porque ainda não encontrei estágio na área em que estudo. O emprego em si é legal. Tem a ver com filmes e a Netflix e acredito que esse emprego tenha contribuído com essa fase, juntando isso com o fato de que ainda não estou exercendo a profissão de jornalista.

Fiz muitos trabalhos práticos - reivindicação antiga da classe - como programas de rádio, de TV, uma revista... Enfim, produzi muito conteúdo. Alguns dos trabalhos, como o programa de rádio "Cultura Universitária", estão na internet. Eu separei o link, que está disponível na aba "Portfólio" aqui mesmo no Resenha. Pois bem, escrevi muito e não escrevi nada.

Ali em cima eu disse que reclamava de coisas pequenas, pois é, queria não reclamar tanto, mas essa foi a forma que encontrei para explicitar o que sinto. Como mais planos que fiz foram por água abaixo (devo ter virado especialista nisso, não é possível!) e como eu gostaria que fosse diferente. Às vezes, me sinto perdida. Por incrível que pareça, comecei a duvidar de que tinha feito a escolha certa. Em casa, meus pais não queriam que eu escolhesse o jornalismo. Minha mãe ficou neutra, não queria mas respeitou minha escolha. Meu pai foi veementemente contra. Ainda é, de vez em quando joga na minha cara que ele estava certo e que eu não devia isso, não devia aquilo e etc... 

Sim, quando eu entrei pra faculdade, eu pensei em trabalhar com TV como correspondente internacional (que petulância, não?) e em mídia impressa. Eu queria escrever. Hoje, a cabeça é outra, ainda quero trabalhar escrevendo e um dia ser correspondente internacional, mas abri meus horizontes. Antes, queria falar sobre o que viesse, hoje penso em escrever sobre cultura (livros!), esportes, apesar da doença crônica chamada machismo, trabalhar em mídias sociais... TV, no momento, está fora de cogitação, não tenho porte para tal. Mas, até esse semestre, jamais tinha parado pra pensar se eu havia feito a escolha certa. E se tudo der errado?

Pois é, pela primeira vez desde que pisei na faculdade, senti o medo real de tudo dar errado. Ainda sinto, apesar de ter sido um semestre incrível em quesito notas (a menor foi 8!). Sinto que, se eu tiver que fazer uma escolha, a chance de ela dar errado é de 99 em 100. Parece que, desde que saí da escola, o destino optou por me ferrar. As pessoas tiram um ano sabático por vários motivos. Eu tirei por força maior. É triste você fazer uma série de planos e TODOS darem errado. Todos mesmo. Desde então, foram poucos momentos de satisfação, verdadeiros lapsos, dá pra contar usando apenas uma mão.

Esse 2015 eu queria fazer diferente, e fiz, mas pra pior. Estou reclamando? Evidente que sim! Eu vejo tanta gente se dando bem sem merecer que me pergunto: o que fiz de mal pra ser tão azarada? Porque eu devo ter feito algo ruim, não é possível! Eu sei que tem gente que tem problemas piores que os meus, mas de acordo com a vida que tive e o meio em que vivo, não está fácil. Sem falar que eu penso que é egoísmo e falta de respeito ficar fazendo competição pra saber quem tem o pior problema.

Como o que passou já foi e eu não sei o que o futuro me reserva, finalizo esse post com uma das minhas poucas alegrias, a revista Querido Leitor, que eu fiz com a Ani, com matérias nossas, para a disciplina de Planejamento e Produção de Revista.

Escrevi tudo o que estava engasgado mas ao mesmo tempo não escrevi nada. Portanto, me julguem à vontade usando o espaço destinado aos comentários e que venha o sexto semestre!

PS: apesar de alguns lapsos, eu nem penso em desistir do Jornalismo!!!