Olá!

A resenha de hoje é muito especial. A Ani, do Entre Chocolates e Músicas, é quem vai falar sobre o livro de hoje. Eu solicitei junto à Arqueiro, parceira do blog, o Pecados no Inverno, o terceiro da série As Quatro Estações do Ano, de Lisa Kleypas. Espero que gostem! Fotos: Ani Lima.

Terceiro livro da série As Quatro Estações do Amor, da autora Lisa Kleypas, Pecados no Inverso foca na história da jovem Evangeline Jenner.

Antes de focarmos no enredo, é necessário lembrar que essa é uma série que foca na história de quatro amigas solteironas que estão “em busca” de um marido. Eu digo em busca por que na realidade, elas não querem se casar, mas cada uma tem um problema famíliar que faz com que o casamento seja uma salvação. 

Em Segredos de Uma Noite de Verão, primeiro livro da série, conhecemos a história de Annabelle, em Era Uma Vez no Outono a de Lilian e nesse, Evie mostra para os leitores que é muito mais determinada que parece. Infelizmente, é necessário ler os livros anteriores para não pegar spoiler, porém, se você quiser conhecer esse livro primeiro, tudo é bem explicado e não te deixará perdida.

Evangeline é a mais tímida do quarteto e tem de longe o maior problema familiar. Sua mãe morreu durante o parto e seu pai é dono de uma casa de jogos, por isso, ela foi obrigada a conviver com a família materna. Isso seria bom, se ela não fosse constantemente maltratada e agredida por não arrumar um bom marido.

A jovem descobriu que seu pai está acamando e com poucos dias de vida e está impedida de visitá-lo, por isso, ela resolve cometer uma loucura. Ela vai atrás do devasso Lorde St. Vincent, propor casamento ao libertino em troca de sua liberdade. 

Eu me tornei uma grande fã de romance de época e essa série da Lisa me ganhou no primeiro livro. Narrado em terceira pessoa, é possível imaginar a autora te contando a história enquanto você toma um café ao lado dela. 

Diferente dos outros livros, esse não possui um enredo tão agitado, ele acalanta nosso coração e é extremamente divertido. Porém, eu senti um pouco de falta da família má da menina Evie. Eles aparecem tentando tomar aquilo lhe pertence e logo somem, não voltam, não buscam vingança. Embora tenha um personagem focado nisso, achei enquanto eu lia, fiquei imaginando a família surgindo e fazendo um inferno na vida da personagem (desculpe mundo, eu amo um drama). 

Lisa escreve maravilhosamente bem, tanto que depois de 3 meses, eu consegui ler um livro em dois dias! É fluida e envolvente. Sobre a parte gráfica, a obra segue um padrão dos demais livros, o que é muito bom... E eu localizei dois erros gramaticais, no mais, achei o livro incrível.

Agradeço a Kamila por solicitar esse livro para mim, é um prazer escrever novamente para o Resenha e Outras Coisas e aconselho a leitura para os fãs de romance de época.


Olá!

Pela primeira vez no blog, uma resenha de livro com personagens LGBT. Apenas um Garoto é o primeiro livro de Bill Konigsberg publicado no Brasil. Eu recebi em parceria com a Arqueiro e simplesmente adorei. Vem conferir a resenha.

Apenas um Garoto começa com Rafe chegando à escola nova, longe de sua casa. Mas não é uma escola qualquer e sim um colégio interno para meninos. Até aí tudo bem, se ele fosse hétero. Pois é, nosso personagem é gay e decidiu frequentar essa escola para fugir dos rótulos. Ele estava cansado de ser "Rafe, o gay", queria ser apenas "Rafe".

Na escola nova, ele conhece Albie e Toby, que viriam a ser seus colegas de quarto. Ele sente lago novo quando um outro garoto o chama para jogar futebol americano. Tudo bem que o chamaram por ele ser parecido com um ex-aluno, mas ainda assim, para Rafe foi novo, não ser rotulado naquele primeiro dia foi bom.

Rafe, na verdade é Seamus Rafael (se lê xeimus), e tem pais muito doidos. Quando ele se assumiu gay, a família fez uma festa. Literalmente. O pai adorava filmar tudo o que ele fazia e a mãe vivia dando opinião (isso me irritou, mas mãe é mãe). Sua melhor amiga ficou em Boulder, cidade onde morava. Claire Olivia é uma garota legal, cheia de vida e sempre apoia Rafe em suas decisões.

Como ele passou a andar com os atletas, ficou cada vez mais difícil guardar o fato de que era gay. Ele era bom em futebol, por isso foi aceito. Mas, um determinado garoto chamou sua atenção. Ben. Na escola, somente o Sr. Scarborough, professor de literatura, sabia de seu segredo - e só sabia porque a mãe contou. O professor instigou Rafe a se abrir através de seus textos. Rafe escrevia muito bem, mas ainda se escondia nas palavras.

Enquanto ele escrevia, seus sentimentos por Ben cresciam. E ele não podia fazer nada, porque Ben era hétero. E ele, aparentemente, também. Mas, um bromance (romance entre brothers, brother no sentido de amigo) vai surgir e cada vez mais Rafe terá que pensar em suas decisões.
Pausa pra suspirar por esse marcador maravilhoso!
Bom, primeira vez que leio um romance LGBT e, ufa, que trama! A menos que você seja entusiasta da família tradicional brasileira, você vai amar essa história. A Arqueiro, que me cedeu um exemplar em parceria, acertou muito em trazer para o público brasileiro um gênero que vem crescendo, mas por diversos motivos, ainda não é consumido em sua plenitude.

Eu não sou gay, mas tentei me colocar no lugar de Rafe. Viver sob rótulos (não que eu não os tenha, mas digamos que no caso dele é bem mais difícil) é algo sufocante, ainda mais se você não é aquilo que dizem. Ele não sofria preconceitos na escola local, mas de tanto ser conhecido como "Rafe o gay", acabou se cansando e mudando de escola - e de estado. Principalmente porque a mãe dele era presidente da PPAGL (Pais, Parentes e Amigos de Gays e Lésbicas) de Boulder e não entendia porque ele queria mudar, sendo que estava bem adaptado e nem sofria homofobia na escola.

Infelizmente, segundo o site do autor, não há um segundo volume previsto para esta história, mas vai que ele está preparando algo, rs. Aliás, a capa da Arqueiro é tão linda, não só a capa, mas todo o kit que recebi. Como sempre, trabalho de revisão e edição impecáveis. O livro é em primeira pessoa, mesclado com textos escritos por Rafe e corrigidos pelo senhor Scarborough.
Agora quero ler tudo que Bill escreveu e vier a escrever. Sua escrita gostosa com toques de humor fez eu devorar o livro em dois dias. Por fim, esse é o tipo de livro que eu penduraria no pescoço e imploraria para todo mundo ler, porque é lindo! Inclusive, shippo o autor com seu marido, Chuck.

A propósito, eu li esse livro e continuo gostando de homem. Então se você é daqueles que tem preconceito quando vê beijo gay (na TV ou não), apenas pare. Homossexualismo não se transmite por osmose. Ela é e pronto. Você não "vira" gay porque leu um livro ou viu um beijo. Toda forma de amar é válida!



Olá!

Depois de mais uma semana longe do blog, que é meu único lugar que ao mesmo tempo é público (por estar na internet) e particular (pois só eu tenho acesso), por causa do TCC, estou de volta com uma resenha de um livro que começou morno, me deixando nervosa e ao mesmo tempo querendo ir até Londres bater na autora e terminando de um jeito que eu não esperava. A História de Nós Dois, de Dani Atkins, é um carrossel de emoções. E é dele que falarei hoje.

A História de Nós Dois começa com a despedida de solteira de Emma Marshall. Ela tem 27 anos e voltou de Londres para ajudar o pai a cuidar da mãe. Ela vai se casar com Richard, que conhece há mais de 25 anos, daqui a três dias. Voltando da despedida de solteira junto com suas amigas Caroline e Amy pela estrada, o carro capota, em um grave acidente.

Elas são salvas por Jack Monroe, um escritor americano que está de passagem pela Inglaterra - e viu quando o carro capotou. Como Amy morre horas mais tarde, o casamento de Emma é adiado. Emma e Caroline ficam em estado de choque, principalmente Emma, que passa a ter a "Síndrome do Sobrevivente" (que existe mesmo; é quando a pessoa, após um acontecimento traumático, passa a se sentir culpada pelo que aconteceu).

Mas, o que seria só um adiamento para a ser visto como algo definitivo. Isso porque, como Jack é uma pessoa muito atenciosa, está sempre perto de Emma, ajudando-o no que é necessário, ao contrário de Richard, que também é atencioso, mas está muito distante. E isso levanta uma suspeita, que logo será confirmada. E é nesse triângulo amoroso que está Emma. Será que ela se casa com Richard ou dá uma chance para Jack?

Que livro! Ele começa modorrento, tanto que me fez abandonar a leitura por alguns dias (a biografia do ABBA passou a ser bem mais interessante...). Quando retomei a leitura, continuou modorrento, mas quando levantei uma suspeita, aí começou a ficar bom. Tive que ficar até de madrugada lendo, porque eu precisava saber o que Emma faria.

Emma, nossa protagonista, é uma boa alma, sempre disposta a ajudar as pessoas, largou seu emprego em Londres para voltar para sua cidade natal para ajudar o pai a cuidar da mãe, que tem Alzheimer (tenho uma tendência a criar afeição por personagens literários com Alzheimer). Ela gosta de Richard, mas depois do que aconteceu, ela ficou muito balançada. Só posso dizer que é algo muito grave. Mas, por incrível que pareça, todos ficaram contra Emma quando ela tomou a decisão, principalmente Caroline, a amiga ridícula, que dava uns conselhos que, só Jesus na causa dela, porque, olha, que ódio dessa fulana, vontade de socá-la!

Richard é o, até o momento, noivo que está aguardando remarcar a data do casamento. Como já dito, ele cometeu um erro muito grave. Ele se arrependeu e tals, mas, ficou pressionando Emma para remarcar a data, usando inclusive os pais dela, Bill e Frances, que o adoravam. Golpe baixíssimo. Outro que eu gostaria de socar.
Jack (pausa pra suspirar), o americano que salvou Emma e as amigas do acidente, está na Inglaterra para colher informações sobre seu novo livro. Ele escreve thrillers e é muito aclamado por isso. É visível seu interesse em Emma, mas ele voltará para Nova York em três semanas, além de não querer se relacionar com ninguém após seu casamento ter fracassado. Tem seus segredos, mas sua bondade e seus sentimentos por Emma o tornam um doce de pessoa - diferente do idiota do Richard.

Como eu disse, começou modorrento, mas depois, a Dani nos prende na história de um jeito que você não vai largar a história. Quando eu descobri o babado forte que aconteceu, fiquei torcendo para um determinado final. A história começou a pender para o lado errado, aí quis entrar no livro e socar todo mundo e depois ir para Londres socar a Dani, mas desisti porque, além de ser uma senhora, ela deu um final que eu não esperava, tanto que eu fiquei "ah não, por que fez isso?". Dani tem dessas.

Recebi esse exemplar em parceria com a Arqueiro. Sobre capa, edição e revisão, tudo seguindo o padrão Arqueiro de qualidade. A capa é igual a da edição americana, que lembra muito a capa de Uma Curva no Tempo (resenha aqui), será que a editora terá um "padrão Dani Atkins de capas"? Não encontrei erros de português, mas a capa de Uma Curva no Tempo ainda é mais bonita do que essa.

Recomendo sim a leitura de A História de Nós Dois, ainda mais porque quando o livro chega na metade, a trama melhora e muito! E ainda é possível imaginar o final. Aliás, depois que terminei a leitura, porque o fim acabou com meu pobre coração! Não chorei, mas, como eu disse, fiquei querendo saber porque Dani Atkins acaba com a gente com esses finais!


Olá!

Dia de resenha de parceiro aqui no blog! E o resenhado de hoje é o livro de estreia da australiana Kelly Rimmer. Eu Sem Você tinha tudo para ser mais um clichê, mas a forma como a autora construiu os personagens e a trama fez com que se tornasse um dos meus favoritos. Não do ano, mas da vida.
O livro começa com Callum Roberts se apaixonando a segunda vista, porque a primeira vista dele foi direto nos pés da moça que estava descalça no meio da balsa que levaria as pessoas até Manly Wharf, que pelo que entendi, é uma região costeira da Austrália. A moça era Lilah Owens e estava descalça - e de roupa social - pura e simplesmente porque seus sapatos a estavam matando.

O que seria uma discussão divertida ficou sério. Cal levou Lilah para jantar e depois para seu apartamento. Sim, rolou sexo no primeiro encontro. E não há nada de errado nisso. Os dias foram passando e Cal já estava apaixonado por Lilah, Mas, se Cal se achava workaholic, Lilah era pior, não ficava um minuto sequer parada.

Lilah Owens na verdade era Saoirse Delilah MacDonald. Lilah é apelido e ela se apresentou com o sobrenome Owens - de solteira da mãe - porque não queria se envolver com Callum. Ela é uma advogada ambientalista, que luta por várias causas, é vegetariana e leva uma vida tranquila, apesar do trabalho no escritório. Além do trabalho, ela adora andar na praia e fazer passeios mais voltados pra natureza. A propósito, o nome Saoirse é gaélico - o pai dela é irlandês - e eu não tenho a mínima ideia de como se pronuncia.

Callum Roberts trabalhava numa agência de publicidade de Sydney e é o que podemos chamar de completo tapado: não era capaz de tomar uma mísera decisão. Só tinha um amigo, Karl, que era seu colega de trabalho. E só vivia para o trabalho e achava que se divertia, quando na verdade, vivia muito solitário.

Como eu já disse, os dias foram passando e as vidas do casal mudaram drasticamente: apesar de terem se conhecido há tão pouco tempo, Cal e Lilah já eram um casal, só que ela não quis oficializar isso. Ela tinha um segredo e, em vez de dividir com ele, simplesmente o guardou para si, optando por (tentar) dar um ponto final na relação.
Fiquei de ressaca literária ao terminar essa história. Recebi esse lançamento em parceria com a Arqueiro e optei por ele porque, segundo o Goodreads, "fãs de Nicholas Sparks, David Nicholls e Jojo Moyes iriam amar o livro". Então, segui o conselho do portal - que está na capa do livro - e o pedi, mas sem muita expectativa. Estou no chão, porque a história é de uma delicadeza que te faz pensar o que você está fazendo com sua vida. A escrita da Kelly chegou mais perto da Jojo Moyes.

O livro tem 26 capítulos mais epílogo. Os capítulos são intercalados sob os pontos de vista de Cal e Lilah, mas só os capítulos dela têm data - e isso tem um motivo importante. No fim, a autora deixa uma carta aos leitores - mas que não posso replicar aqui porque tem spoiler. No início, achei a Lilah meio fresca, mimizenta, ao passo que Cal mais parecia uma moça sofrendo por amor - não, não sou capaz de enxergar um homem sofrendo por amor, sinto muito, Brasil.

Mas, a conta-gotas, Lilah vai se revelando. E eu fui mudando meu conceito sobre ela. E também mudei meu conceito sobre Cal, que se mostrou muito mais forte do que aparentava, enquanto ela ia se mostrando mais viva. Eu fiquei desconfiada com o segredo de Lilah, mas pensava "não, não pode ser", mas quando minha desconfiança se mostrou verdadeira, eu queria que o final fosse diferente. Quando acabou, claro que chorei - devo estar doente, ando chorando muito por causa de finais de livros, há algo errado... - e fiquei pensando o que raios estou fazendo da minha vida. Sim, como já disse, o livro te faz pensar.

Um ponto que gostei no livro é que se passa na Austrália. Diariamente, lemos uma enxurrada de livros cujas histórias se passam nos EUA ou em cidades europeias muito famosas, como Londres, Paris ou Dublin. Mas, ao escrever essa resenha, não me veio à mente nenhum outro livro que li que se passava na Austrália. Uma ótima forma de sair da zona de conforto geográfica - e aproveitar e fazer uma bela viagem por Sydney - que, pasmem, NÃO é a capital da Austrália. É Canberra.

A editora me mandou junto com o livro um belo kit, que incluía uma toalha estampada com a capa do livro. De início não entendi, mas ao ler, a toalha até que tinha a ver com a trama. E claro que a mesma está guardada, nunca que vou usar uma toalha tão bonita, rs. A capa condiz com a trama e é muito mais bonita que a capa original. Mas isso tem uma explicação.
Nos EUA, Europa e Austrália, os livros são publicados com capas simples e papel delicado - quem já foi na Livraria Cultura da av. Paulista, já viu a seção de livros em inglês, então tem ideia do que falo. E quase todas as edições são de bolso. Isso porque por lá, os leitores não são como nós, não têm o costume de montar estantes. Eles são cruéis ao ponto de rasgar as páginas que já leram (provavelmente não conhecem marcador). Um dos meus professores da faculdade passou uma temporada na Austrália e me disse que lá é comum as pessoas abandonarem os livros nos bancos após lê-los, o que explica porque as impressões são tão baratas.

Como é de praxe, a Arqueiro fez um ótimo trabalho de revisão/edição, não encontrei erros. A editora arriscou em trazer o primeiro livro da Kelly para nós. E foi uma boa aposta, ela tem tudo pra se consolidar na literatura mundial, caso mantenha sua forma de escrever, sem falar que ela é uma linda nas redes sociais e engraçada nos agradecimentos. 

Por favor, termine de ler essa resenha, deixe seu comentário e corra pra ler esse livro tão maravilhoso! E que mais obras da Kelly venham para o Brasil!!!!!!!


Olá!

Mais um Vida Literária aqui no blog! A escolha de Junho foi da Raíssa. Lembrando sempre que o projeto consiste em que eu, a Raíssa (O Outro Lado da Raposa) e a Ana (EC&M) leiamos um mesmo livro, o comentemos e tragamos a resenha. Esse mês, devido ao TCC, o debate não rolou como gostaríamos e o post atrasou. Porém, antes tarde do que nunca. Desfrutem de Mar da Tranquilidade, de Katja Millay.


Mar da Tranquilidade começa com a jovem Nastya Kashnikov chegando em sua nova escola. Ela perdeu a coisa que mais amava na vida. Perdeu não, lhe foi tirado. Ela vai morar com sua tia Margot, longe de seus pais, que moram em Brighton, Inglaterra. O fatídico dia de Nastya foi há dois anos e meio, mas, desde então, ela mudou completamente. Não fala e gosta de estar isolada.

Josh Bennett também é aluno dessa escola. Ele também não é de falar, gosta mesmo é de ficar na oficina de carpintaria. Josh também têm suas tragédias: só tem o avô no mundo. Sua mãe e irmã foram mortas quando ele tinha oito anos. Seu pai morreu do coração alguns anos depois. Desde então, só tem o avô e a carpintaria. Como seu nome é sinônimo de morte, e vive isolado do resto da escola.

Josh e Nastya vão se cruzar pela primeira vez na aula de carpintaria. Eles são bem diferentes: ele anda como um jovem de sua idade, ao passo que ela mais parece uma prostituta, com roupas curtíssimas e muita maquiagem, além de um salto muito alto. Mas, ainda assim, uma relação vai começar. Graças às corridas dela e as construções de madeira dele, um lindo sentimento vai nascer.

Porém, Nastya ainda tem na mente tudo o que lhe aconteceu aquele dia. Por isso, vive em algo que eu chamaria de "autodestruição", pois quer ficar longe de tudo e todos e não cogita sequer uma amizade. Além disso, ela precisa lidar com alguns colegas de classe, como Drew, amigo de Josh e o "pegador", Kevin, o idiota e Ethan, que a assedia, além de Sarah e Tierney, as patricinhas. Será que Nastya superará seu trauma, seja ela qual for? E Josh, será que vai se abrir para Nastya?

Quando a Raíssa escolheu esse livro para o Vida Literária desse mês, eu não tinha nenhuma expectativa nesse livro. Cheguei a ler algumas resenhas há algum tempo, mas não me lembrava da sinopse. Sem querer ofender, mas foi uma leitura dispensável. Não me senti atraída à história tampouco aos personagens.

Nastya sofreu um puta trauma quando tinha apenas 15 anos. Perdeu boa parte da juventude. Até aí, realmente algo muito triste. Mas ela não faz por onde superar o ocorrido, pelo contrário, fica remoendo por dentro, se autodestruindo, piorando sua situação. Não consegui criar empatia por ela. Em dado momento, nem me interessava mais saber se ela ia ficar com Josh, só queria mesmo saber o que fizeram com ela.
Já Josh faz parte daquela raça que odeio com toda a força do meu ser: gente sonsa. Ele também tem sua história - que não é segredo pra ninguém - e é triste. Mas ele se faz de coitado, mesmo ele tocando a vida. Fiquei mais preocupada com o avô dele que estava doente do que eu deveria ficar caso ele descobrisse o que aconteceu com Nastya. Um completo chato, mas que pelo menos sabe fazer umas mesas legais.

Dá pra ver que Josh e Nastya, cada um a seu modo, são antissociais. Mas eles são muitos chatos! Ficam de frescura, principalmente ela, que quer se manter longe de todos - e até consegue, tendo em vista que ela não fala, mas, ao passo que ela se faz de forte, ela quer mostrar justamente o contrário: que ela está desesperada. Josh também não está tão bem: paga de independente, mas se pudesse, se misturaria com todos, mas prefere ficar em sua garagem mexendo com madeira.

Dois jovens de apenas 17 anos (mesmo Josh já sendo emancipado), com histórias cruéis, mas que não convencem. Mesmo logo no prólogo a Nastya já solta a primeira bomba - o que realmente aconteceu ela só revela nos acréscimos - a história em si até tentou sair do clichê, mas no fim acabou saindo uma história maçante, cujo único objetivo real (pra mim) foi desvendar o que aconteceu com Nastya. 

Como eu li a edição digital, não tenho muito o que comentar sobre edição e revisão. Só me declino pra dizer que a capa é bem bonita, ela tem muito a ver com a história, muito mesmo. Precisei ler pra entender, porque, assim de cara, a ilusão de ótica não revela. Segundo os agradecimentos, esse é o primeiro romance da Katja. Por ser um livro de estreia, é muito bem escrito, mas, pra mim, não funcionou. Esse casal não me arrancou suspiros.

Claro que essa é minha opinião, mas ainda assim recomendo pra você que quer fugir do mais do mesmo. A premissa é diferente, então vale a pena sim conhecer a obra da Katja, afinal, é sempre bom conhecermos novas escritas - sem falar que nossos pontos de vista serão bem diferentes...

A autora soube colocar em perspectiva a vida de dois jovens que sofreram além de suas cotas e encontraram jeitos diferentes de lidar com a dor. Mas que, ao longo da narrativa encontram um no outro refúgio e esperança. O livro, de modo geral, me lembrou bastante algo que a Colleen Hoover escreveria, quando lemos a sinopse não imaginamos a carga emocional que contém na estória e o quanto ela irá mexer conosco. Quem gosta de um bom romance com drama intenso vai gostar muito de Mar da Tranquilidade. É uma estória que representa que o mal existe no mundo, mas também há esperança e beleza, basta nos darmos a chance de enxergar. Raíssa, O Outro Lado da Raposa

Mar de Tranquilidade foi uma leitura diferente para mim. Não esperava esse tipo de enredo e não estava no clima certo para a história, o que infelizmente influiu a minha leitura. Porém, é nítido que a autora escreve muito bem e soube tratar sem muito mimimi sobre temas densos e principalmente sem cansar o leitor. Foi uma leitura agradável. Ana, Entre Chocolates e Músicas

A próxima escolha é minha e eu escolhi O Segredo dos Seus Olhos, do Eduardo Sacheri, por motivos de: hora de tirar as meninas da zona de conforto. Sim, eu vi o filme com o Ricardo (lindo) Darín - inclusive falei dele aqui no blog (resenha aqui) - e se eu amei o filme, creio que o livro seja ainda melhor, porque penso assim...

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Olá!

SÓ SE VIVE UMA VEZ. MAS, SE VOCÊ FIZER AS ESCOLHAS CERTAS, UMA VEZ BASTA.

O resenhado de hoje é um romance que me abalou as estruturas desde o início. Eu recebi em parceria com a Arqueiro. Eu li a sinopse e acabei pedindo porque achei a premissa bonita, mesmo meu cérebro não a registrando corretamente, mas tudo bem. Vem se emocionar com Volta Para Mim, da Mila Gray.
Volta para Mim começa com nossa protagonista Jessa Kingsley vendo pela janela de sua casa que uma determinada visita chegou. Porém, a visita em questão trazia uma trágica notícia. O irmão (Riley) e o namorado (Kit) de Jessa serviam à Marinha dos EUA. Jessa sabia que, quando essa visita chegava na casa das pessoas, é porque alguém havia morrido. Quem seria: Riley ou Kit?

Pois é, a história começa bem assim. Porém, a autora volta três meses no tempo e nos apresenta Kit Ryan voltando para a Califórnia, depois de nove meses no Sudão. Ele reencontra Jessa na casa dos Kingsley, em virtude da comemoração do retorno de Riley do país africano, mas ele não é bem vindo: o pai de Jessa o odeia. A atração entre Jessa e Kit é palpável e de longa data. Kit e Riley se conhecem desde criança e são os melhores amigos desde então. O tempo passou e eles cresceram. Jessa, que era um patinho feio, ficou muito bonita, atraindo Kit, ao passo que ela sempre foi apaixonada por ele.

Contrariando todas as expectativas - e o pai de Jessa - o casal acaba ficando junto. Kit incentiva Jessa a ir atrás de seus sonhos. Ela os tinha, claro, mas o pai, desde que voltou do Iraque (era da Marinha também), por ter estresse pós-traumático, transformou-se em outra pessoa. Mais agressiva, por qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, surtava e gritava com a família. Sendo assim, o coronel Kingsley a proibiu de estudar Artes Cênicas para fazer outro curso em outra faculdade.

Kit trouxe uma nova chama para a vida de Jessa: a esperança. Eles não podiam sonhar - Kit e Riley voltariam à Marinha em quatro semanas - mas podiam viver cada minuto. Eles curtiram cada minuto que puderam, mesmo sabendo que, quando Kit voltasse, passaria um ano longe dela. Riley também tinha sua história: namorava Jo há três anos, e sempre sofria quando estava longe dela. Apesar de termos dois casais, nós acompanharemos a história de Kit e Jessa, em que viverão algumas situações em que o amor falou mais alto que a realidade.

Estou procurando palavras para descrever essa história. O livro já começa nos indicando que um dos rapazes morreu. Parece até que foi o Nicholas Sparks que escreveu. Mas, não, Mila Gray nos brinda com uma história que mostra como duas pessoas podem se entregar ao amor verdadeiro apesar de tudo parecer soar contra. O livro é narrado em primeira pessoa, cada capítulo intercalando os pontos de vista de Jessa e Kit. Assim, podemos saber o que se passa em suas mentes e seus corações.

Eu recebi esse livro em parceria com a Arqueiro e novamente, a editora acerta em trazer um YA envolvente. Por ser YA, óbvio que terá cenas mais quentes, mas elas são tão bem escritas que não chegam a incomodar, pelo contrário, parece até que estamos vendo uma cena de telenovela. A única coisa ruim que vi nesse quesito é que, como Jessa era virgem (tinha só 18 anos, alías), a autora se preocupou demais com a virgindade dela. Qual homem na face da terra vai ter a paciência que Kit teve? E quando essa parte finalmente aconteceu, foi bem escrita, mas muito descritiva. Eu realmente não precisava saber disso.

Além disso, temos outro problema: porque o coronel Kingsley odeia Kit? O pai de Kit, Ben Ryan, também era militar, mas desde a morte de sua esposa e de superar o vício em álcool, ele se tornou um homem religioso. Nem isso diminuiu o ódio de Kingsley pelos Ryan. Eram amigos, mas uma situação que aconteceu no passado mudou a relação dos patriarcas. Detalhe: na página 108 eu já tinha sacado o que aconteceu, mas fui até o fim pra ter certeza. Me senti Sherlock Holmes HAHAHA

Se recomendo essa leitura? Claro que sim! Apesar de ter torcido para que um deles tivesse morrido, fiquei muito emocionada com o desfecho - e a partir de um certo momento, parei de torcer, porque não queria que um deles morresse. Quando o leitor pensa que está tudo bem, a história toma uma reviravolta incrível. Meus olhos suaram quando finalmente o nome do morto é revelado. Mesmo assim, o livro possui uma mensagem maravilhosa.

Sobre as especificações: trabalho excelente (mais um) da Arqueiro, só encontrei um errinho de revisão no livro todo (!!!) e a fonte e tamanho mais as folhas amareladas contribuíram para uma leitura rápida e fluída. A capa, apesar de ter rostos, é muito bonita, porque eles estão para se beijar. Lembrando que eu não gosto de rostos em capa de livros, mas essa, tenho que aplaudir, porque está maravilhosa!

Sério, apenas leiam e se emocionem com essa história! Aliás, queria agradecer a Mila por ter me dado uma ótima ideia envolvendo minha diva Céline Dion. A cantora é citada em um quote, mas não pude reproduzir aqui por motivos de: spoiler.


Olá!

No Vida Literária - que consiste que eu, a Ani e a Raíssa (O Outro Lado da Raposa) leiamos um livro e o resenhemos no fim do mês - de hoje, a leitura foi sugestão da Ani (EC&M). Ela, que é fã da Meg Cabot, sugeriu a leitura do segundo do volume da trilogia A Rainha da Fofoca. E já vou avisando que adorei a leitura. Espero que gostem da resenha de A Rainha da Fofoca em Nova York.

No segundo volume d'A Rainha da Fofoca, Lizzie Nichols finalmente se mudou para NY. Com Luke, com quem namora há seis meses. Em um apartamento na Quinta Avenida. Glamour total, certo? Errado! Errado porque nada é o Lizzie imaginou. Para começar, ela não conseguiu seu tão sonhado emprego com Vera Wang. Agora, ela quer se especializar em reforma de vestidos de noiva e abrir seu próprio negócio, a Lizzie Nichols Designs.

Pra começar, ela resolve querer bancar parte do aluguel do apartamento (cujo pagamento não se faz necessário, porque o apartamento pertence aos pais de Luke), mas não tem emprego. Porque ela entregou vários currículos, mas nada (me identifiquei com ela). Por fim, seu grande amigo Chaz lhe oferece um emprego como recepcionista no escritório de advocacia de seu pai. Nesse meio tempo ela ainda fará um estágio não-remunerado com Monsieur Henri, um francês meio ranzinza, mas que vai se mostrar um excelente chefe (me identifiquei com ela aqui também).

Se você acha que isso é tudo que aconteceu com nossa querida e boca-grande Lizzie, pois podem esquecer, essa é só a ponta do iceberg! No escritório, ela conhecerá Tiffany, outra recepcionista que tem como segunda profissão a de modelo. Em meio a tudo isso, ela conhecerá uma mulher que dará uma senhora reviravolta na carreira da nossa mocinha. E Lizzie continua querendo se casar. E continua pensando demais, mas pelo menos começou a falar de menos, o que é notável em se tratando de Lizzie Nichols.

O que dizer dessa trilogia que considero demais? Pois é, considero demais! HAHAHA risadas à parte, Meg Cabot continua me surpreendendo. Estou gostando um pouco mais da autora, por sua forma de escrever. É como se Lizzie estivesse conversando comigo, ao mesmo tempo em que eu estou lendo a mente dela. Sem falar no guia de noivas, mas isso eu falo daqui a pouco.

Eu não conheço outros livros da Meg, mas acho que ela sabe se reinventar. Em cada série, é uma forma distinta de escrita. Provavelmente, determinados elementos que encontrei nesse livro, dificilmente estarão em outro - por exemplo, a personalidade de Lizzie, a garra que ela tem para ir fundo em seu sonho. Outra mocinha escrita pela Meg pode até ter algo parecido, mas parecido não é igual e acho que, por isso que a autora é tão amada pelo público (e idolatrada pela Ani, rs).

Uma coisa que adorei nesse livro foi o Guia para Noivas de Lizzie Nichols. Antes de cada capítulo, Lizzie (ou Meg) traz para o leitor dicas de como escolher o vestido de noiva de acordo com o seu corpo, de como proceder na cerimônia e até de como fazer um seguro-casamento (isso existe mesmo?). E todos vêm ilustrados. Sério, eu achei muito legal. Será que a própria Meg que os desenhou? Eu achei bem criativo, nunca tinha visto nada parecido - até aprendi qual o melhor vestido para mim!

Depois de ler a série A Mediadora e o livro Sorte ou Azar da autora, percebi que ela tem a incrível habilidade de se transformar em cada estória que conta. É como se a essência dela permanecesse a mesma, porém algo no estilo muda. Como se, na verdade, ela tomasse para si a personalidade das personagens e deixasse que elas realmente contem suas estórias. Raíssa Martins
Não é segredo para ninguém minha paixão pela autora, mas uma vez ela prova que é uma das melhores no gênero do Chicklit e consegue fazer com que adoremos a querida Lizzie Nichols. Leitura obrigatória aos fãs do gênero. Ani Lima

Então, como eu disse antes, acredito que Meg sabe se reinventar. Ela sabe como cativar o leitor, de modo que a história de Lizzie não seja maçante, aliás, o leitor torce para que ela finalmente encontre seu amor, que Lizzie amadureça e até pare de falar tanto. Mesmo sabendo que suas intenções são maravilhosas, nossa protagonista às vezes troca os pés pelas mãos, nos rendendo situações cômicas, mas também torcendo pela felicidade dela.
Deixar a alça do sutiã à mostra é horrível sempre.

Será que alguém processou os noivos porque bolhas de sabão estouraram no olho? :P #euri
Para quem gosta de chick-lit, a leitura é mais que recomendada! Torço tanto para que Lizzie alcance seus objetivos que já até garanti o terceiro e último volume da série. A única coisa ruim dessa série é que, às vezes, Lizzie passa a imagem de fútil, principalmente quando vai falar que está usando roupa de tal fulano que é exclusiva e blá blá blá. Eu não tenho paciência pra isso, mas a história é tão boa que até relevo esse pequeno detalhe.

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Olá!

Hoje o Resenha e Outras Coisas completa dois anos de existência! Infelizmente, não vai ter sorteio por motivos de: estou desempregada. Mas, para a data não passar em branco, (e ia passar, porque só me lembrei anteontem, sorry) além de deixar a mensagem reflexiva de praxe, resolvi abrir meu coração. E dessa vez é sério, o que vou contar ninguém (ninguém mesmo, nem mesmo minha mãe) sabe. Até hoje. Spoiler: tem textão.
Imagem do Google
Nesses dois anos de blogosfera, aprendi muita coisa, muita mesmo, partindo da premissa de que, quando aceitei o convite da Ana para blogar - lembrando que, quando o blog começou, éramos eu, a Ani, hoje no Entre Chocolates e Músicas; e a Raíssa, hoje no O Outro Lado da Raposa - eu estava na fila de um restaurante pra almoçar. Mal sabia o que ia comer, mas já sabia que teria que escrever na internet.

O tempo foi passando, quase desisti, mas, graças ao apoio das meninas (quem diria, o apoio veio de fora, já que meus pais não ligam) e do feedback recebido post após post, continuei. Não me arrependo. Conheci blogueiros e autores incríveis, fui a vários eventos literários (esse ano tem mais, mas cadê a grana?), o que significou ter possibilidades de sair de casa (de tanto minha mãe me proibir de sair, acabei me tornando uma pessoa caseira), enfim, sinto até que mudei como pessoa.

Por algum motivo, sinto que 2016 será diferente, mas diferente pra melhor. Quem me conhece sabe como reclamo, mas, não sei, acho que esse ano (mesmo com TCC, rs) pressinto que vou reclamar menos? Ou será que é ilusão?

Bom, esse ano começou bem: fui convidada para o 2016 Literário (falei dele aqui), algo inédito até então, finalmente fiz meus marcadores, logo estarei livre pra procurar meu sonhado estágio em jornalismo (e não esqueci do tema "comprar domínio do blog", mas por ora vai continuar adormecido).

Falei demais, então só me resta acreditar que, esse segundo ano de blogueira será melhor que o primeiro! A meta é me superar e, como sempre, agradecer o convite da Ana e a confiança dela e da Raíssa em mim para poder começar a trilhar meu caminho na blogosfera! Sem falar que minha escrita melhorou muito mais - não que ela fosse ruim, claro...

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Lá no início do post, eu disse que, depois de mandar a mensagem de aniversário do blog, eu abriria meu coração. Pois é, vou revelar algo que nunca disse a ninguém, por puro medo. Medo de virar chacota, ouvir piadinhas e etc. (eu sempre fui alvo de chacotas na escola, nunca me importei muito, mas como isso era importante pra mim, então guardei).

Eu estou escrevendo um livro. OK, revelar isso em um blog literário seria motivo de festa. (espero que seja, rs). Meu sonho de infância era ser professora (quase optei pelas Letras, mas desisti porque não tenho talento e paciência pra ensinar). Mas, aos 11 anos, após ver uma novela mexicana (a parte da chacota é essa, caso você queira rir, por favor, ao menos leia o post todo antes) decidi que queria escrever... telenovelas. Só depois que decidi que queria escrever livros. Mas, na minha mente de 11 anos, eu acreditava que era impossível. Então, o sonho foi adormecendo. O tempo foi passando e eu escrevia apenas redações de escola.

Como eu tirava notas altas nesses textos, me achava o ser mais talentoso da vida. (gente, eu tinha 12, 13 anos hahahaha Me achava tanto que guardei os textos. Até hoje.) O tempo passou mais um pouco, mudei de escola, troquei de carreira, sofri quando meus planos deram muito errado, entrei na faculdade... mas o sonho não tinha acabado. Quando virei blogueira, a chama reacendeu. Mas, ainda assim não me sentia pronta. Na minha mente, fervilhavam ideias para romances. Uma vez, cheguei a escrever um primeiro capítulo, mas minha mãe me flagrou escrevendo. Ela leu e não disse nada. Fiquei tão envergonhada que deletei o arquivo. 

Por incrível que pareça, o bichinho que me fez acordar pra literatura veio de onde eu menos esperava: do youtube. Quando eu vi que aquela vlogueira, a Vih Tube, tinha conseguido um contrato para escrever seu livro, fiquei indignada. Desculpa, mas não consigo entender o que esses vlogueiros têm de tão relevante pra contar, respeito quem gosta e acompanha, mas eu não consigo. Enfim, vendo que ela conseguiu, pensei: por que não? PS: não dá pra ajudar alguém que confunde Romero Britto com Picasso.

Apenas juntei algumas reflexões, alguns desejos, abri uma conta no Wattpad e voilà! Nasceu o Segunda Chance. Originalmente, não tinha esse nome, - sequer tinha nome, rs - não tinha capa, era só um protótipo. Fui rascunhando, rascunhando... decidi que postaria só quando tivesse capa e nome. Elas nasceram - beira o amadorismo, é verdade, mas estou orgulhosa porque fiz sozinha - e resolvi postar.

Vou atualizando conforme necessário e postando novos capítulos. Pode ser que muitos não gostem porque, durante a história, cito muitas vezes meus ídolos da vida, ainda mais se o leitor não curte as músicas delas. Verdade, mas se tem gente que escreve fanfic do One Direction (nada contra) porque não posso criar uma personagem chamada Céline? Sobre fanfics: por acaso é regra escrever sobre seu ídolo e, ao mesmo tempo, assassinar o português?

Então, espero que vocês gostem do livro. Aceito todo tipo de crítica - desde que construtiva - e por favor, se você tiver Wattpad, vota lá e deixe seus comentários nos capítulos. Ainda estou aprendendo a usar o site, mas vou me acostumando - pra ficar perfeito, só falta o site estar em português brasileiro! Desculpem o textão/desabafo e feliz aniversário, Resenha e Outras Coisas!



Olá!

Conheci a escrita da Nora Roberts lendo Álbum de Casamento, para o projeto Férias Literárias (resenha aqui) e agora, por motivos de: adorei, darei sequência a leitura da série Quarteto de Noivas. E a resenha de hoje é do Mar de Rosas, o segundo volume.

(preciso fazer uma marca d'água para as fotos. Alguém sabe como faz?)

Nesta trama temos Emmaline "Emma" Grant, a romântica incorrigível do grupo. Ela é dona e senhora da "Arranjos", sua parte da Votos, destinada a cuidar da decoração dos casamentos, ou seja, a florista.

Além de seu talento com as flores, Emma (vou chamar de Emma por motivos de: ninguém merece se chamar Emmaline) é talentosa em dispensar homens. Melhor, seu talento é apresentar os homens que não lhe interessam mais a pessoas conhecidas, ou seja, ela "agitava" rolos - eu fazia isso na oitava série, com a diferença de que eu não pegava ninguém, me julguem. Ela não queria amores de carnaval, queria romance de verdade, dançar a luz do luar, "rosas, versos e vinhos" - parafraseando Gusttavo Lima - e toda essa melação que os românticos gostam.

Do outro lado temos o arquiteto Jackson "Jack" Coock. Ele é amigo do Quarteto de longa data. Ele está cuidando da reforma da casa onde a fotógrafa Mac, protagonista de "Álbum de Casamento", vai morar com Carter, oficialmente seu noivo. Jack não quer compromissos sérios, nas horas livres, gosta de jogar pôquer com Del, irmão de Parker, a organizadora da Votos.

Foi numa festa que Jack percebeu que queria algo mais com Emma. Mas foi depois de um beijo que tudo desandou. Entre as quatro amigas, há a "política do ex": se uma dormiu com fulano, a outra não pode (deve) dormir com ele. E a pobre Emma jurava que Jack teve um caso com Mac na época da faculdade.

A partir daí, Emma está cada vez mais envolvida com Jack, sob o olhar reprovador de Del, que se intitulava o protetor das meninas, tudo porque ele é o advogado da Votos, e ainda cuida dos assuntos judiciais de cada uma (esses assuntos de imposto de renda, por exemplo). Emma o ama, mas tem medo de contar e perdê-lo, enquanto que Jack continua cada vez mais confuso.

Queria dizer que devorei esse livro em três dias (que seriam só dois se eu não tivesse vida). A escrita da Nora é maravilhosa, flui lindamente. Até as cenas de sexo são delicadas. Emma está entre a espada e a parede, quer contar que o ama, mas acha que, se contar vai perdê-lo. E Jack não sabe se realmente a ama ou se só quer sexo. O romantismo de Emma tem origem em sua família: grande e unida. O casal Grant é muito apaixonado e fiel; um caso clássico de patrão e empregada, com o agravante de que Lucia, a mãe de Emma, era uma imigrante mexicana.

A Arqueiro samba na edição, não encontrei nenhum erro de revisão e a fonte Times 14, acompanhada de folhas amareladas deixa a leitura confortável. A parte ruim é que os capítulos se iniciam no meio da folha, em vez de no início da página. Isso não atrapalha, mas além de ser esteticamente feio, considero que, cada vez que um capítulo se encerra, é como se uma fase se encerrasse - em filmes, é como se fosse um fade (a tela preta que separa as cenas). A capa também está bem bonita, apesar de eu não gostar de rosas, rs.

Enquanto recomendo pra vocês Mar de Rosas, os dois últimos volumes estão em meu poder e estou devorando o Bem-Casados, com o perdão do trocadilho, rs. É que Bem-Casados é o mais gostoso da série!