Olá!

Há algum (muito) tempo (fevereiro de 2016, segundo o Word), escrevi este texto lá no Entre Chocolates e Músicas, em um projeto que a Ani criou para ceder um espaço de seu blog para que outros blogueiros escrevessem textos opinativos (ou coisa que o valha). Achei esse texto perdido nos arquivos do meu computador e acho um desperdício não publicar aqui, já que minha opinião não mudou. Reativando a categoria de textos opinativos do Resenha, confira o que penso sobre como as fanfics sofrem com os erros de português. 
*Alterei um ou outro detalhe, para fins de atualização.*
"Porque a história não acabou até que a gente diga que acabou."
Acredito que muitos saibam, mas para quem desconhece, fanfic é um gênero literário que consiste em escrever uma história tendo como protagonista alguém famoso ou algum livro consagrado. Exemplo: existem fanfics sobre Justin Bieber (tentei ler uma e não passei de duas páginas) e sobre a saga Crepúsculo. E doa a quem doer, fanfic é gênero literário sim, assim como o romance, a distopia e a ficção científica.

Uma coisa que me irrita muito é erro de português – acredito que irrite a muita gente, aliás. Eles estão em todo lugar, mas tem em dúzias nas fanfics. Uma vez, me mandaram uma que tinha como tema os personagens Cirilo e Maria Joaquina, da novela Carrossel, do SBT. Até aí, nem sabia o que era fanfic. Sério, quase vomitei. A história era ruim (em suma, os dois eram adultos, tinham transado e o Cirilo ficou rememorando os momentos. E só). E tinha erros de português. Muitos erros.

No fim de 2015, tirei um texto do meu acervo de redações escolares, fiz algumas alterações e me inscrevi no projeto Brasil em Prosa, da Amazon. Ele ficou lá por um bom tempo. Só o tirei de lá em janeiro do ano seguinte, quando migrei para o Wattpad. No meu blog, fiz um post para os meus leitores anunciando que estava escrevendo um romance.

**Correção: o texto em questão é o conto Uma História de Amor e Árvores, ainda disponível no Wattpad. Já o Segunda Chance está na Amazon. Os dois links estão na sidebar.**

Porém, muito antes de divulgar meu texto, resolvei passear pelo site. Socorro. Logo de cara, postei meu conto e o site me sugeriu algumas fanfics. Mas, gente, o que tinha de texto escrito errado, só Aurélio na causa (#Pasqualechora). Tinha uma, sobre One Direction (percebi que histórias como ele são lidas como se fossem a Bíblia), que NA PRIMEIRA PÁGINA, praticamente tudo o que estava escrito tinha erros.
Então, o mimimi que escrevo está mais para apelo do que para mimimi. Gente, escrevam. Escrever é maravilhoso e libertador (pelo menos para mim). Mas, caso vocês não saibam como escreve determinada palavra ou como montar uma frase, PESQUISEM. Usem o dicionário e a internet, se informem. Para escrever esse texto, eu fui no site Nyah Fanfiction, acredito que um dos mais conhecidos do Brasil, para ver o nível de popularidade. Não abri uma conta (pediam informações demais e não tem a opção de usar o facebook para acessar), mas na página inicial, vi que o site fez um post explicando a diferença de consertar e concertar. E ainda convida o público para acessar uma página em que explicavam diversas questões do idioma.

E não é só isso. Muitos escrevem até bem, mas não tem conteúdo. Eu sei que não sou ninguém para julgar (nem quero), e mesmo sabendo que praticamente todas as fórmulas para um livro de sucesso foram usadas à exaustão, gostaria muito de ver uma fanfic que não tivesse tanto apelo sexual. Não sei se é regra, mas nunca vi uma fanfic que não tivesse apenas sexo (se vocês conhecerem alguma, me avisem). Quem me acompanha aqui, sabe que, quando estou lendo, prezo pela mensagem que a história me transmite. Seja lá qual for a mensagem, quero aprender algo. 

Por mais que as pessoas encontrem nas fanfics uma forma de estar mais perto de seu ídolo (uma das personagens do meu romance se chama Céline Dion- #mejulguem), gostaria de vê-los escrever algo que faça o seu leitor refletir. Não estou dizendo para não ter cenas de sexo – tem que ter, estamos no século XXI – mas gostaria de saber que existem fanfics que transmitam alguma coisa além de sexo. Sem falar que, se a história for boa, quem não garante que uma editora não se interesse (posso passar a vida citando nomes).

Sintetizo todo esse texto em: escrevam, mas com consciência, com conteúdo e com o português correto. Assim, tenha certeza de que os leitores se interessarão muito mais. 

Isso é tudo. Espero que gostem. Qualquer coisa, me chame para conversar (ou para me apresentar alguma boa fanfic), será um prazer! E Ana, volta com essa coluna, cujo nome esqueci, mas que gostava de acompanhar!


Olá!

Hoje o Resenha e Outras Coisas completa dois anos de existência! Infelizmente, não vai ter sorteio por motivos de: estou desempregada. Mas, para a data não passar em branco, (e ia passar, porque só me lembrei anteontem, sorry) além de deixar a mensagem reflexiva de praxe, resolvi abrir meu coração. E dessa vez é sério, o que vou contar ninguém (ninguém mesmo, nem mesmo minha mãe) sabe. Até hoje. Spoiler: tem textão.
Imagem do Google
Nesses dois anos de blogosfera, aprendi muita coisa, muita mesmo, partindo da premissa de que, quando aceitei o convite da Ana para blogar - lembrando que, quando o blog começou, éramos eu, a Ani, hoje no Entre Chocolates e Músicas; e a Raíssa, hoje no O Outro Lado da Raposa - eu estava na fila de um restaurante pra almoçar. Mal sabia o que ia comer, mas já sabia que teria que escrever na internet.

O tempo foi passando, quase desisti, mas, graças ao apoio das meninas (quem diria, o apoio veio de fora, já que meus pais não ligam) e do feedback recebido post após post, continuei. Não me arrependo. Conheci blogueiros e autores incríveis, fui a vários eventos literários (esse ano tem mais, mas cadê a grana?), o que significou ter possibilidades de sair de casa (de tanto minha mãe me proibir de sair, acabei me tornando uma pessoa caseira), enfim, sinto até que mudei como pessoa.

Por algum motivo, sinto que 2016 será diferente, mas diferente pra melhor. Quem me conhece sabe como reclamo, mas, não sei, acho que esse ano (mesmo com TCC, rs) pressinto que vou reclamar menos? Ou será que é ilusão?

Bom, esse ano começou bem: fui convidada para o 2016 Literário (falei dele aqui), algo inédito até então, finalmente fiz meus marcadores, logo estarei livre pra procurar meu sonhado estágio em jornalismo (e não esqueci do tema "comprar domínio do blog", mas por ora vai continuar adormecido).

Falei demais, então só me resta acreditar que, esse segundo ano de blogueira será melhor que o primeiro! A meta é me superar e, como sempre, agradecer o convite da Ana e a confiança dela e da Raíssa em mim para poder começar a trilhar meu caminho na blogosfera! Sem falar que minha escrita melhorou muito mais - não que ela fosse ruim, claro...

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Lá no início do post, eu disse que, depois de mandar a mensagem de aniversário do blog, eu abriria meu coração. Pois é, vou revelar algo que nunca disse a ninguém, por puro medo. Medo de virar chacota, ouvir piadinhas e etc. (eu sempre fui alvo de chacotas na escola, nunca me importei muito, mas como isso era importante pra mim, então guardei).

Eu estou escrevendo um livro. OK, revelar isso em um blog literário seria motivo de festa. (espero que seja, rs). Meu sonho de infância era ser professora (quase optei pelas Letras, mas desisti porque não tenho talento e paciência pra ensinar). Mas, aos 11 anos, após ver uma novela mexicana (a parte da chacota é essa, caso você queira rir, por favor, ao menos leia o post todo antes) decidi que queria escrever... telenovelas. Só depois que decidi que queria escrever livros. Mas, na minha mente de 11 anos, eu acreditava que era impossível. Então, o sonho foi adormecendo. O tempo foi passando e eu escrevia apenas redações de escola.

Como eu tirava notas altas nesses textos, me achava o ser mais talentoso da vida. (gente, eu tinha 12, 13 anos hahahaha Me achava tanto que guardei os textos. Até hoje.) O tempo passou mais um pouco, mudei de escola, troquei de carreira, sofri quando meus planos deram muito errado, entrei na faculdade... mas o sonho não tinha acabado. Quando virei blogueira, a chama reacendeu. Mas, ainda assim não me sentia pronta. Na minha mente, fervilhavam ideias para romances. Uma vez, cheguei a escrever um primeiro capítulo, mas minha mãe me flagrou escrevendo. Ela leu e não disse nada. Fiquei tão envergonhada que deletei o arquivo. 

Por incrível que pareça, o bichinho que me fez acordar pra literatura veio de onde eu menos esperava: do youtube. Quando eu vi que aquela vlogueira, a Vih Tube, tinha conseguido um contrato para escrever seu livro, fiquei indignada. Desculpa, mas não consigo entender o que esses vlogueiros têm de tão relevante pra contar, respeito quem gosta e acompanha, mas eu não consigo. Enfim, vendo que ela conseguiu, pensei: por que não? PS: não dá pra ajudar alguém que confunde Romero Britto com Picasso.

Apenas juntei algumas reflexões, alguns desejos, abri uma conta no Wattpad e voilà! Nasceu o Segunda Chance. Originalmente, não tinha esse nome, - sequer tinha nome, rs - não tinha capa, era só um protótipo. Fui rascunhando, rascunhando... decidi que postaria só quando tivesse capa e nome. Elas nasceram - beira o amadorismo, é verdade, mas estou orgulhosa porque fiz sozinha - e resolvi postar.

Vou atualizando conforme necessário e postando novos capítulos. Pode ser que muitos não gostem porque, durante a história, cito muitas vezes meus ídolos da vida, ainda mais se o leitor não curte as músicas delas. Verdade, mas se tem gente que escreve fanfic do One Direction (nada contra) porque não posso criar uma personagem chamada Céline? Sobre fanfics: por acaso é regra escrever sobre seu ídolo e, ao mesmo tempo, assassinar o português?

Então, espero que vocês gostem do livro. Aceito todo tipo de crítica - desde que construtiva - e por favor, se você tiver Wattpad, vota lá e deixe seus comentários nos capítulos. Ainda estou aprendendo a usar o site, mas vou me acostumando - pra ficar perfeito, só falta o site estar em português brasileiro! Desculpem o textão/desabafo e feliz aniversário, Resenha e Outras Coisas!