Olá!

Mais uma entrevista maravilhosa para o blog! Dessa vez, quem respondeu às minhas perguntas foi a Isis L.M.J., parceira do blog e autora de O Filho da Natureza. Confira as respostas dela a seguir.
Como você descobriu o gosto pela leitura? E quando você decidiu que seria escritora? Sua família te apoiou?
Na quinta série, quando eu li um romance infanto-juvenil chamado Os amantes da chuva. Depois disso eu virei uma leitora compulsiva.
Eu escrevia historias de RPG na época do Orkut, então acho que sempre quis ser escritora, mas só fui ter certeza mesmo quando foquei doente e comecei a escrever por que não podia ir á escola. Esse livro era sobre vampiros e tinha 400 páginas, mas eu perdi tudo quando meu computador queimou.
Sim, minha família é maravilhosa, eles sempre me apoiam em tudo. Amo eles.

Você se inspira em alguém próximo para criar seus personagens? Ou eles surgem naturalmente?
Alguns são totalmente fictícios, outros já tem um pouco de pessoas que eu conheço ou convivi por um curto período de tempo.


Sobre o livro O Filho da Natureza, como foi o processo de criação?
A historia de Sam me veio na cabeça de repente, porém foi muito difícil de se concretizar. Tive que faze muita pesquisa, desenhar muitos mapas, e reescrever todas as paginas duas vezes.

Depois que este livro ficou pronto, você enfrentou alguma dificuldade para publicá-lo? E como sua história chegou à Arwen?
Não... foi bem normal na verdade. Eles me mandaram uma mensagem e fechamos.

Além d’O Filho da Natureza, quantos livros escreveu, (independentemente de ter publicado ou não)? Tem mais algum projeto novo, seja pronto ou engavetado?
Tenho uma página com mais de 13 livros começados, livros que vou escrevendo conforme vou pensando. Mas meu próximo projeto, que já está praticamente pronto é um romance policial por assim se dizer...

Uma polêmica: livro físico ou digital?
Os dois. Por causa de um problema na vista eu não consigo ler livros físicos, mas amo beijar, cheirar, pegar, e principalmente ter livros físicos na minha estante.

Por favor, deixe um recado aos leitores do blog.
Oi gente continuem ligados aqui no blog, nunca desistam dos seus sonhos não importa o quê. Beijos Isis. ♥


Olá!

Recado primordial: estou selecionando blogs/booktubers/instagrammers para parceria comigo, para leitura e resenha do meu livro, Segunda Chance! Se você se interessa, clique aqui e se inscreva! Inscrições até o dia 25 e dia 30 de janeiro eu anuncio os escolhidos!

Agora, ao que interessa: mais uma entrevista no blog! E o nosso autor de hoje é o Paulo de Castro, que escreveu O Androide, publicado pelo selo Talentos da Literatura Brasileira, da Novo Século. Ele falou conosco e agora vocês conferem as respostas - exclusivas, é claro.
Diga para os leitores do blog: quem é Paulo de Castro?
É uma pessoa tranquila, que gosta muito de ler, assistir filmes e comer chocolate. Bibliotecário há mais de dez anos e, como se não estivesse com o tempo escasso o suficiente, resolveu também escrever livros.


Como você descobriu o gosto pela leitura?
Eu descobri o gosto pela leitura no colégio. Logo percebi que não flertava muito com as ciências naturais, entende? Lembro-me de, ainda muito novo, ler Edgar Allan Poe. O livro fora emprestado por um professor de português que percebeu que eu gostava de ler.

*Adendo da blogueira: Sim, entendo. Ciências naturais nunca foi a minha praia.*

E quando você decidiu que seria escritor?
Eu sempre quis ser escritor, mas achava que não estava maduro o suficiente para tal – e acho que nunca vou estar – e nunca tinha tempo para sentar e escrever. Em janeiro de 2014 eu tirei férias e não pude viajar. Resolvei sentar e escrever “O androide”.

*Adendo da blogueira: Entendo também. Algum dia, há muitos anos, decidi ser escritora, mas só no ano passado, de fato, escrevi e publiquei meu primeiro livro.*


Sua família te apoiou?
Sim. Talvez não apoiassem se eu resolvesse viver disso, não sei. No Brasil, são pouquíssimos os escritores que conseguem se manter profissionalmente apenas com a venda de seus livros.


Em que (ou quem) você se inspira para criar seus personagens?
Muita gente andou me perguntando isso. A verdade é que eles não foram baseados em nenhuma pessoa. Eu não queria que os robôs tivessem sentimentos. Achava que isso não daria veracidade para a história. Não haveria distinção entre eles e um personagem humano e, de certa forma, o livro perderia a originalidade, que é: não ter humanos. Não foi fácil fazer isso, até porque, os nossos sentimentos nos ajudam nas decisões que tomamos ao longo de nossas vidas. E como os robôs precisavam fazer escolhas, tomar decisões, foi um baita dilema. De qualquer forma, os personagens foram inspirados nos carros que tive e batizados com suas placas. O JPC foi meu primeiro carro, então, dei o nome ao personagem principal.


Sobre o livro O Androide, como foi o processo de criação?
O meu processo de criação é longo, muito longo. A ideia deve ter me surgido em 2000, eu acho, com o primeiro Matrix. Diante do filme, pensei: e se não houvesse mais humanos. Fiz um resumo na época, com a ideia principal e arquivei. Em 2014, quando decidir escrever um livro, minha ideia era começar com outra estória, sobre viagem no tempo. Mas sentia que “O androide” queria sair e não recusei o chamado. Completei o resumo e depois parti para o livro. Quando tinha terminado a primeira versão, sentia que o tempo estava passando diferente para cada personagem – e realmente estava. Por exemplo, havia dois acontecimentos: um assassinato e uma revolta. Para uma personagem passavam-se dois anos do primeiro evento para o segundo. E para outra personagem passavam-se duas semanas (risos). Resolvi então fazer uma planilha – com o nome das personagens e os acontecimentos - para calcular todos esses intervalos, datas e idades. Não vivo mais sem essa planilha (risos).


Por ser um livro distópico e futurista, como foi o trabalho de pesquisa?
Eu tirei o ano de 2016 para fazer as pesquisas. Comecei assistindo alguns documentários sobre robótica na Discovery Channel. Eles têm muito material sobre isso. E o livro “Inteligência Artificial” de Peter Norvig e Stuart Russell. Assisti ao documentário “Aftermath: Population Zero” da National Geographic para entender como ficaria o planeta se os humanos fossem extintos. Além de alguns artigos científicos – que eu não vou lembrar o nome agora – sobre gravidez, transfusão de sangue de cavalos, etc. Eu não havia lido o livro “Eu, robô” do Isaac Asimov e resolvei fazê-lo só depois que “O androide” estivesse pronto, para não me influenciar.


Depois que seu livro ficou pronto, quais as dificuldades que você enfrentou para publicá-lo?
As dificuldades foram receber muitos “não” de várias editoras (risos). Pensei em desistir e tal. E todo o processo é bastante moroso, demora de três a seis meses para receber o retorno sobre o manuscrito. E depois do lançamento, começa outro desafio que é dar publicidade para o livro. Não é uma vida fácil.


Além d’O Androide, quantos livros você escreveu, (independentemente de ter publicado ou não)? Tem mais algum projeto novo, seja pronto ou engavetado?
“O androide” foi o primeiro mesmo. Bem que gostaria de ter alguns livros na gaveta. Estou escrevendo um atualmente e pretendo lançá-lo em 2018, se tudo der certo; e esse “tudo der certo” tem muitas condicionantes. Vou continuar na ficção científica e a história será sobre alienígenas.


Uma polêmica: livro físico ou digital?
É polêmico mesmo. Passei os quatro anos da graduação discutindo isso. É interessante notar que, quando surge algo novo, alguns já preveem o fim do antigo, enquanto outros fecham os olhos para o moderno. Como se uma coexistência fosse infligir alguma lei da física. Agora, esses exercícios de futurologia são complicados, pois há grandes chances de as coisas tomarem um rumo completamente diferente do prognosticado. E quem vai determinar o futuro do livro físico será o mercado livreiro, ou seja, todos nós, leitores, que compramos livros. Se as pessoas, no futuro, ainda procurarem livros em papel, eles continuaram existindo. Se acontecer de as pessoas perderem o interesse e a demanda pelas publicações impressas diminuir, pode ser que apenas livros digitais sejam editados. No entanto, acho que a coexistência seria a aposta mais acertada. Quando os aparelhos televisores foram inventados muitos disseram que o rádio deixaria de existir. O mesmo aconteceu com o cinema quando veio o videocassete. E o disco de vinil então, já extinto por muitos, não voltou às vendas? E como viveremos com a ausência do cheiro do papel novo; sem o prazer de molhar o dedo ao passar uma página; de admirar a arte empregada pelo encadernador; de segurar um volume original autografado pelo autor; de percorrer as estantes, folhear os compêndios.


Por favor, deixe um recado aos leitores do blog.
Espero que todos se interessem pela leitura de “O androide”; e depois de lê-lo, claro, que gostem. O livro foi escrito com muito cuidado e dedicação.

Paulo, obrigada pela entrevista e espero que você escreva e publique muito mais livros!!!



Olá!!!

O ano mal começou para o Resenha, e já temos novos parceiros!! E os novos parceiros do Resenha são os autores Guilherme Cepeda e Lari Avezedo, criadores do portal Burn Book e autores da Série Minha Vida, além de diversos livros. Bora saber um pouco mais sobre eles? 
Foto: Facebook Série Minha Vida
Guilherme Cepeda é blogueiro, sonhador e escritor. Nasceu em São Paulo, em 1992. Formado em Marketing e apaixonado por tecnologia e literatura desde sempre, em 2010 resolveu criar um blog para compartilhar sua opinião com os amigos. Jamais imaginaria que o projeto chegaria tão longe, tornando-se hoje o Burn Book, um dos maiores portais de literatura jovem do Brasil. Hiperativo e escorpiano, só sabe amar intensamente - e isso se aplica aos livros e às séries. Ele ainda acredita na magia da Disney. (Skoob)

Larissa Azevedo, ou apenas Lari, nasceu em 1988, na cidade de São Paulo, onde ainda reside. Desde pequena é apaixonada por arte, cores e literatura. Formada em Design Digital, é diretora de arte em uma agência de Comunicação. Além disso, é colaboradora do blog Burn Book e, como fuga, lê todos os livros que pode, escreve e brinca no Photoshop nas horas livres. (Skoob)

O trabalho mais recente da Lari é o conto Felicidade Invisível, que agora está na Amazon, mas eu tive o prazer de ler quando ainda estava no Wattpad. É lindo, me lembro que tem Irlanda, cultura celta e Enya, como não amar? Creio que a autora fez algumas alterações na história para subir na Amazon, mas ainda assim recomendo, é bem escrito e super gostoso de ler!

Sinopse: Maeve MacCleury é a filha caçula de Brendon e Caylie MacCleury. Descendente de uma gigantesca e antiga família tradicional irlandesa, também de uma geração de "guardiões da Felicidade", ou como seus ancestrais a chamam “Crainn Chiara”. 
Cada família de guardiões, incluindo a sua, é responsável por armazenar momentos de extrema felicidade em globos de vidro. Esses momentos, são resgatados apenas na véspera de Natal e colocados nos galhos de um enorme pinheiro escocês, exatamente à meia-noite, fazendo com que o mundo seja invadido por uma felicidade incomum, capaz de preparar a humanidade para encarar mais um ano. O problema é que, depois de tantos séculos, as civilizações tornaram-se mais sérias, mais egoístas, com momentos de felicidade reais ficando escassos, assim como as árvores e todas as plantas. E a felicidade está em risco.
Maeve precisa cumprir seu dever, faltam poucos dias para a véspera de natal e ela ainda não conseguiu. O mundo depende dela. Mas o que ela não contava, é que Henrique, dono de uma felicidade revigorante, poderia balançar com a sua própria felicidade.
(Amazon)

Bem, por ora é essa a maravilhosa novidade do blog! Conforme os autores divulgarem novos trabalhos, claro que vocês ficarão sabendo por aqui também! Gui e Lari, que os conheci no 2016 Literário, no início do ano passado, pessoas maravilhosas e iluminadas, é um prazer ser parceiros de vocês, espero que nossa parceria resulte em ótimos frutos para ambos!!


Olá!

Fim de ano chegando, e, junto com ele, a resenha de um livro cuja leitura foi boa, mas que eu esperava mais, admito. Um Martíni com o Diabo é o segundo livro de Cláudia Lemes, publicado pela Empíreo. Diferente do anterior, Eu Vejo Kate - O Despertar de um Serial Killer (resenha aqui), neste ela mostra os pormenores da máfia italiana, que agiu por muitos anos (e ainda deve agir), em Las Vegas, nos anos 90. Mais um relato brutal e genial escrito por Cláudia.

Aviso: a leitura é pesada, recomendada para estômagos fortes. Quer leitura romântica? Então vai ler Nicholas Sparks, porque ela escreve de um jeito que cativa, mas também surpreende e deixa o leitor com as mais diversas sensações, inclusive náuseas.
Um Martíni com o Diabo começa com o jovem Charlie Walsh (o sobrenome já denuncia sua origem irlandesa) descobrindo suas origens. Sua mãe, Loreen, conta com detalhes e sem pudores, que foi violentada por um mafioso italiano. Charlie, então, saiu de sua casa, em Chicago e resolveu que ia matar seu pai, que vivia em Las Vegas.

Chegando em Vegas, conhecendo as pessoas certas, conseguiu se infiltrar na máfia, liderada por seu pai, Tony Conicci. Para isso, Charlie adotou um sobrenome italiano, pois, naquela época, ser irlandês nos EUA era algo complicado, guardadas as devidas proporções, é como ser negro aqui no Brasil. Mas ele está na máfia, na família. Um caminho sem volta.

Charlie conquista a confiança do capo, e acaba subindo na hierarquia da família. Mas, conforme as responsabilidades vão aumentando, os sentimentos de Charlie vão se confundindo, além de se envolver com as pessoas erradas. O tempo vai passando e o protagonista está muito diferente do que era quando chegou em Vegas. Mas é um carrossel de sentimentos, ele simplesmente não sabe o que fazer. Ele só sabe que: o FBI está na cola, seu pai precisa morrer e ele não deve se apaixonar por uma mulher em especial. Mas poder, dinheiro, drogas e amizades corrompem. E é aí que Charlie deve provar a que veio.

Foi uma boa leitura, mas, como disse no início do texto, eu esperava mais. O livro é muito bem escrito, mais uma vez a Cláudia mostra seu talento ao escrever uma história que, por mais ficcional que seja, é real, muitas coisas descritas no livro realmente aconteceram. Isso mostra também como a autora precisou estudar antes de escrever. Ela criou um Charlie que poderia ser qualquer um de nós, com um espírito vingador, mas com um coração inocente. O jovem, que foi até Vegas atrás do pai, sabia que ser da máfia não era a coisa mais fácil, mas não esperava encontrar o que encontrou.
Tony Conicci era o líder da família Conicci, uma das cinco famílias donas de Las Vegas, que faziam os cassinos e lavanderias circularem milhões de dólares na cidade - e no país. Ele tinha um séquito de associados, mas somente alguns poucos eram de sua extrema confiança, como Vinnie, Viking, Mickey e Frankie. Os Conicci e as demais famílias até se davam bem, desde que não invadissem o espaço um do outro.

Para quem gosta de descrições minuciosas em livros, principalmente descrições de décadas passadas, esse livro é ótimo, porque a autora descreve bem os locais e tudo o que neles acontecia. Em dado momento, essas descrições me cansaram um pouco, por isso acabei demorando um pouco a ler (isso e o fato de ter um TCC para apresentar). Mas, na metade final do livro, quando as coisas complicaram demais, voltei a devorar cada linha, cada página, porque a história começou a pegar fogo. Talvez por isso eu também tenha esperado mais da obra, menos descrições e muito mais ação (tem ação de sobra, mas eu queria mais, rs).

Eu recebi o livro em parceria com a Empíreo e, mais uma vez, a editora está de parabéns, uma edição impecável - como tudo o que eles fazem - sem erros de nenhuma ordem, uma capa muito bonita, condizente com a obra e, logo de cara, tem um organograma com a hierarquia dos Conicci, segundo a visão do FBI, além de um breve vocabulário com termos específicos usados pelos mafiosos.

Quem já leu Eu Vejo Kate e gostou, com certeza vai gostar deste Um Martíni com o Diabo. E se você não conhece a escrita da Cláudia, e procura algo para sair da zona de conforto, aceite minha sugestão, você não vai se arrepender!


Olá!

Começando a semana com mais uma resenha de um nacional maravilhoso que recebi em parceria com o autor. Confiram a resenha de o Androide, de Paulo de Castro.
O Androide começa com uma breve narração sobre como o mundo se transformou. E não foi coisa pouca. Uma destruição em massa e passam 1000 anos. Não há mais humanos ou animais. Quem domina são os androides, Inteligência Artificial pura. E nosso protagonista é o JPC-7938 (não, não é uma placa de carro, é o nome dele mesmo). Ele está pronto para mais um passeio pelo mundo. Porém, sua bateria está fraca.

Após resolver esse problema (que é muito grave neste mundo), ele conhece outros androides, OPR-4503 (masculino) e NCL-6062 (feminino). Eles três são androides antigos, desatualizados e têm como função apenas sobreviver. Foram criados para executar funções exercidas por humanos. JPC-7938, por exemplo, foi criado para ser um exímio engenheiro. E foi parar numa fábrica de carros em São Bernardo do Campo. Sugestivo, não?

Porém, um vírus criado também por Inteligência Artificial (o nome não vou dizer, mas também é sugestivo) fez com que os androides mais jovens - "jovens" é modo de falar, digamos que são androides mais resistentes, montados com materiais melhores - começassem a caçar os mais velhos, que, neste caso, são nossos protagonistas. E os três têm um plano para tentar salvar o mundo.

Mesmo eles não tendo qualquer sentimento humano, o trio de androides tentará conquistar algo inédito para o mundo. Mas não será fácil. Num mundo onde tudo é controlável via wi-fi, eles terão como meta sobreviver. E tentar não serem pegos pelo vírus.

Mais um excelente nacional publicado pelo selo Talentos da Literatura Brasileira, da Novo Século. O autor entrou em contato comigo via Facebook (agora o blog tem email, pra facilitar a vida, rs. O endereço está na sidebar) oferecendo o livro para leitura e resenha. Eu, como fã de distopia, não pensei duas vezes. Recebi um lindo exemplar autografado, pena que demorei a ler, por causa dele, o TCC (que logo menos será apresentado).

Julgo ser muito difícil (ou eu sou incapaz?) de escrever uma distopia, pois é necessário criar o ambiente, os personagens, o governo (ou vírus, nesse caso), mocinhos e vilões... enfim, todo o enredo necessário para uma obra desse porte. E o Paulo conseguiu, magistralmente. A cada página lida, a sensação era de que eu estava vendo o JPC-7938 ali, tentando fugir de sentinelas (androides que servem o governo), ou não demonstrando qualquer sentimento, mesmo nos momentos mais difíceis. E se já é difícil criar uma distopia com humanos, imaginem com androides, é muito mais difícil.

Espero que você aprecie a leitura deste livro e que ele possa lhe proporcionar muitos momentos prazerosos.
Uma excelente leitura, fluida, sem erros de português. As únicas coisas que me incomodaram - e isso acontece no livro todo - é o exagero para explicar que os androides são desprovidos de sentimentos. Por exemplo, o autor diz que, durante um ataque, "vindo repousar contra a espada, elevada com dificuldade, com lentidão." (pg. 163) Não sei se vou conseguir explicar bem, mas o autor enfeita demais um simples fato, como no caso do quote acima, em que o personagem foi atingido pela espada. É como se ele quisesse dar certeza que o fato aconteceu.

O outro detalhe que não gostei foi a linguagem. Ela é rebuscada demais para 2016. O livro é contemporâneo, voltado para o jovem, porém a linguagem é adulta demais. É como se a história fosse para um público, mas com a voz de outro. Acho que ele poderia ter sido mais coloquial em vários momentos, escrevendo de um jeito atraente. Ele parecia um pouco didático. Pode ser a escrita dele mesmo, ou seja, escreveu propositalmente assim. Ou ele pôde ter querido reforçar a ideia de que os androides são inteligentes demais e falam bonito mesmo.

Mas, é claro que isso não é a verdade absoluta, é meu ponto de vista. O que foi incômodo para mim, pode ser excelente para você. Pode ter certeza que isso não é um motivo para você desistir da leitura, pelo contrário, tem que ler sim para discordar de mim (ou concordar, vai saber). Voltando aos pontos positivos, a capa é linda, condizente com a obra e o androide ilustrado é uma graça - quero um pra mim, me julguem.

O livro é forrado de referências e indiretas. Há várias passagens que falam sobre preconceito e outras em que, de certa forma, os androides estão no lugar certo e na hora certa, como JPC-7926 ser um engenheiro e ter trabalhado em uma fábrica de automóveis. Em São Bernardo. Tem situação mais sugestiva?

Uma pena que a Novo Século não invista tanto assim em seus leitores. Só fiquei sabendo da existência desse livro porque o autor me procurou. Mesmo eu sendo antenada nas redes sociais, não vi um simples post da editora falando dele (eles podem até ter divulgado, mas me parece insuficiente. Mas se você viu divulgações dele, me avise nos comentários). É uma leitura rápida, se tiver tempo livre, você faz em dois dias.

Concluindo, para sair da zona de conforto, para conhecer novos nomes da literatura nacional contemporânea ou simplesmente para ler algo novo, O Androide é a sugestão perfeita. Paulo, muito obrigada pelo convite e pela sua história. Espero que você lance mais e mais livros, você tem talento!!! Além de ser uma pessoa maravilhosa!

E você, já leu O Androide? O que achou da resenha? Diz aí nos comentários!


Olá!

Finalmente mais uma entrevista no blog! Na verdade, eu ia postá-la no início do ano, em que pretendo trazer mais novidades para este cantinho que tanto amo. Porém, essa entrevista ficou tão maravilhosa que o mundo precisa lê-la! Ela não pode esperar até janeiro! Confiram a maravilhosa entrevista que Marcela Cardoso, parceira do Resenha e autora do e-book Minha Vida é um Reality Show.

Diga para os leitores do blog: quem é Marcela Cardoso?
Difícil, hein! Bom, eu me definiria como uma garota sonhadora que escreve para escapar da realidade. Também sou uma louca que ama ler, cultura japonesa, alguns reality shows e fingir que sou uma estrela do rock enquanto faz faxina, rs.

Como você descobriu o gosto pela leitura? E quando você decidiu que seria escritora? Sua família te apoiou?
Os livros sempre fizeram parte da minha vida. Mesmo quando eu não sabia ler, dava um jeito de contar histórias para mim mesma olhando as figuras. Acho que peguei gosto pela leitura de verdade ao ler os livros que a escola indicava e por influência do meu pai. Ele sempre dizia os livros nunca me abandonariam. Acertou na mosca!

Minha história com a escrita é um pouco mais complicada. Escrevi um livrinho sobre o Descobrimento do Brasil quando estava na terceira série, fiquei em segundo lugar em um concurso de poesia na quinta, sempre fui boa em redação, mas nunca imaginei que me tornaria escritora. Na adolescência, pensei em escrever um livro para desabafar, mas nunca levei essa ideia adiante. Já ouvi de um professor que eu tinha preguiça de escrever, acreditam? A coisa só mudou quando saí de um relacionamento abusivo e comecei a namorar meu atual parceiro. Ele topou escrever um livro comigo e, a partir daí, descobri minha verdadeira vocação: contar histórias.

Quem me apoiou desde o início foi meu namorado. Ele ouviu minhas ideias, aguentou minhas crises literárias e acreditou que meu livro sairia um dia. Minha família e outras pessoas até apoiaram, mas com um pouco de ressalva. Acho que muitos pensam que escritores morrem de fome e coisa e tal. Bom, pelo menos curtiram o meu livro, rs.

Você se inspira em alguém próximo para criar seus personagens? Ou eles surgem naturalmente?
Meus personagens geralmente surgem a partir de participantes dos reality shows que assisto (principalmente American Idol, rs). Eu meio que os imagino em um mundo comum, como pessoas comuns.      


Sobre o livro Minha Vida é um Reality Show, como foi o processo de criação?
Árduo (risos). O livro surgiu a partir de uma estória alternativa que criei com os personagens de outro livro meu que ainda não foi publicado.Ele  foi quase todo baseado no American Idol, um reality show que, apesar de ter acabado, continua sendo meu favorito. Na época que comecei a escrevê-lo, estava numa fase de produzir uma estória-enjoar-partir para outra. Um saco! Aí acabei botando na cabeça que escreveria um livro até o fim e, para isso, resolvi postar no wattpad. O título original era American Star (a narrativa se passava nos Estados Unidos) e trazia assuntos como adolescencia e homossexualidade.    

O wattpad foi uma experiência incrível e dolorosa ao mesmo tempo. Ao mesmo tem que comecei a perceber meus gostos como escritora, me sentia meio pressionada pelas leitoras. No fim, foi ótimo. Aprendi bastante, conheci pessoas legais, e meu livro foi lido mais de 60.000 vezes.
Depois disso, passei um ano revisando, escrevendo e reescrevendo a história. Foi a fase mais difícil, pois eu achava que nunca conseguiria terminá-la por causa do meu perfeccionismo. Graças a Deus, consegui deixar o livro com a minha cara e publicá-la na Amazon.

Falando em reality show, você tem algum favorito?
American Idol e The Amazing Race.

Depois que este livro ficou pronto, você enfrentou alguma dificuldade para publicá-lo?
Como eu já havia lido bastante sobre o mercado editorial, nem me dei ao trabalho de enviar meu livro para as editoras. Preferi publicá-lo na Amazon para que eu pudesse tê-lo no meu Kindle e compartilhá-lo com minha família e amigos rapidamente.

Além do Minha Vida… , quantos livros escreveu, (independentemente de ter publicado ou não)? Tem mais algum projeto novo, seja pronto ou engavetado?
Em 2015, publiquei um conto chamado "Adeus,vida" na Amazon. Pretendo fazer uma versão estendida, pois ele ficou bem curtinho. No meu computador, tem inúmeros projetos inacabados que só Deus sabe quando conseguirei publicar.

Estou finalizando um livro, mas não sei se essa será a versão final, então estou criando nova (maldito perfeccionismo!). De qualquer forma, ele sairá no começo do ano que vem. Mal posso esperar para mostrar meu bebê para o mundo.
  
Uma polêmica: livro físico ou digital?
Sempre amei livros físicos (quer cheirinho melhor?), mas confesso que estou lendo mais rápido e melhor no meu Kindle ultimamente. Acho que os dois tipos têm suas vantagens e desvantagens e não se excluem de forma alguma.

Por favor, deixe um recado aos leitores do blog.
Quero agradecer à Kamila pelo convite e a quem leu até aqui. Desculpem, quase escrevi uma Bíblia! Espero de verdade que continuem visitando lugares incríveis por meio dos livros e que nunca desistam dos seus sonhos. Beijos e até a próxima!

Eu que agradeço a entrevista, Marcela! Aqui você pode falar o que quiser, não se preocupe por ter falado demais. Obrigada mais uma vez <3


Olá!

Primeiramente, tá difícil... Eu trago uma ótima notícia, mas ainda não digeri a tragédia envolvendo o avião da Chapecoense. Tipo, queria muito que fosse uma piadinha (sem graça) do Mallandro. Mas é verdade. Eu, que amo o futebol, estou de coração partido, assim como o resto do país - independente de gostar ou não de futebol, ou de cor de camisa. O post desta quarta estava agendado, por isso não disse nada lá. Enfim, toda a força para a Chape e toda a sorte do mundo ao Nacional de Medellín, que vai representar a esperança no Mundial de Clubes deste mês.
Imagem retirada do Facebook do Corinthians.
Agora, tocando a vida. Finalmente criei um email pro blog. Sim, ele tem quase três anos e nunca teve uma conta própria. Sempre usei a minha pessoal - que é hotmail - mas percebi que muita gente entra em contato comigo pelo inbox do Facebook. Só que, nem sempre, recebo as notificações. Fora que, às vezes, perco emails. Então, para facilitar pros autores, blogueiros e todo mundo, o email está criado - e vai ficar fixado na sidebar do blog, à sua direita, junto com o botão de like da página do blog.
E o melhor vem agora: a partir de hoje e até domingo, portanto, entre 02 e 04 de dezembro, meu livro Segunda Chance, está disponível gratuitamente na Amazon! Isso mesmo, essa é a oportunidade perfeita para conhecer a história de Diana e Mikael! E como sou péssima em fazer marketing, principalmente quando o assunto é falar de mim (ainda bem que escolhi Jornalismo), apenas espero que vocês leiam e gostem. Não posso garantir a melhor história, mas posso afirmar que é uma linda trama, passível de acontecer com muitos/as de nós e todas as informações referentes à Suécia são verídicas.

Então é isso, o post é curto porque tem "só" duas novidades. Espero que gostem e tudo de bom para vocês!

Sinopse: O engenheiro sueco Mikael Karlström vem ao Brasil para trabalhar em uma multinacional, junto com sua filha Marie. A jornalista Diana Ferreira está no auge de sua carreira em uma revista literária. Ao salvar a filha de Mikael de um ataque, Diana teria sua vida irremediavelmente alterada. Enquanto isso não acontece, a jornalista, sua filha, Céline e sua mãe, Lucrécia, vão levando uma vida pacata em uma casa rústica em Atibaia, interior de São Paulo. Dois adultos que terão um ano para redescobrir o amor, misturando português, inglês e sueco.

E o mais importante, rs: Amazon | Skoob

Olá!

Terceira resenha de nacional seguida no blog! Eba! E o de hoje, mesmo com esse nome pesado, não tem nada de mais. Pode ser lido por todos - inclusive pra quem faz parte da família tradicional brasileira. Minhas Conversas com o Diabo, de Mário Bentes, é mais uma grata surpresa para os fãs de literatura fantástica e para quem curte histórias mais sombrias...
Apesar do nome e da capa indicarem algo tenebroso, Minhas Conversas com o Diabo aborda temas totalmente terrenos. São sete contos em que cada história tem um personagem que sofre problemas mundanos, mas, com uma ajudinha lá de baixo, cada um resolve sua situação de acordo com seus desejos. Até porque, nem todo mundo sonha com poder, dinheiro. Assim como os protagonistas deste livro, muita gente só quer o suficiente para ser feliz.

Como são só sete, dá pra eu fazer um breve resumo de cada: o primeiro, "Eu corrompi homens santos", o padre Pedro se vê tentando desvendar a mensagem que seus sonhos transmitem, ao passo que sua fé é posta à prova. "Topa um acordo, menino" conta a história de um menino que aguarda ansiosamente o retorno de seu pai, que é caixeiro-viajante. O pai foi embora há meses. Durante uma tempestade, uma certa ave visita o garoto, e lhe propõe um acordo que, a princípio, é maravilhoso para a criança.

O próximo é o "Esquecer de viver", em que a jovem Maria sofre por ter sido abandonada pelo pai de sua filha. Por viver em uma família conservadora e em uma vizinhança mais conservadora ainda, ela sofrerá todos os tipos de julgamento. Ao som de Julio Iglesias, ela descobrirá que a vida não é só chorar escondida. "A Mulher que me Amou" conta a história de Bartolomeu, um garoto que, junto com sua amiga Estefânia, cria uma cápsula do tempo: enchem uma mala com pertences dos dois, que só poderá ser aberta depois de 50 anos. Porém, quando o prazo está para se encerrar, Bartolomeu não sabe se conseguirá reencontrar sua amiga.
Em seguida, "À Espera da Próxima Carta", Maximiliana é uma costureira que segue à risca sua rotina. Até receber uma carta, em que sua vida íntima é detalhada. A partir disso, ela passará a trocar cartas com seu novo amigo. O penúltimo conto é o "A Mulher da Capa de Couro", em que a jovem Iracema é obrigada a se casar com um fazendeiro de Pernambuco. O novo casal parte para o Piauí em busca de riqueza, porém, uma tragédia faz com que a moça volte à sua terra natal. Por fim, "Diga-me tu, filho do homem: qual o teu sonho?" mostra um jornalista recém desempregado e escritor fracassado, que tem como único desejo ser reconhecido por sua literatura. Entre idas e vindas a um bar da região, descobre que é possível realizar seu desejo, basta fazer a coisa certa.

Particularmente, me interessei mais pelo último conto, por motivos de: sou (quase) jornalista como o personagem. Mas isso não significa que eu não gostei dos demais, pelo contrário, curti todos. De escrita fluida, Mário Bentes convida o leitor a questionar seus medos e falhas enquanto lê.
Apesar de se chamar Minhas Conversas com o Diabo, não tem nada de satânico, aliás, é até uma aula de História, em que o prefácio começa explicando sobre o Inferno, o demônio e seus vários nomes - e parando pra pensar, são muitos mesmo. E a capa, em alguns deu medo, outros, como minha mãe, a acharam horrorosa. Eu, particularmente, gostei. Bem original.
Já conhecia a escrita do Mário através de seu conto "Manaos Railway", da antologia Quando a Selva Sussurra, também da Lendari (resenha aqui). Mas é a primeira vez que leio um livro de sua autoria. Aliás, tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente na Bienal deste ano, em que aproveitei e pedi uma entrevista para meu TCC. Muito simpático, autografou meu exemplar.

Sou suspeita para falar, mas recomendo sim este livro. Aliás, a vantagem dos livros de contos é que podem ser lidos super rápido, o que é o caso deste. Pena que, ainda não sei quando sairá o livro dois (e espero que saia). No mais, quando você ler este livro, não dará uma força apenas à literatura nacional, dará uma força extra a literatura feita na região Norte do país, comumente negligenciada pelo eixo Rio-SP.

P.S.: quem está na capa deste livro é o Buer, que na hierarquia demoníaca, é um Presidente. Sim, no Inferno não tem só um Demônio nem tem bagunça, todo mundo é separado por funções. E a função de Buer é ensinar Medicina e Filosofia Moral e Lógica. Até Buer gosta de filosofia e o Temer não. Vai entender...



Olá!

Finalmente trago a resenha de um livro super aclamado pela blogosfera. Senhorita Aurora, de Babi A. Sette, é diferente de tudo o que ela já escreveu. Então, nada mais justo que falar dessa obra que vem derrubando forninhos... sem falar que estava ficando doida com tanto spoiler na minha timeline...

Skoob | Amazon

Senhorita Aurora começa com a jovem bailarina Nicole Alves concorrendo a uma vaga em uma das mais renomadas companhias de balé do mundo, sediada em Londres. Após um rápido prólogo, em que ela descreve como se sente antes de sua apresentação, ela está no avião, rumo à capital da Inglaterra, e em uma situação engraçada, ela acaba trocando algumas palavras com um rapaz bonito, forte e com uma vasta barba.

Três anos depois, ela já é uma bailarina profissional e foi escalada para participar do musical sobre A Bela Adormecida, que contará com a presença ilustre do maestro Daniel Hunter. Ele é um completo ignorante - no sentido de ser estúpido e imbecil. Como ele vai participar dos ensaios para a apresentação, chama a todos não pelo nome, nem pelo sobrenome, mas pelo nome do personagem. Nicole, estabanada do jeito que é, não nos ajuda nem um pouco e acaba chamando a atenção do maestro Hunter. Daí para a paixão entre os dois será um pulo - ou uma dança, se preferir.

Enquanto isso, Daniel, sempre fechado, começa a reparar naquela jovem bailarina que, com seu jeito único, tentava desvendar seus profundos segredos. Ao passo que Nicole tentava entender o que acontecia com ela toda vez que olhava para o maestro. Sabia-se pouco sobre ele, mas podemos dizer que ele é um desses menino-prodígio. Uma história de altos e baixos... será que o amor vai prevalecer?

Esse livro já era esperado pelas fãs da Babi, então, quando foi lançado, quebrou a internet. Foi até parar nos mais vendidos da Veja (segura o poder). As leitoras iam lendo em tempo recorde e tudo. No Facebook há um grupo dedicado aos fãs da Babi, então lá não se falava em outra coisa. Confesso que, em dado momento, comecei a me irritar, porque a galera, alvoroçada, ia soltando spoilers e compartilhando fotos de homens barbudos - ok, tem a ver com a história, mas sosseguem!

Claro que eu também gostei, adorei, e fiquei chocada com o fucking segredo que o maestro Daniel tem. Conheci a Babi através da Ana, do Entre Chocolates e Músicas, que é amiga íntima da autora e até então apenas li Entre o Amor e o Silêncio. E me surpreendi com a facilidade que a Babi desenvolveu essa obra. Quem a vê, enxerga apenas uma moça delicada e refinada, fã de romances de época, mas ela escreveu um livro que nos faz refletir, se apaixonar e até se irritar, rs.
A Nicole tem como melhor amiga a Nathy. E sério, que garota irritante! Ela começou legal, mas depois foi me irritando porque ela queria controlar até as vontades da Nicole. Como assim, gente? Além disso, ficava terminando e voltando seu namoro com Paul, mais perdido que cego em tiroteio. Outro amigo, o Ivo, é o contrário: super gente fina, queria ser amiga dele, me julguem.

Pra quem gosta de balé, a obra é um prato cheio. Pra quem desconhece esse mundo, como eu, a leitura foi proveitosa porque conheci vários detalhes e curiosidades sobre o gênero. Uma boa aula de História, marca registrada da Babi. 

Além disso, há uma playlist do livro, com músicas escolhidas pela autora, de acordo com sugestões das leitoras. Obviamente que minha dica (Spending my Time - Roxette) não foi aceita, mas, assim como eu, quem não teve sua música incluída, a Babi fez questão de colocar todos os nomes das leitoras em cada início de parte do livro (são quatro). Desculpa pelo spoiler, mas eu apareço na primeira parte, então vou ostentar isso sim!

No mais, tirando a Nathy e as fãs mais alegres do Facebook (gente, postar foto do Rafael Sóbis é o cúmulo! hahahaha), a leitura foi muito proveitosa, esse lado mais intenso da Babi foi uma descoberta maravilhosa e tomara que ela também tenha gostado de escrever, assim ela pode continuar nos presenteando com romances incríveis e intensos.



Olá!

O post de hoje é diferente de tudo o que escrevi até hoje. Vim para dizer que... publiquei um livro! Isso, na verdade, foi no último 23 de outubro. Calma, com certeza você não ficou sabendo porque eu subi na Amazon, avisei no meu Facebook e depois voltei a cuidar da minha vida. Mas, por quê, Kamila? Por que inventei de fazer isso justamente em meio ao meu TCC. Então, pra não ficar só um post de divulgação, vou contar o que me levou a escrever este livro justo nessa época e não antes, tipo, uma década antes. Senta que lá vem textão. E você compra ele aqui, na Amazon. E aqui está o link no Skoob.

Sinopse: O engenheiro sueco Mikael Karlström vem ao Brasil para trabalhar em uma multinacional, junto com sua filha Marie. A jornalista Diana Ferreira está no auge de sua carreira em uma revista literária. Ao salvar a filha de Mikael de um ataque, Diana teria sua vida irremediavelmente alterada. Enquanto isso não acontece, a jornalista, sua filha, Céline e sua mãe, Lucrécia, vão levando uma vida pacata em uma casa rústica em Atibaia, interior de São Paulo. Dois adultos que terão um ano para redescobrir o amor, misturando português, inglês e sueco.

Eu já falei sobre isso lá no início do ano, no post de comemoração aos dois anos do Resenha (confira aqui), mas àquela época, nem me passava pela cabeça tudo o que me aconteceu ao longo do ano. Bem, como eu disse lá, decidi que seria escritora aos 11 anos, mas, na minha cabeça, só uma pessoa com curso superior e bem sucedida na vida poderia escrever um livro. Então a ideia ficou adormecida todos esses anos.

Só no início deste ano então decidi que arriscaria escrever uma narrativa. Isso depois de ter assistido o filme Os Homens que Não Amavam as Mulheres (gente, desculpa, mas virei muito fã dessa história) e ter feito algumas pesquisas na internet sobre a obra, porque, até antes de assistir, não fazia ideia de quem era Stieg Larsson. Fiquei pensando e pensando e nesse meio tempo, a Viih Tube ficou muito famosa por ter confundido Romero Britto com Picasso e ia publicar um livro. E por fim, veio o veredicto: se ela conseguiu escrever, por que eu não conseguiria?

Então, comecei a escrever de maneira desenfreada - lembrando que, no início do ano, eu estava desempregada, por isso conseguia escrever no Wattpad mesmo, como forma de conhecer a plataforma e, ao mesmo tempo ir divulgando a minha escrita. Acontece que, enquanto eu escrevia, voltei para o emprego em que estava e, além disso, o TCC foi se afunilando  - ficou decidido que eu e a Ana, do Entre Chocolates e Músicas, e mais uma colega nossa poderíamos executar o projeto final juntas. Então, obviamente, o livro ficou em plano nenhum - porque em último plano ficou o blog - e ele acabou ficando abandonado.

Só que, quando se está escrevendo uma história, os personagens não param de agir na mente. E isso acontecia muito comigo. Estava trabalhando, indo para a faculdade, dormindo, almoçando e eles estavam lá, implorando para serem escritos. Então tirei do Wattpad - nem fez falta, só teve umas 300 leituras mesmo - e passei tudo pro Word, onde eu ia escrevendo aos poucos. Até que veio a promoção da Amazon.
Recebi o email da Amazon falando sobre a promoção e pensei: por que não? Aí resolvi finalizar a obra, revisar e entregar para quatro pessoas de minha alta confiança, que eu sabia que não iriam rir da história e me dariam opiniões contundentes - além de dominarem o português. A curiosidade fica por conta de, que das quatro betas que leram, três são jornalistas, quer dizer, duas são formadas e a outra foi a já citada Ana. A outra está estudando Rádio e TV. Mas relutei muito antes de entregar a história para elas. Como disse outras vezes, sempre fui alvo de piadas e chacotas na escola. Nunca me importei muito com isso, o que não significa que gostava, ok? Apenas ignorava. E como esta história é muito importante para mim, precisava ter a certeza de que, mesmo que elas não gostassem, leriam com seriedade.

E foi o que aconteceu: elas leram, gostaram e me deram um excelente feedback, que me ajudou e muito na hora da revisão final. Daí para publicar, foi um pulo. Mentira, não foi não, ainda tinha que ver a capa e a diagramação. A capa (e todas as artes que vocês verão), que está ali em cima, foi feita pela Luizyana, da Bookmarks, que inclusive, foi muito paciente comigo, porque toda hora eu dava uma opinião hahaha Recomendadíssima, muito séria em seu trabalho. Já a diagramação foi um parto, mais difícil que escrever a bendita história! Como eu não tenho Word de verdade (uso Libreoffice), então as configurações são um pouco diferentes, foi complicado, mas deu certo no final.

Todo este textão e nem falei do que se trata a história, rs. Bom, basicamente, a Diana é um espelho de mim - uma das minhas betas disse isso - digamos que ela é meu alter ego, só que melhorado, é claro. E o Mikael passou a ser meu ideal de homem - não, ele não é perfeito, é só um cara normal que respeita a mulher que ama. E ele não é sueco à toa; comecei a admirar a Suécia por causa do futebol feminino, que lá é muito forte. Além disso, uma das jogadoras da seleção joga no Manchester City, que eu torço (já contei para vocês que amo futebol?). E assim, do futebol passou para a literatura (antes da Millennium, eu já tinha lido o livro O Hipnotista, do casal sueco Lars Kepler, resenha aqui, inclusive) e, junto com a música (curto Roxette há tempos, depois veio o ABBA, por causa de um dorama e por fim, a Eva Dahlgren, graças ao Spotify), acabei criando um personagem nascido nesse país maravilhoso. E sim, tem trocadilho com a obra de Larsson, rs.
Empolguei e falei demais e acho que não falei nada. Tá, agora, gostaria de convidar vocês para ler essa história que eu gostei tanto de escrever! Inclusive gostaria de convidar você que me lê a fazer parte de um dia especial de divulgação da obra. Como eu não tenho nada físico para oferecer a quem se propuser a divulgar, vou separar um final de semana para colocar de graça na Amazon, aí é só fazer o download. Mais adiante, caso a minha situação financeira melhore, pretendo fazer marcadores pra entregar a você que me ajudou nesse momento. Mas, para que isso aconteça, preciso de sua ajuda para que este livro seja o primeiro de muitos outros.

Gente, ficou textão mesmo! Então, caso você tenha interesse em me ajudar na divulgação, ou deixe seu email nos comentários ou manda inbox pra página do blog lá no Facebook (deixe seu like tá também, se não for pedir muito). Ainda não tenho ideia de quando colocarei de graça na Amazon, isso depende de quantos blogueiros eu conseguir angariar nessa proposta e também do meu TCC, que já está bem adiantado.

Por fim, (chega de falar) tenho que agradecer a você que, na garra, não dormiu e chegou até o fim desse texto. E te agradecerei duas vezes se puder me ajudar na campanha de divulgação. Posso não garantir a melhor história, mas garanto que não tem erros de português (revisei umas quatro vezes e, ainda assim você achar, pelo amor, me avisa!) e a diagramação está boa (se você achar algum problema, me avisa também). Ah, e tudo o que eu contei sobre a Suécia no livro é verdade. Sou (quase) jornalista e chequei tudo antes de escrever. E vai ter um pouco de música também, mas de música que eu gosto, então, vai ter Pausini e Dion sim!

Mais uma vez obrigada e espero que gostem da história de Diana e Mikael (e está liberado shippar)!


Olá!

Como vai o seu feriado? Espero que esteja ótimo, com muitas leituras! Eu estou, aos poucos, com a rotina voltando ao normal, já que o TCC está quase pronto (desde já, o produto final está espetacular!) Mas, a resenha de hoje era para ter saído há muito, mais muito tempo. Como não há justificativa para o atraso em postar, só me resta pedir desculpas ao autor e postar a resenha.

O autor Joe de Lima entrou em contato com o blog através do facebook para formalizar a parceria, me convidando a ler sua obra, Arcanista, um livro com pegada futurista. Isso foi em agosto, mas só hoje eu trago a resenha. Uma pena, pois perdi muito tempo e demorei demais para curtir essa história maravilhosa! Espero que tanto o Joe como você que me lê curtam a resenha de Arcanista, primeiro volume da trilogia Vera Cruz.

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Antes de mais nada, preciso dizer que esta história acontece em um tempo muito posterior ao nosso, em um território chamado Vera Cruz - que dá nome à trilogia. O arcanista é aquele/a que trabalha para a Arcanum, organização paramilitar que, junto com a Guarda Nacional, cuida da segurança do país e da família Regencial, que o comanda.

Sabendo disso, já posso apresentar nosso protagonista, Marcel Seeder. Ele é filho de um famoso arcanista e tem o sonho de seguir os passos do pai, que se aposentou após se ferir gravemente em um famoso combate. Como ele estuda em uma escola preparatória, o Instituto Beta, claro que ele já se inscreveu para as provas. Sua melhor amiga é Beatrix, que o conhece desde sempre.

Para passar nas provas, o aluno precisa cumprir, no mínimo, 70 pontos, mas, em toda a história do Instituto Beta, ninguém se tornou um bom arcanista com menos de oitenta. Nosso Marcel será o primeiro. Fora da escola, ele é um adolescente comum: mora com o pai, que é separado da mãe, cuida de seus peixes, gosta de uma certa garota...

Mas, a partir da cerimônia de graduação dos arcanistas, em que ele se aproximará de ninguém mais e ninguém menos que a futura Regente-Geral de Vera Cruz, sua vida vai virar do avesso, deixando de ser um simples arcanista para amadurecer de modo vertiginoso. Enquanto isso, o governo, a Guarda Nacional e a Arcanum precisam arrumar um jeito de dar um ponto final na Voz Verde, que no início era uma ONG tipo Greenpeace, mas acabou entrando na marginalidade por querer inculcar na sociedade o conceito de cuidar na natureza, principalmente do mana.

O Mana é a fonte de energia de toda a Vera Cruz. A matéria-prima é sugada da Terra de maneira desenfreada. Com ela, tudo funciona na mais altíssima tecnologia. Mais poderoso que o Mana, só as gemas que os arcanistas recebem, sendo representadas por: fogo, gelo, força, cura e mente. Pelo que entendi da história, a gema é uma espécie de poder que, concentrada na mão do arcanista, faz com que ele seja praticamente invencível. (eu queria a gema-fogo, só pra sair tacando fogo em tudo hahahah)

Esta distopia não perde em nada para as gringas!!! Gostaria de ter lido logo que o Joe entrou em contato comigo para ceder o livro em troca da resenha. Por força maior (vulgo TCC ft. raramente saio com meu Kindle de casa) adiei a leitura até agora. Até onde me lembro, a única outra distopia nacional que li (não toda, claro) foi a da FML Pepper (tão boa quanto esta) e, assim como a dela, a história criada pelo autor é inédita, ao mesmo tempo que faz uma crítica social (pude perceber isso nas entrelinhas, não sei se o Joe tinha mesmo essa intenção ou vi demais) ele monta uma nação que, apesar de toda a tecnologia que possui (tablet já existe, mas ainda não dá pra reproduzir hologramas...), ainda é tão arcaica quanto a nossa no quesito sociedade.
Como já disse, o autor que entrou em contato, me convidando para fazer a leitura da obra. Arcanista é o primeiro volume da trilogia Vera Cruz e, até onde pesquisei, só encontrei até o segundo volume, Armamentista, que obviamente está na minha lista de desejados. Em vários momentos da obra, visualizei as cenas, principalmente as de luta com gemas. Sabe que, se o Brasil tivesse estrutura para fazer filmes do gênero, o do Joe daria uma ótima produção? A forma como ele escreve, fluida e limpa, permitindo a visualização das cenas, abre espaço para a criação de um roteiro em cima da história original.

Por ser uma edição independente, é mais comum encontrar erros de português, o que não é o caso deste livro. Encontrei só uns dois erros, nada grave. Porém, senti falta de várias preposições durante a leitura, o que exige uma maior atenção na revisão (não sei se ele pagou ou fez sozinho). Como é independente, ele mesmo pode arrumar os erros e publicar novamente na Amazon, sem muitos prejuízos.

No mais, peço desculpas ao Joe por ter demorado tanto na leitura da obra, mas adorei muito conhecer o Marcel e devorei o livro em três dias (seriam dois, se não fosse o feriado). Então, recomendo a leitura de Arcanista e que venha o Armamentista! E, agora sim, uma ótima parceria para nós, que renda muitos frutos para ambos!

P.S.: Se você, autor, quer que eu leia sua obra, só entrar em contato comigo através do inbox do Facebook ou pelo email kamilafm.14@gmail.com.



Olá!

Finalmente o blog está voltando!!! O grosso do TCC foi feito, agora só faltam as correções pontuais, nada que não possa ser feito. E a revista está ficando tão linda *---*

Mas agora é hora de falar de um livro que me tirou o fôlego! Não conseguia não virar cada página, tamanho o suspense que cada linha trazia. O resenhado de hoje é o Arma de Vingança, do Danilo Barbosa, que tive o prazer de conhecer pessoalmente em um evento no começo deste ano. Eu peguei emprestado com uma amiga, mas me arrependo de ter demorado para ler (culpa do TCC), então confira logo abaixo a resenha de Arma de Vingança!
Arma de Vingança começa com o leitor sendo apresentado a Ana, uma mulher que, logo de cara, já diz que o livro não é uma história de amor. Brevemente ela conta um pouco sobre sua vida e, aí sim, já vamos para a história em si. Ana é uma menina que perde sua inocência depois da morte de seu pai e do abandono de sua mãe.

Ela foge de casa e muda de cidade. Consegue emprego em uma locadora e, aos poucos, refaz sua vida. Até conhecer Ricardo. Ele é o príncipe encantado, em forma de mortal. Só que não. Ricardo, que é um cara rico, vale ressaltar, faz de tudo para conquistar Ana, mas, lá no fundo, tem planos macabros para ela.

Mentiras. Terror. Medo. Ódio. Mas nem tudo é pesado, porque Ana tem ótimos amigos, como Adriana, Tiago, Paula e William. Porém, é óbvio que ela esconde segredos do passado. Segredos tão horríveis quanto o que ela viverá com Ricardo. E, depois de uma determinada situação, ela mudará. Para a pior? Isso você decide.
Que livro, meus amigos! Primeira obra que leio do Danilo e, sério, não tem como não virar fã. Principalmente pela Ana. Ele criou uma personagem muito diferente das mocinhas que vemos por aí. Este livro, quem me emprestou foi a Ana, do Entre Chocolates e Músicas. E ela me havia dito que a protagonista era forte e decidida. E é mesmo. Em dado momento, a Ana (não a minha amiga) me lembrou a Lisbeth Salander (sim, a da trilogia Millennium. Talvez, só talvez, eu goste muito dessa história). Quem leu os livros  (ou viu os filmes) lembra como Lisbeth era, determinada, sempre analisando as consequências. Ana também é assim, foco no que queria fazer. Será que o Danilo leu/assistiu a trilogia?

Como disse no início do post, nunca tinha lido nada do Danilo, então ler essa obra foi uma grata surpresa. Mais um talento nacional que merece todo o sucesso que vem recebendo - e merece ficar por muito tempo na Universo dos Livros, que acreditou e fez uma edição toda maravilhosa! A escrita do autor é fluida, intrínseca, não deixa pontas soltas e o melhor: te prende do começo ao fim. Tanto que, apesar de ter demorado para ler, quando o fiz, só parei depois que acabou. E pensei: que história do car****!

Uma trama diferente de tudo o que você já viu, Ana vai te surpreender e te deixar com o coração na mão, porque ela vai passar por maus bocados, mas ainda assim você vai se emocionar e torcer para ela. E Danilo, parabéns pela obra e espero que esse seja seu primeiro best-seller de muitos! E não fui só eu que elogiei esse livro, até o The Guardian aplaudiu essa maravilha! (confira o texto aqui) E se este grande jornal aplaudiu, quem sou eu para ir contra?