Olá!
Nesse feriado li bem pouco, na verdade só tive tempo de finalizar essa leitura porque precisei fazer um trabalho de faculdade. Porém, a resenha está aqui, atrasada, é verdade, mas o importante é que, se demorei, foi por uma boa causa, rs. Sem mais atrasos, é de conhecimento público que amo/sou Nicholas Sparks - leio tudo dele, até bula de remédio. E é sobre seu mais novo livro que vim falar. Espero que gostem de No Seu Olhar.
No Seu Olhar nos apresenta Maria Sanchez, advogada, que, aos 28 anos, está trilhando seus passos na carreira, trabalhando em um escritório. Filha de imigrantes mexicanos, Maria volta para a pequena cidade de Wilmington, (que, mesmo não sendo falado, já sabemos que fica na Carolina do Norte) por causa de um fato ocorrido com a família de um dos clientes que atendeu.
Do outro lado temos Colin Hancock, um cara que teve problemas com a família e com a justiça (coisas de média gravidade, como espancar bêbados em um bar, estando bêbado também) ao longo da vida. Mas tudo ficou no passado. Ele agora é um estudante universitário, aos 28 anos decidiu ser professor, além de ser lutador amador de MMA nas horas livres.
Um carro quebrado na estrada foi o suficiente para que Colin e Maria se conhecessem. Porém, isso não foi suficiente. Foi necessário um empurrãozinho de Serena, irmã mais nova de Maria, que, coincidentemente, faz algumas aulas na mesma sala de Colin. Alguns encontros foram o suficientes para que logo eles virassem um casal, mesmo sendo tão diferentes.
Porém, algumas situações vêm à tona para perturbar Maria. E uma delas é o assédio sexual por parte de um de seus chefes. Ela acreditava que, passando uma borracha na situação, o chefe pararia. E parou, mas não com outras funcionárias. Lá no início eu disse que Maria voltou para Wilmington por causa de algo que ocorreu em seu passado. Pois é, esse passado está voltando.
Cassie Manning namorava George Laws, mas ele a sequestrou e matou. Até aí, mais um triste caso de violência doméstica. Se não fosse a família esquisita, os Manning. Maria era a advogada responsável por colocar Laws na cadeia. Ela até conseguiu, mas não do modo como a família esperava, causando problemas a ela. Eleanor, a mãe de Cassie, cometeu suícidio, e Lester, o irmão, teve um surto, a ponto de ameaçar Maria de morte. O único aparentemente normal era Avery, o pai de Cassie e Lester.
Como será que Maria vai passar pelo chefe assediador e resolver o caso da família Manning? E Colin, será que seu jeito esquentado vai apaziguar por causa de Maria? São 417 páginas de uma história super atual, mesmo tendo todas as características que consagraram Nicholas Sparks!
Eu recebi esse exemplar da Arqueiro, parceira do blog. Não me arrependo de ter pedido. Como eu já disse, tem todas as características que destacam Sparks na literatura, mas possui detalhes que devemos prestar atenção. Por exemplo: Serena, a irmã de Maria, é ativa nas redes sociais. Toda a vida dela está no Facebook e Instagram (aliás, as redes sociais aparecem bastante no livro, nos identificando com os personagens, até), o que facilitará bastante em um determinado momento da história.
Colin é um cara um tanto controlado, mas tem instinto de violência, graças ao seu passado, passando de escola em escola. Sua família mora longe, com ordem de restrição e tudo. Colin só pode contar com Evan e Lily, seus amigos de sempre. Evan é o oposto de Colin, cabelo escovinha, menino de família rica, mas com um grande coração. E Lily, que é namorada de Evan, está sempre disposta a ajudar. De poucas palavras, Colin é sincero e fala na cara, mas não por maldade, mas porque faz parte dele.
Minha coleção do autor |
Maria é o oposto. é centrada, calma e sempre colocou seu trabalho em primeiro lugar. Seus pais vieram do México para tentar a sorte e conseguiram abrir um restaurante típico. Uma coisa que pude notar é que as famílias mexicanas que vivem nos EUA são muito unidas. E a de Maria não é diferente. Quando a situação apertou, os tios e primos e todos os parentes apareceram para ajudar. Acho bonito todas as histórias em que as famílias se ajudam e as pessoas se dão bem entre si, principalmente com seus tios e primos (se relacionar bem com pais, avós e irmãos é obrigação, né?). Até porque como minha relação com tios e primos beira o inexistente - principalmente do lado do meu pai - gosto de ver livros/filmes em que isso acontece.
Jill é advogada e a melhor amiga de Maria. Prestem atenção nela, pois ela será crucial em uma parte da história, em que Maria precisa tomar uma decisão.
Sobre o conjunto da obra, pra variar, muito bem escrita, intrincada, atualizada, falando sobre vários temas que há muito não vejo em livros - internacionais ou não - como: assédio sexual, exposição nas redes sociais, esses são os mais latentes, mais visíveis durante a história. Como o assédio denigre a mulher (ainda mais na cultura em que vivemos, a do estupro e da impunidade) e a exposição em redes sociais pode nos expor demais, por exemplo.
A edição da Arqueiro está ótima, porém, notei dois erros graves, em que os nomes dos personagens foram trocados; isso me causou uma pequena confusão, fazendo com que eu precisasse reler a frase. mas tirando isso, a capa está muito bonita (igual à original). Colin, de poucas palavras e Maria, que sempre pensa antes de agir, formam um belo casal, onde a sinceridade prevalece. Sem falar que eu shippo, mesmo às vezes, quando eu quis socar o Colin por causa de suas respostas curtas, como "Certo" e "É". A única coisa que concordo com ele é o fato de que, segundo ele, ninguém liga para as opiniões dele. Me identifiquei.
No mais, só me resta recomendar esse livro lindo em que, duas pessoas completamente diferentes acabam se apaixonando. Peço desculpas à editora em postar a resenha, mas espero que, tanto a Arqueiro como você que me lê tenham gostado do post!