Olá!

Hoje é dia de trazer uma resenha de um YA que vai mexer com a consciência de muita gente. Profundo, escrito por Robin York, tem uma mensagem forte a ser transmitida. Leiam a resenha e prestem atenção.
Profundo vai contar a história de Caroline Piasecki, uma jovem de classe alta, que teve seus nudes divulgados na internet pelo seu ex-namorado. A história vai começar quando West Leavitt dá um soco em Nate (ex da Caro) no meio do corredor, porém, Caro também acaba sendo acidentalmente agredida por West. Ele é a primeira pessoa que a defende publicamente após a divulgação das fotos.

West Leavitt é um cara que a sociedade considera como "errado". Vende maconha, tem um estilo de vida suspeito, mas é um bom aluno, além de possuir vários empregos. Eles se conhecem quando Caroline chega ao alojamento da universidade, logo no início do curso. Aliás, Caro estuda direito, quer ser uma advogada importante, como seu pai.

O pai de Caro deixa bem claro que quer que ela fique longe de West. Ela namora Nate. Namora é modo de dizer, porque o cara é bem cretino. Ela faz as vontades dele, porque acha que o ama. Não à toa, quando o namoro finalmente acabou, suas fotos íntimas (com ele, pra deixar claro) foram parar na internet.

Quando a universidade inteira vê as fotos, o mundo dela desaba, claro. Ela vê sua futura carreira indo pro lixo, se sente uma completa vagabunda, se sente culpada. Então, ela começa uma luta sem fim para tirar as fotos da internet. Isso até trocar as primeiras palavras com West, depois de ter recebido uma cotovelada no rosto.

Logo de cara, a atração é palpável. O desejo sexual também. Caroline sabia que West tinha algo que Nate não tinha. Mas como encarar essa novidade se ela se sentia humilhada e sozinha? Claro que ela tinha uma amiga, a Bridget, mas não era a mesma coisa. Ela não tinha a quem recorrer, não contou ao pai e às duas irmãs (a mãe é falecida) e tentava sozinha apagar esse detalhe de sua vida. Mas será em West que sua vida ao menos tentará dar uma guinada, em busca da recuperação de sua vida e dignidade.

Solicitei esse livro à Arqueiro, parceira do blog. Conheci esse livro através da campanha que a editora fez junto aos blogueiros parceiros: separar um post para falar sobre pornografia na internet, que, pasmem, nos EUA é permitido - aliás, só é proibido em dois estados deste país. Sim, Caro, nossa protagonista, praticamente não tem a quem recorrer.
Uma coisa que notei no livro - e que, infelizmente é assim na vida real  - é que as fotos íntimas tinham participação do casal, ambos apareciam na foto, mas só ela foi apontada como 'a vagabunda', 'aquela que merece ser comida' e outras coisas piores que não citarei. Tipo, pro cara está tudo bem, ele apenas está transando. Não importa se é com a namorada ou com uma prostituta, ele está de boa e ela que é a errada.

Então, voltando ao livro, uma coisa que me irritou foi que, na primeira vez que Caroline foi falar com West para pedir que ele não agrida mais o Nate, ela já queria ficar com ele. Gente, eles mal se conhecem, trocaram poucas palavras no corredor e só. Achei um pouco forçado, mas depois eles acabam se tornando uma unidade. De um jeito bem interessante, aliás. Caro e West são muito diferentes mesmo, inclusive na situação financeira,  mas nem isso os impediu de se unirem.

Vale a pena também prestar atenção em Bridget, amiga da Carol, Krishna, amigo do West e Quinn, que, usando o rúgbi, criará uma forte relação com Caro. Pessoas maravilhosas!

Por ser um Young Adult (acho que a classificação é essa, partindo da premissa que os personagens estão na universidade), claro que terá cenas hot. A parte boa é que são bem escritas. A ruim é que são várias, mas nada que te faça abandonar a leitura, até porque, a leitura flui tão bem que quando você vê, acabou o livro. Principalmente nos momentos finais, quando a bomba estoura e você fica "meu Deus, pobre Caro!".

O trabalho da Arqueiro, mais uma vez, está impecável. A capa é bem bonita - em detrimento da segunda, em que o cara está com cara de doente. A moça se parece mesmo com a Caroline e a lombada rosa indica que veremos o ponto de vista dela. Provavelmente o próximo falará sob a ótica de West. Aliás, o livro é intercalado entre os pontos de vista da Caroline e do West, mas o foco aqui é ela. Porque, no próximo volume, sofreremos com West.

Falei e falei, mas esqueci de dizer o mais importante: recomendo demais a obra! É um YA que tem muito a dizer - e conscientizar sobre fotos eróticas e como a vítima pode ficar quando elas vazam na internet. Agora, vou dar uma decantada nessa série e, até o fim do mês trago a resenha do Intenso, o livro dois dessa história.


Olá!

Em abril do ano passado, escrevi um texto opinativo, onde eu falava sobre as pessoas que têm seus vídeos e fotos vazados na internet. Ele está disponível aqui. Pois bem, um ano depois, esse assunto volta à baila porque a Arqueiro acabou de lançar os livros Profundo e Intenso, da Robin York, cujo tema principal é a vingança pornô (revenge porn). E, através de uma blogagem coletiva, a editora quer transmitir a mensagem que a autora manda para todos.
Lá no meu outro texto, eu usei a Carolina Dieckmann como exemplo de pessoa famosa que teve suas fotos eróticas hackeadas para fins de extorsão. Mas, sempre tem um ou outro caso de vingança pornô passando no Datena ou no Marcelo Rezende. Vingança pornô é quando uma pessoa vaza fotos/vídeos íntimos de seu/sua parceiro/a - geralmente é o homem que divulga os "nudes" da ex-namorada, como forma de vingança. (Sentiram o cheiro do machismo?)

E se vocês acham que a Lei Carolina Dieckmann (clique aqui para conhecer) é fraca - ela não é fraca, é que o Código Penal não ajuda - pasmem, nos Estados Unidos, é legal! Imaginem que, no país onde todo mundo se espelha/inveja/idolatra simplesmente é permitido divulgar conteúdo erótico de terceiros!!!! E é isso que acontece com Caroline, protagonista dos livros Profundo e Intenso (logo abaixo eu deixo a sinopse). Dos 50 estados norte-americanos, só dois (DOIS) proíbem divulgação de pornografia não-consensual.

SinopseCaroline Piasecki vê sua vida se transformar em um pesadelo quando o ex-namorado espalha fotos dela nua na internet. Desesperada, ela tenta fazer com que as imagens sumam da rede e, ao mesmo tempo, tem que se defender da multidão de pessoas que a julgam.
Um dia, quando um cara que ela mal conhece sai em sua defesa, tudo muda de repente. 

Bom, como fazemos parte de uma sociedade em que todos têm acesso à internet e smartphones, todo cuidado é pouco. Sabe o meme "manda nudes"? Então, ele é engraçado, mas só na internet. Vejam, se foi tenso pra Carolina Dieckmann, que é famosa - e viu o hacker ser identificado - imagina pra você e pra mim, que somos do povo e sabemos como a justiça funciona... Então, se você não confia tanto assim no seu namorado/a, sério, não mande nudes. Ou melhor, caso você goste de se fotografar, guarde para você. Não sou ninguém para julgar as pessoas que gostam (quem sou eu para isso?), mas você há de concordar comigo que, quando você não tira fotos assim ou tira e guarda as fotos, a chance de dar problema é menor, mesmo sabendo que a segurança digital brasileira é horrível e qualquer um - qualquer um mesmo - pode entrar no seu drive, ou roubar seu celular/câmera e assim ter acesso a tudo.

E sinceramente, não entendo as pessoas que gostam de mandar fotos/vídeos íntimos para o parceiro. Não é mais legal ver ao vivo??? Enfim, o alerta está aí e eu espero do fundo do meu coração que você jamais passe por isso (nem eu quero passar). Mas, se por uma infelicidade da vida isso acontecer, saiba que a culpa não é sua! A culpa sempre será do infeliz que divulgou sua intimidade. Sempre!

Pra encerrar, deixo um recado da Robin York, pedindo apoio da sociedade para que a vingança pornô se torne um crime nos EUA!



Olá!

Como eu não tenho nenhuma resenha pronta, mas tenho três leituras pendentes, hoje vim falar de um tema recorrente: intimidade exposta na internet.



Como muitos sabem, e se não sabem, vão saber agora, eu gosto de novelas estrangeiras, de diversas nacionalidades, mas os enlatados mexicanos são os primeiros da lista porque eu conheço de outrora. Naturalmente, como eu acompanho as novelas, acompanho também as vidas dos atores e atrizes (não se preocupem, eu trabalho, estudo e cuido da minha vida) através das redes sociais dos famosos e de grupos no facebook. E foi justamente através de grupos que fiquei sabendo que, na semana passada, um determinado ator (é o David Zepeda, inclusive algumas de suas novelas foram exibidas no Brasil) teve um vídeo erótico vazado na internet. Claro que sua vida veio abaixo, o México não falava de outra coisa. E foi pensando nisso, que me veio a ideia desse post: o que leva uma pessoa a gravar sua intimidade e colocar na internet?

Claro que, há casos que a pessoa não sabe que está sendo filmada e o vídeo é usado para extorqui-la. Mas também têm os espertos que se filmam e põem na web e depois fazem cara de coitados. E não são só vídeos, tem gente que publica fotos íntimas também.

Quando pensamos em intimidade exposta na web, logo nos vêm à mente a atriz Carolina Dieckmann, que teve suas fotos vazadas. Tudo porque ela deixou essas fotos em seu e-mail, que foi invadido por hackers. Não sou ninguém para julgar se a Carolina errou ou não em guardar as fotos em seu e-mail, a vida é dela e faz o que der vontade, mas, você que me lê, concorda que ela poderia ter evitado um enorme constrangimento se não tivesse se fotografado pelada? Mas, como há males que vêm pro bem, ela, usando sua fama, conseguiu que fosse aprovada uma lei que puna as pessoas que invadem computadores para roubar e divulgam qualquer conteúdo sexual alheio, é a Lei Carolina Dieckmann.


(fez diversas novelas, mas sempre lembrarei dela raspando o cabelo ao som de Lara Fabian)

Só que essa lei sozinha não adianta, precisaríamos ter um código penal forte. Não vemos muita vigilância das autoridades na internet, nem as pessoas que divulgam esses conteúdos vão para a cadeia, já que a pena é de seis meses a dois anos de prisão e neste país das maravilhas, ninguém que é condenado a menos que quatro anos de cadeia fica preso.

Fico pensando nas pessoas que são expostas na internet, seus momentos eróticos são compartilhados sem sua permissão. Como será que essa pessoa reage? Eu sei que não vai comemorar, lógico, mas deve ser uma sensação tão vergonhosa estar na boca do povo e ser apontada na rua como "o fulano de tal vídeo ou de tal foto", que chega a ser compreensível quando ela toma medidas extremas, como o suicídio. E olha, que sou contra o uso do suicídio como válvula de escape!

Mal dá pra saber se é pior pro famoso ou pro anônimo, ambos são atingidos de tal forma que acabam ficando no mesmo barco, o da humilhação. Mas o famoso tem a vantagem de, quando sai um material erótico seu na net, a policia faz de tudo pra achar o/s culpado/s, enquanto que, nem sempre é assim com o anônimo.

Enfim, o ditado "melhor prevenir que remediar" nesse caso é muito válido. A melhor forma de evitar material erótico seu na web é não se filmar/fotografar em momentos íntimos. Mas, e quando é outra pessoa que filma sem você saber? Aí complica, eu mesma não sei o que faria se alguém me fotografasse/filmasse sem roupa e jogasse na internet... Mas, lembrem-se suicídio não resolve, pelo contrário, só aumenta o ibope e faz com que o povo queira ver o motivo da pessoa querer acabar com a própria vida. (meu Deus, como o brasileiro adora ver a tragédia alheia!)

Se isso acontecer a você que me lê ou a alguém que você conheça (espero que isso jamais aconteça!), não pense em suicídio, vá a uma delegacia e se informe sobre a Lei Carolina Dieckmann, clicando nesse link! São esses instrumentos existentes para dar um basta nesse crime muito nojento!

No aguardo de suas opiniões sobre o tema.