Olá!

Para o tópico de agosto do Desafio 12 Meses Literários, escolhi um livro que recebi da Ana, que tem parceria com a Universo dos Livros, detentora da hoo editora, selo voltado para o público LGBT.

SKOOB - Terezinha e outros contos da literatura queer é uma coletânea de 17 contos em que se exalta o amor e a vida, mas saindo da binaridade e da heterossexualidade. Não por isso ele não deve ser lido pelos héteros, pelo contrário, é uma obra em que qualquer pessoa, em algum momento, se identificará com algum dos textos.
E para quem gosta de métrica, tem para todos os gostos. São todos escritos em prosa, mas alguns mais parecem poesia, de tão delicados que são. Tem também quem escreve como o Saramago, que fugia das convenções tradicionais de escrita (Encabulada, pg. 105) inclusive, pra mim, é, disparado, o melhor conto do livro. E tem, claro, a boa e velha prosa, para os mais certinhos de plantão.

O livro também nos mostra como o preconceito permeia, mesmo que nas entrelinhas, nossas opiniões sobre o diferente. Numa sociedade que ainda não aceita o diferente, o novo, Terezinha é uma espécie de refúgio para aqueles que tentam entender as novas convenções, em textos de escrita simples, porém concisa, mostrando que todos merecem amar e ser amados, independentemente de sua opção/orientação sexual.

Como o livro é de contos e bem curtinho, vou deixar alguns quotes, um aperitivo do que esperar desse livro.

"Ouvir a batida de cada trilha de vida, como uma melodia gostosa de um único acorde, refazendo em notas, o fazer de novo, a outra chance de ser feliz. A vez." (Amor Irritante, pg. 73)

"Pra nova Vida nascida, nova poesia, ela escreveu a verdade do que sente e em favor do seu amor. Do amor de ambas. Em nova formação, a descrição do nascimento de novos sentimentos, em renovados três termos: Eu amo você!" (Rascunhos de Mim Mesma, pg. 44)

"Amor mais forte que a própria morte. Porque soube o que é amar e viver por alguém."  (Resquícios de Fantasia e Foliões, pg. 134)
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Olá!

Pela primeira vez resenho um filme original Netflix. No começo fiquei em dúvida em qual categoria colocar (Filmes ou Na Netflix?), mas optei pela segunda, sei lá porque, até que este texto caberia nas duas categorias, mas prefiro cada um no seu quadrado. Hoje é dia de louvar Noomi Rapace em seu mais novo filme: Onde Está Segunda?

Título Original: What Happened to Monday?
Elenco: Noomi Rapace, Glenn Close, Willen Dafoe, entre outros.
Duração: 2h 3m
Ano: 2017

Onde Está Segunda? se passa em 2073, num mundo futurístico que está tão cheio quanto as plataformas da Sé em horário de pico. A explosão demográfica explodiu demais e a política do filho único é levada à risca (ainda existe isso em 2017...). Ai de quem engravida pela segunda vez.

E foi isso que aconteceu com Karen Settman. Ela morreu no parto, mas teve sete filhas. Sete. E quem ficou com as crianças foi seu pai, o dr. Settman (Willen Dafoe). Para facilitar a vida, cada uma foi registrada com um dia da semana. Elas só podiam sair no seu respectivo dia, nunca juntas, muito menos uma depois da outra. Da porta para dentro, podem ser quem quiser, da porta para fora elas são... Karen Settman (Noomi Rapace).

Nicolette Cayman (Glenn Close) é quem faz a Lei de Alocação Infantil ser cumprida. Ah, se descobrem que a família tem dois ou mais filhos, eles são levados para dormirem um sono eterno, através da criogenia, aos cuidados de uma certa agência. Ela também quer se candidatar ao Parlamento, para deixar essa lei mais pesada. Isso tudo porque, com a explosão demográfica, os alimentos e a água ficaram escassos.

Karen trabalha num banco, porém, um certo dia, Segunda sai de casa e não volta. O dr. Settman instituiu que, ao fim do dia, quem saísse de casa deveria contar absolutamente tudo sobre seu dia. O que uma faz, afeta a todas (a Quinta que o diga). Como tudo é futurista nesse lugar, as informações sobre as Settman estão na palma da mão. Literalmente. Os monitores de computador somem num piscar de olhos e todos são obrigados a usar uma certa pulseira que, ao encostar num leitor, toda a vida da pessoa aparece na tela.
Então, a Segunda sumiu e as irmãs se desesperam, porque o segredo delas pode ser descoberto a qualquer momento. Vale ressaltar que cada irmã realmente parece um dia da semana: a Segunda é séria, a Terça é obstinada, a Quarta é elétrica, a Quinta é revoltada, a Sexta é inteligente, a Sábado é vida loka e a Domingo é paz e amor. Além de terem que se desdobrar pra achar a sumida, descobrirão várias coisas que elas supostamente fizeram, e não são nada boas... Agora estão atrás das Settman, quem poderá ajudá-las?

Primeiramente, preciso dizer que AMO NOOMI RAPACE!!!!!!!!! Na caixa alta porque não quero deixar suspeitas. Eu não tenho palavras para descrever essa mulher, estava esperando por esse filme muito antes de saber que ia entrar na Netflix (pra mim que ia ser lançado nos cinemas mesmo), então quando vi que era produção exclusiva da plataforma, só surtei. Foi difícil escolher, mas a Quarta é a minha favorita porque lembra Lisbeth Salander é maravilhosa.

Tenho o sonho de visitar um set de gravação de filme, deve ser um ambiente e tanto! Se interpretar um personagem deve ser pesado, imagine então sete! Cada um com uma personalidade diferente. Preciso ressaltar também a atuação da Cruella de Vil, não, pera, da Glenn Close, que só de aparecer na tela já deixa o espectador nervoso, porque sabe coisa boa não virá da personagem. Quero confessar que, quando mais nova, confundia ela com a Meryl Streep (ainda confundo, na verdade...), adoro as duas, rs.
A pessoa nasce uma vez e nasce bonita desse jeito. Que injustiça.
Willen Dafoe, com sua eterna cara de vilão, dessa vez foi um excelente avô, treinando as meninas para que não fossem pegas. Digamos que deu certo. Por 30 anos. Claro que, por ele ter uns contatos, conseguiu esconder toda a história. Uma coisa legal que ele fez foi descobrir o melhor de cada menina, para que, juntas, pudessem arrumar um emprego e, assim, todas se saírem bem. Só fiquei pensando que, como bancos não funcionam aos fins de semana, o que a Sábado e a Domingo faziam?

O filme, com excelentes efeitos especiais (a Netflix se endividou com certeza) e a única atriz possível em atuações de encher os olhos, tem também uma excelente crítica social, em que mostra que a repressão não é a saída para absolutamente nada. Cada cena é um show de atuação, te deixando na expectativa acerca de cada irmã, algumas te dão aflição (preciso de pessoas para conversar sobre a cena do dedo) e em outras você ri, porque simplesmente não está esperando o momento seguinte.

O filme entrou no catálogo na sexta passada, ou seja, praticamente está fresco. Um filme super atual, com algo que pode acontecer em cinquenta ou sessenta anos, uns plot twists de matar, atuações de alto nível e Noomi Rapace, que dispensa apresentações. Vamos assistir e saber onde raios está a Segunda.

Olá!

Estou feliz, mas por dentro estou chorando. Terminei de ler A Rainha do Castelo de Ar e, sei que de agora em diante nada mais será igual. A "palavra de Larsson" já foi escrita. Mas todo dia é um excelente dia para louvá-lo. Justamente por isso que hoje é a vez dele ser resenhado. Provavelmente haverá spoilers de A Menina que Brincava com Fogo.
Os Homens que Não Amavam as Mulheres - Livro | Filme
A Menina que Brincava com Fogo - Livro | Filme
A Rainha do Castelo de Ar - Filme

SKOOB - A Rainha do Castelo de Ar vai começar exatamente do ponto de onde parou o anterior. Lisbeth comendo o pão que o diabo amassou nas mãos de Zala, o que culminou com um tiro na cabeça, sendo salva por Mikael Blomkvist. Ela e Zala são levados para um hospital, onde ficam separados por dois quartos de distância.

Lisbeth Salander está sendo procurada em todo o país, acusada de ter matado seu tutor Nils Bjurman, o jornalista Dag Svensson e sua namorada Mia Bergman, colaboradores da Millennium. Só que um novo personagem surge: Ronald Niedermann, que ninguém sabe que é filho de Zala, portanto, meio-irmão de Lisbeth, já que a mãe dele é alemã.

Niedermann estava junto com Zala na tentativa de matar Salander. Ele foi o único que conseguiu fugir, um homem de quase dois metros e que tem analgesia congênita - uma doença em que a pessoa não sente nenhum tipo de dor. Mikael consegue detê-lo, mas como o jornalista fez umas cagadas com os policiais que atenderam o caso, acabou fazendo com que, indiretamente, Niedermann fugisse, já que ninguém ligou pro que ele dizia (dois oficiais não são suficientes para segurá-lo).

No hospital, Lisbeth encontra no dr. Anders Jonasson um amigo, pois é ele quem opera seu crânio, retirando 32 fragmentos de ossos (sendo o maior deles invisível a olho nu). O dr. Anders vai cuidar dela, sem se importar se ela é uma jovem vítima de abuso ou uma assassina sedenta por vingança. Ela está isolada, proibida de receber visitas. Novas investigações comprovam a inocência dela do triplo homicídio, mas ainda tem gente que quer interná-la num hospício.

E essa gente é a Seção. Um grupo secreto da Säpo (a polícia secreta sueca, que existe de verdade, como muitos detalhes que o autor coloca ao longo do texto) formado por policiais nacionalistas (e racistas, diga-se de passagem) que resolvem dar asilo político a um certo Alexander Zalachenko, dissidente da KGB, a polícia secreta soviética. Essa Seção tinha como objetivo cuidar para que Zala permanecesse no mais absoluto sigilo.
Netflix, meu amor, que dia que os filmes voltarão para seu catálogo?
Só que Zala se relacionava com uma certa Agneta Sofia Salander. Batia nela dia sim e dia também, tanto que acabou tendo graves lesões cerebrais. Ela teve as filhas Camilla e Lisbeth, e foi Lisbeth que tomou a drástica decisão que mudaria sua vida: fez um coquetel molotov e tacou fogo no pai, o que a levou imediatamente para a clínica Santk Stefan, dirigida por Peter Teleborian. O primeiro de muitos abusos sofridos por ela.

Deixando um pouco da Seção e da vida pregressa de Lisbeth, Erika Berger, editora-chefe e acionista da Millennium (e amante de Blomkvist, com o aval do marido) recebe uma irresistível proposta do jornal Svenska Morgon Posten (que não existe), e depois de muito pensar, acaba aceitando, deixando-lhe num carrossel de emoções. No SMP, ela é recebida por Morander, que está em vias de se aposentar. Só que, de repente, ele morre e ela precisa cuidar de tudo.

Ela tem o auxílio de Peter Fredriksson e a hostilidade de Lukas Holm, o editor de Atualidades. Ele é bom no que faz, mas adora passar por cima das decisões dela. Fredriksson é assistente de redação. Os primeiros dias foram bons, mas Erika começou a receber emails ofensivos, com conteúdo sexual. Como não sabia a quem recorrer, foi deixando isso de lado.

No hospital, Lisbeth está isolada, mas vai contar com o apoio e a defesa inestimáveis de Annika Giannini, advogada especialista em Direitos da Mulher - e irmã de Blomkvist. Finalmente Annika vai receber o merecido destaque como a brilhante advogada que é, mesmo sem dominar muito o Direito Criminal, e tampouco receber muitas respostas por parte de Lisbeth, ela vai driblando as adversidades que lhe aparecem e assim tentar mostrar a todos que Lisbeth Salander é inocente. E rápido, porque o julgamento dela está próximo.

Existem romances policiais, existem romances policiais escandinavos e existe Millennium. Amém. No volume derradeiro escrito por Larsson, as mulheres terão muito destaque. Além da Lisbeth, que dispensa comentários, tem Annika Giannini, que se destaca pela persistência, apesar de ainda ter um pé atrás com o comportamento de Salander (como defender uma jovem que mal abre a boca para responder as perguntas?), tem Erika Berger, que controla o SMP com pulso firme (e não de ferro), tendo que aguentar tipos como Lukas Holm e o cara que vai assediá-la. Tem Sonja Modig, a policial que não se intimida diante de um Zalachenko que, mesmo doente e com uma machadada na cara, ainda se acha o senhor da razão, uma certa Rosa Figuerola, da Säpo, que, junto com Blomkvist, vai descobrir os pormenores da Seção, e assim por diante...
A Cia. das Letras também publicou a biografia de Stieg, que conta a história dele, da Suécia e dos romances policiais.

Diferente do filme, que cortou mais da metade da história em nome da agilidade que o cinema permite (senão o filme ultrapassaria fácil as três horas de duração), o livro conta com uma riqueza de detalhes impressionante: o passado e o presente de Lisbeth, o dia-a-dia de Erika no SMP, os pormenores da política sueca, misturando personagens fictícios com reais, e como Mikael, mesmo sendo o fucking jornalista que é, não consegue controlar o pinto, pra ele, não importa quem molhou, ele vai passar o rodo. Gente como a gente (ou não).

O mais incrível é que o livro tem incontáveis personagens, e ainda assim o autor não se perdeu e escreve a trama de um modo que o leitor não vá se perder, mesmo que ele more no Terceiro Mundo. Como é sabido, Larsson era de esquerda, anti-nazista, antirracista, feminista, antissemita, defensor das minorias (não à toa vivia sob ameaça, por isso nunca se casou e a mulher que conviveu com ele 30 anos não recebeu um centavo dos royalties), e isso é visível em Blomkvist (um possível alter ego?), ele defende Lisbeth com unhas e dentes, como o amigo que ele é, além de ter uma moral que beira o impecável.

Voltando às mulheres do livro, conforme eu ia lendo, minha vontade era de entrar na história e abraçar a Lisbeth, a Erika e a Annika, cada uma envolvida com um escândalo particular, mas, por incrível que pareça, elas estarão unidas em algum momento. Lisbeth foi vítima de abusos por parte do estado sueco por anos, porque preferiram dar asilo a um dissidente de uma república que logo depois se desfragmentaria a ouvir uma menina vítima de maus tratos. Erika vivia às voltas com seu stalker que, não contente em mandar emails pornográficos, invadiu sua casa e roubou um dossiê importante e diversas fotos de caráter pessoal. Annika precisa lidar com a desconfiança da polícia em garantir que Lisbeth seria inocentada, dada sua inexperiência em casos desse tipo.

Guardadas as devidas proporções, são mulheres como nós, que precisamos provar dia a dia que somos tão (ou mais) capazes do que os homens para fazer qualquer coisa. Seja dirigir um jornal diário ou dominar a informática. Aliás, o cérebro de Lisbeth continua inteligente e sua memória fotográfica - que ela não gosta - continua funcionando perfeitamente, para a alegria geral dos fãs! Inclusive, o cérebro dela funciona mais que perfeitamente bem, porque não é possível ela fazer aquelas benditas contas para saber quantos passos a separavam do quarto do pai, no hospital.

Com muita dor no coração, termino de ler a palavra de Larsson. Claro que temos os filmes e a sequência do Lagercrantz (que espero ansiosamente, confesso), mas Stieg faz falta demais, mesmo tendo passado quase treze anos de sua morte, ainda não me conformo que ele tenha deixado sua obra incompleta - e uma legião de fãs. No último dia 15, todo mundo que curte literatura policial lembrou de seu aniversário - faria 63 anos - e eu, claro, escrevi um artigo em sua homenagem lá no site da revista Nova Millennium. Talvez esteja meio sem pé nem cabeça, mas foi porque escrevi de coração, sem roteiro e em 40 minutos. O texto é este aqui.

"No fim das contas, o tema principal desta história não são nem os espiões nem os organismos secretos dentro do Estado, e sim a violência de todos os dias cometida contra as mulheres, e os homens que tornam isso possível."



Olá!

Recebendo mais uma indicação, vamos de leitura nacional! Finalmente pude conhecer a escrita da Chris Melo - que tive o prazer de conhecer pessoalmente - e, apesar de não dar cinco estrelas, a história é muito bonita. Confira a resenha de Sob a Luz dos Seus Olhos.


SKOOB - Sob a luz dos seus olhos vai contar a história da Elisa, uma brasileira que viaja a Londres a trabalho. Ela trabalha numa editora e, graças a um programa da empresa, fará um intercâmbio de um ano na capital da Inglaterra. Mas, antes de chegar a Londres, ela passa em York, cidade fofinha e cheia de paisagens medievais. E é lá que ela vê pela primeira vez um belo rapaz de olhos azuis, que a deixa muito impressionada.

Agora sim, em Londres, ela vai morar na casa dos Hendson, onde é bem recebida e imediatamente se integra à família. E ela finalmente vai encontrar o dono do par de lindos olhos azuis. É o Paul, um dos filhos do casal Hendson. O sentimento nasce de maneira imediata, para desespero dos pais e encantamento dos jovens.

Mas, se a Chris Melo é considerada a "Nicholas Sparks de saia" (socorro), não é a toa. Paul e Elisa vão ficar juntos, claro, só que algo grave vai acontecer na vida da jovem, fazendo com que ela volte ao Brasil imediatamente, sem sequer se despedir direito do namorado. Seis anos se passam, Elisa tem 29 anos e Paul é um ator famoso. E finalmente ele vai reencontrá-la.

Como ela precisou largar tudo, Elisa precisou praticamente recomeçar do zero. Cadu é um doce de pessoa, seu vizinho, não sabe do passado da jovem, mas depois vemos seu lado machista e imbecil - e ainda estou indignada com o fato de que ele protagonizará o livro seguinte, Sob um milhão de Estrelas - e Carol, médica e melhor amiga de Elisa, que sabe tudo da moça, menos sobre Paul - amo e irei protegê-la.

Paul está muito mudado. Famoso, não namora mais do que dois meses, volta e meia está com uma mulher diferente, completamente irreconhecível para Elisa. Até pensamos que vai rolar um triângulo amoroso entre Paul, Elisa e Cadu, mas como eu já disse que Cadu é um imbecil, graças aos deuses da Literatura isso não acontece. Não à toa, o casal demora, mas fica junto.

Com o casal junto e feliz, vai passar mais um tempo e vai acontecer outra tragédia. E é aí que o amor do casal será posto à prova, isso porque, quando mais ninguém acreditou, Elisa foi até o fim. Com ela, só mesmo Philip e Rachel. Uma história de amor e superação, mas que não me encantou tanto assim.
Vamos lá, é um ótimo livro, mas não é tão encantador assim. Me irritei com o Cadu (e ainda não superei o fato de que ele ganha um livro só pra ele), fiquei triste com os fatos e amei o casal principal, mas não acho que a Chris seja um Nicholas Sparks feminino, tá mais pra Dani Atkins da América do Sul, isso porque a autora conduz os fatos de tal modo que nos faz acreditar que alegria infinita é uma coisa suspeita. Sob a Luz dos Seus Olhos é uma mistura de "A Escolha" (tio Nick, resenha aqui) com "A História de Nós Dois" (da Dani, resenha aqui). Aliás, essa história é bem parecida com as que citei.

Foi uma história bem escrita, detalhando bem as paisagens londrinas e americanas (onde o casal vai viver, em Santa Monica, Califórnia), mas o livro mais parecia bipolar: por um lado, felicidade em excesso, fiquei esperando acontecer coisas ruins. Aí elas aconteceram. E, olha, Chris pegou pesado, houve duas vezes que levei a mão à boca pra conter um grito (eu estava no ônibus), o que gostei muito, porque quebrou bem o doce da trama.

Um casal que amei demais, torci e shippei foi Philip, que é irmão de Paul, e Rachel, que vai aparecer no fim, então não direi nada sobre ela. FICO NO AGUARDO DE UM LIVRO SÓ DELES, OBRIGADA. Quem me recomendou o livro foi a Ana, do EC&M, que chorou com a obra (e ela raramente chora com livros). Não cheguei a chorar, mas gostei de ter conhecido a escrita da Chris. Como eu disse, não morri de amores pelo casal principal, mas não significa que não gostei, pelo contrário, amei bastante, apenas não me senti convencida por Paul e Elisa.

Cada capítulo começa com um nome de música, que vai de Elton John a One Direction, nenhuma faz meu gênero, mas a galera vai gostar bastante das sugestões. No Spotify tem a playlist que a autora montou com músicas que a inspiraram durante o processo da obra, a lista é diferente das canções que estão no livro, mas acredito que vocês vão gostar também. Li no Kindle, aproveitando um dia em que a Rocco disponibilizou a obra gratuitamente na Amazon. Não vi nenhum erro na obra, agora vou dar um tempinho para ler Sob Um Milhão de Estrelas - devidamente autografado, rs. Recomendo a leitura.