Olá!

Aos poucos, o blog vai voltando... Mas não podia deixar de contar pra vocês que a Empíreo está com um lançamento muito pesado. Cláudia Lemes, autora de Eu Vejo Kate (resenha aqui), volta à baila com um livro sobre a máfia. Confira abaixo os detalhes de seu mais novo livro, Um Martini com o Diabo, com seus respectivos links de pré-venda.
"O jovem Charlie Walsh está em Las Vegas, não para tentar a sorte, e sim para matar seu pai, um chefe da máfia italiana, Tony Conicci."

Com esse mote, Cláudia Lemes convida seus leitores a mergulharem em Um martíni com o Diabo, um romance policial noir, recheado com uma tradicional história sobre a máfia italiana. Inspirada pelo clássico O Poderoso Chefão (Mario Puzo) e pelos mestres do gênero noir, Dashiell Hammett, Elmore Leonard e James Ellroy, a autora constrói um drama movido pela vingança e pelo ódio de um filho pelo pai.

Uma história densa e violenta não é novidade para Cláudia que, em 2015 chegou às livrarias com o sucesso Eu vejo Kate – O despertar de um serial killer. O thriller conquistou fãs do gênero policial. A obra despertou a atenção pela escrita ousada e história transgressora e chegou a ganhar o praise de Ilana Casoy, criminóloga, escritora referência nacional em assassinos em série e consultora da série Dupla Identidade da Rede Globo.

“Cláudia Lemes estreia com este romance impecável, nos brindando com a profundidade de seu conhecimento sobre a alma humana e criminologia (...) me deixou sem fôlego. É uma ficção mais do que real.” (Ilana Casoy) 

Em Um martíni com o Diabo, Cláudia deixa de lado os assassinos em série, mas segue firme com a violência e crueldade tão marcantes dos romances policiais. Dessa vez ela conta a história de Charlie Walsh que para se vingar de seu pai, o mafioso Tony Conicci, infiltrar-se no restrito grupo de confiança da família Conicci. Mas esse desejo de vingança é posto à prova quando ele se vê seduzido por amizades, poder, drogas e dinheiro que a máfia oferece. Com o FBI em sua cola, e secretamente apaixonado pela enigmática esposa do pai, ele precisará decidir onde apostar sua lealdade.

O lançamento será no dia 12 de novembro, às 18h30, no Sesc de Santos, localizado na Rua Conselheiro Ribas, 136, bairro Aparecida. E logo abaixo estão disponíveis todos os links de pré-venda.

Empório do livro: https://goo.gl/tfc3PE
Livraria Bela Vista: https://goo.gl/mVTzcT
Livraria Cultura: https://goo.gl/FaKvqi
Livrarias Curitiba: https://goo.gl/u4llJ8
Livraria da Folha: https://goo.gl/xAOVtn
Livraria Travessa: https://goo.gl/KNg6nS
Loja Empíreo: https://goo.gl/djXO9v

Olá!

Mais uma breve fuga do TCC (que está ficando lindo, aliás) para mais uma resenha de recebido em parceria que é simplesmente maravilhoso! O Medo Mais Profundo, do mestre Harlan Coben, é um suspense que mostra que, por um filho, é possível ir até as últimas consequências.

O Medo Mais Profundo começa com Myron Bolitar reencontrando uma ex-namorada, Emily, de quem tem muita mágoa. Mas ela não voltou do passado à toa, precisava de ajuda. Seu filho, Jeremy, de 13 anos, tem uma grave doença - anemia de Fanconi - e precisa urgentemente de um transplante de medula. Até aí, uma situação grave, que vai piorar quando ela diz que um doador foi encontrado, mas ele simplesmente sumiu. Como se não bastasse, Emily ainda revela que o garoto é filho de Myron.

É o sétimo livro da série Myron Bolitar, mas o primeiro que leio, então não sei muito sobre ele, mas deu pra entender que, em algum momento, foi investigador de polícia. Porém, neste livro, ele tem uma empresa que agencia atletas. A agência está passando por uma crise, que Myron precisa driblar, enquanto procura o doador sumiu - o detalhe é que Myron nem sabe quem é esse doador - e ainda precisa se preocupar com o pai, que recentemente sofreu um ataque do coração.

A situação vai se agravando quando Bolitar finalmente encontra uma pista sobre o doador. E quanto mais ele mexe, mais a coisa piora, porque ele se depara com uma família poderosa que não quer que ele investigue. Só que ele está entre a espada e a parede. Será que ele vai ceder às ameaças?

Terceiro livro do senhor Coben e só uma frase: queria ter beijado aquela careca maravilhosa na Bienal de 2014! Que história! Ela começa um pouco morna, onde Bolitar relembra os momentos que viveu com Emily - e quando ela o trocou por outro. Myron, na juventude, era um promissor jogador de basquete, mas uma lesão grave no joelho colocou um fim em sua carreira. Mas, conforme o tempo vai passando - e ficando cada vez mais curto para salvar Jeremy - essas lembranças doloridas acabam voltando, mas ele precisa colocar tudo isso de lado, porque precisa encontrar o bendito doador.

Conforme a trama vai se desenrolando, nós entendemos porque Harlan ganhou tantos prêmios: ele constrói uma história intrínseca, de deixar o coração do leitor na mão, ao mesmo tempo que queremos que Jeremy seja salvo, queremos saber quem é o doador, quem são os poderosos que querem que Myron pare de investigar... E ainda sobra tempo pra um princípio de romance, com a apresentadora Terese Collins, mas acho que, pelo contexto, esse romance seja algo antigo - portanto, está em outros livros.



Recebi este livro em parceria com a Arqueiro e, mais uma vez, a editora não deixou a desejar: um ótimo trabalho de revisão/edição. Só encontrei um erro, falta de atenção, inclusive. A capa também esta bem bonita, condizente com a trama - vendo essa capa, me lembrei do livro Não Fale com Estranhos, também do Harlan (resenha aqui), em que, na capa, há duas pessoas, sendo uma encapuzada, dando a impressão de um assaltante. Aqui, vi a mesma coisa: uma pessoa encapuzada escorada num alambrado, parece um assaltante também, rs.

É claro que recomendo essa história, um suspense de tirar o fôlego. Se você tiver tempo, devora em um dia! Eu só demorei dois dias porque tenho TCC, senão, teria lido sem parar. Espero que a Arqueiro continue trazendo os livros do Harlan Coben pro Brasil porque, sem dúvida, são maravilhosos!!


Olá!

Voltei brevemente ao blog para compartilhar uma resenha maravilhosa de um livro que me surpreendeu. Verdade que li sem expectativas, por isso o resultado foi tão incrível! Não Quero Ser Lembrado é o primeiro livro de Lucas Rezende, lançado recentemente pela Empíreo.
Não Quero Ser Lembrado começa nos apresentando Bernardo, um homem que, aparentemente está transtornado pela morte de sua esposa. Bernardo não é um exemplo: sente-se fracassado, impotente, um completo inútil. E isso não é algo novo, esse sentimento está nele desde que se conhece por gente.

Voltamos alguns anos no tempo. Bernardo está passeando pelos corredores de sua locadora favorita (locadora de filmes VHS, sim, isso um dia existiu, tanto os VHS como as locadoras), quando tromba com uma bela mulher, tão jovem quanto ele. Eles trocam um pedido de desculpas e cada um segue seu rumo.

Mas Bernardo fica vidrado na moça. Ele, que não gostava de viver em sociedade, preferindo usar os filmes como válvula de escape da realidade, passa a procurar aquela com quem trombou. Se ele já ia com frequência à locadora, passou a ir praticamente todo santo dia. Como ele é brasileiro e não desiste nunca, passado algum tempo, ele reencontra a moça na locadora. Seu nome é Patrícia, e ela o confunde com um funcionário, tanto que acaba lhe pedindo uma dica de filme!

Feitas as apresentações, Bernardo e Patrícia passam rapidamente de desconhecidos a amigos, de amigos a namorados e por fim, se casam. Mas, assim como a vida de Bernardo era uma bela porcaria, a de Patrícia ia muito bem, principalmente no âmbito profissional. E isso incomodava muito o marido. Um suspense que vai tirar seu fôlego, do começo ao fim!

Sério, que livro é esse, Brasil?! Quando eu solicitei junto à Empíreo, parceira do blog, eu tinha lido em algum lugar que era romance, acho que foi até no Facebook da editora, mas qual minha surpresa quando, ao começar a ler, me deparar com um suspense? - Pelo menos, pra mim é suspense. Falando sobre Bernardo, no início até me identifiquei com ele - frustrado, com um emprego comum e não querendo se envolver com a sociedade. Mas, conforme ele foi contando sua história, admito que fiquei com medo. Não chega a ser bipolar, mas com certeza ele tem algum tipo de transtorno.


Já Patrícia é o oposto: alegre, batalhadora, é o sol na vida de Bernardo. Cheia de vida, a cada ano vem demonstrando muita capacidade em seu trabalho, além de ter nascido em uma boa família, cercada de amor. Como dito, os dois são muito diferentes, mas justamente esse detalhe - e a preferência de Patrícia por um determinado gênero de filme - é o que unirá esse casal.

Gostei muito da forma como o Lucas desenvolveu a trama. Oscilando entre os anos de 1997 e 2006 (e, quando necessário, voltando um pouco antes), mostra uma história sem pontas soltas, onde o leitor, ao mesmo tempo que fica aflito, fica curioso, pois quer saber mais e mais sobre Bernardo e o que ele fará para dar um rumo em sua vida.

Sobre a edição/revisão da Empíreo: impecável. A editora possui um cuidado incrível, pensa nos mínimos detalhes para que cada obra tenha sua própria cara (se os livros da editora fossem pessoas, teriam suas próprias personalidades). Não há erros de português e a capa tem uma mensagem subliminar - que eu só vi depois que li, aliás, a própria capa é muito bonita!

No mais, esse livro é muito bom, recomendo a todos, principalmente se você quiser sair da zona de conforto ou procura por uma história diferente. Que esse seja o primeiro de muitos livros do autor!


Olá!

Sim, eu sei que ando sumida do blog. Mas se eu estivesse sumida só do blog, até dava. Mas ando sumida da vida! Meu TCC está me sugando todas as forças, mas, se quero que dê certo, preciso de foco total. Porém, como nem tudo é trabalho, trago essa resenha (que está atrasada, aliás, peço perdão pelo vacilo), cuja leitura foi de altos e baixos, mas no final, ganhou meu coração, por isso TE AMO KRISTIN HANNAH!!!!!!!!! A propósito, o resenhado é o As Cores da Vida, lançamento de agosto da Arqueiro.

A história se passa na pequena cidade de Oyster Shores e começa com a morte da matriarca da família Grey. Agora, o pai teria que cuidar sozinho do rancho e de suas três filhas: Winona, Aurora e Vivi Ann. Elas eram novas quando a mãe morreu, então tem uma passagem de tempo e elas já são moças. Winona sofria de baixa auto-estima, era gorda, comia compulsivamente e seu crush não a correspondia. Pior, ele gostava da caçula Vivi Ann (me identifiquei com Win, me julguem).

Nesse meio tempo, o rancho precisa de um funcionário que realmente seja comprometido com o trabalho, já que nenhum fica por muito tempo no rancho. Até que Winona contrata Dallas Raintree. Até aí tudo bem, se ele não fosse índio. Logo de cara, percebemos que nos EUA, ser índio (ou nativo americano) é como ser negro (tanto lá como aqui). Porém, Dallas se mostra um excelente funcionário.

Aí começa a parte "novela mexicana": Win gosta de Luke, que namora Vivi Ann, que se apaixona por Dallas. Se fosse esse triângulo amoroso, estava bom, mas Win, que tanto gostei, começou a me irritar e fez uma coisa imperdoável - eu pelo menos não faria, não da forma como ela fez. Passado algum tempo, um crime choca a pequena cidade, colocando em xeque o conceito de família, algo que os Grey leva em conta há séculos - literalmente.

O que dizer dessa história? Não consigo dizer, só sentir. Mas comecemos falando das irmãs: Winona, a Win, é a mais velha. sempre sonhou em ter a aprovação do pai, mas o mesmo sempre cagou pra ela, coitada. Porém, cresceu e se tornou a melhor advogada da cidade. Muito inteligente, sempre deu um passo a frente na profissão, mas na vida pessoal, um belo fiasco (falta de auto-estima é coisa séria), por isso me identifiquei com ela. Mas, em dado momento, ela começou a me irritar, tanto que minha vontade era de entrar no livro e socar a cara dela.

Aurora é a do meio. Aparentemente tem a família perfeita: é casada com um cara comum, tem dois filhos pequenos e é a mediadora dos Grey, sempre disposta a conversar, ouvir e encontrar soluções para os problemas das irmãs. A perfeita dona-de-casa. Mas ela tem seus próprios dilemas: a família não é tão perfeita, mas pelo menos não sofre com a língua do povo. Eu diria que ela é sonsa, mas depois do que lhe aconteceu, ganhou meu respeito.
Vivi Ann é a caçula e o orgulho do pai. Ela é amazona, por isso ela é tão querida pelo velho Grey. Por ser a mais nova, ninguém lhe dá muito crédito, acham que ela tem a cabeça vazia. É só fachada, porque ela é tão inteligente quanto suas irmãs, mas como é brincalhona e um pouco impulsiva, meio que ninguém liga pro que ela pensa. Em dado momento me irritou também, mas, não faria o que ela fez durante o livro, abandono é uma coisa muito pesada. (um pequeno spoiler, sorry)

Sabendo um pouco de cada, arrisco dizer que, apesar de tudo, a família permanece unida. Em tempos em que se perde tempo discutindo o conceito de família, só de saber que ainda é possível três irmãs superarem uma barra muito pesada, dá esperança em mim. Não sou tão ligada ao resto da minha família e admiro quem tem contato próximo com tios/as e primos, gostaria de saber como é (se você que me lê sabe, por favor, escreva nos comentários). Esse livro mostra bem como a família que nasce estruturada, morre estruturada.

A nota negativa do livro é o pai Grey. Que velho escroto! Primeiro você pensa que ele prefere Vivi Ann às demais (por ela montar cavalos), mas ele se mostra uma pessoa fria, horrível, por ser pai, é pior ainda. Pobre Win, cada vez que o pai a humilhava, minha vontade era de entrar no livro e abraçá-la (mesmo eu querendo dar uns tapas nela). Ele, por ser neto do fundador de Oyster Shores (grande bosta, sinceramente), só se importava com as aparências, com o que a população diria sobre o comportamento das moças.

Já disse que amo Kristin Hannah? HAHAHA disse sim, mas digo de novo: ela é maravilhosa! O livro, apesar de ter uma parte meio novela mexicana, é bem escrito, bem estruturado e intrinsecado, ou seja, fechadinho, sem pontas soltas. Aliás, ela dividiu a obra em duas partes, pois há uma passagem de tempo considerável (é spoiler?). Quanto ao trabalho da Arqueiro: que lindo! Se eu não estivesse fazendo o TCC, teria devorado esse livro em dois dias, porque a escrita dessa mulher te envolve de tal modo que você perde a noção até da vida!

Não encontrei erros de revisão/edição e a capa é uma lindeza! Dá vontade de ficar olhando pra ela pra sempre. Termino dizendo que As Cores da Vida é um livro que deve ser lido com carinho, degustado, sorvendo cada informação que a Kristin fornece. Não preciso dizer mais nada, apenas leiam!