Olá!

Nada como ter a chance de ler o último livro de Isabel Allende, a quem vou amar e proteger enquanto viver. Recém-lançado pela Bertrand Brasil e comprado pela metade do preço nesta Brack Friday (amém, Amazon), Muito Além do Inverno é uma história que, mesmo se passando no frio do Brooklyn, é capaz de aquecer nossos corações.
SKOOB - Mais Além do Inverno conta três histórias que se entrelaçarão em uma. E a primeira história é a de Lucía Maraz, chilena, que está em Nova York, como professora convidada na Universidade local. Ela tem seus 50 anos e mora no porão do professor Richard Bowmaster, a quem gostaria de conhecer melhor, apesar de sua fama de sovino e certinho. Tinha como bicho de estimação o chihuahua Marcelo.

Fã da rotina, a segunda história é a de Richard, que é professor na mesma universidade e, aos 62 anos, quer distância de qualquer coisa que atrapalhe sua rotina perfeita. Sem emoções, sem problemas. Ele tinha quatro gatos, que chamavam-se Um, Dois, Três e Quatro, assim mesmo, em português, porque tinha passado uma boa temporada no Brasil e falava português fluentemente, além de ter estudado sobre a política do nosso país.

Um certo dia, Três é envenenado (tomou um anticongelante perdido nas coisas de Richard) e o professor o leva ao veterinário. O Brooklyn está sob a neve e, andar assim é perigoso. Na volta do consultório (Três morreu mas passa bem), ele bate na traseira de nossa terceira personagem: Evelyn Ortega, imigrante vinda da Guatemala e entra em pânico ao ver o carro batido. Seu medo é tanto que sai em disparada, antes mesmo de ouvir que o seguro de Richard cobriria o prejuízo.

Porém, algumas horas depois (no mesmo dia), Evelyn bate à porta de Richard em busca de socorro. Mas a moça é gaga e mal fala inglês e a solução encontrada pelo professor foi chamar sua vizinha. Lucía escuta-a com atenção e os dois vão se surpreender quando Evelyn abrir o porta-malas de seu carro e mostrar um cadáver. Ela tinha medo de represálias porque pegou o carro de seu patrão (um cara que ficou rico de maneira suspeita) para ir à farmácia comprar fraldas para o garoto especial de quem cuidava.
Richard logo quis chamar a polícia, mas isso logo ficou fora de cogitação por motivos óbvios: Evelyn era ilegal. Naturalmente, Lucía e o professor já eram cúmplices do crime (de ocultação de cadáver) pelo simples fato de saberem do crime. Os três então se uniram para, além de sumir com o corpo, tentar ajudar Evelyn de algum modo, já que estava sozinha no país. E ilegal. Com um plot um tanto original, vamos percorrer às histórias de cada um, ao mesmo tempo que queremos entender o que aconteceu com o cadáver.

Percorrendo o golpe militar chileno, a militância de esquerda, imigração ilegal, política brasileira, milícias de povoados minúsculos, as perdas cruéis de cada um, Isabel nos deleita com uma história rica em detalhes, detalhes de quem viveu muitas coisas retratadas na trama, desde o amor na terceira idade até ao exílio em outro país. 

Sou suspeita para comentar qualquer coisa escrita por Isabel Allende, porque vou amá-la e protegê-la enquanto eu viver. O jeito que ela mescla fatos reais em suas histórias é algo que vejo poucos fazerem - quando que nós veríamos Maria Thereza Goulart no casamento de Richard Bowmaster? Claro que, para inserir personalidades que fizeram parte da política do país (no caso de Isabel, do país dos outros, já que a última vez que esteve no Brasil foi em 1992) em um romance, faz-se necessário muita pesquisa, e ainda não colocar opiniões que digam se você é esquerda ou direita - aliás, nunca vou saber qual o lado de Isabel, já que, para ela, Salvador era só mais um tio.

O único ponto negativo fica por conta da capa brasileira. O que diabos a Bertrand Brasil fez? A capa original é muito linda e essa nova edição, (em que a editora planeja padronizar alguns títulos já publicados da autora, através de um projeto gráfico cujo conceito ainda não entendi) não indica absolutamente nada do que a história conta. Bem que poderia ter usado a capa original, como já foi feito em outros livros da autora - será que proibiram direitos de imagem?
Foto da capa original para apreciação. Imagem: divulgação
É um livro relativamente curto, em comparação à outras bíblias que ela escreveu (dá pra ler em um dia), e uma coisa que gostei muito é que Lucía e Richard foram inspirados nela mesma e no namorado. Isabel, recentemente, assumiu namoro com um simpático advogado, depois de 27 anos de casada e mais alguns curtindo a solteirice. Lembrando que ela está na flor de seus 75 anos! Já a Evelyn é um exemplo recorrente do que sofrem os ilegais nos EUA.

Até dava pra esticar um pouco a história, mas por ela não ter se prolongado, a história acabou no momento certo. Mesmo tendo quase 300 páginas, é um livro em que a escrita ajuda a história a fluir, mesmo com partes tristes (e partes muito tristes), a leitura é gostosa e rende até uns risos. Ela insere diversos fatos reais sobre o Chile (como sempre), o Brasil, a Guatemala... Aliás, ver o Brasil bem retratado num livro estrangeiro sempre me deixa abismada. Por não ter nenhum estereótipo, achei até suspeito, rs.

Muito Além do Inverno entrou para os meus favoritos (só não desbancou O Amante Japonês por motivos óbvios - resenha aqui), Isabel como sempre no meu coração, nunca me decepcionando e não tem como não torcer pro Richard e pra Lucía, é impossível não shippar esse casal, são dois fofos! Além, claro, de abordar temas importantes, como imigração e intolerância, que vai ganhar destaque na parte final do livro, mas que está nas entrelinhas da trama.

Como ainda falta muito para 8 de janeiro, o dia em que ela começará sua nova história, vou louvar esse livro para sempre, de tão lindo que ele é. E como eu já esperava, ela não me decepcionou com Muito Além do Inverno, que recomendo a todos, até mesmo pra quem não leu nada dela e procura algo leve e tranquilo de ler. Ela é a única autora viva que não me decepciona!

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Olá!

Muito gentilmente, a Ani, do EC&M, me emprestou seu exemplar de Virgem para leitura e resenha. E fazia tempo que eu não ria tanto com um livro. Vem conferir do que se trata o romance de estreia de Radhika Sanghani.
SKOOB - Virgem conta a história de Ellis Kolstakis, uma jovem de 21 anos que está doida para perder a virgindade. Faltam quatro meses para ela terminar a graduação em Literatura Inglesa e transar virou uma questão de honra. Ela vai contar com sua amiga Lara, que tem uma vida sexual ativa, para que a ajude com esse "dilema".

Numa festa, ela conhece Jack, que está quieto no canto, enquanto Lara estava conhecendo um menino, deixando Ellie na condição de procurar companhia. Eles emendam uma conversa meio esquisita, mas acaba surgindo uma amizade bacana, que vai fortalecendo com o passar do tempo. E Ellie, claramente, escolhe Jack para ser o primeiro.

Mas nem tudo são flores. Sua mãe, como toda boa grega (os Kolstakis são da Grécia) quer que a filha saia com o filho de uma amiga, e claro que não vai rolar. Entre suas tentativas de perder a virgindade e resolver alguns problemas de amizade (sem falar na entrega do trabalho final), nossa protagonista vai criar um vlog, com o intuito de falar sobre sexo, vaginas e virgindade.
Virgem não é de todo ruim, porém tem algumas partes em que a autora faz um desserviço à saúde e à informação. Tipo, numa conversas de Ellie com Paul (o filho da amiga da mãe), ele diz que ela não deve usar camisinha. QUE CLASSE DE CONSELHO É ESSE?????? Estamos em 2017!! Nessa cena em questão, ela está louca de vontade de fazer sexo oral no Jack, e aí o amigo solta essa pérola. Eu TINHA que falar isso de cara, a sociedade está conservadora demais, inclusive os jovens. Um livro assim não pode falar uma coisa dessas.

Sim, pode ser considerado até spoiler, mas num país em que muitas garotas ainda acreditam que se lavar a vagina com vinagre após o sexo evita gravidez, esse tipo de mensagem não pode ser transmitida assim, sem esclarecimentos. Claro que a história não é brasileira, mas quem garante que garotas inglesas não tenham pensamentos parecidos com esse que usei de exemplo?

Bem, mesmo sendo um desserviço, o livro tem sim suas partes importantes, em que mostra que devemos sentir-nos seguras e resolvidas com nossos corpos. E claro que tem as partes engraçadas, sério, tive que segurar a boca pra me conter - Virgem não é o tipo de livro que deve ser lido no metrô, mas tudo bem, o país ainda é livre. Ellie é muito legal e autêntica, e apesar de seus medos e receios, ela dá a cara a tapa para tentar sua sorte.

Jack é um amor! Ele fala de política, mas escreve textos cômicos e satíricos, o que é muito legal. Apesar de sumir e aparecer por longos períodos, ele é sincero e legal e se preocupa com Ellie, o que achei muito importante. Lara é amiga de infância de Ellie e é super legal, mesmo sendo o oposto de Ellie no quesito "vida sexual". Emma também será amiga da protagonista e é muito, mas muito mais legal que todos, disparado.
E como me identifiquei com Ellie em vários aspectos, acho válido dizer que me vi em vários momentos da obra, em que a personagem se mostra insegura com seu corpo, sua aparência e como ela se sobressaiu quanto à isso. A trama se passa em Londres (cidade natal da autora) e tem uma linguagem bem jovem, antenada com nosso tempo. E vale citar que o vlog sobre vaginas, virgindade e afins teve boa aceitação pelo público, mostrando como se faz necessário esse tipo de canal, pois as dúvidas sobre sexo entre o público feminino é muito grande, sem falar no fato de que ainda é um tabu falar sobre esses temas...

Recomendo a leitura sim, apesar do detalhe sobre o desserviço, isso não tira a relevância da obra, pelo contrário, com todas as dicas que a personagem dá através de seu vlog, dá dicas sobre sexo, vagina, tipos de depilação... tudo com muito bom humor (é escrito em primeira pessoa), mas sem deixar de ser sério nem ter estereótipos - pra mim, nesse ponto, Radhika acertou em cheio.

Enfim, leiam obra para rir, se emocionar, concordar/discordar da Ellie e acompanhar sua jornada em busca de um pênis para romper seu hímen - e conhecer suas experiências bizarras acerca de suas tentativas de sexo.


Olá!

O nome dessa série passou na minha timeline do Facebook e, logo de cara me chamou a atenção por motivos de: romance policial escandinavo. O termo chave para me atrair para qualquer produção advinda dessa região. E o mais legal é que é uma produção islandesa, o que me é uma novidade, pois da Islândia só conheço a Björk e o escritor Arnaldur Indridason. Conheça Trapped.
Trapped nos apresenta o detetive Andri (Ólafur Darri Ólafsson), que depois de algum tempo morando em Reykjavik, capital da Islândia, volta para a cidade portuária onde vivia. Só que, devido a uma tempestade, a cidadezinha fica isolada. E nesse meio tempo, um tronco é encontrado no mar, ao mesmo tempo em que um balsa dinamarquesa ali aporta.

Porém, antes de começar a investigação do tronco, faz-se necessário voltar no tempo, em 2008, quando uma fábrica desativada é incendiada e a cunhada de Andri morre - era lá que a jovem se encontrava, às escondidas, com o namorado. Ele, inclusive, leva a culpa.

Tendo como ponto de partida o tronco, Andri e sua equipe policial de duas pessoas - é tudo o que ele tem disponível - os oficiais Ásgeir (é homem; Ingvar Eggert Sigurðsson) e Hinrika (Ilmur Kristjánsdóttir), terá que lidar com uma série de situações que acontecerão após esse tronco ser encontrado. Lembrando que a cidadezinha está isolada e não tem como o pessoal da capital mandar mais efetivo.
Em paralelo à investigação, Andri tem seus próprios problemas (como todo protagonista de romance policial deve ter): ele mora na casa dos sogros (confesso que demorei pra entender esse detalhe), junto com suas duas filhas. Sua ex-esposa está com outro, o que o deixa muito magoado, pois ele acreditava que poderiam reatar o relacionamento. Além disso, seu sogro não consegue entender como o namorado de sua filha caçula saiu da prisão, mesmo o jovem já tendo cumprido a pena.

Numa paisagem branca e imponente, Trapped mostra que até mesmo na Islândia ninguém está seguro. Não se pode perder nenhum detalhe, preste atenção em todos os nomes (mesmo sendo praticamente impronunciáveis), em todas as pessoas. Todos são suspeitos e Andri não tem muitas pessoas em quem confiar. Ele também tem seus segredos. Tem que encontrar o assassino ao mesmo tempo em que seu coração se parte mais e mais porque a ex está em outro relacionamento.

Diferente de outras produções, em Trapped não tem gente com padrão Hollywood de beleza (eu achei o Andri fofinho, confesso), o que pode ser um reflexo da população, os personagens são gente como a gente. Eu fiquei pensando como é viver num país que faz frio o ano todo e a neve, dependendo da tempestade, cobre o seu carro por inteiro. E aí não dá nem pra sair de casa. Como a série foi gravada toda no inverno, nem quero imaginar como deve ter sido difícil pro pessoal gravar as cenas externas, eu fiquei com frio por eles...
A série tem apenas 10 episódios e, até onde pesquisei, a segunda temporada vai ser gravada só ano que vem. Obviamente Andri é meu favorito, mas também criei afeição pela Hinrika (já virei fã da atriz), ainda mais porque sua personagem vai crescer ao longo da série, se tornando bem importante, assim como Ásgeir, que vai cometer umas burradas, mas vai se mostrar um policial bem correto. Enfim, uma pequena equipe que, unida, fará muitas descobertas.

Eu não sou a maior fã de maratonar séries, por isso demorei uns três finais de semana para ver tudo, porém, se você tem tempo livre/paciência, eu recomendo Trapped, provavelmente diferente de tudo que você já viu. A propósito, a fotografia é tão linda, fiquei com vontade de conhecer o país depois de conhecer Andri e sua história.

P.S.: fiquei sabendo que há um brasileiro no elenco.

Olá!

A Ani, do Entre Chocolates e Músicas, conseguiu para mim, junto à sua parceria com a Rocco, um exemplar de Vulgo Grace. Até então, só conhecia Margaret Atwood da mídia. Agora virei fã e quero tudo dela. Resenha originalmente postada no EC&M.
SKOOB - Baseado numa história real, Atwood nos leva ao Canadá do século XIX, exatamente no ano de 1843, quando Grace Marks, uma empregada doméstica de 16 anos, é acusada de matar seu patrão, Thomas Kinnear, e a governanta (e amante) dele Nancy Montgomery, em cumplicidade com James McDermott, um suposto amante, que também trabalhava na casa. Com o furor sensacionalista de então, a mídia (tipo Datena e Sonia Abrão) deu seu veredicto, assim como o juiz, declarando Grace culpada e sentenciando-a à pena de morte.

Mas, alguns pauzinhos foram mexidos e a pena de Grace foi revertida para prisão perpétua. Justamente a parte que mais interessava a todos simplesmente sumiu. Todos queriam saber como foi o duplo homicídio, mas Grace alegou que tinha se esquecido de tudo. Porém, a mente de Grace era muito mais complexa do que se imaginava e os anos seguintes da jovem foram divididos entre a penitenciária e o manicômio, onde era subjugada de todas as formas possíveis.

Até que aparece o dr. Simon Jordan, um jovem norte-americano, bem-nascido, estudioso da mente humana, mas não um médico e sim um psicólogo. Após andanças por parte da Europa, ele se interessa pelo caso de Grace, único até então e resolve incluí-la em seus estudos. Ele também desejava abrir uma clínica psiquiátrica em sua cidade natal.

E com o dr. Jordan, vamos mergulhar na mente de Grace, em que ela contará sua vida desde o início, que começou lá no Norte da Irlanda, passando pelas casas aonde trabalhou como criada e até chegar na residência do sr. Kinnear, onde sua vida tomaria um rumo impensável. E não podemos nos esquecer de Mary Whitney, personagem muito importante da trama.
Até então, eu só conhecia Margaret Atwood por causa de O Conto da Aia (que desejo muito ler). Vulgo Grace me foi uma grata surpresa. Saber que isso realmente aconteceu dá um ar muito mais margem para discussão, apesar de o desfecho surpreender ao leitor – será que ela realmente matou o casal Kinnear-Montgomery?

Ao mesmo tempo que você ou ama ou odeia a jovem, podemos ver também como era o Canadá naquele tempo, totalmente diferente da nação que conhecemos hoje. O leitor atual dirá que era um país retrógrado, com ideias machistas e misóginas, onde as crianças são postas para trabalhar desde muito cedo e Grace, com apenas 16 anos, já é uma mulher com muita história pra contar. Graças às descrições impecáveis de Margaret, vemos com perfeição como era a moda e costumes naquela época – e, naquele tempo, era importante falar de moda porque era ela quem pontuava quem era da alta e da baixa classe.

Se o leitor de hoje for jovem, ele pode se incomodar um pouco com o português extremamente culto usado na tradução. Ora, está se contando uma história que aconteceu há mais de dois séculos, a linguagem também sofreu influência nesse tempo. Eu, particularmente, não me incomodei, mas como eu andei numa semana problemática (inferno astral?), admito que isso me deu um pouco de sono.

Vulgo Grace deve ser lido com atenção redobrada, pois temos dois pontos de vista que se alternam sempre, sem aviso prévio. A história de Grace é contada em primeira pessoa, por ela mesma, mostrando como é um ponto de vista de uma criada (nada muito diferente de hoje, mas com pré-conceitos bem mais estabelecidos), o modo como ela conta sua história é feita sem floreios, sempre indagando diversos conceitos (geralmente machista/misógino) da época (que, vejam só, ainda existem em pleno 2017, quase 18!).

Já o ponto de vista do dr. Jordan é contado em terceira pessoa, mas também mostrando os receios e pensamentos dele. Gente como a gente, ele acabará se encantando pela nossa protagonista. Vale ressaltar também que ele é uma pessoa muito boa para com Grace, um dos poucos que não fez chacota dela nem a via como um monstro enviado diretamente pelo demônio para atiçar a vida das vítimas. E nem a maltratou, o que, pra mim, foi crucial para gostar dele.

Por fim, recomendo a obra muito satisfeita com o que li sobre Margaret Atwood, uma autora que está na estrada há muito tempo, mas só agora está recebendo sua cota de mainstream, com obras que, mesmo sendo escritas anos atrás (Vulgo Grace foi escrito em 1991), têm questionamentos que estão com força total e se encaixam perfeitamente no contexto de 2017.

P.S.: já assisti à série da Netflix e recomendo, muito bem feita, tudo bem ambientado e fiel ao livro, até mesmo as falas são idênticas. Isso se deve, talvez, pela supervisão de Margaret, que acompanhou de perto a produção. Na série, Grace é interpretada magistralmente pela atriz Sarah Gadon (A Nona Vida de Louis Drax; A Jovem Rainha).

“Se todos nós fôssemos julgados por nossos pensamentos, seríamos todos enforcados.”
“Uma prisão não apenas tranca os detidos dentro dela, como mantém fora todos os demais. Sua prisão mais forte é ela quem constrói.”
“Homens como ele não têm que limpar a sujeira que fazem, mas nós temos que limpar nossa própria sujeira e mais as deles. Nesse aspecto, são como crianças, não têm que se planejar ou se preocupar com as consequências do que fazem. Mas não é culpa deles, é como foram criados.”
“[...] e quando você é encontrada com um homem no quarto, você é culpada, não importa como ele tenha entrado.”