Olá!

É sempre chato fazer resenha negativa. Ainda mais se o livro foi recebido em parceria. Hoje venho falar de um livro que, infelizmente, não correspondeu às minhas expectativas. Sete Cabeças é um suspense nacional que não me convenceu. Vem entender porque minha expectativa não foi alcançada com a resenha de Sete Cabeças, de Bruno Godoi.
Basicamente, o livro tem dois contos: o primeiro, caso 132, começa com o detetive Anton Levey numa cena de crime. Há uma pessoa morta na cena. Até aí tudo bem, mas ele não contava que fatos sobrenaturais dariam um toque a essa cena. A investigação da morte toma rumos incríveis quando sua própria vida passa na frente de seus olhos enquanto investiga.

Já o segundo, Frigorífico, conta a história de Eric Blair, que, ao acordar ao lado de dois completos estranhos em um lugar totalmente desconhecido, ele vai participar de um tipo de "jogos mortais" para sobreviver. Elas aparentam ser histórias distintas, mas são interligadas entre si, tendo a alma humana como objeto principal. 

Infelizmente, a história não funcionou para mim. É um livro enrolado, muito bem escrito, é verdade, mas tem alguns rodeios que não gostei. Ao fim de cada capítulo, há uma indicação escrito "corta" ou "volta", como se fossem indicações de roteiro de filme ou peça de teatro. Como livro, não foi a melhor leitura, mas acredito que se fosse um filme, documentário ou peça, com certeza prenderia minha atenção.
Uma coisa que gostei foram as imagens de um teste de Rorschach. Pra quem não sabe, esse teste pictórico consiste em dar nome a imagens abstratas desenhadas em cartões. Serve para analisar o psicológico da pessoa. Tem várias dessas imagens pelo livro e achei bacana explorar isso.

A Empíreo, que me enviou o livro em parceria, fez um excelente trabalho de revisão/edição. Não encontrei erros de nenhum tipo, a capa está condizente com a história e as imagens do Teste de Rorschach estão bem fiéis. Como eu disse, a história não me prendeu, mas não significa que eu não recomende, pelo contrário, se você gosta de suspense com elementos sobrenaturais, dê uma chance à obra de Bruno Godói, vamos discutir esse livro!



Olá!

Mais uma semana começando e... falta pouco para a tão esperada Bienal de São Paulo começar!!! E é por isso que a Empíreo, parceira do blog, liberou para nós tudo o que vai rolar em seu estande!!! A presença da Empíreo na Bienal por si só já é uma novidade, pois é a primeira participação da editora na Bienal de SP. Por isso, trago para vocês tudo o que vai rolar no estande, além do que a editora vai lançar, com suas respectivas sessões de autógrafos! Basicamente, o post conterá imagens dos livros a serem lançados, mas no fim vou deixar os links do site da Empíreo e do evento no Facebook.










Bem, depois de ver tantos lançamentos, siga o evento no Facebook clicando aqui e para ir à página da editora você clica aqui. Espero que tenham gostado e nos vemos na Bienal!!!



Olá!

Pela primeira vez no blog, uma resenha de livro com personagens LGBT. Apenas um Garoto é o primeiro livro de Bill Konigsberg publicado no Brasil. Eu recebi em parceria com a Arqueiro e simplesmente adorei. Vem conferir a resenha.

Apenas um Garoto começa com Rafe chegando à escola nova, longe de sua casa. Mas não é uma escola qualquer e sim um colégio interno para meninos. Até aí tudo bem, se ele fosse hétero. Pois é, nosso personagem é gay e decidiu frequentar essa escola para fugir dos rótulos. Ele estava cansado de ser "Rafe, o gay", queria ser apenas "Rafe".

Na escola nova, ele conhece Albie e Toby, que viriam a ser seus colegas de quarto. Ele sente lago novo quando um outro garoto o chama para jogar futebol americano. Tudo bem que o chamaram por ele ser parecido com um ex-aluno, mas ainda assim, para Rafe foi novo, não ser rotulado naquele primeiro dia foi bom.

Rafe, na verdade é Seamus Rafael (se lê xeimus), e tem pais muito doidos. Quando ele se assumiu gay, a família fez uma festa. Literalmente. O pai adorava filmar tudo o que ele fazia e a mãe vivia dando opinião (isso me irritou, mas mãe é mãe). Sua melhor amiga ficou em Boulder, cidade onde morava. Claire Olivia é uma garota legal, cheia de vida e sempre apoia Rafe em suas decisões.

Como ele passou a andar com os atletas, ficou cada vez mais difícil guardar o fato de que era gay. Ele era bom em futebol, por isso foi aceito. Mas, um determinado garoto chamou sua atenção. Ben. Na escola, somente o Sr. Scarborough, professor de literatura, sabia de seu segredo - e só sabia porque a mãe contou. O professor instigou Rafe a se abrir através de seus textos. Rafe escrevia muito bem, mas ainda se escondia nas palavras.

Enquanto ele escrevia, seus sentimentos por Ben cresciam. E ele não podia fazer nada, porque Ben era hétero. E ele, aparentemente, também. Mas, um bromance (romance entre brothers, brother no sentido de amigo) vai surgir e cada vez mais Rafe terá que pensar em suas decisões.
Pausa pra suspirar por esse marcador maravilhoso!
Bom, primeira vez que leio um romance LGBT e, ufa, que trama! A menos que você seja entusiasta da família tradicional brasileira, você vai amar essa história. A Arqueiro, que me cedeu um exemplar em parceria, acertou muito em trazer para o público brasileiro um gênero que vem crescendo, mas por diversos motivos, ainda não é consumido em sua plenitude.

Eu não sou gay, mas tentei me colocar no lugar de Rafe. Viver sob rótulos (não que eu não os tenha, mas digamos que no caso dele é bem mais difícil) é algo sufocante, ainda mais se você não é aquilo que dizem. Ele não sofria preconceitos na escola local, mas de tanto ser conhecido como "Rafe o gay", acabou se cansando e mudando de escola - e de estado. Principalmente porque a mãe dele era presidente da PPAGL (Pais, Parentes e Amigos de Gays e Lésbicas) de Boulder e não entendia porque ele queria mudar, sendo que estava bem adaptado e nem sofria homofobia na escola.

Infelizmente, segundo o site do autor, não há um segundo volume previsto para esta história, mas vai que ele está preparando algo, rs. Aliás, a capa da Arqueiro é tão linda, não só a capa, mas todo o kit que recebi. Como sempre, trabalho de revisão e edição impecáveis. O livro é em primeira pessoa, mesclado com textos escritos por Rafe e corrigidos pelo senhor Scarborough.
Agora quero ler tudo que Bill escreveu e vier a escrever. Sua escrita gostosa com toques de humor fez eu devorar o livro em dois dias. Por fim, esse é o tipo de livro que eu penduraria no pescoço e imploraria para todo mundo ler, porque é lindo! Inclusive, shippo o autor com seu marido, Chuck.

A propósito, eu li esse livro e continuo gostando de homem. Então se você é daqueles que tem preconceito quando vê beijo gay (na TV ou não), apenas pare. Homossexualismo não se transmite por osmose. Ela é e pronto. Você não "vira" gay porque leu um livro ou viu um beijo. Toda forma de amar é válida!



Olá!

O resenhado de hoje é um livro que vi umas duas ou três resenhas na internet e disse "quero!". Não sei como classificar: se é chick-lit ou romance mesmo. Mas tem cupcakes. Então pegue sua sobremesa favorita e vem conferir a resenha de Delícia, Delícia, da best-seller Donna Kauffman.

A história começa nos apresentando Leilani Trusdale, uma pâtissière que largou tudo em Nova York para morar na ilha de Sugarberry. Ela abriu uma confeitaria especializada em cupcakes. O que surpreendeu a todos, pois ela tinha um alto cargo na restaurante de Baxter Dunne, um confeiteiro famoso. Mas ela largou tudo porque não aguentou as fofocas que seus colegas fizeram a respeito de sua vida pessoal. Como ela trabalhava com Dunne, os boatos que corriam era que eles tinham um caso. É mentira, claro.

Até que o próprio resolve aparecer na cozinha da confeitaria enquanto Lani estava decorando cupcakes para um evento e ao mesmo conversava com sua amiga Charlotte pelo telefone. A proposta de Baxter para ficar perto de Lani era trazer seu programa de culinária para a confeitaria dela. Claro que ela não queria. Queria ficar o mais longe dele possível. Mas, no fundo, o amava e o queria, mas sabendo que seus sentimentos não seriam correspondidos, resolveu se isolar numa ilha no oco dos EUA.

Por questões do momento, Lani acaba aceitando a proposta de Baxter. A pequena ilha ficou alvoroçada com a ilustre presença, principalmente dona Alva, a fofoqueira número 1 do lugar. Prestem atenção nela, uma idosa hilária. Mas, com o tempo, o contato entre Baxter e Lani se torna inevitável. Com a presença da televisão, vai ficar cada vez mais difícil para Lani se esconder o que sente. Mas ela não vai abrir mão de Sugarberry e ele quer voltar para NY. Um dilema bem difícil que percorre todo o livro.
Adorei a fonte!!!
O que dizer desse Clube do Cupcake que mal conheço, mas já considero pacas? A Valentina acertou em trazer essa obra para o Brasil, é um livro alegre, bem escrito e ainda tem comida. Como não amar? Nossa protagonista, antes de largar sua boa vida e ir parar em Sugarberry, sofreu muito: além das fofocas, perdeu a mãe e quase viu o pai morrer. Ela trabalhava no restaurante 5 estrelas de Baxter e fazia muito bem seu trabalho, mas nem isso a impediu de correr atrás de seu sonho. Estritamente profissional, ficou muito magoada quando Baxter não se pronunciou a respeito dos boatos, esse também foi um motivo de sua saída.

Baxter Dunne, lindo e maravilhoso é um confeiteiro bem sucedido. Mas, por trás de seus sorrisos, está um cara que teve uma vida muito difícil e que nunca entendeu porque Lani largou tudo para ir. Ele gostava dela, mas nunca tentou nada porque o profissionalismo dela não deu aberturas. Seu programa de culinária era um sucesso e ele resolveu levar seu set até Lani. Mas como fazer isso com a permissão da emissora de TV? Simples, faria o programa percorrer os Estados Unidos.

A história é muito bem escrita, com personagens maravilhosos - além da dona Alva, Charlotte e Franco (amigos de Lani de NY) ainda tem Dre, sua assistente e o xerife Trusdale, seu pai, que mesmo com um pé atrás com Baxter, tem um bom coração. O livro pincela também como é a gravação em um programa de culinária. Prestem atenção em Riley Brown, ela vai aparecer rapidamente, mas vai deixar sua marca.

Esse é o primeiro livro da série Clube do Cupcake, que tem quatro livros. Pelo que li no site da autora, os livros são independentes, então, o grande protagonista é a ilha de Sugarberry, que aparenta ser um lugar mágico. A Valentina, até o momento, não se pronunciou se vai trazer os demais volume. Tomara que traga, mas que não inventem de usar folhas brancas. Só encontrei um erro de português tão grave que tive que postar no meu Instagram pessoal, para não constranger as pessoas que dominam o idioma. Além disso, folha branca e fonte Times 14 dá um pouco de aflição, pois, chega uma hora que as letras começam a dançar na folha, rs.

Tirando isso, o livro é muito legal, li as 296 páginas em um dia e parte da madrugada. De bônus, a autora colocou receitas de cupcake e coberturas, aparenta ser gostoso. Não conhecia a Donna, mas já gostei de sua escrita, sem pontas soltas e com bastante humor. Recomendo demais a leitura e nas férias, caso eu não esqueça, pretendo fazer as receitas.