Olá!
Título Original: Flickan som lekte med elden
Elenco: Noomi Rapace, Michael Nyqvist, Lena Endre, Peter Andersson e elenco.
Ano: 2010
Duração: 2h 9m
Resenhas Anteriores: Os Homens que Não Amavam as Mulheres - Livro | Filme
A Menina que Brincava com Fogo - Livro
Talvez, só talvez, eu esteja te incomodando com o fato de que disse várias vezes que sou fã da Trilogia Millennium - mas se eu sou obrigada a aturar fãs de sagas teen, então me aturem, por favor! Lá no início do ano, eu resenhei o segundo livro. Agora, não desiste de mim e leia a resenha do segundo filme, A Menina que Brincava com Fogo.
Elenco: Noomi Rapace, Michael Nyqvist, Lena Endre, Peter Andersson e elenco.
Ano: 2010
Duração: 2h 9m
Resenhas Anteriores: Os Homens que Não Amavam as Mulheres - Livro | Filme
A Menina que Brincava com Fogo - Livro
Há algum tempo, eu resenhei o segundo livro da trilogia, agora é a vez de falar do filme. Pra não ficar repetitivo, vou resumir assim: o jornalista Dag Svensson e sua namorada, Mia Bergman, doutoranda em criminologia, são assassinados. O jornalista está colaborando para a Millennium para uma matéria sobre o comércio do sexo. Nesse meio tempo, Lisbeth Salander está viajando pelo mundo, gastando boa parte de sua grana. Quando ela reaparece, está sendo procurada por todo o país. E a seu favor, só Mikael Blomkvist.
Diferente do livro, onde Larsson esmiuçou tudo, o filme pulou algumas partes, que eu senti falta, mas que não alteraram a fidelidade da história, por incrível que pareça. Alguns personagens tiveram sua importância no livro, mas deram uma rápida passada no filme, como o Dragan Armanski, ex-empregador de Lisbeth, e Annika Giannini, que é irmã de Mikael, casada com um italiano, além de Holgen Palmgren, ex-tutor de Lisbeth.
Sou suspeita para falar qualquer coisa a respeito dessa trilogia que tanto amo/sou. Então não esperem imparcialidade nesta resenha. Primeiramente, atuações impecáveis. O que dizer de Noomi Rapace e Michael Nyqvist, que, literalmente, encarnaram os espíritos de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist? Não consigo dizer nada, apenas suspirar e aplaudir. Novos personagens aparecem, mas um em especial, é a chave da trama: Zala. Como eu disse, o filme é bem fiel ao livro, mas, na tela, me pareceu muito mais fácil achar Zala (talvez pela agilidade que o cinema exija), sendo que, o cara é praticamente uma lenda.
Mas, mesmo amando essa história, algo me incomodou - e não só em esse filme, mas em vários por aí: as benditas cenas de sexo. Quem já leu/assistiu, sabe que Lisbeth não se define, sexualmente falando: não sabemos se é hétero, homo ou bi (e, sinceramente, isso não me importa). Mas, aqui, tem uma cena de sexo entre ela e sua amiga Miriam Wu. E parece ser de verdade. Então, a menos que alguém vai flagrar os personagens transando e vá rolar um barraco logo em seguida, não precisa colocar cena de sexo (seja hétero ou gay). Aí, depois o Blomkvist tá na casa da amante, denotando que passou a noite lá e não mostram nada (mentira, mostra o casal nu em plano geral). Vai entender...
A propósito, uma coisa que me surpreendeu foi a facilidade com que as atrizes mostraram seus seios. Gente, juro que queria entender de onde vem tanta naturalidade da mulherada, eu não teria a mesma coragem hahaha (e confesso que esperava que ia rolar um nu do Michael Nyqvist...) Estou comentando isso - que é totalmente aleatório - porque não que tenha algo contra isso, tô suave, nada contra peitos, mas é que acho esquisito porque, por eu ter alguma vergonha do meu corpo, acho que todas as mulheres do mundo tenham alguma dificuldade em se mostrar, mesmo que seja em nome da sétima arte... sim, é coisa da minha cabeça e quis comentar com vocês.
Voltando à história, Zala (que é homem) é um cara que está diretamente ligado à vida de Lisbeth. E aqui, sabemos bem mais sobre o passado (pesado) de Lisbeth e como ela foi acabou sendo declarada incapaz pelo governo. No livro, isso é bem mais explicado, mas o filme tem imagens. Fortes. Ela era só uma menina. Mesmo sabendo que é uma obra de ficção, Salander sofre uma barra muito pesada e, se fosse outra, provavelmente teria se matado. E muita coisa que ela passou é passível de acontecer com qualquer uma de nós.
Mas ela é muito inteligente (amém!) e mesmo à distância, vai trabalhar para provar sua inocência. Blomkvist também, mesmo eles não se encontrando em 99% da história (no livro eles se encontram um pouquinho mais). E, assim como no livro, o filme acaba naquela cena que você diz: como assim acabou? E agora? Qual o sentido da vida?
Como eu não tenho psicológico, vou dar uma pausa na trilogia e acompanhar outros filmes. Eu tenho pra mim que, o próximo volume vai encerrar esse caso. O que é bom, mas aí eu lembro que Larsson morreu há 12 anos e só deixou manuscrito parte do quarto livro. E ele ia escrever 10 volumes. Dá uma tristeza... Mesmo tendo aquele quarto volume do Lagercrantz, não é a mesma coisa. Uma pena que os fãs fiquem privados desses manuscritos, mesmo incompletos, por causa do mercenarismo (pra mim não é outra coisa) da família Larsson e da viúva - como eu não sei quem tem razão, todos levam a culpa.