Olá!

O Resenha foi indicado pelo blog Madrugada de Leitura para responder a TAG "No País das Maravilhas". As respostas dela estão aqui e as minhas logo abaixo. Todos os livros citados que tenham resenhas, os links estarão nos nomes.



  • Alice: um livro que te fez cair em um mundo completamente diferente.
O Hipnotista, Lars Kepler. nunca tinha parado pra ler um thriller de tirar o fôlego! Nunca tinha lido nada sobre psicopatas, nem entrado na mente de um.


  • Chapeleiro Maluco: um livro com um protagonista louco.
Silver, protagonista de Antes de Partir desta para Uma Melhor, Jonathan Tropper. Esse cara, depois de quase morrer e de receber notícias bombásticas, resolve que não quer se salvar. 


  • Coelho Branco: um livro que atrasou suas leituras.
Felizes para Sempre, Nora Roberts. tão lindo que, por culpa dele, atrasei minha próxima leitura, que era coletiva, rs.


  • Gato risonho: um livro que te fez rir muito.
Tia Julia e o Escrevinhador, Mario Vargas Llosa. A graça fica por conta do Escrevinhador, um escritor de novelas que, por causa da fama, começa a misturar todos os seus roteiros.


  • Lagarta azul: um livro que fez você refletir.
Extraordinário, RJ Palácio. Sempre que penso em Auggie Pullman, penso em minha irmã, que tem uma doença incurável e sofre com os preconceitos e imposições da sociedade.


  • Tweedledee e Tweedledum: dois livros que são parecidos.
Três Semanas com Meu Irmão e O Resgate, ambos do Nicholas Sparks. Não são parecidos só porque são do mesmo autor e se passam na Carolina do Norte. Ambos transmitem a mesma mensagem.

  • Rainha de Copas: um livro cujo autor adora matar personagens.
O Jogo de Ripper, Isabel Allende. Morreu tanta gente nesse livro, que até perdi as contas.


Vou deixar a TAG em aberto, sintam-se livres para responder!


Olá!

O resenhado de hoje é um suspense de, tirar o fôlego - literalmente! Estou falando do livro O Hipnotista.



Esse livro começa com uma família sendo assassinada. Bem, quase toda. Anders Ek, o pai, foi morto em uma quadra de futebol. Katja, a mãe e Lisa, a filha mais nova foram mortas em casa. Todos mortos com requintes de crueldade. O único sobrevivente é Josef, o filho do meio.

O responsável pela investigação sobre as mortes é o policial Jonna Linna, um detetive conhecido pela sua obstinação em resolver crimes que a maioria dos detetives não conseguiria.

Josef foi gravemente ferido, mas sobreviveu. A médica responsável por Josef é a Daniella Richards. Jonna quer que o menino deponha, porém ele não tem condições de falar. A dra. Daniella sugere chamar o psiquiatra Erik Maria Bark, um especialista em tratamento de pacientes que sofreram fortes traumas, como tortura ou estupro. Bark costumava usar a hipnose para fazer com que seus pacientes se lembrassem de seus episódios violentos.

Jonna Linna pede para que Bark hipnotize o menino para que ele revele quem havia atacado a familia. O psiquiatra reluta, mas aceita hipnotizar Josef. O menino, sob hipnose, fala demais. E é aí que a vida até então tranquila de Bark tem uma reviravolta. O hipnotista tinha prometido a si mesmo que não faria mais hipnoses. Mas, ao quebrar sua promessa, ele desencadeou uma série de situações, que acabaria por envolver até mesmo seu filho, Benjamin Bark.

Enquanto isso, Jonna Linna precisa encontrar Evelyn Ek, a filha mais velha e a única que não foi vítima do assassino brutal. Mas, a resposta para esses crimes vêm de onde menos se espera... A história se passa em Estocolmo, capital da Suécia - o que ajuda a explicar os nomes esquisitos dos personagens. Esquisitos pra nós, claro.

Esse livro é o mais eletrizante que li desde... Sempre! Ele te prender do começo ao fim. Cada vez que Bark e Jonna Linna descobrem algo, uma nova história surge. É como se fosse vários quebra cabeças diferentes que, quando montados, acabam se unindo, formando um quebra cabeças único e onipresente.

As lembranças de um passado recente de Erik Maria Bark o machucam; fazem ele sentir dores de cabeca insuportáveis, ele toma remédios pesados para manter a saúde razoável. Sua esposa, Simone, é dona de uma galeria de arte. Ela também está envolvida nessas lembranças sombrias do hipnotista.

Eu poderia ficar aqui falando e falando da história, mas não dá. É preciso que o leitor leia e se envolva na trama. É verdade que o livro é um tanto grosso - 477 páginas - mas, como os capítulos são curtos - entre duas e três folhas - você nem percebe que já leu vinte ou trinta capítulos - de um total de 110 - em uma única tarde, rs.

A edição da Editora Intrínseca - traduzida da edição britânica, até porque não é muito comum encontrar pessoas que falem sueco... fora da Suécia, ainda mais aqui no Brasil. A fonte e confortável, páginas amareladas e revisão impecável. A capa também é muito bonita, mas você precisa ler até o final pra entender a tesoura.

Na verdade, temos várias historias em uma só, todas elas interligadas pela hipnose. E sempre que suspeitamos de alguém, aparece um novo detalhe que muda totalmente o rumo da trama. Então, posso afirmar que esse livro é um thriller imprevisível. Sadicamente imprevisível! Sádico no bom sentido, claro.

Pra quem gosta de ver os filmes derivados de livros, saiba que O Hipnotista foi parar nos cinemas. Eu ia ver o filme, mas por questões do momento, não consegui. O filme é em sueco mesmo e até onde pude ver - vi pouca coisa, só até onde Anders Ek foi assassinado - parecia ser bom.



E a curiosidade fica por conta do autor: Lars Kepler não existe!

É o pseudônimo do casal Alexandra Coelho Ahndoril e Alexander Ahndoril. Ambos são suecos, mas Alexandra tem mãe portuguesa. O casal também escreveu O Pesadelo, outro thriller protagonizado por Jonna Linna e publicado no Brasil pela Intrínseca. Eles também escrevem livros separados, usando seus nomes de batismo.