Olá!
Hoje trago uma resenha que, juro para vocês, não sei como consegui escrevê-la. De tão maravilhoso que é esse livro, fiquei uns bons dias sem saber como escrever, simplesmente não tinha palavras. Então me acompanhem e se apaixonem pelo O Garoto dos Olhos Azuis, de Raiza Varella.
PS: peço desculpas para a autora e também para a Thais Turesso, do
Viaje na Leitura, pela demora em postar a resenha, pois ela foi minha ponte até a autora e, graças a ela, tenho meu exemplar autografado.
Não é fácil ser blogueira, proletária e universitária. Será que quando eu começar a vender miçangas, terei mais tempo? rs
O Garoto dos Olhos Azuis começa com nossa protagonista Bárbara (ou simplesmente Bá, mas como odeio monossilábicos, aqui será Bárbara) indo a um casamento, quando era criança. Nesse casamento, o centro das atenções era a noiva, ninguém ligava pro noivo. Mas Bárbara teve o feeling de olhar o noivo enquanto a noiva subia ao altar. E ficou embasbacada com o que viu: um noivo apaixonado, com um sorriso largo, pronto para receber sua amada. E Bárbara decidiu que também queria um casamento assim, com um noivo que a olhasse como esse noivo olhava sua prometida. Desde então, passou a observar o noivo toda vez que ia a um casamento. Junte isso com o fato de que sua avó (muito legal e a frente do seu tempo) lhe contava sobre o cavalo branco.
Um dia, enquanto estava de férias, Bárbara, ainda adolescente, passou por uma situação constrangedora que lhe fez conhecer o garoto dos olhos azuis, que lhe estendeu a mão, entregou flores e depois a beijou. Um selinho simples, mas que marcasse Bárbara por anos a fio. Ela queria revê-lo de qualquer jeito. Óbvio que não conseguiu. Juntando o que viu quando criança, mais o beijo, as histórias de amor que sua avó contava e o que ela via nos filmes da Disney... pronto, temos uma romântica incorrigível!
O tempo passou e ela conheceu Miguel, que jurava que era o amor da sua vida e que seriam muito felizes. Lindo, não acham? Pena que não foi assim. Depois de três anos juntos, Bárbara estava subindo ao altar quando viu que Miguel não a esperava de forma apaixonada. Acharam isso ruim? Piorou quando Miguel confessou que amava a (vaca da) "melhor amiga" de Bárbara, Manuela. Na frente da igreja inteira. Nossa protagonista faz cosplay da moça do filme Noiva em Fuga (esqueci o nome dela), mas sem o carro da Fedex.
Para suportar essa dor imensa, Bárbara deixa São Paulo para voltar à casa de seus pais, no Rio Grande do Sul. Lá, ela dividiria um apartamento com Augusto e Gustavo, seus dois irmãos, chatos de galocha, mas que a amam muito. Além deles, também voltaram o pai (um cara legal e compreensivo) e a mãe (muito doida) de Bárbara. No apartamento, também viviam Bernardo e Ian, o dono do apartamento.
De início, Ian e Bárbara não se dão bem, ainda mais quando ela descobre que não deveria ter comido o sorvete dele (regras da casa). Em contrapartida, Vivian (ou Vi) aparece para dar um pouco de alegria para Bárbara. Sem falar que ela é irmã de Ian. Com o tempo, Ian e Bárbara vão descobrir sentimentos até então enterrados. Mas vai demorar, por ora, eles vão se odiar como cães e gatos.
Vou parar por aqui, senão vou soltar uma enxurrada de spoilers. O que dizer dessa história que tem mais reviravolta que novela turca? Leiam, apenas leiam. Dá vontade de consolar a Bárbara, porque ela sofre. E como sofre! Se ela existisse, eu daria um abraço nela e a levaria para um bar pra encher a cara ao som de All By Myself (sim, a protagonista disse que gostaria de encher a cara ouvindo Céline Dion e não é todo dia que eu vejo isso). Falando sério, o livro te cativa do começo ao fim, quando você acha que ela vai ficar bem, acontece uma coisa muito louca e você fica: por quê???? Que mal ela fez???? Ela acaba chutando o pau da barraca e colocando a culpa nos filmes da Disney (que ela acha que ilude as pessoas) e no Garoto dos Olhos Azuis (que ela nunca esqueceu).
O livro é maravilhoso, mas peca demais nos erros de revisão. Tem muitos, muitos mesmo. Cada capítulo tem um nome e tem citação de livro ou filme (aparecem intercalados). Isso eu achei bem legal. A capa é uma delicadeza só, bem harmoniosa com a fonte utilizada para escrever o título e os nomes de cada capítulo e a fonte é confortável e as folhas amareladas, contribuindo para uma leitura que, só não é 100% agradável por causa dos erros.
Pra quem não consegue ler: Eu sempre achei/ Que minha vida poderia ser/ Como uma fantasia/ Cada dia uma aventura/ Uma nova emoção/ Teria sido só... ilusão? (Cinderela, Muito mais que sonhar, abertura do capítulo 13)
Aproveito para agradecer a confiança que a Thais e a Raiza tiveram comigo e com o Resenha. Recebi meu exemplar autografado e com um marcador tão lindo quanto a história. Só me resta agradecer novamente e esperar que a Raiza continue escrevendo livros maravilhosos. E que o Garoto dos Olhos Azuis seja o primeiro de muitos sucessos literários!
(Ela tem uma letra bem bonita!)
E o que aconteceu com o Garoto dos Olhos Azuis? Bem, só lendo pra conferir :)