Olá!

Demorei, mas trouxe a lista dos recebidos de agosto. Foram poucos, porém, bons títulos. Vamos conferir?



Pela primeira vez, ganhei um Top Comentarista! Foi no blog O Outro Lado da Raposa. Eu não lembro bem se ganhei no fim de julho ou comecinho de agosto, mas incluí na lista por motivos de: recebi o livro no meio do mês, logo que a faculdade voltou. Já li O Melhor de Mim, mas lerei de novo porque é lindo demais!



Da editora Arqueiro recebi Mulheres e Zoo. A resenha de Zoo você confere clicando aqui. Mulheres, a resenha sai semana que vem. Mas recomendo a leitura de ambos!




Através da Thais Turesso, do Viaje na Leitura, recebi O Francês (resenha aqui) e O Garoto dos Olhos Azuis (resenha aqui). Livros lindos, mas a editora Pandorga precisa capacitar seus revisores. Em ambos encontrei erros gravíssimos de português.


E ainda deu tempo de fazer umas comprinhas! A resenha de Meu Amor, Meu Bem, Meu Querido você confere aqui. Cada um custou R$8 nas Americanas!




Como eu disse, foram poucos, porém todas as leituras foram muito produtivas!


Olá!

Hoje trago uma resenha que, juro para vocês, não sei como consegui escrevê-la. De tão maravilhoso que é esse livro, fiquei uns bons dias sem saber como escrever, simplesmente não tinha palavras. Então me acompanhem e se apaixonem pelo O Garoto dos Olhos Azuis, de Raiza Varella.

PS: peço desculpas para a autora e também para a Thais Turesso, do Viaje na Leitura, pela demora em postar a resenha, pois ela foi minha ponte até a autora e, graças a ela, tenho meu exemplar autografado. Não é fácil ser blogueira, proletária e universitária. Será que quando eu começar a vender miçangas, terei mais tempo? rs



O Garoto dos Olhos Azuis começa com nossa protagonista Bárbara (ou simplesmente Bá, mas como odeio monossilábicos, aqui será Bárbara) indo a um casamento, quando era criança. Nesse casamento, o centro das atenções era a noiva, ninguém ligava pro noivo. Mas Bárbara teve o feeling de olhar o noivo enquanto a noiva subia ao altar. E ficou embasbacada com o que viu: um noivo apaixonado, com um sorriso largo, pronto para receber sua amada. E Bárbara decidiu que também queria um casamento assim, com um noivo que a olhasse como esse noivo olhava sua prometida. Desde então, passou a observar o noivo toda vez que ia a um casamento. Junte isso com o fato de que sua avó (muito legal e a frente do seu tempo) lhe contava sobre o cavalo branco.

Um dia, enquanto estava de férias, Bárbara, ainda adolescente, passou por uma situação constrangedora que lhe fez conhecer o garoto dos olhos azuis, que lhe estendeu a mão, entregou flores e depois a beijou. Um selinho simples, mas que marcasse Bárbara por anos a fio. Ela queria revê-lo de qualquer jeito. Óbvio que não conseguiu. Juntando o que viu quando criança, mais o beijo, as histórias de amor que sua avó contava e o que ela via nos filmes da Disney... pronto, temos uma romântica incorrigível!

O tempo passou e ela conheceu Miguel, que jurava que era o amor da sua vida e que seriam muito felizes. Lindo, não acham? Pena que não foi assim. Depois de três anos juntos, Bárbara estava subindo ao altar quando viu que Miguel não a esperava de forma apaixonada. Acharam isso ruim? Piorou quando Miguel confessou que amava a (vaca da) "melhor amiga" de Bárbara, Manuela. Na frente da igreja inteira. Nossa protagonista faz cosplay da moça do filme Noiva em Fuga (esqueci o nome dela), mas sem o carro da Fedex.

Para suportar essa dor imensa, Bárbara deixa São Paulo para voltar à casa de seus pais, no Rio Grande do Sul. Lá, ela dividiria um apartamento com Augusto e Gustavo, seus dois irmãos, chatos de galocha, mas que a amam muito. Além deles, também voltaram o pai (um cara legal e compreensivo) e a mãe (muito doida) de Bárbara. No apartamento, também viviam Bernardo e Ian, o dono do apartamento.

De início, Ian e Bárbara não se dão bem, ainda mais quando ela descobre que não deveria ter comido o sorvete dele (regras da casa). Em contrapartida, Vivian (ou Vi) aparece para dar um pouco de alegria para Bárbara. Sem falar que ela é irmã de Ian. Com o tempo, Ian e Bárbara vão descobrir sentimentos até então enterrados. Mas vai demorar, por ora, eles vão se odiar como cães e gatos.

Vou parar por aqui, senão vou soltar uma enxurrada de spoilers. O que dizer dessa história que tem mais reviravolta que novela turca? Leiam, apenas leiam. Dá vontade de consolar a Bárbara, porque ela sofre. E como sofre! Se ela existisse, eu daria um abraço nela e a levaria para um bar pra encher a cara ao som de All By Myself (sim, a protagonista disse que gostaria de encher a cara ouvindo Céline Dion e não é todo dia que eu vejo isso). Falando sério, o livro te cativa do começo ao fim, quando você acha que ela vai ficar bem, acontece uma coisa muito louca e você fica: por quê???? Que mal ela fez???? Ela acaba chutando o pau da barraca e colocando a culpa nos filmes da Disney (que ela acha que ilude as pessoas) e no Garoto dos Olhos Azuis (que ela nunca esqueceu).

O livro é maravilhoso, mas peca demais nos erros de revisão. Tem muitos, muitos mesmo. Cada capítulo tem um nome e tem citação de livro ou filme (aparecem intercalados). Isso eu achei bem legal. A capa é uma delicadeza só, bem harmoniosa com a fonte utilizada para escrever o título e os nomes de cada capítulo e a fonte é confortável e as folhas amareladas, contribuindo para uma leitura que, só não é 100% agradável por causa dos erros.


Pra quem não consegue ler: Eu sempre achei/ Que minha vida poderia ser/ Como uma fantasia/ Cada dia uma aventura/ Uma nova emoção/ Teria sido só... ilusão? (Cinderela, Muito mais que sonhar, abertura do capítulo 13)


Aproveito para agradecer a confiança que a Thais e a Raiza tiveram comigo e com o Resenha. Recebi meu exemplar autografado e com um marcador tão lindo quanto a história. Só me resta agradecer novamente e esperar que a Raiza continue escrevendo livros maravilhosos. E que o Garoto dos Olhos Azuis seja o primeiro de muitos sucessos literários!


(Ela tem uma letra bem bonita!)

E o que aconteceu com o Garoto dos Olhos Azuis? Bem, só lendo pra conferir :)


Olá!

A resenha de hoje é de um nacional maravilhoso, que recebi da editora Pandorga, através da Thais Turesso, do Viaje na Leitura. Desde já peço desculpas pela demora em postar a resenha, não é fácil ser leitor assíduo, estudante universitário e ainda ter que trabalhar. Mas a resenha está aí. Espero que desfrutem de O Francês, romance de Daniel de Carvalho.



O Francês conta duas histórias em uma, entre elas, um hiato de 273 anos. Estamos em 2013, município de Carvalhos, MG. Jean está de visita na casa de seu amigo Alaor. Durante o almoço com seu Munir e dona Jamilah, pais de Alaor; e Samira, a irmã. Uma família de descendência árabe. Antes disso, ele conheceu Karina, amiga de Samira. O sentimento nasceu de imediato.

273 anos antes, no que viria a ser o distrito dos franceses, chegava a família Dubois: Rogê, a esposa Nicole e o filho, Adrian, que tinha apenas cinco anos. Antes de ser distrito, o local era conhecido como Arraial dos Franceses. Os Dubois resolveram sair da capitania do Rio de janeiro rumo a capitania de Minas gerais, em busca de uma vida melhor. Antes de chegarem ao Rio, eles tinham chegado da França.

Certo dia, depois de longa jornada, em que estavam famintos e imundos, os Dubois resolveram parar perto de um lago para se refrescar. Lá conheceram a índia Iraci e sua filha, Yara, que tinha a mesma idade de Adrian. Iraci, vendo o estado dos franceses, resolveu-lhes dar abrigo e alimento.

Iraci era casada com o português Borba, dono de um armazém no Arraial dos Franceses. Portanto, Yara era cabocla (filha de índio e branco). Depois de alguns dias, os Dubois resolveram se instalar na casa dos Borba e trabalhar para eles, claro.

O tempo passou, Yara e Adrian cresceram e se apaixonaram. Mas, uma brutalidade pôs fim a esse amor, deixando uma promessa em aberto.

Voltando a 2013, Karina levou Jean para conhecer a avó, Iracema, e sua biblioteca. Na biblioteca, Karina e Jean encontraram um livro. Na verdade era um diário. "Mon Journal", que surgiu misteriosamente entre os livros de dona Iracema.

E a ligação entre esses dois casais está neste diário...

O que dizer dessa história? Incrível! A trama está bem interligada, sem deixar pontos soltos. O mais legal é que os fatos reais se misturam com a ficção, como por exemplo, quando é citada a "língua geral". Pra quem não sabe, a língua geral foi o que podemos chamar de "embrião do português brasileiro" que, a grosso modo, seria uma evolução da língua tupi.

A edição da Pandora deixa a desejar na parte de revisão, encontrei alguns erros. Mas a capa e os desenhinhos que enfeitam os cantos de cada página e os que encerram cada trecho estão lindos. Uma coisa que me incomodou foi o espaçamento entre os parágrafos, é de provavelmente 1,5 mas não atrapalha a leitura. E todas as falas em francês são imediatamente traduzidas. Só isso me permite fazer vista grossa às falhas de revisão. Ainda assim, a história é recomendada.

Pra terminar, vale a pena anunciar o evento de lançamento do "O Francês". Ele ocorrerá no dia 18 de setembro em Piracicaba/SP e no dia 11 de outubro, em Carvalhos/MG. Clica no link pra confimar sua presença lá no Facebook!