Olá!

Finalmente, saiu a primeira entrevista do blog!!! E o entrevistado é o autor Daniel de Carvalho, autor de O Francês, que eu tive o prazer de ler. E a resenha está aqui. Links do site e facebook do autor estarão no fim do post! E por favor, não deixe de dizer nos comentários o que achou da entrevista! Estou no último ano de jornalismo e preciso saber de minha desenvoltura como entrevistadora!
Foto: Facebook Daniel de Carvalho
1 -Diga para os leitores do blog: quem é Daniel de Carvalho?
Nasci em São Paulo-SP, em 1937. Moro em Piracicaba-SP, desde 1974, quando vim com minha família, transferido pela PHILIPS DO BRASIL.
Comecei a escrever ficção em 2006 e, desde então, tenho me dedicado a essa arte praticamente vinte e quatro horas por dia. Entenda-se que escrever não se resume apenas ao tempo em que se está redigindo ou revisando o texto, mas também ao tempo dedicado à pesquisas. Do tempo total para escrever um livro, cerca de 70% eu aplico em pesquisas.

2- Como você descobriu o gosto pela leitura? E quando você decidiu que seria escritor?
O desejo de escrever histórias foi surgindo aos poucos em minha vida. Entretanto, a vida sempre agitada não me permitia dar vazão a esse desejo.
Durante uma madrugada de 2006, com a vida menos corrida, eu senti um impulso vindo de meu interior. Pus-me, então, a imaginar uma história. Pela manhã, tratei de desenvolver a sinopse do meu primeiro romance, o “ACONTECEU NO SÉCULO VINTE”.
Ao fazê-lo, descobri um mundo novo de prazer e satisfação.

3- Em que (ou quem) você se inspira para criar seus personagens?
Os pontos de partida para meus personagens são pessoas reais que conheci ou que vi em filmes, revistas, jornais e televisão. Outros são totalmente frutos de minha imaginação. Costumo desenvolver uma ficha para cada personagem, com suas características físicas e psicológicas. Para a construção da trama, costumo traçar um cronograma básico com o entrelaçamento das diversas ações do romance. Depois, vou desenvolvendo os capítulos e seguindo o cronograma preestabelecido.

4- Sobre o livro O Francês, como foi o processo de criação?
Em 2012, eu fui conhecer Carvalhos-MG a convite de uma família que é daquela cidade. Fiquei lá por uma semana e conheci diversas regiões pitorescas, entre elas o Distrito dos Franceses, que foi uma região de garimpo de ouro, onde predominavam os franceses, daí o nome de Arraial dos Franceses. Um amigo me sugeriu que escrevesse um romance que se passasse em Carvalhos. Eu gostei da ideia e, ao voltar a Piracicaba, comecei a dar forma à história.
Depois de um ano voltei à cidade para fazer pesquisas e desenvolver a história.
O link da resenha está no começo do post.
5- Depois que seu livro ficou pronto, quais as dificuldades que você enfrentou para publicá-lo?
Há muitos escritores consagrados, nacionais e estrangeiros. E há, também, muitos escritores estreantes de ótima qualidade. As editoras recebem textos em grande quantidade. A maioria deles é submetida a Críticas Literárias e nem todos os textos atendem às expectativas comerciais das editoras. Mesmo os melhores textos de estreantes têm que concorrer com títulos que foram sucessos no estrangeiro e com autores brasileiros já conhecidos do público.
É muito difícil que uma Editora arrisque publicar uma obra de autor desconhecido. E temos que considerar que, no Brasil, ainda se lê muito pouco, aumentando o risco das editoras em lançar
uma obra. Essas são as principiais dificuldades para todos os escritores, principalmente para os escritores estreantes.

6 – Você já escreveu nove livros. Tem mais algum projeto novo, seja pronto ou engavetado?
Atualmente Estou escrevendo um romance de aventuras que terá o título de A MONTANHA DAS HARPIAS e que deverá ser publicado no início de 2016.
Nesta história, Tim Atlas, consegue um trabalho para procurar por duas gêmeas desaparecidas nas selvas da Rondônia e fica conhecendo Lothar, namorado de Marion, que desapareceu nas selvas com as gêmeas. Juntos, eles embrenham-se nas selvas a procura das três jovens.
Acabam saindo numa floresta encantada e são capturados por índios parecis, cujo cacique Amuri os informa que as três jovens foram capturadas pelos homens voadores, que voam montados em harpias, e levadas para sua terra no topo da Montanha das Harpias.
Em busca das jovens, Tim Atlas fica conhecendo a Moça da Floresta, um ser sobrenatural que o ajuda a escalar a montanha das harpias.
Lothar e o cacique Amuri, seguem Tim Atlas e também chegam ao topo da montanha na cidade dos Homens Voadores, onde encontram as três jovens.
Para resgatarem as três jovens, Tim Atlas, Lothar e Amuri têm que lutar contra três dos terríveis homens voadores.
Depois de algum tempo sem notícias de Tim Atlas, o diretor da Reddy-Detetives, um homem franzino, com mania de super-herói, resolve ir a Rondônia a procura de Tim Atlas.

7 – Uma polêmica: livro físico ou digital?
Como leitor, prefiro os livros tradicionais, mas creio que o livro digital deverá dominar o mercado pela sua praticidade e menor custo.

8 – Por favor, deixe um recado aos leitores do blog.
Amigos do Blog RESENHAS E OUTRAS COISAS:
Para mim, escrever ficção é antes de tudo um prazer pessoal. Depois de terminar um livro, minha maior satisfação e saber que alguém o leu. Gosto de conhecer a opinião das pessoas sobre o que escrevi. Mesmo quando essas opiniões não são favoráveis, elas são úteis para que eu possa melhorar meus próximos trabalhos. Portanto, se vocês lerem meus livros, por favor, não deixem de comentá-los através do meu site ou de meu face.


Espero que tenham gostado da primeira entrevista do blog e que venham outras! (por que já estou me movimentando para isso, rs)


Olá!

A resenha de hoje é de um nacional maravilhoso, que recebi da editora Pandorga, através da Thais Turesso, do Viaje na Leitura. Desde já peço desculpas pela demora em postar a resenha, não é fácil ser leitor assíduo, estudante universitário e ainda ter que trabalhar. Mas a resenha está aí. Espero que desfrutem de O Francês, romance de Daniel de Carvalho.



O Francês conta duas histórias em uma, entre elas, um hiato de 273 anos. Estamos em 2013, município de Carvalhos, MG. Jean está de visita na casa de seu amigo Alaor. Durante o almoço com seu Munir e dona Jamilah, pais de Alaor; e Samira, a irmã. Uma família de descendência árabe. Antes disso, ele conheceu Karina, amiga de Samira. O sentimento nasceu de imediato.

273 anos antes, no que viria a ser o distrito dos franceses, chegava a família Dubois: Rogê, a esposa Nicole e o filho, Adrian, que tinha apenas cinco anos. Antes de ser distrito, o local era conhecido como Arraial dos Franceses. Os Dubois resolveram sair da capitania do Rio de janeiro rumo a capitania de Minas gerais, em busca de uma vida melhor. Antes de chegarem ao Rio, eles tinham chegado da França.

Certo dia, depois de longa jornada, em que estavam famintos e imundos, os Dubois resolveram parar perto de um lago para se refrescar. Lá conheceram a índia Iraci e sua filha, Yara, que tinha a mesma idade de Adrian. Iraci, vendo o estado dos franceses, resolveu-lhes dar abrigo e alimento.

Iraci era casada com o português Borba, dono de um armazém no Arraial dos Franceses. Portanto, Yara era cabocla (filha de índio e branco). Depois de alguns dias, os Dubois resolveram se instalar na casa dos Borba e trabalhar para eles, claro.

O tempo passou, Yara e Adrian cresceram e se apaixonaram. Mas, uma brutalidade pôs fim a esse amor, deixando uma promessa em aberto.

Voltando a 2013, Karina levou Jean para conhecer a avó, Iracema, e sua biblioteca. Na biblioteca, Karina e Jean encontraram um livro. Na verdade era um diário. "Mon Journal", que surgiu misteriosamente entre os livros de dona Iracema.

E a ligação entre esses dois casais está neste diário...

O que dizer dessa história? Incrível! A trama está bem interligada, sem deixar pontos soltos. O mais legal é que os fatos reais se misturam com a ficção, como por exemplo, quando é citada a "língua geral". Pra quem não sabe, a língua geral foi o que podemos chamar de "embrião do português brasileiro" que, a grosso modo, seria uma evolução da língua tupi.

A edição da Pandora deixa a desejar na parte de revisão, encontrei alguns erros. Mas a capa e os desenhinhos que enfeitam os cantos de cada página e os que encerram cada trecho estão lindos. Uma coisa que me incomodou foi o espaçamento entre os parágrafos, é de provavelmente 1,5 mas não atrapalha a leitura. E todas as falas em francês são imediatamente traduzidas. Só isso me permite fazer vista grossa às falhas de revisão. Ainda assim, a história é recomendada.

Pra terminar, vale a pena anunciar o evento de lançamento do "O Francês". Ele ocorrerá no dia 18 de setembro em Piracicaba/SP e no dia 11 de outubro, em Carvalhos/MG. Clica no link pra confimar sua presença lá no Facebook!