Olá!

Mais um mês se encerrando e isso significa que agosto não durou três anos é dia de Vida Literária! Quem escolheu este mês foi a Ana (EC&M). Temporada de Acidentes é o primeiro livro da franco-irlandesa Moïra Fowley-Doyle. Eu o conhecia só de nome, se li duas resenhas foi muito. Por ter elementos fantásticos à la Neil Gaiman, não foi uma leitura tão proveitosa assim. Vem conferir a resenha!
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Temporada de Acidentes conta a história de Cara, uma jovem que, junto com sua família, está esperando começar a tão temida temporada de acidentes, que, como o nome diz, é o mês em que todos sofrem acidentes dos mais diversos graus, desde pequenos cortes até ossos quebrados. A temporada em questsempre acontece no mês de outubro.

Uma coisa que chama a atenção de Cara durante esse mês é que, em várias de suas fotos, aparece sua amiga Elsie. Quer dizer, sua antiga amiga, pois elas se afastaram com o passar do tempo. Praticamente em todas as fotos de Cara, Elsie aparece, sempre no canto. Na escola onde estudam, há a caixa de segredos, que como o nome diz, é uma caixa onde os alunos guardam seus segredos, depois de datilografados em uma máquina de escrever. Elsie era responsável. Até que, um certo dia, ela falta.

Cara e sua trupe, formada por sua irmã Alice, seu irmão postiço Sam (postiço porque o pai dele, Christopher, foi casado com Melanie, mãe dela, porém ele os abandonou), e sua melhor amiga Bea resolvem investigar o paradeiro de Bea, ao mesmo tempo que se cansam de passar por tantos apuros durante o mês de outubro.

Como eu disse lá em cima, a leitura não foi tão proveitosa. Já é sabido que eu não sou tão fã de livros de fantasia (e ainda assim os leio, rs), por diversos motivos, sendo um deles o fato de que nunca me concentro 100% na história. Sem falar nas coisas inverossímeis que acontecem (mas é fantasia, dããã). Enfim, para um primeiro romance, Moïra escreveu uma bela história, com detalhes que se encaixam perfeitamente, que apesar de não estar tão concentrada assim, consegui ir até o fim, pois a história instiga (quem inventou essa temporada?) o leitor a conhecer a história de Cara.
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Ao ler o ebook, me lembrei de outro livro que li, O Oceano no Fim do Caminho, do Neil Gaiman (resenha aqui). Guardadas as devidas proporções, são histórias parecidas. Crianças/jovens que pensam estar em uma história, quando estão em outra bem diferente (ainda acho que eles fumam um baseado quando escrevem, mas ok, rs). Se virasse um filme, acho que teria classificação livre, pois as crianças iriam amar acompanhar a Cara nessa aventura.

Eu li a edição digital, então não vou opinar sobre diagramação. Vi só um erro de revisão, nada grave. A capa da Intrínseca está muito bonita. Até onde pesquisei, só esse livro dela foi traduzido. Espero que ela continue, porque sua escrita, apesar de não ter me conquistado plenamente, é muito boa. Para os fãs de fantasia, a leitura é recomendadíssima!

Quando eu estava no evento da Intrínseca, esse livro me animou muito.. claro que depois de perceber o caminho escolhido da autora, pude ver que as expectativas foram altas demais. Entretanto, foi uma leitura proveitosa, por mais que seja uma fantasia, coisa que eu não sou fã, esse livro fluiu facilmente.
Então, eu acho que a leitura seria bem proveitosa até para quem não é tão fã assim do gênero. Ani Lima, Entre Chocolates e Músicas.


Olá!

No Vida Literária de Março, a Raíssa escolheu o livro O Oceano no Fim do Caminho, de Neil Gaiman. Pra quem não lembra, todos os meses, eu, a Ani e a Raíssa lemos um livro, comentamos e o resenhamos. Nunca li nada do Neil, então a escolha veio em bom momento. Infelizmente, a leitura não foi nada prazerosa.


O Oceano no Fim do Caminho começa quando um homem (cujo nome não é revelado) aproveitando que tinha que ir a um funeral, resolve visitar uma idosa, cuja neta, há muitos anos, se mudara para a Austrália. Chegando na fazenda dessa idosa, ele pede para ir até o lago, nos fundos da fazenda, ele se senta em um banco e começa a relembrar uma série de fatos que lhe aconteceu quando tinha apenas sete anos.

Quando tinha sete anos, o protagonista morava com seus pais e sua irmã em uma casa grande e bonita, porém, como os pais estavam com muitas dívidas, resolveram alugar o quarto do menino, que ficava no alto da escada. Por lá passaram várias pessoas. A mais marcante foi o minerador de opala. Esse homem, um certo dia, roubou o carro da família e fugiu até uma estrada deserto, onde cometeu suicídio. 

No dia seguinte, o menino e seu pai, junto com a polícia, vão até o local onde o carro foi encontrado. O carro estava numa estrada deserta, cujo final se dá na fazenda das Hempstock. Ainda na estrada, o menino conhece Lettie Hempstock. Ela tem onze anos e o convida para ir até sua fazenda, enquanto seu pai conversava com a policia. Mal sabia ele que, com esse suicídio, forças ocultas que até então estavam adormecidas voltam com toda a força, prontas para atingir o menino e sua família.

A premissa parece interessante, certo? Sim, para quem gosta de livros que tenham magia e fantasia e coisas ocultas, o que não é meu caso. Sempre é bom sair da zona de conforto, mas para isso, acredito, o livro tem que ser interessante e não pode ser cansativo. Tudo o que esse livro não foi.

Com uma fantasia diferente das convencionais, Neil traz um universo novo e uma forma diferente de vermos a vida. Infelizmente, a obra não funcionou 100% comigo, mas foi uma leitura agradável. Gostei das reflexões feitas ao terminar a obra e aconselho para quem gosta do estilo. Ani Lima

Gaiman explora a mente infatil do personagem e cria um universo fantástico, cheio de possibilidades e sem nenhuma certeza de nada. Você fica se perguntado se as coisas que o garoto vê e os personagens que interagem com ele são realmente reais ou se é tudo invenção dele.
Para se aproveitar essa estória ao máximo é necessário que a pessoa tenha a mente aberta e não espere entender tudo logo de cara. Nesse livro não existem verdades concretas, cada um interpreta de um jeito e não adianta ficar buscando muita lógica, afinal de contas é uma criança de sete anos quem está narrando. Raíssa Martins

Neil escreve muito bem, isso eu afirmo. Porém, ele deu detalhes demais - alguns até nojentos. Ele pensou numa história com bastante fantasia. O problema é que tem fantasia demais. Eu fiquei confusa, doida para acabar o livro logo, porque realmente ele enrolou bastante. A trama não me prendeu, cada hora o menino passava por uma situação mais inacreditável que a outra. Digamos que não é todo leitor que vai acreditar no mundo que o garoto contou, achei bem descabido.

Uma coisa que me irritou muito no livro foi a repetição de diversos termos, entre eles, 'não mais'. Tudo bem que o personagem, durante toda a história (menos prólogo e epílogo) está com sete anos. Mas, eu acho que, ninguém com sete anos repete tantas palavras em uma frase. Segundo o Translate, 'não mais', em inglês é any longer ou anymore. E eu não acho que nenhuma criança de sete anos anglófona repita tanto anymore - a menos que esteja cantando All By Myself.

Como eu disse, infelizmente, essa leitura não me prendeu. Porém, se você gosta de magia, fantasia, forças ocultas e afins, essa deve ser a sua próxima leitura. Eu li a edição digital, porém não localizei erros de revisão, o que achei ótimo.

Para o próximo mês, eu escolhi Para Sempre Alice. Todo mundo elogiou o livro e o filme, então, achei um momento super conveniente para confirmar se a história é boa ou não.

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