Olá!

O resenhado de hoje faz parte do projeto "Tá na estante, não leu? Seu amigo escolheu!". A Ani, do Entre Chocolates e Músicas me convidou para participar do projeto e escolheu pra mim o "Meu amor, Meu bem, Meu querido", da Deb Caletti. O post que a Ani me indicou está aqui.

PS: semana passada, no post dos Lançamentos dos nossos parceiros Arqueiro/Sextante/Sde (aqui), eu falei que ia ter post. Não vai ter mais por motivos de: fiquei pouquíssimo tempo no local, não aproveitei praticamente nada, só deu pra tirar meia dúzia de fotos (a maioria ruins) e encontrar uma amiga.




"Meu amor, Meu bem, Meu querido" conta a história de Ruby McQueen, uma jovem é conhecida como Garota Calada. Por ter passado por alguns constrangimentos na escola, ela decidiu que seria uma Garota Calada, que, em suma, é a garota que quer passar despercebida.

Ela mora em Nine Mile Falls, perto de Seattle. Cidade pequena, que tem como destaques a Rua Cummings, que à noite é muito perigosa; e a Moon Light, um local destinado aos fãs de paraglider. Era possível ver paragliders sobrevoando a qualquer hora do dia. Bonito de se ver, segundo Ruby.
Ela mora com sua mãe e seu irmão, Chip Jr e Poe, o Cachorro Burro. O pai os deixou há alguns anos, para seguir o sonho de ser um cantor famoso – que não se realizou, claro. Ele aparecia às vezes na casa da família. A jovem era muito tímida, mas uma escolha mudaria seu destino.

Certo dia, ela estava passando numa rua, onde viu uma casa suntuosa. Nessa casa havia uma moto, do tipo Harley-Davidson. A casa pertencia à família Becker. Travis era o dono da moto. Ela o conhecia da escola, mas nunca tinha falado com ele. E ela achava que ele não falaria com ela. Ela, num acesso de loucura, entrou na casa Becker – aproveitando que o portão estava aberto – e viu-se surpreendida pelo próprio Travis que a convidou para uma volta de moto. E ela aceitou (que doida).

Como nem tudo são flores, Travis era “chave de cadeia”. Mas Ruby queria algo diferente nesse verão. Ela tinha se cansado de ser a Garota Calada. Mas escolheu uma péssima forma de curtir as férias. Aí Ruby comete vários erros e a história fica enrolada, então vamos pular para a parte em que Ruby vai para um clube de leitura. Um clube que lê e conversa sobre as obras do autor Charles Whitney (que já aviso que não existe. O único que existe é ex-jogador de basquete).

As Rainhas Caçarolas – como são denominadas – são compostas por várias idosas que curtem a escrita do romancista. Entre uma leitura e outra, descobrem que Lillian, uma das participantes que menos falava – porque tinha sofrido um derrame – foi o grande amor de Whitney, foi a musa dele. E as Rainhas Caçarolas, mais Ruby, a mãe, o irmão, e Harold (o único membro masculino do clube) bolam um plano para unir os dois – porque Whitney está vivo, do outro lado de Nine Mile Falls.

Sabe aquele livro que você compra só por consumismo? Foi isso que aconteceu comigo. Eu vi esse livro nas Americanas por apenas R$8. Vi e achei legal, nem julguei pela capa – bonita, aliás. Mas o livro traz uma história que põe em xeque o que sabemos sobre amor e perdão. Mostra como um simples ato – o de invadir uma casa, como Ruby fez – pode transformar uma pessoa. Sim, Ruby se transforma, amadurece com seus erros, percebe que, até então tinha outra concepção da vida.

A Novo Conceito fez um incrível trabalho de diagramação/revisão. Só encontrei um erro de português. A fonte é boa e as páginas são amareladas. Apesar de ser meio enrolada nos primeiros capítulos, a história é recomendada justamente pela reflexão que oferece. No fim do livro, depois que a história termina, tem uma espécie de “caderno de atividades”, que são algumas perguntas sobre o livro. Tipo aqueles “Estudo do texto” que fazíamos na escola – tem gente que ainda faz, mas eu já passei desse tempo, rs. Depois desse “caderno”, o livro ainda aconselha a participarmos de clubes de leitura.

E a respeito do título, é um trocadilho, que nos é apresentado na metade final da trama.

Leiam, a história é linda demais, mesmo a Ruby agindo como uma tonta às vezes. A mensagem que a Deb transmite é maravilhosa.