Olá!

Mais uma resenha de nacional! E esse, tem de tudo um pouco: música, informação, uma protagonista empoderada e maravilhosa e foi escrito por uma garota que tive o prazer de conhecer e amar. Confiram a resenha de Sonata em Punk Rock, da Babi Dewet.
Sonata em Punk Rock nos apresenta Valentina Gontcharov, a Tim, que está aflita porque foi aprovada para estudar na Academia Margareth Vilela, a mais prestigiada escola de música do país - e uma das melhores do mundo. E está aflita porque não tem a grana necessária para bancar as mensalidades. Ela mora com a mãe, no Rio de Janeiro e seu pai a abandonou há muitos anos. E será justamente ele que a salvará desse martírio.

Isso porque o grande músico Alexander Gontcharov era podre de rico. E ficou rico fazendo música, depositando tudo em seu sonho, deixando para trás uma pequena Valentina e sua mãe, que tinha muitos sonhos. Sendo assim, o pai resolve bancar os estudos da filha. Logo, ela iria para a Cidade da Música, a pequena (e fictícia) Vilela, no interior do estado fluminense, que existe por causa da Academia.

Mas, ao chegar lá, ela percebe que não seria fácil. Seu espírito punk rock (rebelde) não combinava com o estilo conversador e tradicional do instituto. Apesar de ter como dom o "ouvido absoluto", que consiste em ter a capacidade de identificar qualquer tom musical apenas ouvindo, assim, na raça, Tim não poderia chegar e tocar o que quisesse; teria que se adequar às normas.
E, entre um desafio e outro, eis que surge Kim. Kim Pak Vilela é só o filho da dona da escola, logo, o herdeiro de tudo. E um excelente pianista. Tim, que é super fã de k-pop, vê nele um rapaz super atraente, maravilhoso, um verdadeiro deus grego - não, pera, coreano...

Mas Kim é totalmente alheio à Academia. Ele vive em seu próprio mundo, frequentando as aulas quando quer e se sentindo o maioral (porque ele é mesmo, infelizmente). Um poço de arrogância. E será o piano que unirá um rapaz tão conservador (e cheio de segredos) e uma moça de espírito livre (que também tinha seus problemas).

Até antes da Bienal, não fazia ideia de quem era Babi Dewet. A conheci porque a Angela, do Pausa para Série e minha colega de TCC, conseguiu uma entrevista com ela, que você confere aqui. Então, como fiz como todos os escritores que ajudaram na confecção da maravilhosa Nova Millennium, comprei o Sonata em Punk Rock. E ainda dei sorte de, no dia, ela estar lá para autografar - queria dizer que ela é muito linda.
Momento devidamente registrado. Sdds Bienal.
Li sem expectativa nenhuma, mas já me vi ali no conservatório, tocando saxofone e fazendo vários covers de músicas legais. A Tim te faz ter esperança, te faz acreditar que dias melhores virão e que você consegue, basta querer e lutar. Ela é incrível, pena que o gosto musical dela é diferente do meu, mas sem problemas, é maravilhosa e empoderada, além de ter um cabelo lindamente platinado.

O livro é super gostoso de se ler, tem várias referências à cultura asiática, como doramas e k-pop, além de cada capítulo ser intitulado com uma música. E vai de David Bowie a música clássica brasileira. Babi nos dá uma aula de música através do livro, gostei bastante. Já o Kim, de início você acha um chato de marca maior, arrogante e irritante, porém, esconde vários segredos e se camufla em uma máscara, ocultando seus maiores medos e desejos.

A capa é linda, condizente com a trama e o trabalho de revisão da Gutemberg está excelente, pouquíssimos erros. O jeito é esperar o próximo livro, que a autora ainda está escrevendo. Neste vídeo abaixo ela deu umas dicas de escrita, mas também falou um pouco sobre o próximo livro - lembrando que Sonata em Punk Rock é o primeiro livro da série Cidade da Música.

Babi ganhou uma nova fã e agora estou no aguardo do próximo volume - rezando para que seja lançado ainda esse ano. E a melhor parte é que serão livros não seriados. A parte ruim é que não sei se vou saber se o Gontcharov pai vai sair impune.



Ufa!

Não, pera... Olá!

Chega ao fim minha série de posts sobre a segunda Bienal de SP que fui. Falei que fui no sábado 27 aqui e na terça e quarta, respectivamente 30 e 31, aqui. Hoje vou falar do meu último dia de Bienal, sábado, 3 de setembro.

Marquei de encontrar com minhas amigas e parceiras de TCC Ani (EC&M) e Angela. Mas como eu cheguei cedo (domino essa arte), então resolvi andar. Passei na Gutemberg no intuito de comprar o Pollyanna Moça, continuação do Pollyanna, que eu comprei no sábado anterior e li e amei e a resenha sai logo menos. Dei uma passeada e decidi comprar o Como Eu Realmente... 2, da Fernanda Nia, cujo volume anterior também comprei no sábado anterior. A Niazinha também estava lá. Além dela, também estava a Babi Dewet, que estava lançando o Sonata em Punk Rock, primeiro volume da série Cidade da Música. Claro que tanto a Babi como a Nia autografaram meus exemplares.

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Vendo a programação do dia, vi que teria uma palestra com a Lucinda Riley. Quis. Mesmo nunca tendo lido absolutamente nada dela. Mas tudo bem. Encontrei a Ani, que estava com uma amiga e a chamei para ver a tal palestra. Melhor ideia que tive, cof cof. Depois de nos despedirmos da amiga da Ani (um prazer te conhecer, Karla), fui procurar pelo Augusto Alvarenga, para ele autografar meu 1+1, que eu tinha comprado na terça, mas não o tinha encontrado. No estande da Faro Editorial só estava o Vinicius Grossos, que foi muito simpático e lindo. Depois que ele autografou e tiramos fotos, quando estou indo para a palestra, finalmente encontrei o Guto. Pessoa maravilhosa! Ele autografou, conversamos um pouco e por fim fui ver a bendita.

Quem viu a palestra não me deixa mentir. A mulher é maravilhosa!! Quando ela entrou no palco, estava tão alegre que ela desceu e foi tirar uma selfie com os presentes. Detalhe: tinha muita gente. tipo, umas cem pessoas cercaram a mulher e ela foi simpática - tudo bem que ela se irritou com o assédio e mandou todo mundo sentar, mas o que vale é a intenção, rs.

Aí, depois que ela subiu, Lucinda falou uma mensagem em português - que eu gravei, ficou um pouco baixo, mas dá pra ouvir bem. Ela contou sobre sua vida e suas obras. Era visível que ela queria estar ali, no meio de nós, reles mortais; irradiava alegria, mesmo quando nos contou que sua mala fora extraviada e só chegou faltando alguns minutos para sair do hotel rumo ao evento. Detalhe: ela disse que era a terceira vez no Brasil e pela terceira vez sua mala foi extraviada.


A mediadora foi a Frini Georgakopoulos, autora de Sou fã! E agora?, e diferente da palestra anterior que assisti (com a Jout Jout e as moças do Capitolina), foi muito bem e fez uma ótima mediação, uma mulher muito simpática, inclusive. Depois da palestra, a Lucinda ainda ficou no palco, fazendo pose pra gente tirar foto. Em seguida ela foi para a sessão de autógrafos. Mas essa não teve jeito, só entrava quem tivesse senha.

Queria dizer que jamais diria não a Lucinda Riley. Diferente de muito autor (cantor, famoso em geral), ela é muito humilde, alegre, simpática. Mesmo com sua mala extraviada (ela disse que a mala chegou faltando alguns minutos para sair, rumo à Bienal), ela estava no palco com um sorriso gigante, respondeu todas as perguntas e ainda arriscou falar português. Como não amar? Portanto, sejam todos Lucinda Riley - e leiam seus livros, claro (isso serve pra mim também).

Só depois dessa chuva de amor, eu e a Ani encontramos a Angela, que estava no estande da Saraiva com suas irmãs. Aliás, o estande da Saraiva era um dos maiores, tinha uma parte em que dava pra tirar foto imitando o Instagram rs, pena que os preços não ajudavam. Uma outra coisa que não passou despercebido foi a imensa quantidade de youtubers lançando livros. Isso é bom ou ruim? Até que ponto? Um longo debate que está longe de acabar...

Resumindo essa série de posts: eu te amo, Bienal!! Dos dias em que fui, não passei mal em nenhum, só mesmo o cansaço de tanto andar. Mas foi muito melhor em relação a 2014. Conheci muito mais gente, a blogosfera abriu meus horizontes de tal modo que simplesmente não dá pra remediar. Pra se ter ideia, a maioria dos livros que comprei são de brasileiros. Em que outra época da minha vida eu daria tanta atenção a autores nacionais? Não. A vida toda eu cresci com a ideia de que um escritor de livros era uma pessoa muito culta, geralmente com idade pra ser minha mãe ou avó, com curso superior e alguma fama na mídia.

Nunca, jamais, passou pela minha cabeça que qualquer um - qualquer um mesmo - pudesse escrever um livro. E, gente, é possível!! Só me resta rever as fotos, devorar todos os livros que comprei e esperar por 2018... Ah, as fotos que tirei na Bienal estão aqui, num álbum que montei na página do Resenha no facebook. E não rolou tirar foto de tudo o que comprei, mas conforme eu for lendo e resenhando, vou fotografando e trazendo para vocês.

Bienal do Livro de São Paulo, até 2018!