Olá!

Última resenha de filme do ano! E o filme de hoje já assisti há um tempinho, mas como vi duas vezes e gostei as duas, nada mais justo que dividir minhas opiniões com vocês aqui no blog. Apesar de ter Deus no título do filme, de religião não tem nada, quer dizer, nada religioso. Esse aqui mostra como o fanatismo prejudica não só a vida do fanático, mas dos que convivem com ele. Desfrutem do suspense com toques de romance, Justiceiros de Deus.

Título Original: The Ministers
Ano: 2009
Elenco: Florencia Lozano, John Leguizamo, Harvey Kittel, Wanda de Jesus, Susan Porro
Duração: 1h29m

Logo no início do filme, a jovem Celeste (Raquel Castro) está esperando seu pai, o detetive policial Alberto Santana (Benny Nieves), para, junto com sua mãe, Gina, poder comemorar seu aniversário. E que presente ela recebe: isso mesmo, ela vê seu pai ser assassinado, sem chance de se defender. O mais impressionante (pra não dizer absurdo) é que o atirador (que estava acompanhado) lhe entrega um folheto religioso.

Os anos passam e Celeste Santana (Florencia Lozano) segue os passos do pai. Em mais um dia de trabalho, ela, seu parceiro Joe Bruno (Harvey Kittel), que foi parceiro de seu pai e mais alguns policiais veem que dois empresários acabam de sair da prisão. Seriam só dois a mais na rua, se eles não tivessem ficado um longo tempo presos acusados de atearem fogo em alguns prédios de Nova York só para receberem dinheiro do seguro.

Enquanto isso, no Bronx, os irmãos gêmeos Dante e Perfecto (John Leguizamo) planejam matar esses dois empresários. Isso porque, a família dos gêmeos (pai, mãe e mais um irmão) morava em um desses prédios que foram incendiados. Só os filhos sobreviveram. Mas Perfecto foi atingido pelas chamas bem no rosto, deixando-o deformado.

Quando um dos empresários morre, a polícia começa a procurar pelos "Os Mensageiros", pois eles deixaram um panfleto religioso sobre o corpo da vítima. Coincidentemente, era o mesmo panfleto que Celeste recebeu quando seu pai foi assassinado. Sabendo disso, a policial jurará vingança pelo seu pai.

Porém, o que era pra ser uma busca por um par de criminosos torna-se uma teia muito difícil de sair quando Dante resolve se envolver com Celeste. Claro que ela não sabe do passado dele, mas o sentimento fica mais forte, ainda mais quando a mãe dela aprova o relacionamento só porque eles se conheceram na igreja - quer dizer, quando ele a abordou na porta da igreja. 

O que dizer desse filme? Assistam, é maravilhoso! Apesar do romance, o filme foge dos clichês, devido à sequência de erros que acabam por vitimar várias pessoas, entre elas, o pai de Celeste. Vocês devem ter reparado que todos os personagens citados, exceto o policial Joe Bruno, tem nomes latinos? Pois é, esse filme tem no elenco atores latinos ou de origem latina, mas que nós nunca veremos em telenovelas porque acabaram por se estabelecer em Hollywood. Isso pode até passar batido no início, mas depois fica claro a latinidade na história porque a) tanto a família dos gêmeos como a de Celeste são da região do Bronx; e b) em algumas partes do filme Dante, Perfecto, Celeste e mais uma personagem falarão espanhol.

Outra coisa que sempre vejo nos filmes/seriados e me pergunto: será que só nos EUA os policiais andam em dupla? Nunca vi nada parecido aqui no Brasil, nem na ficção nem na vida real. O filme também mostra - indiretamente - a relação entre americanos e latinos. Ainda há preconceito, mesmo os imigrantes (leiam: a maioria gritante de mexicanos) estando miscigenados aos americanos. Parece que é um dilema eterno entre as duas nações.

Ainda há os secundários importantes, como a mãe de Celeste, Gina (Susan Porro), o agente DeMarco (Saul Stein), a tenente Diaz (Wanda de Jesus), entre outros que farão breves aparições. Só me resta avisar que está disponível no serviço de streaming da GVT. Até onde sei, não tem na Netflix, mas, quem sabe pode entrar em breve?