Olá!

Hoje eu trouxe uma resenha de um livro me surpreendeu: Agora e Sempre - Memórias.

Agora e Sempre - Memórias é um relato autobiográfico da atriz norte-americana Diane Keaton e de sua mãe, mrs. Dorothy Deanne Keaton Hall. O título já diz: é um livro de memórias.



Diane Keaton mescla trechos de oitenta e cinco diários de sua mãe com suas próprias histórias, o que forma um fato interessante: enquanto mrs. Dorothy foi Mrs. Los Angeles (uma espécie de Miss Brasil, mas voltado para as donas de casa), Diane saiu de casa ainda jovem para tentar a carreira de atriz em Hollywood. E ela misturou os relatos de sua mãe com cartas que a atriz mandou para a família enquanto fazia sua carreira em Hollywood com cartas que a mãe mandava para o pai com frequência. O resultado é uma história contada sob vários pontos de vista.

A vida de mrs. Dorothy foi complicada: foi abandonada pelo pai e, claro, criada com amor pela mãe. Conheceu Jack Hall, com quem viria a se casar, depois de fugir de casa (achei uma aventura perigosa, rs).

Mr. Jack Hall, pai de Diane, também teve uma vida triste: seu pai também foi embora de casa e sua mãe fez milagres para criá-lo. Era uma mulher ríspida e ignorante, sem amor para com o garoto.

O livro é muito bom, primeiro porque é uma autobiografia (e eu adoro autobiografias hehehe) e em segundo porque mostra uma linda relação entre uma mãe protetora e uma filha sonhadora, é uma relação delicada. A criação de Diane foi pautada no amor e compreensão entre seus pais e irmãos. Sem contar que ela descreve sua relações com Woody Allen, Warren Beatty e Al Pacino. São descrições breves, mas sucintas sobre como ela foi rejeitada e amada (será?) por ambos.

Posso afirmar que, quando Diane escreveu esse livro, aos 63 anos, ela ainda não havia cortado seu cordão umbilical com a mãe, o que demonstra como era a intimidade entre elas. Eu disse que ela descreve suas relações com Allen, Pacino e Beatty. Mas são relações breves, que não vingam. Por que será que Diane não quis se casar? Isso me deixou em incógnita. Sem contar que adora se menosprezar - gente, ela não se acha uma grande atriz, isso é chocante!


PENSAR. Pensar é o capítulo de abertura do livro, com mrs. Dorothy explicando porque devemos pensar. Uma ótima reflexão.

Uma passagem que eu gosto muito nesse livro é a que a atriz conta o motivo de ter adotado "Diane Keaton". Ela não poderia se chamar Diane Hall, porque, segundo ela, já existia uma atriz com esse nome. Então, pensou em adotar o nome de uma de suas irmãs (Dorrie). Poderia ter escolhido um pseudônimo, mas resolveu deixar tudo em família e tomou para si o sobrenome de solteira de mrs. Dorothy. Keaton. Diane Keaton.


Diane com seus filhos, Dexter e Duke.

Diane Keaton é a primogênita de quatro irmãos (os outros são Dorrie, Randy e Robin) e nasceu em 5 de janeiro de 1946. Ela contracenou em grandes produções como a trilogia "O Poderoso Chefão" e "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz, em 1978. A atriz adotou dois filhos, Dexter e Duke.

Dorothy Deanne Keaton Hall morreu em 18 de setembro de 2008, vítima de complicações causadas pelo mal de Alzheimer.

Espero que tenham gostado da resenha! Mais alguém aí é fã de Diane Keaton?