Olá!

Eu trouxe uma TAG que vi blog "Uma Leitura a Mais", da Renata. As respostas dela você confere clicando aqui.


1. Qual é o gênero de literatura que você se mantém longe?

Na minha prateleira tem de tudo (é, meu quarto é pequeno demais pra ter estante, então me viro com uma prateleira, rs) mas se tem um gênero que eu não leio é auto-ajuda. Os que estão na prateleira (inclusive tem um do Augusto Cury, meu pai me deu) foram presentes.

2. Qual é o livro que você tem na estante e tem vergonha de não ter lido?

Crime e Castigo. Comprei em novembro do ano passado e ainda não cheguei na página 20. E olha que o livro é bom, capa dura e tudo o mais!


3. Qual é o seu pior hábito enquanto leitora?

Com certeza é desviar a atenção da leitura pra olhar o mundo ao redor, rs.

4. Você costuma ler a sinopse antes de ler o livro?

Leio sim, principalmente se são livros de meus autores favoritos!

5. Qual é o livro mais caro da sua estante?

O mais caro é, sem sombra de dúvida “O Jogo de Ripper”. Paguei exatos R$50. Mas só paguei porque quem escreveu foi meu ídolo maior, a Isabel Allende. Sendo dela, pago qualquer preço. Do contrário, pago no máximo R$39,90.

6. Você compra livros usados/em sebo?

Não. Livros usados e/ou em estado duvidoso de conservação eu pego gratuitamente na biblioteca do bairro onde moro. Tem um acervo maravilhoso, muitos livros famosos e os meus autores favoritos (Isabel Allende, Mario Vargas Llosa, entre outros) foi a biblioteca que me apresentou.

7. Qual é a sua livraria física preferida?

A Saraiva do Shopping Center Norte!!! Claro que a FNAC, da Avenida Paulista e a Cultura, que fica em frente ao prédio do Ibope, também são maravilhosas, mas a do CN está no meu <3, até porque o shopping me é superacessível!

8. Qual é a sua livraria online preferida?

Nenhuma. Todas têm bons preços, mas cobram frete e nem sempre minha mãe fica em casa pra receber as encomendas.

9. Você tem um orçamento (mensal) para comprar livros?

Não. Eu compro de acordo com a necessidade. E os gastos são altos, aliás.

10. Quem você “tagueia”?

Vem todo mundo, liberei a TAG pra geral responder, HAHAHAHAHA



Olá!

A resenha de hoje é de uma coletânea de contos de um autor que muita gente não conhece, mas esse cara é um dos maiores contistas de todos os tempos, na minha opinião. A coletânea em questão é “A Dama do Cachorrinho” de Anton Tchekhov.

Sim, enquanto muitas garotas leem Nicholas Sparks, Cassandra Clare, Rainbow Rowell, entre outros super falados na blogosfera, eu, que serei a futura Velha dos Gatos, leio literatura russa. Se todos lessem um pouco que seja de literatura russa, seja o Tchekhov ou o Dostoievski ou outro qualquer, esse mundo seria outro. Pena que tem gente da minha idade que sequer ouviu falar nesses caras. Eu acho isso muito triste. Mas vamos ao que interessa. E, antes de me julgar, saiba que eu também leio a literatura jovem atual, incluindo Nicholas Sparks.



A Dama do Cachorrinho é uma coletânea de 36 contos que a Editora 34, a melhor em publicação de obras russas e a única que conheço que traduz as obras para o português direto do russo. (um dia ainda aprendo a língua russa!) Nesses contos, Tchekhov retrata a sitaução da Rússia de seu tempo – virada do século XIX para o XX, um tempo que, pelo que percebi, a desigualdade social era imensa, em que os ricos – em sua maioria burgueses funcionários do czarismo – adoravam humilhar os seus empregados, inclusive agredindo fisicamente. Constatei que isso acontece em vários livros de vários autores. Antes que eu me esqueça, A Dama do Cachorrinho é o último conto do livro.

Por que ler Tchekhov?

O autor retrata os sentimentos humanos de uma forma muito íntima – muito se deve pelo fato de ser médico – são como tapas na cara da sociedade. Ele consegue dizer tudo o que quer nas entrelinhas, às vezes só com o silêncio ele já transmitiu sua mensagem.

Uma coisa que acho muto legal nas obras de Tchekhov são os nomes dos personagens: muitas vezes, os nomes são sinônimos de palavras não tão engraçadas, por exemplo no conto "A Morte do Funcionário" o protagonista, que era um policial, se chamava Tcherviakov, traduzindo: verme; eu gosto desses trocadilhos que o autor usa pra descrever um personagem antes mesmo de narrar o conto. E ainda por cima, tem bastante cultura russa embutida no texto, um prato cheio pra quem gosta!

Eu sugiro pra vocês os seguintes contos - é bem verdade que todos são recomendados, mas os seguintes são mais que recomendados por motivos de: são espetaculares!

Bilhete Premiado
Casa-se a Cozinheira
Homem num Estojo
A Morte do Funcionário
Do diário de um auxiliar de guarda-livros
A Dama do Cachorrinho

E você, se interessou pelo livro e/ou pela literatura russa?