Olá!
Dando continuidade ao projeto Vida Literária - que consiste em que eu, a Ani do Entre Chocolates e Músicas e a Raíssa, do O Outro Lado da Raposa leiamos um mesmo livro e o resenhemos ao fim do mês - a leitura desse mês foi escolha da Ani, que é fã (ama/gosta/idolatra) da Meg Cabot. Espero que gostem da resenha de A Rainha da Fofoca, primeiro volume da trilogia de mesmo nome.
A Rainha da Fofoca nos apresenta Elizabeth "Lizzie" Nichols. Ela acabou de se formar em História da Moda e está de malas prontas para viajar para a Inglaterra junto com seu namorado Andrew, que estão juntos há apenas três meses. Seus amigos Shari e Chaz (que são um casal) são totalmente contra a viagem. Eles querem que ela vá para Nova York com eles e não para a Inglaterra, onde ela ficará fazendo nada pelos seis meses seguintes enquanto Andrew vai terminar seu curso.
Durante sua festa de formatura, Lizzie descobre (e não conta pra ninguém) que, pra se formar, precisa entregar uma monografia. Suas duas irmãs acham que Lizzie vai se dar mal e vai voltar pra casa com o rabo entre as pernas. E durante essa festa, Lizzie ganha três luzinhas de leitura, para usar durante a viagem.
Contrariando a todos, Lizzie vai para a Inglaterra. Mas nada será como ela imagina. Um dos grandes defeitos dela - senão o maior - é que ela tem a boca solta. Ela fala sem pensar (e quando pensa antes, ela fala logo depois) e imagina muito. Ela faz o que conhecemos como "contar com o ovo antes da galinha". Pois bem, sua estadia na Inglaterra dá muito errado. Shari e Chaz foram para a França, trabalhar em um chatêau (castelo) de um amigo.
Para não dar o gosto da vitória para as irmãs, Lizzie resolve ir para a França - depois de descobrir várias coisas sobre Andrew. Durante a viagem de trem, ela conhece Luke. Ela percebe que ele é um cara legal e conta tudo para ele - tudo mesmo, até os detalhes sórdidos, que ninguém precisava saber. Chegando em território francês, Lizzie se sente sozinha, pois não conseguiu avisar a Shari que estava a caminho.
Qual a surpresa de Lizzie (e minha) quando Shari chega à estação de trem para buscar Luke, que na verdade se chama Jean-Luc de Villers, apenas o filho do dono do castelo. LIZZIE CONTOU SUA VIDA PARA O FILHO DO DONO DO CASTELO ONDE ELA IA SE HOSPEDAR!! Claro que, dado o uso de maiúsculas, nossa protagonista ficou de cara no chão. Como se não bastasse, se preparem para rir bastante, porque Lizzie vai aprontar muitas - aprontar no bom sentido, mas vai aprontar!
Não sei como começar essa resenha. Bem, eu tive meu primeiro contato com Meg Cabot quando li Pegando Fogo. Essa história é tão horrível que só li duas páginas (e só lembro que um tipo de ostra e o time de futebol americano do lugar tinham o mesmo nome). Então, desisti de ler algo dela, mesmo a Ani falando todo dia (todo dia mesmo, acreditem) sobre como a Meg é incrível, linda, maravilhosa demais e etc. Aproveitando então o Vida Literária desse mês, ela sugeriu esse livro.
"Essa foi uma releitura muito gostosa de se fazer. Depois de 3 anos, me peguei rindo com Lizzie e torcendo para ela. A Meg é incrível – não digo apenas como super fã – mas uma pessoa que consegue mudar de estilo completamente em suas obras sem perder a qualidade, merece aplausos. A leitura fluiu e foi super-rápida. Não vejo a hora de terminar a trilogia." Ani Lima
Já comecei rindo logo nas primeiras páginas! O jeito que a Meg escreve mais parece uma conversa entre mim e a personagem - o livro é narrado em primeira pessoa. Ela lança mão das maiúsculas de um jeito que não cansa a leitura. Já falei que o livro é engraçado? Pois é, o SLC (Sistema Lizzie de Comunicação) garante boas risadas ao longo da leitura. Pra eu virar fã da Meg ainda falta muito, mas eu aceitaria de bom grado a sequência desse livro - que parou em um ponto, digamos, interessante.
A parte ruim fica por conta da editora. Do Grupo Editorial Record eu só leio os da Bertrand Brasil por motivos de: Isabel Allende, então é a primeira vez que leio algo do selo Galera Record. O exemplar que li faz parte da quinta edição, publicada em 2012. A reforma ortográfica de nossa língua pátria entrou em vigor em janeiro de 2009. O que custava revisar o livro????? Gente, esse livro não passou pela reforma ortográfica!! E sabe o que é pior: o preço. Eu paguei acho que 22 (ou 28, não lembro agora) na Amazon, mas os livros da Cabot têm preços salgados. Tipo, quem é o corajoso que põe pra vender livros que não passaram pela revisão pós-reforma ortográfica (portanto estão repletos de erros de português) por mais de 40 reais??? Inadmissível.
Voltando às partes boas do livro, cada capítulo começa com um parágrafo da monografia de Lizzie (quero fazer uma monografia assim rs), seguido de uma epígrafe de grandes personalidades da literatura, sempre tendo como tema a fofoca. O livro tem 26 capítulos. A fonte virou detalhe irrelevante perto da não revisão ortográfica. Aliás, bem que a editora poderia usar uma tinta que fixe no papel, direto encontrei palavras impressas pela metade...
"Mais uma vez me diverti muito com a escrita da autora e as personagens que ela cria. Lizzie é muito engraçada e meio atrapalhada, sem falar em sua dramaticidade! Parece que tudo o que tiver para dar errado na vida dela, consequentemente acaba dando errado mesmo. E o leitor só consegue dar risada das situações que ela passa." Raíssa Martins
Apesar da futilidade que Lizzie transmite (ela fala muito de moda, de marcas, de grifes, me soa um tanto fútil), ela tem bom coração e uma língua que fala muito. Muito mesmo. Mas, ainda assim, o leitor torce para que ela se dê bem no final. Depois dessa leitura, me arriscaria a ler outros títulos da Meg, ela tem uma escrita leve. rápida e ágil, fazendo com que o leitor aprenda um pouco sobre a História da Moda e reze para que Lizzie entregue sua monografia.
PS: uma personagem que apareceu pouco, mas merece destaque, é a vovó Nichols. Sério, ela é a cara da sinceridade, fala sem medo! Queria ser neta dela! Quer ser amiga da Lizzie? Dê a ela litros e mais litros de Diet Coke e a afaste dos tomates!
E já temos a leitura de dezembro: a Raíssa escolheu "Como se Apaixonar", da Cecelia Ahern. Estou sem expectativas quanto à leitura, mas acho que vou gostar, ainda mais porque já conheço e gosto da escrita dela!
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