Olá!

Primeiro, mudei - de novo - o cabeçalho do blog, colocando mais brushes (o do acervo da Isabel Allende era meu sonho rs). Agora preciso da opinião de vocês: como sou um zero à esquerda quando o assunto é arte, o que vocês acham que é preciso melhorar?

Agora, o livro que será resenhado hoje precisa de uma atenção especial. A garota inglesa é o tipo de livro que deve ser lido em completo silêncio ou com música em baixo volume - e nunca com fones de ouvido, a atenção aqui é essencial, pois qualquer distração te faz perder o fio da meada. 


O livro começa com Madeline Hart, uma jovem de origem humilde, mas com carreira política passando por uma rápida ascensão. Ela tinha um cargo importante na Downing Street número 10, endereço onde as decisões do Reino Unido são tomadas. O que a maioria não sabe é que Madeline Hart tem um caso com Jonathan Lancaster, apenas o primeiro ministro britânico.

Madeline está com um grupo de amigos curtindo a Córsega, cidade litorânea francesa. Quando, de repente é sequestrada. Um aviso chega a casa de Jeremy Fallon: a garota morreria em sete dias. Então, entra em cena Gabriel Allon, apenas um dos espiões mais importantes do serviço secreto israelense. A pedido de Graham Seymour, do serviço secreto inglês, Allon entra no caso.

O que aparenta ser mais um sequestro envolvendo alguém do parlamento inglês para fins de chantagem mostra-se em um crime complexo e muito bem pensado. Para ajudar Allon nesse caso, o israelense chama Christopher Keller, que outrora tentou matá-lo.

O que dizer dessa história? Simplesmente incrível! É um ponto fora da curva. Daniel escreve de maneira única, em cada linha percebe-se como ele estudou sobre vários acontecimentos e como fatos reais se encaixam tão bem com os ficcionais.

Como eu disse no inicio, esse livro deve ser lido ou em silêncio ou ouvindo música em baixo volume. Eu explico. A cada capítulo, uma torrente de informações e fatos é mostrada ao leitor. Se você se dispersa, se perde. Não à toa demorei pra terminar: a leitura é ótima, fluiu bem, mas meu tempo livre destinado à leitura - no ônibus da tarde - eu preferi ouvir música.

O livro é dividido em três partes, todo narrado em terceira pessoa, mas sob a ótica de Gabriel. Outros coadjuvantes também são importantes à trama, como Chiara, a esposa de Allon, e don Orsati, o "patrão" de Keller.

Leitura mais que recomendada, ótima sugestão pra sair da zona de conforto ou pra ler após uma leitura decepcionante. A Arqueiro - que me enviou em parceria - sempre de parabéns com capa e revisão, não encontrei erros e a fonte é boa, junto com folhas amareladas contribuem para uma boa leitura. A parte ruim é que os capítulos nem sempre começam no começo da folha.

Há mais três livros de Daniel com Gabriel Allon como protagonista. E é claro que lerei. Já leram algo de Daniel Silva?