Olá!

Confesso que não uso a Netflix como gostaria - gosto muito, mas não a ponto de ser viciada - porém, quando pego numa cegueira, não largo mais. E foi assim com Marcella, série produzida pela Netflix em parceria com o canal britânico ITV e protagonizada pela Anna Friel.
A série vai contar a história da detetive aposentada Marcella (favor ler com pronúncia italiana) Backland (Anna), que, após 12 anos afastada da polícia, volta ao batente porque uma série de crimes está acontecendo em Londres. Onze anos depois da série anterior, em que o assassino ficou um bom tempo preso. E não é só isso: assim que o assassino colocou os pés na rua, a matança recomeçou.

Mas Marcella parece um pouco perturbada. Ela claramente não se sente bem, isso porque seu casamento de longa data acabou e o ex-marido foi embora de casa, e é claro que ela quer que ele volte. Nesse meio tempo que Marcella se aposentou, ela virou dona de casa, teve dois filhos e se afundou na vida doméstica. Até ser chamada de volta por sua chefe, os detetives Laura Porter e Rav Singha.

Com uma equipe de detetives de alto nível, a detetive Backland terá que jogar contra o tempo para prender o assassino, porque, em paralelo aos crimes, várias outras situações estão acontecendo, o que deixa tanto Marcella como o telespectador confusos, porém vidrados, não perdendo nenhum detalhe sequer - porque, se demorar pra notar, já era.
Alex Dier (Charlie Covell), parceira de Marcella. Ela não é linda? Aleatório: a associei ao David Bowie, não sei porquê.
Cresci vendo CSI - Investigação Criminal, NCIS, Lei e Ordem (vi os dois, mas o da Olivia Benson é o meu favorito). Por causa do blog (e do James Patterson), passei a amar os romances policiais e fiquei um pouco decepcionada ao passar o olho na Netflix e ver que ela tem tão poucas opções de séries policiais (Netflix, se você vir esse apelo, coloca na plataforma essas séries citadas, obrigada). Até que vi no blog "São Tantas Coisas" uma resenha dessa série. Reconheci de imediato a atriz por causa do filme Invasão de Privacidade (ela estava sem sotaque).

No post, o blogueiro elogiava a série, mostrando porque Marcella o havia conquistado. Resolvi dar uma chance e... nos primeiros oito minutos, fiquei boiando, sem entender nada. Aí acabei abandonando, até que no último feriado, tinha umas séries pra encerrar e, quando estas acabaram (Santa Clarita Diet é engraçadinha e só; Chewing Gum beira o bizarro, mas dá pra rir também) resolvi ver de novo. Não parei mais. Acabei os oito episódios (45 minutos cada) em dois dias.
Eu na vida. Sim, ela faz essa cara de choro A SÉRIE INTEIRA.
Como falei, você não pode perder nenhum detalhe da trama. Apesar de ser investigativa, ela tem sua dose de drama, principalmente no campo pessoal. Marcella está destroçada com o fim do casamento, que ela investiu tanto tempo e paciência. Seu marido, Jason, se importa mais com seu trabalho do que qualquer outra coisa. Os dois filhos do casal estudam num colégio interno, sendo assim, nossa detetive tem tempo de sobra para investigar.

A fotografia é tão linda <3 Claro que o fato da trama se passar em Londres ajuda muito, não há tanto trabalho para fazer belas imagens. Tirando a Anna, não conhecia nenhum dos atores, agora, o ator Ray Panthaki (o detetive Rav Singha) até curte meus tweets em que pergunto quando vai sair a segunda temporada (porque já está confirmado que vai sair). Particularmente, odeio sotaques, mas confesso que morro de amores pelo sotaque britânico, é tão lindo - e de fácil compreensão...

Se você procura uma série original Netflix bacana e afastada do mainstream (são dessas que eu gosto), Marcella é uma ótima pedida. Tudo nessa série é maravilhoso, a começar pela própria Anna Friel, que atriz. Só quero entender porque uma inglesa tem nome com pronúncia italiana...