Olá!

Dando sequência a maratona Férias Literárias, (clica aí no link pra não perder o fio da meada) já sabido que é um projeto em parceria com os blogs O Outro Lado da Raposa e Entre Chocolates e Músicas,  respectivamente Raíssa e Ana. Trago a resenha de um romance que não é bem um romance, mas um thriller policial, mas dizem que é romance porque a autora coloca uns casais, mas que vale a pena por ser policial.

Morte no Nilo é um daqueles romances que intriga, mas, ao mesmo tempo, você fica sem entender, porque quando você acha que é uma coisa, na verdade é outra e aí você fica com cara de paisagem. Dica: todos os pronomes de tratamento aqui na resenha serão em inglês por motivos de: apareceram tanto na trama que não consigo mais pensar neles em português.



A história começa com Miss Linnet Ridgeway, uma jovem inglesa de 20 anos e podre de rica. Ela comprou uma casa de campo e reformou à sua maneira e não quer se casar com Lorde Charles Windlesham, temendo perder sua casa de campo, já que o lorde também possui uma casa de campo e, em um possível casamento, ela teria que se desfazer de sua propriedade.

Miss Ridgeway, sua amiga Joana Southwood e o Lorde Windlesham estão em um restaurante francês. Enquanto o trio conversava, chegaram Miss Jacqueline de Bellefort com seu prometido Simon Doyle, um cara legal, porém pobre. O casal planeja casar e passar a lua de mel no Egito. Mas, para isso, Doyle precisa de um emprego. É justamente por isso que o casal vai até o restaurante. Miss Linnet dará a Simon a vaga de administrador de sua casa de campo.

No mesmo restaurante está ninguém menos que o detetive Hercule Poirot (!!!). Ele percebe o casal Doyle-Bellefort discutindo sobre sua lua de mel, atentando-se quando ouviu a palavra "Egito". Poirot pensa que Jacqueline ama demais. Se você ler até o final, entenderá essa frase.

Nesse meio tempo, várias outras pessoas planejam ir ao Egito por diversos motivos. São eles, Mistress Allerton, uma senhora que ainda não tendo chegado aos 50 anos, conservava uma beleza interessante e seu filho Tim, que, por casualidade é primo em segundo grau de Joana Southwood. Em Nova York, Cornélia Robson vai acompanhar Miss Marie Van Schuyler, como sua empregada, mesmo sendo primas. Quem acompanhará as duas é a Miss Bowers, enfermeira da velha Van Schuyler. Ainda em NY, Mister Andrew Pennington recebe a notícia de que Linnet se casou. Pennington e seu sócio, Sterndale Rockford, não gostam da notícia. Pennington, sabendo que Linnet vai pro Egito, sugere que um dos dois vá para falar com ela. Pennington vai. E leva com ele outro sócio, Jim Fanthorp. E por fim, Mistress Salomé Otterbourne, que não queria ir, mas foi arrastada por sua filha, Rosalie.

Pois é, toda essa galera tem seus motivos para ir pro Egito. Basicamente, nessa história vai acontecer o que acontece em todas as histórias da Agatha: alguém vai morrer. Todos, direta ou indiretamente, desejam o mal da vítima. Certo, passados alguns capítulos (muitos, por sinal), todos os citados se encontram já em território egípcio, exceto Joana Southwood (que só reaparecerá mais pro fim do livro). Inclusive Linnet, que - pasmem - se casou com... Simon Doyle!

Não acreditei quando li! Já existiam "amigas" traindo furando os olhos umas das outras na época da trama - pelo que entendi, logo depois da crise de 29. Sim, Simon Doyle trocou Miss de Bellefort pela Miss Ridgeway, que agora era Mistress Doyle. E é óbvio que a ~recalcada~ Miss de Bellefort estaria lá. E Poirot também,  mas era o único que estava em férias, portanto, estava com vontade de conhecer o país.

Sim, o casamento entre Linnet e Simon causou burburinho entre os presentes no navio - naquela época, gente rica ia de navio. Como teve muita enrolação nessa parte, pulemos logo para a tentativa de homicídio sofrida por Mister Doyle. Miss de Bellefort, muito bêbada, tentou matá-lo com um tiro na perna, mas não aconteceu nada de grave, só uma fratura. Não, Mister Doyle não foi a vítima e sim, Mistress Doyle.

Todos já sabem então quem matou, certo? Errado! Eu não gostei da enrolação da Agatha ao escrever a história: assim como eu, ela começou contando sobre todo esse pessoal que eu descrevi em cima. E ainda aconteceu um monte de coisa, como a conversa entre Poirot e Linnet, em que ela pede para Poirot pedir para Jacqueline de Bellefort parar de perseguir ela e seu marido. Poirot tenta, mas não consegue demover Miss Bellefort de seu plano: perseguir o casal Doyle.

Até aí a trama ficou enrolada, mas começou a ficar boa quando, antes da morte, o coronel Race entra na história. Ele vai ajudar Poirot a descobrir quem matou Mistress Doyle. Pois é, todo mundo, quando lê até a morte de Linnet Doyle, já tem seu suspeito, mas a autora confunde a cabeça de quem lê, dá um bug no cérebro! Como se não bastasse, ainda haverá duas outras mortes. Duas mortes em alto mar. E ainda assim, Hercule Poirot vai demorar horrores para descobrir quem foi. Até porque a criatura que matou, fez bem feito, com paciência e articulação impressionantes. Planejou tudo nos mínimos detalhes e não deixou ponto sem nó.

A escrita da Agatha é maravilhosa, mas esse livro não foi um dos melhores. A trama não me convenceu por ter muita enrolação, muita frescura, muita coisa que poderia ter sido retirada. Pra que tantos suspeitos? Não gosto de histórias enroladas, gosto de objetividade, ou é ou não é. Mas tirando isso, a autora montou uma trama show de bola, pois não é todo autor que monta uma história dessa complexidade sem se perder - porque mesmo com tanta enrolação, ela não se perdeu, cada personagem teve sua conclusão.

Eu li em e-Book e a edição não deixou a desejar. Na verdade, eu tinha baixado um que, além de estar em português de Portugal, tinha muitos erros. Precisei baixar outro, mais recente, mas que misturava as duas variantes, o que não dificultou a leitura, exceto quando chamavam as personagens femininas de rapariga. Acho engraçado, rs.

Enfim, se você gosta de romances policiais, esse é mais que válido, mesmo tendo as partes enroladas, é uma história que te deixa apreensivo do começo ao fim, porque você acha que é, mas não é e aí acaba sendo, se piscar perde!

Postagem participante do:















Olá!

O Resenha está em mais um clube de leitura! Dessa vez, ele se uniu aos blogs Entre Chocolates e Músicas, da Ani; e O Outro Lado da Raposa, da Raíssa. Os detalhes estão logo abaixo. Esse é o segundo clube de leitura - o primeiro é o clube das Divas, conforme explico aqui, porém esse é o primeiro que participo com amigas do mundo real - da faculdade, diga-se de passagem, rs.




O que é:

O Férias Literárias é praticamente um clube do livro, onde vamos ler um livro por semana, discutir sobre ele e trazer resenhas sobre a obra para vocês, leitores. Como a ideia é lermos livros em comum, cada uma escolheu uma obra que tinha parado na estante para o projeto. Sorteamos a ordem e as datas de leitura para deixar o projeto mais organizado.

Cronograma:


13.07 – 17.07 – Fingindo – Cora Carmack



Proposta:

Escolhemos julho por estarmos de férias da faculdade e com um pouco mais de tempo que os demais meses, então a ideia é lermos os livros durante a semana e no último dia, uma reunião para debatermos sobre a obra para poder trazer a resenha para vocês. Por isso há um cronograma (e eu espero que possamos cumpri-lo).