Olá!
Amo a Itália, amo Milão, amo a Inter, mas nunca tinha lido nada do Umberto Eco. Até agora. Ainda não tenho coragem de ler O Nome da Rosa, sua masterpiece, mas tive uma prova de sua escrita ao ler Número Zero. E, sinceramente, esperava mais.
SKOOB - Número Zero se passa em Milão e começa com um homem que percebe que sua casa foi invadida. Ele sabe que tem um segredo que pode lhe custar a vida, mas ele precisa fugir. Este homem é Colonna, um jornalista de 50 anos, mas com uma vida de merda, trabalhando em empregos ruins e com uma carreira fracassada. Porém, um certo Simei o procura com uma proposta irrecusável: publicar um jornal amanhã com notícias de ontem. Nem preciso dizer que ele a aceitará.
Meio difícil de entender, mas vamos lá: é um jornal que vai publicar notícias velhas como se fossem novas, isso porque, mesmo a notícia sendo velha, a forma como ela é escrita pode deixá-la até mesmo atemporal. Estudei quatro fucking anos de jornalismo e ninguém me ensinou nada parecido, tampouco vi isso em algum lugar. Porém, se entendi certo, é um jornal que vai reescrever notícias velhas como se fossem novas porque estas vão ganhar um novo ponto de vista.
É um conceito interessante mas um pouco confuso, conforme você lê, vai entendendo. É pra entender aos poucos mesmo. Aliás, o jornal vai receber o super título original de... Amanhã. E nessa redação, Colonna vai conhecer uma equipe interessante, mas os destaques vão para Maya (a única mulher no recinto), o Bragadoccio (tem umas ideias doidas) e Lucidi (que diz ter uns contatinhos pesados), além dos estúpidos que fazem perguntas idiotas. Cada um deles vai cuidar de um setor: esportes, horóscopo, política, etc...
Ah, faltou dizer que esse jornal - como todo veículo de comunicação - tem um dono. E esse dono tem interesses. Porque o jornal pode se chamar Amanhã, mas o dono tem interesses hoje, então, nada de matérias que podem comprometê-lo. Só que, nesse meio tempo, o Bragadoccio vai encontrar um conteúdo muito interessante acerca do provável destino dos restos mortais de Benito Mussolini. Em cima desse conteúdo, o colega de Colonna vai criar uma teoria sobre o que aconteceu no dia da morte do ditador fascista. Mas como Bragadoccio tem fama de "engraçado", ninguém vai ligar pra história dele. Até que acontece uma certa situação, que vai fazer com que a história de Bragadoccio acabe sendo levada em consideração.
Quando alguém fala Umberto Eco, só vem à mente um único título: O Nome da Rosa. E diferente de sua masterpiece, o italiano vai trazer para um livro escrito em 2015 o universo de uma redação jornalística nos anos 90. Não muito diferente de hoje, o Amanhã poderia ser taxado, tranquilamente, de sensacionalista ou de veículo de entretenimento. A história se passa nos idos de 1992 e temos uma boa ideia do que se passava nas redações daquela época.
Pelo hype que o autor tem (ele morreu mas a obra ficou), eu esperava muito mais do livro. É uma boa história? Sim. Bem escrita? Também. E só. Apesar da construção extremamente difícil de um número zero de jornal (pelo menos pra quem é leigo), a história tem seus pontos engraçados, uns momentos de tensão e é isso aí, senti falta de algo mais forte, que me prendesse mais ainda e me instigasse. Por sorte, a escrita do Umberto é tão gostosa que dá pra ler super rápido.
Não li outras obras dele (pretendo) mas pude notar um estilo único, marcado por saber satirizar ao mesmo tempo em que se critica. Tem coisa melhor que ensinar e ainda dar umas risadas? Pelo menos é assim que eu aprendo (aprendia, nos tempos de escola). A leitura vale a pena também porque a gente pode conhecer umas ruas legais de Milão - não é todo dia que leio uma obra que se passa na Itália.
No mais, apesar de eu ter sentido falta de alguma coisa que realmente me marcasse, foi uma boa leitura, inclusive pra quem quer conhecer a escrita do Eco e tem medo das 574 páginas de O Nome da Rosa (eu), recomendo Número Zero. O trabalho de revisão da Record está bem feito e a capa é bem bonita, com cara (mesmo) de romance policial.
Oii
ResponderExcluirJá vi o Filme O nome da Rosa, será que se trata da mesma obra? hehehe
Nunca li nada do autor e pelos comentários da sua resenha, vou continuar assim, já que a história não chamou minha atenção e o gênero policial não ser um dos meus queridinhos.
Obrigada pela dica, mas passo. =)
Vícios e Literatura
Olá!
ResponderExcluirNão sabia do que se tratava essa obra, mas fiquei interessada com o desenrolar da trama e a oportunidade de conhecer mais da cultura italiana.
Espero ter a oportunidade de ler algum dia.
Beijos!
Camila de Moraes
Oii, tudo bem?
ResponderExcluirQuero muito conhecer as obras do Umberto Eco, mas também não li O Nome da Rosa. Número Zero parece uma boa leitura, apesar de parecer um pouco confusa hahaha mas tenho certeza que isso se acerta ao longo do livro. A premissa é bem interessante, gostei da dica.
Beijos!
Páginas Empoeiradas
Também tenho medo do tamanho de O Nome da Rosa, por isso fiquei bem interessada nessa leitura!
ResponderExcluirBeijos
Mari
Pequenos Retalhos
Oi, Kamila! Também nunca consegui terminar O nome da Rosa haha, a história é muito interessante, mas na época que eu li não havia me envolvido muito e eu acabei desistindo. Já esse livro possui um número menor de páginas haha e eu fiquei curiosa, ainda mais por ter cara de romance policial. Sua resenha está ótima, espero ler esse livro um dia e quem sabe eu acabe me animando para ler outras obras do autor. Bjss!
ResponderExcluirOla lindona ainda não li nada do autor, confesso que a primeira vista a sinopse não chamou muito minha atenção, gostei da capa. quem sabe leia em outro momento conhecendo mais a fundo a redação de um jornal. beijos
ResponderExcluirJoyce
Livros Encantos
Olá! Ainda não li nada do autor, mas gostei muito da sua resenha! É uma pena quando colocamos muita expectativa em uma obra (seja pelo autor, seja por ser um best seller) e ele nos decepciona. Mas gosto desse tipo de escrita que satiriza e critica, além dos pontos de humor. Vou saber mais sobre o livro para colocar em minha lista.
ResponderExcluirBeijos!
Karla Samira
http://pacoteliterario.blogspot.com.br/
Oi! Umberto Eco sempre é muito citado e elogiado, acho que criamos uma expectativa e isso pode atrapalhar a leitura. Não sei, porque não li o livro, mas é o que acontece comigo as vezes quando espero muito de um autor. Ainda quero muito ler os livros dele, mas esse é um dos que menos me interessa. Ainda assim tá na lista. Beijos.
ResponderExcluirEu li um texto teórico de Umberto Eco na universidade, Seis passeios pelos bosques da ficção. Isso porque fiz Letras. E esse texto dele é meio que obrigatório na academia. Tenho vontade de ler a literatura de Eco, mas até agora só fi as adaptações. Pelo o que você pontou desse livro, não em pareceu muito interessante. Acho que O nome da rosa é mesmo o grande livro dele.
ResponderExcluirBeijos
Eu não conhecia o autor nem o livro, mas fiquei curiosa para poder ler a obra e descobrir mais sobre a trama. Parece ser confuso no começo, mas depois a gente acaba acostumando.
ResponderExcluirOii tudo bem??
ResponderExcluirApesar de conhecer O Nome da Rosa, ainda não tive coragem de ler tbm. Nunca li nada de Umberto Eco, e não saberia o que esperar. É uma pena quando um livro não supera as expectativas.
Achei bem confuso essa questão do jornal também e acredito que não me prenderia a leitura.
Adorei a resenha.
Bjus Rafa
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirNão conhecia o autor, nem as obras dele.
É uma pena que depois de um livro tão grande fica uma sensação de que algo faltou.
Lendo sua opinião não me interessei pelo livro, hoje vou passar a dica.
Olá ♥
ResponderExcluirJá tinha visto a capa desse livro, mas para ser bem sincera nunca senti vontade de ler. Primeiro por que a capa não me chama atenção. A premissa para mim é meio confusa e lendo sua resenha percebi que realmente esse livro não seria uma boa pedida para mim, parabéns pela resenha super sincera.Beijos!
Olá Kamila, tudo bem?
ResponderExcluirConfesso que não conhecia esse livro e conhece-lo agora não me chamou a atenção. Na verdade o gênero não chama muito a minha atenção e confesso que fiquei um tanto confusa com a trama. Curti a sua resenha. Obrigada por compartilhar as suas impressões conosco. Até a próxima dica. Beijos
Taí um autor que eu nunca li, mas tenho vontade... Gostei de sua resenha e fiquei curiosa pela leitura... Espero logo conseguir arriscar em alguma de suas obras...
ResponderExcluirwww.viagensdepapel.com
Oiiii!
ResponderExcluirSempre vejo muitos elogios para a escrita do autor, mas eu confesso que nunca tive tanta vontade de ler... Bom, parece ser uma história interessante... E só. Pelo o que pude ver em sua resenha, é isso mesmo... Nada de muito especial mas pelo menos não foi uma leitura perdida, né?
Beijinhos,
oie, eu tenho esse livro na minha lista de futuras leituras, ma s não me sinto tão instigada assim para ler em breve, e sua resenha veio me confirmar ainda mais isso, e talvez os elogios que o autor tanto recebe digam respeito mesmo a essa sua boa escrita. Acho que mesmo assim eu gostaria de ler algo de redação de jornal dos anos noventa, deve ser interessante. Adorei sua resenha
ResponderExcluirHey!
ResponderExcluirJá ouvi falar do livro, mas tem um tempinho então acabei esquecendo, foi muito bom encontra-lo aqui. Gostei da resenha, tenho procurado diversificar um pouco a minha leitura e me interessei muito pela obra.
Dica anotada. Beijos.
Olá, tudo bem? Conheço também o hype do autor mas nunca me interessei por sua escrita. Seu livro de maior alcance já chegou a estar nos meus desejados mas acabei esquecendo. Ótima e sincera resenha, nos mostrando que nem todos se identificam mesmo.
ResponderExcluirBeijos,
diariasleituras.blogspot.com.br
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirNunca li nada do autor e nem sei se leria, uma pena que o livro apesar de ser bom não ter sido exatamente o que vc esperava.
Bjs
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirNossa me pareceu um pouco confuso, mas acho que iria gostar de realizar a leitura, ainda mais pela ambiente onde se passa a história.
Um beijo.