Olá!

Hoje é sexta-feira, portanto, dia de falar de filmes! E esse filme, o que tem de histórico, tem de lindo. Até eu que não curto romances de época, me rendi a ele. Espero que gostem da resenha de Brilho de Uma Paixão.

Título Original: Bright Star
Ano: 2009
Elenco: Abbie Cornish, Ben Whishaw e elenco.
Duração: 2h
Brilho de uma Paixão conta a história real do poeta inglês John Keats (1795-1821), o último poeta romântico inglês. Sua vida foi curta, morreu com apenas 25 anos, vítima de tuberculose. Mas morreu feliz e apaixonado.

O filme começa com Fanny Brawne, uma costureira que faz belos trajes e é reconhecida por isso. Sr. Brown é o amigo de Keats e quer que, a todo custo, ele não pare de escrever. Mas a escrita de Keats não é apreciada pelo público. ”Endimion”, sua obra prima, foi recusada pela crítica. O Sr. Brown não quer que Keats se aproxime da moça, pois, naquela época era necessário que o homem tivesse condições de manter sua esposa e Keats, se quisesse se casar com Fanny, precisaria de um emprego. Mas não se manda no coração e óbvio que Keats e Fanny se encantam um com o outro.

Nesse meio tempo, a Miss Brawne pede que Keats lhe ensine poesia. Ele o faz, mas sempre que pode, o Sr. Brown os incomoda, claro, quer vê-los separados. O tempo passa e o poeta precisa ir a Londres - eles moram em Hampstead – e ela fica com dor de amor, sofre mesmo. Eles trocam cartas curtas e apaixonadas e, quando ele volta trocam até uns beijos.

Naquela época, a tuberculose era uma doença fatal. E ela pegou o poeta. Como a doença era grave, alguns amigos decidiram que ele deveria descansar em outra cidade. Escolheram Roma. Ele foi e Fanny ficou.



O que dizer de um romance de época? Muitos sabem que não gosto, não é um gênero que leio, mas tive que aplaudir esse filme. Simplesmente demais! Uma ode ao amor, impossível não torcer para que Brawne e Keats ficassem juntos e que o Sr. Brown sumisse, mesmo sabendo como a história acabaria.

Apesar de sua vida curta, o poeta realmente amou a costureira. E era recíproco. Pra quem acredita no amor, Miss Brawne foi a musa de Keats, mesmo seus poemas não sendo um sucesso de crítica. Tem uma cena que mostra isso bem: os irmãos menores de Fanny – são dois, Toots (é menina, rs)e Samuel – vão, a mando de Fanny, à uma livraria comprar um exemplar do “Endimion”. Lá, o vendedor diz que comprou vinte exemplares e não vendeu nenhum.

Obviamente, o filme foca no amor de Fanny e Keats, mas, pesquisando, descobri que ele só obteve seu reconhecimento muito depois de sua morte. Seus poemas pouco venderam, porém, foram influências para autores posteriores, como Alfred Tennyson e Wilfried Owen. Sendo assim, John Keats entrou para o hall do Romantismo na Inglaterra.

O filme todo tem trechos de poemas de Keats, recitados por ele e por Fanny. Essa produção é da BBC – preciso dizer que é bom? Preciso sim, o filme é muito bem feito, claro que, por ser feito na Inglaterra por uma emissora pública (favor não confundir com estatal), eles possuem muitas informações e uma boa verba para montar um ambiente fiel ao original. Os atores fizeram com maestria seus papéis. Aliás, todos os personagens são importantes pro filme: Sr. Brown, os irmãos e a mãe de Fanny e Abby, uma criada da casa.

Mais que recomendado, principalmente pelos fãs de romances de época! E, pra terminar, quem gosta de poemas e entende de inglês, tem o site "oficial", onde dá pra conhecer um pouco mais do que foi John Keats. Clique aqui e conheça!