Olá!

Hoje tem dica de filme! Como já sabem, sou uma grande entusiasta/fã do cinema europeu. Esses dias assisti um filme holandês, um thriller que te deixa com o coração na mão do começo ao fim. Mesmo que você não fale o idioma dos Países Baixos, vem conferir a resenha de Luz do Dia (Daglicht).

**A propósito, quero informar que não faço a mínima ideia de como se pronuncia os nomes dos atores, atrizes e personagens, obrigada.


Título Original: Daglicht
Ano: 2013
Elenco: Angela Schijf, Monique Van de Ven, Fedja Van Huet, entre outros.
Duração: 1h 54m

Luz do Dia conta a história da advogada Iris Boelens. Ela é mãe (solteira) de Aron, um lindo menino autista. Até aí, tudo bem. Só que ela descobriu ter um irmão. Também autista. E como se não fosse suficiente, está preso, acusado de duplo assassinato. Ela resolve ajudar Ray Boelens, após desconfiar de sua culpa nos dois crimes.


Mas já diz o ditado: quanto mais mexe, mais fede. E conforme Iris começou a pesquisar, mais complicado foi ficando pra ela, pois, conforme ia pesquisando sobre Ray, ia descobrindo mais sobre seu próprio passado. Em paralelo à investigação sobre o irmão, Iris precisa defender um produtor de filmes eróticos que está sendo acusado de estupro, ao permitir que uma menor de idade protagonizasse um filme. E a família desse produtor também tem parte no passado de Iris.

Como eu falei no início, nunca tinha visto filmes made in Holanda, mas me surpreendi. Um colega meu também o viu e teve a mesma sensação: que filmão da porra! A produção foi uma gratíssima surpresa. Pesquisando sobre ele, descobri que o filme é baseado no livro Daglicht, publicado em 2009 pela australiana radicada na Holanda Marion Pauw. Tanto o livro como o filme são recentes e cada atuação é de encher os olhos! Aqui está o livro no Goodreads.
Aleatório: que mulher... Ela ganhou uma fã.
Assim como no livro, o filme tem suspense do começo ao fim, isso porque você não sabe o que aconteceu às vítimas, assim como você sabe que Ray não mente (autistas não mentem, nem preciso ver um filme pra saber disso) e você vê que Iris está lutando praticamente sozinha. E você pode jurar que os atores que interpretam Aron e Ray são autistas de verdade.

Aplausos também para Angela Schijf. Claro que não a conhecia, mas seu papel de Iris me deixou boquiaberta. Ela mostrou bem como é difícil ser mãe de uma criança especial, e como a sociedade ainda olha esquisito para essas pessoas. 
Ray!
Aliás, o filme fala bem como os autistas são especialistas em alguma coisa. Aron, filho de Iris, consegue montar quebra-cabeças em minutos. Já Ray conhece vários tipos de peixe, além de ser um exímio desenhista. Filmes que retratam pessoas com algum tipo de deficiência tocam meu coração, mas filme com autistas... esses me desmontam. Independente do gênero.

Vale ressaltar que esse filme é bem raro no Brasil. E o livro não tem nem tradução pro inglês, que dirá pro português, infelizmente, porque acredito que seja um bom livro - porque foi um bom filme. Quem sabe um dia entre na Netflix ou em algum outro streaming - ou tenha o DVD, serve também. Ou alguma editora legal resolva publicar o livro. De todos modos, cinco estrelas é pouco pra esse filme. Aplaudo de pé o cinema holandês!

P.S.: Pra facilitar a procura de vocês, coloquei o título em português e em holandês. Ah, e Iris tem uma certa cicatriz nas costas. Reparem bem, porque ela não está lá à toa.
O elenco no dia da estreia. A autora Marion Pauw está de branco e Angela Schijf, de azul.