Olá!

Terminar uma série que nós gostamos tem dois lados: o bom, em que nos livramos de um ciclo, e o ruim, em que nos despedimos com dor no coração porque a trama e os personagens são maravilhosos. E foi exatamente isso que aconteceu com a série Amores Improváveis, da canadense Elle Kennedy, que se encerra com o quarto volume, A Conquista, que é nosso resenhado de hoje.
Resenhas Anteriores: O Acordo | O ErroO Jogo

SKOOB - Neste volume, o protagonista é John Tucker, o mais quieto - mas não menos gostoso - dos jogadores de hóquei do time da Universidade Briar. De origem humilde, ele pretende investir a grana que recebeu de herança em um negócio próprio, mas não sabe se quer ficar próximo da universidade ou próximo da mãe, que mora no Texas.

Do outro lado, Sabrina James é totalmente diferente das demais protagonistas. Dean Di Laurentis a considera uma bruxa, os demais a consideram antipática e fria, Tucker está apaixonado por ela. Sabrina tem uma vida tensa: vive com a avó, que não sabemos se gosta dela ou não, e um padrasto nojento. Não conheceu o pai e sua mãe a abandonou ainda criança. Essa barra pesada faz com que Sabrina tenha um foco: entrar em Harvard e sair da vida que leva.

E um detalhe faz a vida de Tucker e Sabrina mudar irremediavelmente. Não vou dizer o que é, mas o que não foi dito na quarta capa deste livro foi dito no último parágrafo do livro anterior, ou seja, sem querer a autora nos dá um spoiler. Só dá para dizer que, além de matarmos as saudades dos casais anteriores (sou #teamGarrett), ainda podemos conhecer um pouco mais de Tuck e sua paciência infinita.
A única coisa que não gostei desse livro foi que a autora precisou voltar no tempo para começar a história de Tucker e Sabrina, então, algumas coisas que aconteceram n'O Jogo ainda não aconteceram nesse, mas tirando isso, amo essa série e irei protegê-la. Ela é carregada de clichês, mas a escrita da Elle é tão gostosa que você devora o livro rapidinho - li em dois dias.

Mesmo os universitários americanos e brasileiros vivendo em mundos totalmente opostos, dá vontade de querer estudar na Briar, seja pelos atletas gatos, seja porque todo mundo vai se dar bem, seja pelo ensino de alto nível. Esse é mais que um motivo para mergulhar na leitura, se imaginar num universo tão diferente - e intocável para muitos - vivendo fortes emoções...

Essa série termina direitinho, sem pontas soltas, porém, uma parte do meu coração desejou secretamente que houvesse mais um livro desse universo, porque, mesmo já tendo falado dos quatro principais jogadores de hóquei (são cinco no rinque), os titulares, ainda apareceu uma galera bacanuda que merecia um livro sim. E qual minha surpresa, ao ler os agradecimentos da autora (só eu me emociono lendo agradecimentos?), Elle anuncia que... vai ter sequência!
Muita gente - eu também - não gosta quando uma série vai sendo esticada e esticada eternamente (não cansou de ganhar dinheiro?), mas tenho que admitir que amei saber que, em algum momento, vai ter mais da Universidade Briar! Só fica o questionamento se ela vai continuar focando no hóquei ou se vai pular pro futebol americano (cadê o soccer?).

Enfim, sou suspeita para falar, mas indico toda a série Amores Improváveis pra quem curte uma leitura gostosa, pra passar o tempo, leve, tranquila e engraçada - e com algumas cenas de sexo, porque ninguém é de ferro!




Olá!

O resenhado de hoje é o terceiro volume de uma série que aprendi a amar. Recebido em uma parceria pontual com a Companhia das Letras, O Jogo é um livro que te faz pensar sobre a vida e sobre aqueles que te cercam, mesmo sendo um livro escrito para jovens e com conteúdo adulto. Faltou dizer que quem o escreveu foi a best-seller (e super humilde nas redes sociais) Elle Kennedy.
Resenhas Anteriores: O Acordo | O Erro
O Jogo vai contar a história do playboy Dean Di Laurentis, cujo sobrenome abre todos as portas (e pernas) possíveis da Universidade Briar. Mas ele tem lá seus segredos, mas gosta de sua boa vida, regada a muito sexo, bebidas, festas, e claro, hóquei. Está com dois pés e meio em Harvard para estudar direito, como o resto de sua família.

Por outro lado, temos Allie Hayes, aluna de artes cênicas, mas que ainda não sabe se quer teatro ou TV, só sabe que quer ficar perto de seu pai, que tem esclerose múltipla. Ela acabou de terminar um longo relacionamento com Sean, que não era um cara tão legal assim. Ele a fez escolher entre sua carreira e ele. E Allie fez a única escolha possível nesses casos.

Dean e Allie vão se conhecer (e transar) quando ela pede para Hannah (lá do primeiro livro) ficar na república onde os rapazes do hóquei moram, por um fim de semana, temendo que seu ex fosse procurá-la - lembrando que isso não é spoiler porque está escrito na capa de trás.
Esse foi o kit super bacana que a Companhia mandou. Tinha um Nutella também, mas meus irmãos comeram antes de eu terminar de ler. É um balão em forma de coração.
Mas, surpreendendo Dean, Allie só quer sexo casual. E ele está louco para repetir a maravilhosa noite. E o mais interessante aqui é que Dean sempre deixa avisado que não quer se comprometer, só pensa em sexo e nada de namoros, nem transar com a mesma garota mais de uma vez. Mas ele quer repetir a dose com Allie. E ela não. Parece que o jogo virou, não é mesmo? E nesse jogo de gato e rato saberemos mais sobre Dean, que não parece o playboy que aparenta, além de conhecermos a colega de quarto de Hannah, além de relembrarmos fatos que ocorreram nos livros anteriores.

Elle Kennedy, que mulher! Sou fã de carteirinha dessa série, e mesmo ainda preferindo Garrett e Hannah, não tem como não amar Dean e Allie! Eles são tão legais, apesar de transarem mais vezes que os demais casais descritos até agora. Claro que todo mundo vai transar nessa bendita série, mas, olha, esse terceiro casal tá de parabéns! Definitivamente, nada de ler esse volume no ônibus (queria dizer que fiz isso e ficava meio constrangida porque as pessoas liam junto comigo e era sempre uma cena de sexo)...

Mas nem só de sexo pão vive o homem. Neste volume, alguns assuntos são abordados como depressão, o papel da mulher na sociedade... a maioria deles sempre com uma mensagem nas entrelinhas - do jeito que eu gosto - mas que, se você prestar atenção, ela está bem estampada na sua cara. 

Por incrível que pareça, Dean é mais humano que aparenta. Em certo momento, ele vai treinar um time infantil de hóquei e é aí que seu lado sentimental vai aflorar mais ainda, mostrando quem ele é de verdade, além de mostrar como ele se sente incomodado em ser podre de rico. Isso mesmo, o cara, apesar de tudo, não curte tanto a ideia de ser podre de rico, isso porque ele vê como a vida de Allie é bem diferente: perdeu a mãe ainda menina, tem somente o pai, que também está doente, não é lá tão bem de vida assim... Enfim, Dean vai tomar um choque de realidade.
Como eu disse lá no começo, a Companhia fechou uma parceria pontual com o blog para leitura dessa obra - ler e não necessariamente resenhar. A editora tá de brincadeira comigo, só pode! Até parece que eu não ia resenhar essa beleza, ainda mais sabendo que eu li e resenhei (e amei) os anteriores. Vi na internet a capa do último livro "A Conquista", mas só isso mesmo, sem data de lançamento nem nada. Se alguém souber, me avise!

Tenho que admitir que essa capa não é das mais bonitas. Até quando vão precisar colocar rostos nas capas? Gente, não é nada bonito! A parte gráfica é bacana, mas os rostos não! Tirando esse porém, a parte de revisão e diagramação está impecável, com o padrão para os livros da Elle - inclusive com as aspas substituindo os travessões, mas já estou calejada, então nem ligo mais. Cada capítulo tem os pontos de vista de Dean e Allie, sempre narrados em primeira pessoa.

Aliás, preciso ressaltar que recebi esse livro numa sexta e o terminei de ler no dia seguinte, de tanta expectativa que eu estava - e que foram cumpridas, amém! Portanto, recomendo sim a leitura tanto desse como de toda a série, mas tem que ler na ordem, senão vem a enxurrada de spoilers! Falando em spoiler, os últimos parágrafos desse livro dão O spoiler do próximo.



Olá!

O resenhado de hoje eu comprei na Bienal de SP (sdds), mas só pude ler nas férias. Estava com boa expectativa em relação a O Erro, e elas foram correspondidas. Confiram a resenha do segundo livro da série Amores Improváveis, publicado pela Paralela, selo da Cia. das Letras (quantos selos ela tem??)

Resenha Anterior: O Acordo

O Erro é o segundo livro da série Amores Improváveis. E aqui, temos John Logan, integrante do time de hockey no gelo da Universidade Briar. Ele gosta da Hannah, que namora seu melhor amigo Garrett (que é um spoiler do livro anterior). Então, para esquecê-la, ele fica com várias garotas. Mesmo. Praticamente uma por dia. Além de excelente jogador, ele também é muito bom em esquecer de seus problemas familiares.

Do outro lado, temos Grace Ivers, que está para completar 19 anos e ainda é virgem. Filha única, é toda certinha e vista como "santinha", tem um pai bacana porém rígido e uma mãe que é doida de pedra, mas também é muito legal. Sua única amiga é Ramona, e se conhecem desde os seis anos. Apesar de seu jeito delicado, tem muita confiança.

E por um acaso da vida, Logan acaba indo parar no quarto onde Grace dorme. Ele pede para usar o telefone e percebe que ela estava assistindo Duro de Matar 2, que ele também adora. Logan acaba ficando por ali, para assistir com ela esse sucesso (que já devo ter assistido também, mas não lembro da história). Então, depois do filme, como em todos os hots, eles vão ficar. Não, não vai ter sexo agora, mas o quarto vai pegar fogo.
Só que a Grace finge um orgasmo. E mente. E Logan percebe que ela mentiu. E vira uma questão de honra para ele fazê-la gozar. E ele até consegue, mas, devido um mal-entendido, as sessões de pegação entre Logan e Grace vão acabar. Na verdade, nem é tão mal-entendido assim, mas do jeito que acontece, acaba dando merda da mesma forma.

E é aí que Logan percebe a realidade. Ele nunca quis Hannah. Ele queria para si o mesmo que ela tinha com o amigo. E percebeu que só queria se fosse com Grace, que continuava irredutível em seu desejo de ficar longe dele. Agora Logan precisará dar o seu melhor para reconquistá-la, ao mesmo tempo em que está jogando seu futuro no lixo, por causa de seu pai, um velho alcoólatra que não consegue se reabilitar.

Apesar de ser uma série super clichê, gosto muito dela porque a escrita da Elle envolve e te prende, porque se fosse pela história em si, acharia um belo pé no saco. Mas, gostei de Grace mais do que gostei de Hannah. Meio que me identifiquei com ela, duas santinhas que querem se divertir, mas que tem medo das opiniões da sociedade. Uma que odiei, com certeza, foi Ramona! Que mina chata! Se dizia amiga da Grace, mas fez várias coisas que, se fosse eu no lugar, já tinha socado a cara dela.
Esse livro comprei no lançamento, lá na Bienal (sdds), mas posterguei a leitura até o fim de ano. Demorei para ler, mas não me decepcionei. Elle escreve muito bem, nos inserindo na Briar e em seu contexto social - que é mais do mesmo que vemos numa infinidade de livros e filmes. E também ela fala do hockey sem ser uma coisa mais chata do que já é. É fácil ver as festas que Logan frequenta, assim como as conversas entre Grace e sua mãe, nada forçado.

A edição da Paralela está muito boa, sem erros. A história é contada sob os pontos de vista de Logan e Grace e a capa brasileira é mil vezes mais bonita que a original. E tem um detalhe nela que vi em outro blog e, sério, é tão minúsculo que não tem como ver! Só queria saber porque escolheram logo uma capa da Intrínseca hahahaha Agora, só nos resta aguardar o próximo volume, cujo título original é O Jogo e será publicado em fevereiro.


Olá!

Mais uma resenha de livro que me faz viajar! O Acordo é o primeiro livro da série Amores Improváveis (Off-Campus), da canadense Elle Kennedy, em que aparentemente temos os já famosos universitários ricos vivendo uma vida louca (e que muitos brasileiros nunca tiveram/têm/terão). Esqueça esse detalhe e vem conhecer a história de Hannah e Garrett.
O Acordo começa com Hannah Wells sendo a única aluna da classe a tirar 10 em uma prova de Ética Filosófica. Até aí tudo bem, mas ela pensa mesmo em Justin Kohl, um colega de classe que mal sabe da existência dela. Isso porque ele faz parte do time de atletas da universidade onde estudam.

Garrett Graham, astro do time de hóquei da mesma faculdade, faz parte dos setenta por cento dos alunos que foram mal (os outros 29,9% foram razoáveis e só Hannah é aquele 1% da nota máxima). E se ele mantiver a nota vermelha, está fora do time.

Sabendo que precisa ir bem na prova de recuperação, Garrett começa a perseguir Hannah (mas no bom sentido, não a assedia nem nada) para que o ajude com a matéria. Como Hannah faz parte da massa de alunos comuns que são tão retratados nos filmes, imediatamente o rejeita. Mas ele insiste tanto (chato demais) que ela acaba aceitando, só para que pare de azucriná-la. Sinceramente, se eu estivesse no lugar de Hannah, já tinha socado ele, de tão irritada que ficaria.

Mas como não sou Hannah, ela topa dar aulas para ele. Com a condição de que ele a ajudasse a conseguir um encontro com Justin Kohl. Como Garrett é o capitão do time e astro, portanto tem todas as garotas desejando ficar com ele. O que de início incomoda Hannah. Mas a relação toma rumos incríveis.

E nem tudo são flores para eles. Hannah, quando mais nova, foi estuprada. Até aí, tragédia, mas depois a família, por questões que são explicadas mais pro fim, acaba praticamente falida, então ela se vira nos 30 pra poder se manter na faculdade. Enquanto isso, Garrett é filho do lendário Paul Graham, multicampeão no hóquei. Legal, né? Mas ele é agressor de mulher. Batia na mãe de Garrett e nele também. Fazia de tudo para que o filho fosse bom no hóquei. Mas agora o filho quer superá-lo.

Durante as aulas, Hannah ficará dividida entre sua vontade de conhecer Justin e o carinho (será mesmo que é só carinho?) que passou a ter por Garrett. Será mesmo que o astro garanhão do hóquei vai se interessar pela simples garçonete com um passado dramático?

Gente, que livro lindo!!!! Eu lembro que li umas duas resenhas dele - sendo uma no blog O Outro Lado da Raposa, mas perdi o link - e logo adicionei na lista de desejados. Então, aproveitando um dia que eu tinha salário e tinha ido à livraria para comprar um CD (e comprei, inclusive) e aí fiquei louca ensandecida e o comprei. Demorei um pouco para ler, até cheguei a me arrepender, achando que seria mais uma daquelas histórias fúteis de jovens americanos universitários que tanto me irritam. 

Que nada. Logo de cara, Hannah já conta que foi violentada. Fiquei com dó dela. Apesar de ser um fato triste, foi justamente isso que me prendeu à história. O casal Hannah (que ganhou o fofo apelido de Wellsy) e Garrett é muito bonito justamente por ser um casal que se prende aos detalhes. Claro que, por ser um livro com conteúdo adulto, vai ter cena de sexo sim como resolução de problemas. 

Como eu nunca sei a diferença entre um young adult e um new adult, digamos que é um adult muito bom, primeira vez que leio algo da Elle Kennedy e já gostei. Pra variar, esse é o primeiro livro de uma série. A série Off-Campus tem três volumes e o próximo é O Erro, a ser lançado pela Paralela, tendo Logan, melhor amigo de Garrett, como protagonista.
Sobre o trabalho da Paralela: muito bom, não achei erros de português, a capa é bonita (mais que a original, que é a imagem de um abdômen). Só duas coisas me incomodaram, a capa maleável demais e nas falas não tinha travessão. Foi adotado o método americano (ou francês, não vou lembrar) de, nas falas, ao invés de usar travessão, usa-se aspas. Ou seja, tinha fala "flutuando" no parágrafo. Não atrapalhou, mas também não ficou bonito. A história é narrada em primeira pessoa, sob os pontos de vista de ambos.

No mais, acho válido arriscar a leitura. A Elle escreve muito bem e espero que as outras séries dela (são mais duas, segundo o Goodreads) venham para o Brasil também. Se você tiver tempo sobrando, lê em dois dias, de tão gostosa e fluída que é a leitura. Um livro que, mesmo voltado para os jovens, todos devem ler, tem várias lições bonitas.