Olá!

Como vai o seu feriado? Espero que esteja ótimo, com muitas leituras! Eu estou, aos poucos, com a rotina voltando ao normal, já que o TCC está quase pronto (desde já, o produto final está espetacular!) Mas, a resenha de hoje era para ter saído há muito, mais muito tempo. Como não há justificativa para o atraso em postar, só me resta pedir desculpas ao autor e postar a resenha.

O autor Joe de Lima entrou em contato com o blog através do facebook para formalizar a parceria, me convidando a ler sua obra, Arcanista, um livro com pegada futurista. Isso foi em agosto, mas só hoje eu trago a resenha. Uma pena, pois perdi muito tempo e demorei demais para curtir essa história maravilhosa! Espero que tanto o Joe como você que me lê curtam a resenha de Arcanista, primeiro volume da trilogia Vera Cruz.

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Antes de mais nada, preciso dizer que esta história acontece em um tempo muito posterior ao nosso, em um território chamado Vera Cruz - que dá nome à trilogia. O arcanista é aquele/a que trabalha para a Arcanum, organização paramilitar que, junto com a Guarda Nacional, cuida da segurança do país e da família Regencial, que o comanda.

Sabendo disso, já posso apresentar nosso protagonista, Marcel Seeder. Ele é filho de um famoso arcanista e tem o sonho de seguir os passos do pai, que se aposentou após se ferir gravemente em um famoso combate. Como ele estuda em uma escola preparatória, o Instituto Beta, claro que ele já se inscreveu para as provas. Sua melhor amiga é Beatrix, que o conhece desde sempre.

Para passar nas provas, o aluno precisa cumprir, no mínimo, 70 pontos, mas, em toda a história do Instituto Beta, ninguém se tornou um bom arcanista com menos de oitenta. Nosso Marcel será o primeiro. Fora da escola, ele é um adolescente comum: mora com o pai, que é separado da mãe, cuida de seus peixes, gosta de uma certa garota...

Mas, a partir da cerimônia de graduação dos arcanistas, em que ele se aproximará de ninguém mais e ninguém menos que a futura Regente-Geral de Vera Cruz, sua vida vai virar do avesso, deixando de ser um simples arcanista para amadurecer de modo vertiginoso. Enquanto isso, o governo, a Guarda Nacional e a Arcanum precisam arrumar um jeito de dar um ponto final na Voz Verde, que no início era uma ONG tipo Greenpeace, mas acabou entrando na marginalidade por querer inculcar na sociedade o conceito de cuidar na natureza, principalmente do mana.

O Mana é a fonte de energia de toda a Vera Cruz. A matéria-prima é sugada da Terra de maneira desenfreada. Com ela, tudo funciona na mais altíssima tecnologia. Mais poderoso que o Mana, só as gemas que os arcanistas recebem, sendo representadas por: fogo, gelo, força, cura e mente. Pelo que entendi da história, a gema é uma espécie de poder que, concentrada na mão do arcanista, faz com que ele seja praticamente invencível. (eu queria a gema-fogo, só pra sair tacando fogo em tudo hahahah)

Esta distopia não perde em nada para as gringas!!! Gostaria de ter lido logo que o Joe entrou em contato comigo para ceder o livro em troca da resenha. Por força maior (vulgo TCC ft. raramente saio com meu Kindle de casa) adiei a leitura até agora. Até onde me lembro, a única outra distopia nacional que li (não toda, claro) foi a da FML Pepper (tão boa quanto esta) e, assim como a dela, a história criada pelo autor é inédita, ao mesmo tempo que faz uma crítica social (pude perceber isso nas entrelinhas, não sei se o Joe tinha mesmo essa intenção ou vi demais) ele monta uma nação que, apesar de toda a tecnologia que possui (tablet já existe, mas ainda não dá pra reproduzir hologramas...), ainda é tão arcaica quanto a nossa no quesito sociedade.
Como já disse, o autor que entrou em contato, me convidando para fazer a leitura da obra. Arcanista é o primeiro volume da trilogia Vera Cruz e, até onde pesquisei, só encontrei até o segundo volume, Armamentista, que obviamente está na minha lista de desejados. Em vários momentos da obra, visualizei as cenas, principalmente as de luta com gemas. Sabe que, se o Brasil tivesse estrutura para fazer filmes do gênero, o do Joe daria uma ótima produção? A forma como ele escreve, fluida e limpa, permitindo a visualização das cenas, abre espaço para a criação de um roteiro em cima da história original.

Por ser uma edição independente, é mais comum encontrar erros de português, o que não é o caso deste livro. Encontrei só uns dois erros, nada grave. Porém, senti falta de várias preposições durante a leitura, o que exige uma maior atenção na revisão (não sei se ele pagou ou fez sozinho). Como é independente, ele mesmo pode arrumar os erros e publicar novamente na Amazon, sem muitos prejuízos.

No mais, peço desculpas ao Joe por ter demorado tanto na leitura da obra, mas adorei muito conhecer o Marcel e devorei o livro em três dias (seriam dois, se não fosse o feriado). Então, recomendo a leitura de Arcanista e que venha o Armamentista! E, agora sim, uma ótima parceria para nós, que renda muitos frutos para ambos!

P.S.: Se você, autor, quer que eu leia sua obra, só entrar em contato comigo através do inbox do Facebook ou pelo email kamilafm.14@gmail.com.



Olá!

Finalmente o blog está voltando!!! O grosso do TCC foi feito, agora só faltam as correções pontuais, nada que não possa ser feito. E a revista está ficando tão linda *---*

Mas agora é hora de falar de um livro que me tirou o fôlego! Não conseguia não virar cada página, tamanho o suspense que cada linha trazia. O resenhado de hoje é o Arma de Vingança, do Danilo Barbosa, que tive o prazer de conhecer pessoalmente em um evento no começo deste ano. Eu peguei emprestado com uma amiga, mas me arrependo de ter demorado para ler (culpa do TCC), então confira logo abaixo a resenha de Arma de Vingança!
Arma de Vingança começa com o leitor sendo apresentado a Ana, uma mulher que, logo de cara, já diz que o livro não é uma história de amor. Brevemente ela conta um pouco sobre sua vida e, aí sim, já vamos para a história em si. Ana é uma menina que perde sua inocência depois da morte de seu pai e do abandono de sua mãe.

Ela foge de casa e muda de cidade. Consegue emprego em uma locadora e, aos poucos, refaz sua vida. Até conhecer Ricardo. Ele é o príncipe encantado, em forma de mortal. Só que não. Ricardo, que é um cara rico, vale ressaltar, faz de tudo para conquistar Ana, mas, lá no fundo, tem planos macabros para ela.

Mentiras. Terror. Medo. Ódio. Mas nem tudo é pesado, porque Ana tem ótimos amigos, como Adriana, Tiago, Paula e William. Porém, é óbvio que ela esconde segredos do passado. Segredos tão horríveis quanto o que ela viverá com Ricardo. E, depois de uma determinada situação, ela mudará. Para a pior? Isso você decide.
Que livro, meus amigos! Primeira obra que leio do Danilo e, sério, não tem como não virar fã. Principalmente pela Ana. Ele criou uma personagem muito diferente das mocinhas que vemos por aí. Este livro, quem me emprestou foi a Ana, do Entre Chocolates e Músicas. E ela me havia dito que a protagonista era forte e decidida. E é mesmo. Em dado momento, a Ana (não a minha amiga) me lembrou a Lisbeth Salander (sim, a da trilogia Millennium. Talvez, só talvez, eu goste muito dessa história). Quem leu os livros  (ou viu os filmes) lembra como Lisbeth era, determinada, sempre analisando as consequências. Ana também é assim, foco no que queria fazer. Será que o Danilo leu/assistiu a trilogia?

Como disse no início do post, nunca tinha lido nada do Danilo, então ler essa obra foi uma grata surpresa. Mais um talento nacional que merece todo o sucesso que vem recebendo - e merece ficar por muito tempo na Universo dos Livros, que acreditou e fez uma edição toda maravilhosa! A escrita do autor é fluida, intrínseca, não deixa pontas soltas e o melhor: te prende do começo ao fim. Tanto que, apesar de ter demorado para ler, quando o fiz, só parei depois que acabou. E pensei: que história do car****!

Uma trama diferente de tudo o que você já viu, Ana vai te surpreender e te deixar com o coração na mão, porque ela vai passar por maus bocados, mas ainda assim você vai se emocionar e torcer para ela. E Danilo, parabéns pela obra e espero que esse seja seu primeiro best-seller de muitos! E não fui só eu que elogiei esse livro, até o The Guardian aplaudiu essa maravilha! (confira o texto aqui) E se este grande jornal aplaudiu, quem sou eu para ir contra?


Olá!

Aos poucos, o blog vai voltando... Mas não podia deixar de contar pra vocês que a Empíreo está com um lançamento muito pesado. Cláudia Lemes, autora de Eu Vejo Kate (resenha aqui), volta à baila com um livro sobre a máfia. Confira abaixo os detalhes de seu mais novo livro, Um Martini com o Diabo, com seus respectivos links de pré-venda.
"O jovem Charlie Walsh está em Las Vegas, não para tentar a sorte, e sim para matar seu pai, um chefe da máfia italiana, Tony Conicci."

Com esse mote, Cláudia Lemes convida seus leitores a mergulharem em Um martíni com o Diabo, um romance policial noir, recheado com uma tradicional história sobre a máfia italiana. Inspirada pelo clássico O Poderoso Chefão (Mario Puzo) e pelos mestres do gênero noir, Dashiell Hammett, Elmore Leonard e James Ellroy, a autora constrói um drama movido pela vingança e pelo ódio de um filho pelo pai.

Uma história densa e violenta não é novidade para Cláudia que, em 2015 chegou às livrarias com o sucesso Eu vejo Kate – O despertar de um serial killer. O thriller conquistou fãs do gênero policial. A obra despertou a atenção pela escrita ousada e história transgressora e chegou a ganhar o praise de Ilana Casoy, criminóloga, escritora referência nacional em assassinos em série e consultora da série Dupla Identidade da Rede Globo.

“Cláudia Lemes estreia com este romance impecável, nos brindando com a profundidade de seu conhecimento sobre a alma humana e criminologia (...) me deixou sem fôlego. É uma ficção mais do que real.” (Ilana Casoy) 

Em Um martíni com o Diabo, Cláudia deixa de lado os assassinos em série, mas segue firme com a violência e crueldade tão marcantes dos romances policiais. Dessa vez ela conta a história de Charlie Walsh que para se vingar de seu pai, o mafioso Tony Conicci, infiltrar-se no restrito grupo de confiança da família Conicci. Mas esse desejo de vingança é posto à prova quando ele se vê seduzido por amizades, poder, drogas e dinheiro que a máfia oferece. Com o FBI em sua cola, e secretamente apaixonado pela enigmática esposa do pai, ele precisará decidir onde apostar sua lealdade.

O lançamento será no dia 12 de novembro, às 18h30, no Sesc de Santos, localizado na Rua Conselheiro Ribas, 136, bairro Aparecida. E logo abaixo estão disponíveis todos os links de pré-venda.

Empório do livro: https://goo.gl/tfc3PE
Livraria Bela Vista: https://goo.gl/mVTzcT
Livraria Cultura: https://goo.gl/FaKvqi
Livrarias Curitiba: https://goo.gl/u4llJ8
Livraria da Folha: https://goo.gl/xAOVtn
Livraria Travessa: https://goo.gl/KNg6nS
Loja Empíreo: https://goo.gl/djXO9v

Olá!

Voltei brevemente ao blog para compartilhar uma resenha maravilhosa de um livro que me surpreendeu. Verdade que li sem expectativas, por isso o resultado foi tão incrível! Não Quero Ser Lembrado é o primeiro livro de Lucas Rezende, lançado recentemente pela Empíreo.
Não Quero Ser Lembrado começa nos apresentando Bernardo, um homem que, aparentemente está transtornado pela morte de sua esposa. Bernardo não é um exemplo: sente-se fracassado, impotente, um completo inútil. E isso não é algo novo, esse sentimento está nele desde que se conhece por gente.

Voltamos alguns anos no tempo. Bernardo está passeando pelos corredores de sua locadora favorita (locadora de filmes VHS, sim, isso um dia existiu, tanto os VHS como as locadoras), quando tromba com uma bela mulher, tão jovem quanto ele. Eles trocam um pedido de desculpas e cada um segue seu rumo.

Mas Bernardo fica vidrado na moça. Ele, que não gostava de viver em sociedade, preferindo usar os filmes como válvula de escape da realidade, passa a procurar aquela com quem trombou. Se ele já ia com frequência à locadora, passou a ir praticamente todo santo dia. Como ele é brasileiro e não desiste nunca, passado algum tempo, ele reencontra a moça na locadora. Seu nome é Patrícia, e ela o confunde com um funcionário, tanto que acaba lhe pedindo uma dica de filme!

Feitas as apresentações, Bernardo e Patrícia passam rapidamente de desconhecidos a amigos, de amigos a namorados e por fim, se casam. Mas, assim como a vida de Bernardo era uma bela porcaria, a de Patrícia ia muito bem, principalmente no âmbito profissional. E isso incomodava muito o marido. Um suspense que vai tirar seu fôlego, do começo ao fim!

Sério, que livro é esse, Brasil?! Quando eu solicitei junto à Empíreo, parceira do blog, eu tinha lido em algum lugar que era romance, acho que foi até no Facebook da editora, mas qual minha surpresa quando, ao começar a ler, me deparar com um suspense? - Pelo menos, pra mim é suspense. Falando sobre Bernardo, no início até me identifiquei com ele - frustrado, com um emprego comum e não querendo se envolver com a sociedade. Mas, conforme ele foi contando sua história, admito que fiquei com medo. Não chega a ser bipolar, mas com certeza ele tem algum tipo de transtorno.


Já Patrícia é o oposto: alegre, batalhadora, é o sol na vida de Bernardo. Cheia de vida, a cada ano vem demonstrando muita capacidade em seu trabalho, além de ter nascido em uma boa família, cercada de amor. Como dito, os dois são muito diferentes, mas justamente esse detalhe - e a preferência de Patrícia por um determinado gênero de filme - é o que unirá esse casal.

Gostei muito da forma como o Lucas desenvolveu a trama. Oscilando entre os anos de 1997 e 2006 (e, quando necessário, voltando um pouco antes), mostra uma história sem pontas soltas, onde o leitor, ao mesmo tempo que fica aflito, fica curioso, pois quer saber mais e mais sobre Bernardo e o que ele fará para dar um rumo em sua vida.

Sobre a edição/revisão da Empíreo: impecável. A editora possui um cuidado incrível, pensa nos mínimos detalhes para que cada obra tenha sua própria cara (se os livros da editora fossem pessoas, teriam suas próprias personalidades). Não há erros de português e a capa tem uma mensagem subliminar - que eu só vi depois que li, aliás, a própria capa é muito bonita!

No mais, esse livro é muito bom, recomendo a todos, principalmente se você quiser sair da zona de conforto ou procura por uma história diferente. Que esse seja o primeiro de muitos livros do autor!


Olá!

Sim, eu sei que ando sumida do blog. Mas se eu estivesse sumida só do blog, até dava. Mas ando sumida da vida! Meu TCC está me sugando todas as forças, mas, se quero que dê certo, preciso de foco total. Porém, como nem tudo é trabalho, trago essa resenha (que está atrasada, aliás, peço perdão pelo vacilo), cuja leitura foi de altos e baixos, mas no final, ganhou meu coração, por isso TE AMO KRISTIN HANNAH!!!!!!!!! A propósito, o resenhado é o As Cores da Vida, lançamento de agosto da Arqueiro.

A história se passa na pequena cidade de Oyster Shores e começa com a morte da matriarca da família Grey. Agora, o pai teria que cuidar sozinho do rancho e de suas três filhas: Winona, Aurora e Vivi Ann. Elas eram novas quando a mãe morreu, então tem uma passagem de tempo e elas já são moças. Winona sofria de baixa auto-estima, era gorda, comia compulsivamente e seu crush não a correspondia. Pior, ele gostava da caçula Vivi Ann (me identifiquei com Win, me julguem).

Nesse meio tempo, o rancho precisa de um funcionário que realmente seja comprometido com o trabalho, já que nenhum fica por muito tempo no rancho. Até que Winona contrata Dallas Raintree. Até aí tudo bem, se ele não fosse índio. Logo de cara, percebemos que nos EUA, ser índio (ou nativo americano) é como ser negro (tanto lá como aqui). Porém, Dallas se mostra um excelente funcionário.

Aí começa a parte "novela mexicana": Win gosta de Luke, que namora Vivi Ann, que se apaixona por Dallas. Se fosse esse triângulo amoroso, estava bom, mas Win, que tanto gostei, começou a me irritar e fez uma coisa imperdoável - eu pelo menos não faria, não da forma como ela fez. Passado algum tempo, um crime choca a pequena cidade, colocando em xeque o conceito de família, algo que os Grey leva em conta há séculos - literalmente.

O que dizer dessa história? Não consigo dizer, só sentir. Mas comecemos falando das irmãs: Winona, a Win, é a mais velha. sempre sonhou em ter a aprovação do pai, mas o mesmo sempre cagou pra ela, coitada. Porém, cresceu e se tornou a melhor advogada da cidade. Muito inteligente, sempre deu um passo a frente na profissão, mas na vida pessoal, um belo fiasco (falta de auto-estima é coisa séria), por isso me identifiquei com ela. Mas, em dado momento, ela começou a me irritar, tanto que minha vontade era de entrar no livro e socar a cara dela.

Aurora é a do meio. Aparentemente tem a família perfeita: é casada com um cara comum, tem dois filhos pequenos e é a mediadora dos Grey, sempre disposta a conversar, ouvir e encontrar soluções para os problemas das irmãs. A perfeita dona-de-casa. Mas ela tem seus próprios dilemas: a família não é tão perfeita, mas pelo menos não sofre com a língua do povo. Eu diria que ela é sonsa, mas depois do que lhe aconteceu, ganhou meu respeito.
Vivi Ann é a caçula e o orgulho do pai. Ela é amazona, por isso ela é tão querida pelo velho Grey. Por ser a mais nova, ninguém lhe dá muito crédito, acham que ela tem a cabeça vazia. É só fachada, porque ela é tão inteligente quanto suas irmãs, mas como é brincalhona e um pouco impulsiva, meio que ninguém liga pro que ela pensa. Em dado momento me irritou também, mas, não faria o que ela fez durante o livro, abandono é uma coisa muito pesada. (um pequeno spoiler, sorry)

Sabendo um pouco de cada, arrisco dizer que, apesar de tudo, a família permanece unida. Em tempos em que se perde tempo discutindo o conceito de família, só de saber que ainda é possível três irmãs superarem uma barra muito pesada, dá esperança em mim. Não sou tão ligada ao resto da minha família e admiro quem tem contato próximo com tios/as e primos, gostaria de saber como é (se você que me lê sabe, por favor, escreva nos comentários). Esse livro mostra bem como a família que nasce estruturada, morre estruturada.

A nota negativa do livro é o pai Grey. Que velho escroto! Primeiro você pensa que ele prefere Vivi Ann às demais (por ela montar cavalos), mas ele se mostra uma pessoa fria, horrível, por ser pai, é pior ainda. Pobre Win, cada vez que o pai a humilhava, minha vontade era de entrar no livro e abraçá-la (mesmo eu querendo dar uns tapas nela). Ele, por ser neto do fundador de Oyster Shores (grande bosta, sinceramente), só se importava com as aparências, com o que a população diria sobre o comportamento das moças.

Já disse que amo Kristin Hannah? HAHAHA disse sim, mas digo de novo: ela é maravilhosa! O livro, apesar de ter uma parte meio novela mexicana, é bem escrito, bem estruturado e intrinsecado, ou seja, fechadinho, sem pontas soltas. Aliás, ela dividiu a obra em duas partes, pois há uma passagem de tempo considerável (é spoiler?). Quanto ao trabalho da Arqueiro: que lindo! Se eu não estivesse fazendo o TCC, teria devorado esse livro em dois dias, porque a escrita dessa mulher te envolve de tal modo que você perde a noção até da vida!

Não encontrei erros de revisão/edição e a capa é uma lindeza! Dá vontade de ficar olhando pra ela pra sempre. Termino dizendo que As Cores da Vida é um livro que deve ser lido com carinho, degustado, sorvendo cada informação que a Kristin fornece. Não preciso dizer mais nada, apenas leiam!


Olá!

O resenhado de hoje é um livro que deve ser saboreado, lido com calma e paciência, pelo simples motivo de ser muito lindo. Quando o Amor Bater à Sua Porta é o primeiro livro de Samanta Holtz publicado pela Arqueiro. Seu jeito de escrever me lembrou (GUARDADAS AS DEVIDAS PROPORÇÕES) Nicholas Sparks, mas com São José dos Pinhais (PR) no lugar das roças da Carolina do Norte. Sua escrita delicada (mas sem ser sonsa) é praticamente um reflexo dela, uma pessoa iluminada - tive o prazer de conhecê-la no evento de parceiros da Arqueiro, realizado durante a Bienal (inclusive foi lá que ganhei o livro).

Quando o Amor Bater à Sua Porta começa com a escritora Malu Rocha dando uma entrevista. Até aí, tudo razoavelmente bem, pois ela estava com vontade de socar a jornalista. Porém, quando a repórter fez uma determinada pergunta a Malu, ela simplesmente travou. Não tinha resposta.

O que é o amor para Malu Rocha?

Pois é, essa pergunta ficou martelando na cabeça de Malu, até que um dia, um completo estranho bateu à sua porta. E era estranho mesmo, porque o cara não sabia do próprio nome. Tudo o que a pobre alma sabia era que seu nome era Luiz Otávio Veronezzi e tinha ido até São José dos Pinhais para uma reunião com Malu.

Mas cadê Malu saber da tal reunião. Automaticamente, colocou a culpa em Rebeca, sua assessora estabanada, mas maravilhosa. O que aconteceu foi que Luiz Otávio sofreu um acidente de carro e perdeu a memória (por incrível que pareça, isso é possível). O que mais surpreendeu Malu foi que Luiz Otávio tem o mesmo nome do mocinho do livro que estava escrevendo.

Malu estava preocupada em escrever o final de seu livro, em que a mocinha Ana Clara precisa se decidir por Luiz Otávio ou o ex-namorado. E a presença do Luiz Otávio sem memória iria despertar os mais diversos sentimentos em Malu, cuja única família era seu avô, de 98 anos e que vivia num asilo. O pai é falecido e a mãe mora fora do pais e nem liga pra ela.
Sabem o chão? Pois é, ainda estou nele. Essa história é linda demais. Minha vontade era de sentar com a Malu para uma conversa séria, daquelas em que você só escuta o outro contar sua história e você nem abre a boca, apenas o abraça, o conforta. Nossa protagonista se esconde em um personagem para evitar mais sofrimentos. Ela já sofreu demais e faz papel de dura, papel esse que Luiz Otávio vai tirando pouco a pouco.

Já Luiz Otávio (será que esse é mesmo o nome dele?) tem seu próprio dilema: quem é ele? O que ele tinha a dizer para Malu? Será que algum dia suas lembranças vão voltar? Por algum motivo, que só nos será revelado no final, ele consegue ver a verdadeira Malu, aquela que está escondida sob a rocha que está em seu coração.

Sério mesmo, tento, tento e tento falar escrever, mas na verdade não tenho palavras para descrever essa obra. A forma como Samanta conduz a trama é maravilhosa, por mais que queiramos adivinhar o final (e torcer para que aconteça), ela nos prende à história de tal modo que, quando acaba, a vontade é de sentar e chorar. Mas chorar de alegria, porque a mensagem transmitida é maravilhosa.

Sobre o trabalho da Arqueiro: maravilhoso é pouco. Apesar do erro grave de português que encontrei (foi um só), a editora foi certeira ao escolher a capa, totalmente condizente com a premissa. No mais, mais um excelente trabalho de revisão/edição. Gostei também da arte que fizeram para cada início de capítulo.
No início do livro, a autora montou uma playlist com 31 músicas - uma para cada capítulo + epílogo. É boa pra ouvir enquanto lê. Como não tem quase nada que gosto cadê Laura? Cadê Céline?, então nem ouvi (eu leio no ônibus, onde tenho minhas próprias playlists), mas como sou diferentona recomendo que ouçam sim, com certeza vocês vão curtir algumas músicas. A Arqueiro disponibilizou no Spotify, então vou deixá-la no fim do post.

Sinceramente, Samanta não pode sair da Arqueiro, sua escrita combina com o estilo da editora (que publica o Sparks, olha aí), desde já aguardo seu próximo livro - e enquanto isso vou pesquisar seus títulos anteriores (todos publicados pela Novo Século). 

PS: Samanta ganhou uma nova fã. Repassem até chegar a ela e à editora.



Olá!

É sempre chato fazer resenha negativa. Ainda mais se o livro foi recebido em parceria. Hoje venho falar de um livro que, infelizmente, não correspondeu às minhas expectativas. Sete Cabeças é um suspense nacional que não me convenceu. Vem entender porque minha expectativa não foi alcançada com a resenha de Sete Cabeças, de Bruno Godoi.
Basicamente, o livro tem dois contos: o primeiro, caso 132, começa com o detetive Anton Levey numa cena de crime. Há uma pessoa morta na cena. Até aí tudo bem, mas ele não contava que fatos sobrenaturais dariam um toque a essa cena. A investigação da morte toma rumos incríveis quando sua própria vida passa na frente de seus olhos enquanto investiga.

Já o segundo, Frigorífico, conta a história de Eric Blair, que, ao acordar ao lado de dois completos estranhos em um lugar totalmente desconhecido, ele vai participar de um tipo de "jogos mortais" para sobreviver. Elas aparentam ser histórias distintas, mas são interligadas entre si, tendo a alma humana como objeto principal. 

Infelizmente, a história não funcionou para mim. É um livro enrolado, muito bem escrito, é verdade, mas tem alguns rodeios que não gostei. Ao fim de cada capítulo, há uma indicação escrito "corta" ou "volta", como se fossem indicações de roteiro de filme ou peça de teatro. Como livro, não foi a melhor leitura, mas acredito que se fosse um filme, documentário ou peça, com certeza prenderia minha atenção.
Uma coisa que gostei foram as imagens de um teste de Rorschach. Pra quem não sabe, esse teste pictórico consiste em dar nome a imagens abstratas desenhadas em cartões. Serve para analisar o psicológico da pessoa. Tem várias dessas imagens pelo livro e achei bacana explorar isso.

A Empíreo, que me enviou o livro em parceria, fez um excelente trabalho de revisão/edição. Não encontrei erros de nenhum tipo, a capa está condizente com a história e as imagens do Teste de Rorschach estão bem fiéis. Como eu disse, a história não me prendeu, mas não significa que eu não recomende, pelo contrário, se você gosta de suspense com elementos sobrenaturais, dê uma chance à obra de Bruno Godói, vamos discutir esse livro!



Olá!

Mais uma semana começando e... falta pouco para a tão esperada Bienal de São Paulo começar!!! E é por isso que a Empíreo, parceira do blog, liberou para nós tudo o que vai rolar em seu estande!!! A presença da Empíreo na Bienal por si só já é uma novidade, pois é a primeira participação da editora na Bienal de SP. Por isso, trago para vocês tudo o que vai rolar no estande, além do que a editora vai lançar, com suas respectivas sessões de autógrafos! Basicamente, o post conterá imagens dos livros a serem lançados, mas no fim vou deixar os links do site da Empíreo e do evento no Facebook.










Bem, depois de ver tantos lançamentos, siga o evento no Facebook clicando aqui e para ir à página da editora você clica aqui. Espero que tenham gostado e nos vemos na Bienal!!!



Olá!

Mais uma parceria fechada! Incrível, em dois anos blogando aqui, consegui mais parceiros nessa semana que passou no que nos dois anos! hahaha Pois bem, a autora parceira de hoje é a Isis L.M.J, autora de "O Filho da Natureza", primeiro volume da trilogia Filhos da Natureza, que está em pré-venda pela Arwen.
Essa parceria foi fechada até com surpresa - de minha parte. Eu tenho a autora no facebook, então na semana passada ela postou que estava procurando parceiros. Deixei o link do Resenha e em 24 horas, os termos da parceria estavam acertados. Adorei!

Essa leitura vai demorar um pouco porque a faculdade está voltando (de verdade) hoje e como existe o TCC... mas vai ser lido e resenhado com amor, carinho e sinceridade! Então vou deixar os links do evento de lançamento, fanpage, Skoob, pré-venda e o book trailer, que, diga-se de passagem, está lindo!!





Olá!

No post anterior (confira aqui), fechei parceria com a autora Marcela Cardoso. Lá, eu prometi que logo menos traria a resenha de seu livro, Minha Vida é um Reality Show. Pois eu li, gostei e agora trago minhas impressões para vocês.

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Minha Vida é um Reality Show começa com Bruna Marshall, de 16 anos, diante dos jurados para uma audição do Music Idol, que está em sua décima quinta temporada e ao longo dos anos foi revelando grandes nomes da música. Até aí tudo bem, mas o que era pra ser uma simples audição de 30 segundos acaba viralizando na internet, tudo porque Bruna entra em trabalho de parto. Isso mesmo, Bruna está grávida - ou melhor, está prestes a dar à luz.

Depois de algum tempo, Bruna (que nasceu nos EUA mas mora no Brasil desde pequena), que foi aprovada na audição, se juntará aos demais aprovados para começar, de verdade, a competição. Ela e todos os participantes estão hospedados no hotel que pertence à irmã de Bruna, Elisa, e por isso ela pode ficar perto de seu pequeno Christian.

Logo de cara, ela conhece Angie, sua colega de quarto que veio do Maranhão para participar. Elas viram amigas logo de cara, apesar de serem bem diferentes. Como se não bastasse, o pai do filho de Bruna aparece no programa. Como jurado. E a aventura só está começando para Bruna, Angie e vários outros participantes do reality.

A autora Marcela Cardoso entrou em contato comigo, oferecendo o livro para que eu lesse e o resenhasse. Li a sinopse mas sem muita expectativa, até porque com TCC não dá pra ter muita expectativa, por causa disso, acabei demorando a ler, mas quando comecei, fui até o final.

Bruna Marshall da Cunha (confesso que detesto meu sobrenome de certidão, mas Marshall da Cunha chega a ser engraçado) sempre sonhou em ser uma popstar de sucesso, porém, vinda de uma família conservadora tradicional brasileira, digamos que ela não tem muito apoio. Apoio esse que ela não tem mesmo quando descobre que está grávida. Até aí tudo bem, porém, o pai da criança está namorando Sheila, a outra irmã de Bruna - esse é só o primeiro babado do livro.

Entre idas e vindas (e vários spoilers incluídos), nossa protagonista chega ao Music Idol. E é lá que reencontra Gabriel, também de 16 anos. Ele é seu amigo de infância, mas se mudara para a Argentina alguns anos atrás. Claro que Gabriel também está no programa, mas por outro motivo.

No geral, gostei muito da história, ri bastante, inclusive. Mas algo que me incomodou foi a idade. Bruna tem só 16, mas passou por algumas situações que me pareceram um pouco forçadas para uma garota dessa idade - e não estou falando da gravidez. A história se passa no Rio de Janeiro, o que é ótimo, mas admito que fiquei perdida com alguns endereços que ela deu durante a trama (digamos que só conheço o bairro de Brás de Pina e olhe lá, os outros só conheço de nome), ou seja, quem mora na Cidade Maravilhosa vai se identificar rapidinho.

O livro, em primeiro momento, só está disponível em e-book. Bem baratinho, vale super a pena comprar, é curtinho (segundo o Skoob, 181 páginas), dá pra ler em uma tarde. Além disso, está bem formatado, sem erros de digitação e afins. E pra terminar essa resenha, não seria justo um livro cujo plano de fundo é um reality show não ter música! E é claro que a autora montou no Spotify uma playlist com todas as músicas citadas no livro. Pode até soar como spoiler, mas tem tanta coisa boa menos Céline que vale a pena conferir. 




Olá!

Eu Vejo Kate - O Despertar de um Serial Killer é um daqueles livros que você precisa ler com a mente totalmente aberta. E, de preferência, não ter lido livros doces antes. Queria lê-lo desde que foi lançado e não me arrependo. Espero que gostem da resenha!
Foto: Resenha e Outras Coisas
O livro é narrado sob três óticas: de Kate Dwyer, uma escritora que está fazendo um livro sobre o passado e crimes de Nathan Bardel, um serial killer. Nathan está morto, mas ele tem seu ponto de vista, sua história pra contar. Já Ryan Owen é um ex-agente do FBI que saber muito sobre Bardel. Kate está investigando bastante sobre Bardel, está completamente mergulhada na história. E o espírito de Nathan está com Kate, a acompanhando a todo momento. 

A escritora têm seus próprios problemas: ela terminou seu namoro com Dale, mas toda vez que ele a procura em sua casa, eles transam. E Savannah, que é sua editora, que de vez em quando transa com Kate também, mas não são as melhores amigas. Entre seus conflitos e sua investigação, Kate chega até o ex-agente Owen, com quem descobre mais coisas sobre Bardel. E claro que Kate vai se envolver com Ryan.

Como já dito, Nathan Bardel está morto. Ele era o serial killer da cidade de Blessfield, Ele estuprava, torturava e matava suas vítimas. Matou 13 mulheres. Pois bem, o livro vai começar de verdade quando uma das vizinhas de Kate é estuprada e morta com requintes de crueldade, nos mesmos moldes das vítimas de Bardel. Mas ele está morto. E Kate corre perigo, Owen precisará mexer seus pauzinhos para encontrar o assassino. Será que ele vai conseguir? Será que Kate terminará de escrever seu livro?

Que livro, meus amigos! Se ele fosse um filme, com certeza o Ministério da Justiça o classificaria para maiores de 18 anos, porque o conteúdo é forte. Eu estava louca para ler esse livro logo que foi lançado, mas só o consegui quando eu fui no primeiro encontro realizado pela Empíreo. Demorei pra ler, comecei, dei uma pausa por motivos de TCC e quando retomei, fui até o fim. Ele é dividido em três partes, mas por volta da página 157, 158, é que ele fica bom mesmo. 

Como eu disse, é um livro forte. Percebe-se claramente que a autora estudou bastante sobre serial killers. Aliás, ela confirmou isso no segundo encontro da Empíreo, quando ela conversou sobre o livro. As vítimas mortas foram descritas com presteza, consegui ver cada uma delas - horrível, por sinal - mutilada, torturada e fotografada pela perícia. Mas também há o lado psicológico de Kate e Ryan. 
Autografado! Foto: Resenha e Outras Coias
Kate é autodestrutiva. Sabe que ruim para ela se relacionar com seu ex Dale, mas volta e meia eles ficam. Savannah, que supostamente é sua melhor amiga, é uma desgraçada que também não quer o melhor dela - pelo menos foi essa impressão que tive. Ryan era um agente exemplar, até que fez algo muito errado e causou uma tragédia - indiretamente, mas causou. 

Como eu disse lá no início, você só vai curtir essa leitura se, primeiro, gostar do gênero, claro. Partindo da premissa de que você gosta, então não leia nada parecido com romances. Livros melosos podem deixar você com ânsia de vômito, devido às fortes descrições. Acredito que assim seja melhor pra curtir a leitura. Pelo menos comigo foi assim: antes de ler esse, eu li Os Homens que Não Amavam as Mulheres (a resenha sairá logo <3) e como não é romance e tem umas partes fortes também, então fiquei calejada, mesmo antes de saber o que esperar na trama criada pela Claudia.

Essa história se passa em Blessfield e Miami. E antes que vocês reclamem dos brasileiros que escrevem suas histórias na gringa, saiba que a autora morou fora do Brasil dos dez aos dezesseis anos, ou seja, não tem muitas lembranças assim do Brasil. Me lembro que, no já citado evento, ela disse que o autor tem que escrever sobre o que se sente bem, por isso sua história se passou nos EUA. Inclusive, ela disse que escreveu Eu Vejo Kate em inglês e depois passou pro português. Na hora da revisão, a editora pecou um pouco, provavelmente por isso.

Por fim, seja pra sair da zona de conforto ou para conhecer como a mente humana pode ser sórdida, vale a pena conhecer Eu Vejo Kate, um suspense nacional brilhante!



Olá!

O resenhado de hoje é um livro que aparenta ser voltado para o público infantil. Mas só aparenta, porque a mensagem que ele transmite é tão linda que vale a pena ser lido por todos. É o Infinito Reflexo, lançamento da Empíreo, parceira do blog.
Infinito Reflexo, que tem como subtítulo "Um palácio para Hamid", conta a história real da viagem da autora Cris de Ávila à Índia, onde conheceu um garoto que ela chama de Hamid (porque ela esqueceu de perguntar o nome do garoto). Hamid não é um menino qualquer. Com seu caderno surrado e cheio de orelhas, ele aborda os turistas na porta do Palácio dos Espelhos. 

Hamid vende canetas artesanais, mas não é por isso que aborda os turistas. Ele quer conhecer cada país de onde veio cada um daqueles turistas. Ele resolve conversar com uma mulher loira. Seu nome é Magda, ela é de Berlim e em seu país o beisebol não é famoso, mas são tetracampeões de futebol. E assim, Hamid vai desenhando a Alemanha em seu caderno surrado e cheio de orelhas. O detalhe é que Magda respondeu todas as perguntas do menino em alemão, o que não seria surpreendente, se o menino falasse alemão, o que não é o caso.

Vou parar por aqui para não soltar mais da história. O livro é forrado de ilustrações. O ilustrador é o Leonardo Guidugli, que tem um traço incrível e conseguiu transmitir bem com seus desenhos o que a Cris queria dizer. O livro tem uma escrita bem gostosa, de fácil compreensão e é impossível não querer contar sua história pro Hamid.


Se a escrita e as ilustrações são lindas, o que dizer do trabalho da Empíreo? Revisão, edição e a capa dura estão impecáveis. O único ponto negativo é até inusitado: o cheiro do livro. Não é cheiro de livro novo, o cheiro do papel usado é ruim, não sei explicar, dá um pouco de dor de cabeça e enjoo (principalmente se você ler no transporte coletivo). Mas tirando isso, o livro deve ser lido sim.

Ah, e a renda obtida com os direitos autorais desse livro vai para o projeto "Save the Childrood Movement" (salve o movimento da infância, em português), da Bachpan Bachao Andolan, cujo objetivo é salvar as pessoas do trabalho escravo e exploração infantil. Até hoje, o movimento salvou mais de 80 mil pessoas da degradação humana. Clique aqui para conhecer a BBA. Portanto leiam, é um livro lindo que toda a família vai adorar!


Olá!

Vamos de nacional! E de um nacional recebido em parceria com a Arqueiro! Quando li que a Thalita Rebouças tinha ido para a Arqueiro, pensei que ela escreveria para um público mais maduro, não sei porquê pensei isso, mas foi com esse pensamento que solicitei o livro à editora, para resenha. Que pena. Vamos falar de Confissões de uma Garota Excluída, Mal-Amada e (um pouco) Dramática.
A história começa com Tetê indo ao psiquiatra porque sua mãe recomendou, alegando que a menina estava de cara amarrada, de mal com a vida, não ria... (pelo amor, isso é raio de motivo pra alguém levar filho no psiquiatra?) Enfim, Tetê - cujo nome é Teanira, mistura de Tércio com Djanira, seus avós - começa contando sua saga na escola, o bullying que sofria, a falta de amigos, seu amor pela cozinha...

Porém, depois que o pai perde o emprego, Tetê e a família vão morar na casa dos avós, no bairro de Copacabana, logo, a menina precisará mudar de escola. Na nova escola, ela logo faz um amigo, Davi, o nerd. Depois ela conhece Erick, o lindo; e Zeca, o amigo gay que todo mundo deveria ter. Claro que, como estamos numa escola particular, tem que ter a patricinha (Valentina) e sua BFF (Laís); e a sonsa (Samantha).

Basicamente, o que vi nesse livro foi: uma menina que mais parecia Betty a feia que sofre bullying e depois dá a volta por cima. Nada que se diga "nossa, que maravilhoso, perfeito, delicado". Claro que tem mensagens a serem transmitidas (clichês sobre bullying e amor à família, por exemplo) e passagens engraçadas. Mas, no mais, é um festival de futilidades. Pelo que li, não é só um livro para adolescentes, é um livro para adolescentes de classe média/média alta, que leem Capricho e têm tudo na mão. Eu só me identifiquei com a Tetê na parte da sobrancelha (dói demais pra tirar, ok?). Eu estudei em escola pública a vida toda, então meio que aprendi a não ter paciência com garotas fúteis e mimizentas (na minha escola, a palavra mimizenta ainda não existia, rs).
volta Betty!
Voltando ao livro, percebi que (posso estar enganada) Tetê é um pouco da autora, como se fosse um relato autobiográfico, mas com toques de 2016. Tetê vai nos contando como estão sendo seus dias na escola nova, seus novos amigos, seu primeiro amor, sua primeira festa, sobre como é sua família, unida mas um pouco problemática (eu achei um bando de chatos). Em alguns momentos me vi no papel de Tetê, cheguei a me identificar com ela, mas diferente dela, eu não tenho um Zeca para me salvar.

Falando no Zeca, ele é praticamente o anjo da guarda da Tetê, mas é muito forçado em alguns momentos. Aliás, em vários momentos, percebi o quanto os dialógos da Thalita são forçados. Não sei, não é possível que alguém fale como a Tetê todo santo dia. Eu sei que não sou o público-alvo da autora, mas será mesmo que os adolescentes falem coisas como "ultramegablaster alguma coisa"? Pra mim, Thalita esqueceu de amadurecer. Não vou entrar no mérito de saber se é bom ou não.

Agora, falando da parte gráfica: como sempre, a Arqueiro fez um ótimo trabalho. Só não gostei do tamanho do livro: é menor em relação aos demais livros da editora. Mas a capa está bem bonita e adorei o presskit que a editora enviou. O legal desse livro (sim, eu achei um ponto positivo) é que tem várias receitas - e que são fáceis de fazer!

Então se você é adolescente ou até mesmo curte uma leitura mais leve, recomendo sim, apesar de tudo, você ri. A leitura flui, li bem rápido até, partindo da premissa que estava em semana de provas quando o li. Não é porque eu não gostei que você não vai gostar também, ué.



Olá!

Mais uma entrevista aqui no blog! O entrevistado de hoje é um autor ainda pouco conhecido, mas que tem tudo para despontar no cenário nacional como sucesso! O Paulo Mateus é autor de Os Antigos e falou um pouco sobre sua vida e obra.

1- Diga para os leitores do blog: quem é Paulo Mateus?

Olá, bom, como começar? Eu sou uma pessoa que gosta de boas histórias, sejam elas contadas em séries, filmes, animes, livros, HQs e etc.
Eu admiro a inteligência e a capacidade das pessoas que criam histórias assim, fico imaginando como elas desenvolvem algo que consegue prender tanto a atenção do leitor ou espectador. Ou como seria diferente se uma determinada história fosse escrita por outra pessoa. Eu fico analisando isso e tentando entender esse processo, então quando assisto ou leio uma história estou também estudando como foi feita. Acabei fugindo um pouco do tema central da pergunta mas creio que isso me descreve bem.



2- Como você descobriu o gosto pela leitura? E quando você decidiu que seria escritor? Sua família te apoiou?

Creio que foi por influência da minha avó, e por influência de alguns amigos. Depois que comecei a ler eu descobri que não seria muito difícil tentar escrever as minhas próprias histórias, mas foi quando eu li alguns livros ruins que eu realmente pensei sério no assunto. Eu pensei: “Não é possível que publicaram isso, eu mesmo faço algo melhor do que isso”. E foi assim que surgiram meus primeiros livros. (risos) Escrevo mais como um passatempo, creio que minha família não liga muito para isso.



3- Em que (ou quem) você se inspira para criar seus personagens?

Essa é uma pergunta que não sei responder muito bem, creio que meus personagens sejam uma mistura das coisas que começam a surgir na minha cabeça quando começo a escrever. Claro que outros livros e personagens famosos também interferem no processo.

Clique aqui para conferir a resenha de Os Antigos

4- Sobre o livro Os Antigos, como foi o processo de criação?
Bom, Os Antigos surgiu naturalmente, tinha acabado de escrever O Feitiço do Mago e eu queria escrever uma história similar mas que fosse melhor do que a anterior. Acho que foi um processo de “evolução” como escritor. Escrevi Os Antigos em 3 meses, bem mais rápido do que O Feitiço do Mago que levou 6 meses para ficar pronto.



5- Sei que seu livro é independente, mas houve alguma dificuldade que você enfrentou antes disponibilizar na Amazon? Soa um pouco óbvio, mas você ainda sonha em vê-lo por alguma editora?

Não, nenhuma dificuldade, o processo de publicação na Amazon é extremamente simples (Aliás, parabéns para a Amazon). O mais complicado foi formatar e corrigir o texto por conta própria, além de fazer a capa (ao contrário de O Feitiço do Mago onde eu paguei para uma profissional especializada fazer a capa). Quero economizar e usar o dinheiro obtido com o livro para investir no próprio livro. Sim, acho que todo autor sonha em ver seu livro publicado por uma editora, mas não é fácil, especialmente para mim que moro no interior, onde as coisas são mais distantes. Mas felizmente o mercado de livros digitais está em expansão. :)


6 – Além d’Os Antigos, quantos livros você escreveu, (independentemente de ter publicado ou não)? Tem mais algum projeto novo, seja pronto ou engavetado?
Eu escrevi até agora apenas O Feitiço do Mago e Os Antigos, no momento tenho apenas algumas ideias e alguns rascunhos, nada que seja muito definitivo ainda.



7 – Uma polêmica: livro físico ou digital?
O livro físico tem a vantagem de você poder tocar e colecionar, mas o livro digital tem a portabilidade e a facilidade. Eu uso os dois com frequência, mas acho que a tendência é que os livros digitais comecem a tomar cada vez mais espaço no mercado, especialmente entre os jovens.


8 – Por favor, deixe um recado aos leitores do blog.
Quem tem um site ou blog sabe que quem faz as coisas acontecem são os leitores, então queria agradecer a todos que leem e comentam (e os que não comentam também). Não parem, continuem assim pois este blog só tem a crescer. Obrigado a todos. :)

Espero que vocês tenham gostado de conhecer um pouco mais do Paulo e espero trazer novas entrevistas para vocês!!