Olá!

Pela primeira vez estou participando de um desafio literário! Mais adiante falarei dele, mas, pra quem quiser acompanhar e/ou participar, só clicar na imagem "Eu Participo #2", na sidebar do blog. Conforme vou cumprindo os desafios, vou atualizando. Agora, sobre o livro, é uma leitura que me pegou de surpresa - essa é uma vantagem de ler algo sem expectativas. Confira a resenha de Entre o Agora e o Nunca, de J.A. Redmerski.
Entre o Agora e o Nunca nos apresenta Camryn Bennett (ou apenas Cam), pensando em sua vida: o primeiro namorado morreu, o segundo a traiu, o irmão está preso e a mãe tá com um cara diferente praticamente todo dia. A única coisa boa em sua vida, até aquele momento, era sua melhor amiga Natalie. Mas, depois de uma briga com Nat, Cam faz uma mala com o que julga essencial e vai embora de casa.

Ela (que tem 20 anos, vale ressaltar), está de saco cheio da vida que leva. Além de tudo o que lhe aconteceu, Cam tem um emprego ruim, que ela odeia. Seu sonho mesmo é viajar, sem direção. Por isso que, quando está na rodoviária, ela escolhe como destino o primeiro lugar que lhe veio à mente: Idaho - a terra das batatas.

No ônibus, ela conhece Andrew Parrish, de 25 anos, que está indo para Wyoming (que é um estado, não cidade, morria sem saber) visitar o pai, que está para morrer, devido um tumor no cérebro. E a música alta mais um certo tarado unirão esses dois tão diferentes, mas com tantas coisas em comum.

Primeira obra que leio de Jessica Ann e admito que gostei. Eu consegui esse livro através de uma troca no Facebook. Nem sabia que ele existia, então, foi uma grata surpresa a leitura. Escolhi esse livro em virtude do "Desafio 12 Meses Literários", criado pela Ani, do EC&M e pela Karine, do Books and Carpe Diem, cujo primeiro desafio foi escolher um livro de seu gênero favorito.
E claro que romance é meu gênero favorito por excelência! Andrew é um cara diferente dos mocinhos que temos por aí. Ele é bonito e forte, mas tão humilde que chega a irritar. Ele aparece na vida de Cam justamente quando ela decidiu que não quer mais se apaixonar, depois de duas decepções amorosas - seguidas. Eles saem de pontos diferentes do país, mas vão se encontrar dentro de um ônibus, o que, cá entre nós, é meio difícil de acontecer - ou você mulher sai conversando com um desconhecido quando está num ônibus, principalmente se for interestadual?

Tem partes eróticas, claro, mas são tão bem escritas que você nem percebe. Nada apelativo, apenas detalhista. Se não gostar, só pular, não atrapalha muito a compreensão da obra. Mas é bom ler sim, nem dói e nem ofende, rs.

Já Cam é muito pudica, muito discreta. Não fala palavrão, quase não bebe, arruma seu quarto impecavelmente... enfim, ela faz o que as pessoas esperam dela. Mas não é o que ela quer. Ela não está feliz, pelo contrário, sente que falta algo na sua vida, como se fosse um quebra-cabeça que falta a peça mais importante.

Acho que muitos de nós se identificariam com a Cam. Pelo menos eu me identifiquei. Sempre tive vontade de viajar sozinha, mas o mais perto disso foi um bate-e-volta no Rio com meus avós a tiracolo. Sabe, pegar uma mochila, documentos, pouca roupa e todo o dinheiro do banco e viajar, conhecer novas pessoas, novos lugares... Mas não dá, eu tenho um trabalho a zelar (ainda mais agora, com 12 milhões de desempregados), um diploma para buscar, contas a pagar e com a carteira vazia não dá pra eu ir até Guarulhos, quanto mais Estocolmo hahaha
Juro que não fui eu que risquei!
Falando sério, a história de Cam te dá vontade de sair, viajar, refletir sobre a vida... Claro que ela tem uma vida confortável, o que já ajuda e muito em seu percurso. E Andrew, que tem um destino, mas se preocupa com Cam, fazendo com ele alterasse parte de sua viagem. Mas ele também tem seus segredos - tão graves quanto os de Cam, mas ele guarda para si, pois ele não quer perder nenhum dos momentos que terá com ela.

Aliás, essa viagem foi muito libertadora para Cam. Ela fez coisas que jamais imaginou que faria - desde falar palavrão até subir num palco e cantar uma música. Andrew a mudou - para o bem - que nenhuma outra pessoa jamais tentou. E a mesma coisa com ele também. Ou seja, a viagem mudou ambos. A história é contada em primeira pessoa, sob os olhares - intercalados - de Andrew e Cam.

A capa é muito bonita, condizente com a trama, não achei erros de nenhuma ordem e a trança da foto é linda - como a moça está de perfil e sua trança é quem está em primeiro plano, não me incomodei com o rosto. Prometi a mim mesma que não compraria tantos livros, como fiz em 2016, mas agora me sinto na obrigação de ter a continuação, "Entre o Agora e o Sempre" - espero ainda achar para vender, rs.

Bem, esse foi minha primeira leitura do Desafio 12 Meses Literários e gostei muito tanto do projeto como do livro em si. E já quero o próximo desafio!! Ah, e a leitura é mais que recomendada.

Postagem participante do:












Olá!

A resenha de hoje é do segundo volume da série Profundo. Intenso, escrito pela Robin York e publicado aqui pela editora Arqueiro, vai focar a vida de West. E já aviso que tentarei concentrar o spoiler no primeiro parágrafo (que é o segundo do texto, mas eu não conto porque este o de apresentação), o que será um pouco difícil, sabendo-se que é uma continuação.
[SPOILER]
Intenso vai continuar de onde parou o Profundo. West vai embora de Iowa rumo ao interior do Oregon, porque seu pai foi assassinado e sua irmã corre grave perigo, pois sua família não é o que podemos chamar de unida. Frankie, irmã de West, tem só 10 anos, mas já passou por um trauma horrível.
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West Leavitt está desesperado, pois não sabe o que fazer para ajudar Caroline Piasecki, que está em outro estado, lutando para que suas fotos sumam da internet. Além disso, precisa lidar com sua mãe, que está desesperada, e com sua irmã, a quem ele tenta a todo momento salvar daquela vida horrível que ele levara, até chegar a cidade de Putnam.

Por outro lado, Caro (gente, o apelido dela é Caro mesmo, sem o L, como aqui no Brasil) sente muita saudade de West. Ela se sente mais madura, confiável, não à toa ela vai até o Oregon, a pedido dele. West não sabe o que fazer, e não tem a quem recorrer, exceto ela, seu grande amor.

West agora trabalhava como paisagista. Não era o melhor dos empregos, mas ele conseguia algum dinheiro. O reencontro dos dois acendeu aquela chama que só um grande amor possui. Aliás, não acendeu porque a chama não estava apagada, mas digamos que ela deixou de ser uma leve brasa para se tornar um fogaréu. Ou seja, os corpos queriam se encostar, o sexo, o desejo de entrega falou mais alto, mas, pra variar, West cabeça dura deixou tudo de lado. E Caro voltou para Putnam depois de quatro dias.

Um determinado convite fez com que West voltasse para a universidade, levando sua irmã Frankie. A situação ficaria mais complicada agora, porque nosso protagonista precisava trabalhar, estudar e cuidar de uma menina de 10 anos. E Frankie também teria seus problemas. 

Uma história de amor, sofrimento, a busca pela dignidade, pela felicidade, muito sexo e idas e vindas marcam Intenso e tudo o que West e Caro precisam passar para terem seu final feliz, terem a certeza de que, no final, tudo vai dar certo.
Perceberam que a resenha ficou mais curta que a do volume anterior? Pois é, não dá pra contar muito dessa história sem spoiler ou sem ficar voltando ao Profundo. Mas o que posso dizer é que essa história prende o leitor do começo ao fim. Ficamos com pena e com raiva de West, ele sempre está tentando melhorar as coisas, mas ao mesmo tempo, ele estraga, com seu pensamento pessimista, de que não merece tudo o que tem, inclusive Caroline. Ele passa boa parte do livro tentando se afastar dela, mesmo sabendo que é impossível. 

Na outra resenha, eu falei que se tratava de um YA. Mas errei, na verdade se trata de um NA, porque eles estão na universidade. E como todo NA, tem sexo sim, só que aqui, achei os momentos meio forçados, não sei explicar bem, mas é como se houvesse outra forma do casal de reconciliar, mas resolvem que sexo resolve tudo. Então, quando eles estão pra se resolver, tem sexo, mas quando não tem, eles brigam - ou melhor, Caro enfia um monte de verdades na cabeça do West.

E mesmo tendo o foco no West, o livro é contado sob os pontos de vista de West e Caro, intercalados. E é claro que o tema revenge porn não foi deixado de lado, mas mais pro final, a história toma rumos impressionantes, apesar de que achei o final do Nate bem fraco - mas, pra mim, isso se deve ao fato de que, nos EUA, divulgação de fotos íntimas não é crime em 48 dos 50 estados.

Como o outro volume, este também foi recebido em parceria com a Arqueiro. Novamente, um excelente trabalho de revisão/edição, sem erros de português. A única coisa que eu não curti foi a capa: o moço está com cara de doente. Não parece em nada com o West que surgiu em minha cabeça. O cara da capa parece que foi obrigado a estar ali, podia ao menos forjar um sorriso. Tirando isso, a editora fez um excelente trabalho.

A menos que você se incomode com as cenas mais quentes (nem todas foram necessárias, porém, todas foram bem escritas), eu recomendo sim a leitura. Parece ser só mais um NA na multidão, mas ele traz uma linda mensagem - sem falar que é impossível não shippar West e Caro!