Olá!

Como estão? Espero que bem! Primeiramente quero pedir desculpas pela minha desatenção quanto a este blog. Deveria comentar mais, mas meu trabalho atual é mais rígido que o anterior e sou proibida de usar celular - muitos comentários são respondidos via smartphone, mas só tenho o horário de almoço para tal, mas, estou sempre acompanhando, só me falta tempo mesmo, rs.

Agora, trago mais uma resenha de mais um volume lindo da coleção "Histórias inéditas do Pequeno Nicolau", coletânea publicada pelo selo "Jovens Leitores", da Editora Rocco. O resenhado de hoje é o sétimo volume "A Diversão do Pequeno Nicolau".

Lembrando que, essa série pode ser lida fora da ordem, pois os títulos são temáticos. Eu resenhei também o oitavo volume, As Batalhas do Pequeno Nicolau, que você confere clicando aqui.


Neste volume, Nicolau e seus amigos estão sempre brincando (e brigando), seja na escola ou no terreno baldio. Com a simplicidade de um menino de cerca de sete anos, imagino eu, ele descreve as mais diversas situações, como na história "Visitamos o chocolate", em que Nicolau e seus amigos vão visitar uma fábrica de chocolates e acabam deixando a professora e o monitor do passeio malucos! Nessa história, Nicolau leva Alceu (que come demais) numa sala onde os chocolates são embalados. Naturalmente, eles se afastam do grupo e quando a professora percebe, eles aparecem com barras de chocolate enormes na mão. Só Agnaldo (que é o primeiro da classe) que fica triste com a visita, pois não vai poder entregar a redação sobre a visita para a professora!

Também as histórias "A piscina" e "O laguinho", que se passam na piscina pública e no terreno baldio, respectivamente. Como a turma de Nicolau não consegue ficar em paz por muito tempo, a bagunça é garantida! Alceu, Godofredo (que tem um pai rico que sempre compra coisas legais), Eudes e Rufno (os brigões), Clotário (o último da classe), Agnaldo, Joaquim e Maximiliano (que aparecem de vez em quando) sempre garantem um conflito, mas como as crianças têm a bondade no coração, as confusões nunca duram muito tempo.

Pra mim, a melhor história (e a mais inocente) é a "Eu me engraxo". Aqui, Nicolau e sua mãe vão visitar a esposa do patrão de seu pai, mas ele não gosta da mulher. Como a mãe prometeu que, se ele se comportasse, ela faria torta de maçã. Nicolau está usando um terno impecável, mas seu sapatos não estão brilhando. A mãe comenta que os sapatos precisavam de uma graxa, mas como já estavam em cima da hora pra sair, ela acabou indo se arrumar. O menino, querendo ajudar a mãe (por tanto, a mais inocente intenção), resolve engraxar os sapatos. Assim, pensava ele, a mãe se orgulharia dele. Mas, digamos que não deu muito certo.

Mais uma vez, somos brindados com a genialidade da dupla Sempé (desenhos) e Goscinny (texto). São dois adultos que conseguem escrever para as crianças com uma pureza única. Até os adultos voltam a ser criança ao ler as histórias do garotinho francês. 


(o livro é cheio de desenhos de diversos tamanhos, como esses, da história "O Dentista", em que o mais medroso não é o Nicolau.)


(parágrafo da história "Os Bombons". Nicolau não poderia ter sido mais inteligente!)

Fico imaginando como seria louco se, só por uma vez, Nicolau (50 anos em 2009), Mônica (50 anos em 2014) e Mafalda (50 anos em 2015) com suas respectivas turmas, se reunissem em uma sala de aula. Claro, que talvez, não seria possível, pois cada um foi concebido com um propósito diferente, mas, mesmo assim, acho que seria legal ver todas essas crianças interagindo.

Enfim, apesar da infância brasileira estar deturpada, acredito que o Nicolau (e a Mônica e Mafalda também) podem ajudar a trazer de volta a inocência das crianças. E pode deixar os adultos um pouco mais tolerantes.

Espero que gostem dessa coletânea e, conforme eu for conseguindo ler os demais, vou resenhando pra vocês!




Olá!

O resenhado de hoje é um livro que encanta crianças e adultos de todo o mundo: As Batalhas do Pequeno Nicolau, da coleção "Histórias inéditas do Pequeno Nicolau - em oito volumes", idealizada pela Editora Rocco. Lembrando que o Pequeno Nicolau é uma criação da dupla francesa Sempé-Goscinny.



(aproveito e ostento meu exemplar em francês, à direita, rs)

Os desenhos são de Jean-Jacques Sempé, nascido em Bordeaux e os textos são de René Goscinny, de Paris. Essas histórias são inéditas e foram publicadas em 2009, em comemoração dos 50 anos, editadas por Anne Goscinny, filha de René. Além das histórias de Goscinny, os traços de Sempé demonstram simplicidade e beleza, tudo que as crianças deveriam ter (porque vamos combinar que a infância brasileira está pela hora da morte...)

Nesse livro, Nicolau conta uma série de situações engraçadas envolvendo sua família e amigos.

Para quem não sabe, Nicolau é um garotinho francês que vive com seus pais e que tem um monte de amigos. Ele conta suas histórias de uma forma linda, super delicada e inocente. Realmente como deveriam ser as crianças, assim como eu fui.



(ilustrações como essas são encontradas em diversas passagens do livro)

Basicamente, cada um dos oito volumes (que podem ser lidos fora da ordem, porque não são histórias interligadas) reúnem histórias que possuem um tema em comum. Nesse volume em questão (o oitavo, diga-se de passagem), a editora reuniu textos que têm como pano de fundo situações em que Nicolau se envolve em problemas (ou acaba envolvendo alguém, rs).

Por exemplo, temos a historinha "O Espelho". Aqui, o pai de Nicolau (Nicolau nunca fala os nomes de seus pais) compra um espelho grande e pesado para a sala, mas não sabe como pendurar. Entram em cena os vizinhos de Nicolau, o senhor e a senhora Blédurt. O senhor Blédurt vai ajudar o pai de Nicolau a instalar e aí... (não vou contar porque é spoiler, mas posso afirmar que é a melhor história do livro!)

Nicolau também conta como são seus amigos: Godofredo (que tem um pai que dá tudo o que ele pede), Alceu (que come demais *me identifiquei*), Clotário (que é muito preguiçoso), Eudes e Rufino (que são os valentões) e outros que aparecem esporadicamente, como Maximiliano e Joaquim.

Como na história "O Barba-Ruiva", em que Nicolau recebe Alceu em sua casa ("depois de Alceu comer pão de forma com geleia, que estava guardado no bolso das calças") para brincar de futebol, porém, a mãe de Nicolau os proíbe de bater bola, pois vai acordar o pai cansado e para não quebrar as vidraças de casa. E é aí que entra o Barba-Ruiva...

Apesar de ser uma leitura simples e infantil, Nicolau faz renascer em nós a criança que já não existe mais. Acredito que Sempé e Goscinny fizeram a infância de muitos franceses feliz, assim como a Mônica, de Mauricio de Sousa - GUARDADAS AS DEVIDAS PROPORÇÕES - porque Nicolau é um menino que nos cativa desde as primeiras frases, dá vontade de apertar as bochechas dele, de tanta simplicidade e fofura. Em alguns casos, dá vontade de ter um filho, registrar de Nicolau só pra encher de amor e apertar as bochechas!

Só pra variar, já consegui o sétimo volume, "As Diversões do Pequeno Nicolau" e quero me deliciar com mais aventuras do garotinho francês mais amado do mundo!

Espero que vocês também gostem e, antes que eu me esqueça, O Pequeno Nicolau também tem filme, que foi lançado em 2009, junto com essas histórias inéditas!!