Olá!

Perfeito para restaurar a fé na humanidade, Querido Mundo, Como Vai Você é mais que um livro, é uma mensagem de que sim, podemos fazer um mundo melhor. Mais um livro da Fontanar, selo do grupo Companhia das Letras.

SKOOB - Toby é o garoto mais incrível que já conheci. Morando em Sheffield, Inglaterra, ele teve uma ideia: por que não mandar cartas para pessoas ao redor do mundo para saber como é a vida por lá? São muitas perguntas e não tem a quem fazer. Sendo assim, Sabine, sua mãe, vai perguntando a amigos, que perguntam a amigos e conseguem os cinco primeiros endereços. Que viram mais cinco e vai crescendo até chegar ao (maravilhoso) absurdo de mais de mil correspondências! E a melhor parte, claro, é que todo mundo respondeu (salvo algumas exceções, claro).

Toby Little tinha cinco anos quando, em 2013, leu um livro neozelandês sobre o sistema de envio de uma carta, desde a postagem até chegar no destinatário. Até então, ele não sabia que havia um mundo fora da Inglaterra. E esse foi o estopim para a ideia de escrever cartas para todo o mundo. E fez perguntas muito interessantes, desde fósseis e arqueologia até mesmo tentar entender as injustiças do mundo e que nem todas as crianças do globo tem uma vida tranquila como a dele.

Conforme as respostas foram chegando, Sabine foi postando na internet cada uma, assim nenhuma se perderia e facilitaria na busca do acesso. A primeira carta foi para o Havaí, que Patricia prontamente respondeu. Desde então, os pais de Toby mantém um site, onde é possível ver todas as cartas que ele enviou - com suas respectivas respostas. O mais incrível é que, com essa ação simples (e cara, porque vamos combinar que mandar carta pra fora do país deve ser caro pra burro), ele conseguiu ser um exemplo em escolas, fazendo com que as crianças passassem a conhecer seu próprio país.

Além disso, quando Toby percebeu que nem todas as pessoas viviam bem como ele, e eram vítimas de desastres naturais (terremotos, tsunamis, etc), ele resolveu "adotar" a ShelterBox, uma organização que ajuda vítimas desses desastres doando caixas com produtos de higiene, roupas, etc., um verdadeiro kit de primeira ajuda pra quem perdeu tudo. Primeiro, ele quis juntar dinheiro para uma caixa, agora ele é como se fosse um embaixador da ONG, angariando fundos para a causa.
Durante a leitura, nos deparamos com algumas respostas reproduzidas. Essa é a da Tanya, que tem uma letra linda e mora em Nova Délhi, India.
Também tem Brasil na carta! Luna mora em São Paulo e apresentou Adoniran Barbosa para Toby e sua família!
Por ser uma criança, até mesmo perguntas simples como "O que você come?" são bonitas. Confesso que meus olhos suaram quando li as primeiras páginas. Crianças respondendo as cartas, escolas inteiras querendo saber mais sobre esse garotinho e sua enorme vontade de conhecer o mundo. No livro, foram escolhidas 150 cartas, mas a mãe de Toby garante que mandou cartas para os 193 países do globo (quem deu esse número foi a ONU), até pra Coreia do Norte (mas a resposta não pôde ser divulgada).

E eu, claro, já visitei o site e deixei meu endereço porque quero ter uma linda carta desse corajoso sonhador, mesmo eu não sabendo inglês, me arrisquei e espero receber algo. E, obviamente, responder seja lá o que ele quiser perguntar. E falar um pouco de mim e perguntar, por que não? Aqui está o site oficial do projeto de Toby e aqui sua página no Facebook, onde é possível acompanhar as últimas novidades dele e de suas cartas.

E parabenizo a Cia. das Letras, que, através do selo Fontanar, trouxe para nosso país um livro tão lindo e tão cheio de esperança! Que Toby cresça, mas que nunca perca seu anseio de aprender!



Olá!

Logo no primeiro post do ano, falei como virei fã do Mitch Albom, pois hoje é dia de mais uma resenha desse homem maravilhoso! Dessa vez, é hora de colocar nossa fé em prova, com essa preciosidade chamada O Primeiro Telefonema do Céu.

Arqueiro | Skoob | Submarino | Saraiva

O Primeiro Telefonema do Céu nos apresenta a interiorana cidade de Coldwater, estado americano de Michigan. Katherine Yellin, uma corretora imobiliária, ainda não superou a morte da irmã, por aneurisma. Até que, numa manhã, Katherine recebe uma ligação de Diane. Sua irmã. Morta há dois anos. Tess Rafferty, que perdera a mãe recentemente, também recebe uma ligação. De Ruth. A mãe. O policial Jack Sellers também recebeu uma ligação de seu filho Robbie, morto no Afeganistão.

Tess, Katherine, o policial Jack e alguns "escolhidos" receberam ligações de seus entes queridos. Até que, durante o culto na Igreja batista da cidade, Katherine traz o que ela chama de "boa-nova". E essa notícia vai chegar à imprensa.

Do outro lado, Sully Harding acaba de sair da prisão, acusado de um crime que cometeu, mas não cometeu - sim, é estranho, mas quem ler vai entender. Ele é um ex-militar que, recentemente, perdeu a esposa e tinha acabado de reencontrar seu filho, de sete anos. Ele ouve a notícia de Katherine e acha um absurdo.

As ligações se repetem. Sempre às sextas-feiras. Em mensagens curtas, os mortos dizem que não há dor, há paz e que espalhem a boa-nova, que Deus está na dúvida e coisas assim. Amy, uma jornalista de uma cidade maior, vai até Coldwater para investigar essa trama. Ela sonha com um emprego melhor, com um salário melhor, longe de sua atual empregadora, a Nine Action News. Mas Coldwater a transformará profundamente.

Diversos veículos de comunicação chegam à pequena cidade na busca de conseguir mais informações sobre os "telefonemas do além". Amy vai precisar driblar todos eles se quiser alguma exclusividade - e melhorar de emprego. Tess, Katherine e outros só querem ouvir seus entes queridos do outro lado da linha. Sully quer provar que tudo é mentira e que não há nada do outro lado, mas seu filho anda com um telefone de brinquedo, esperando uma ligação da mãe. Um verdadeiro exercício de fé.

Quando eu fiz a solicitação de novembro da Arqueiro, me lembro perfeitamente de ter pedido outro título, mas talvez por erro ou por falta do solicitado no estoque, mandaram O Primeiro Telefonema do Céu, fazendo dobradinha com As Cordas Mágicas (resenha aqui). Talvez essa troca não foi a toa. O livro fala de fé e esse sentimento anda em falta na minha vida, devo confessar. Até ler As Cordas Mágicas, não fazia ideia de quem era Mitch Albom. Agora, leio tudo o que ele escrever. Obviamente, não conhecia esse livro, mas agora virou um de meus favoritos.
Devorado em um dia, basicamente, você terá uma opinião absoluta ao fim da leitura: acredite no que achar melhor. Durante a leitura, você toma uma lado da situação: ou acredita ou não. Conforme a história vai se desenvolvendo, você mergulha totalmente em Coldwater. Você está lá, manifestando sua opinião. É praticamente impossível se confundir com os fatos, aliás, o jornalismo (marrom) está lá, fazendo seu papel - programas do tipo Datena, Marcelo Rezende e Sonia Abrão não sairiam da cidade.

Pra quem gosta de história real (oba!), aqui também tem. Em paralelo aos acontecidos de Michigan, o narrador (onisciente) conta a História do telefone, de como Alexander Graham Bell supostamente roubou a ideia de outro, apresentou-a a Dom Pedro e depois à Rainha Vitória. Aliás, tem várias curiosidades sobre o inventor do telefone: tanto sua mãe como sua esposa eram surdas e, indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento do produto.

Esse livro é tão especial que até seu formato é diferente. Ele é menor em relação ao padrão de tamanho que a editora usa em seus títulos. Talvez seja o tamanho certo para guardarmos no coração essa preciosidade. Dizer que a capa é linda e não encontrei erros de nenhuma ordem durante a leitura é só um pequeno detalhe. A mensagem desse livro pode resumida a: tenha fé. Não necessariamente em Deus, mas em que dias melhores virão.


Olá!

Gente, antes da resenha, gostaria de avisar que estou participando do concurso #BrasilemProsa, da Amazon Brasil. Meu conto é o Uma História de Amor e Árvores, que está disponível gratuitamente na Amazon até este domingo, 26/07. Gostaria que vocês baixassem, lessem e me dissessem o que acham - aceito também divulgações, rs. Espero que gostem!!!!

Agora, falemos do que interessa. O resenhado de hoje é um relato autobiográfico. Três semanas com meu irmão é um relato de uma viagem que Nicholas Sparks fez com seu irmão, Micah.



A história começa com Nicholas mostrando brevemente sua rotina com a família: ele ajuda a cuidar dos cinco filhos e é responsável pela correspondência. E foi no meio das cartas de mais um dia comum em sua casa na Carolina do Norte, que Nicholas recebeu um panfleto de uma agência de viagens. Um tour por vários países, que duraria três semanas. Ele conversou com sua esposa, relutou bastante, mas optou por ir. E resolveu convidar seu irmão Micah.

No capítulo seguinte, o autor conta como seus pais se conheceram, muito jovens e se casaram muito cedo, como foi sua infância com Micah e Dana, sua irmã caçula.

Os capítulos sempre começam com detalhes dos lugares em que eles visitaram, e terminava com uma história do passado do autor. E com direito a várias fotos, tanto da viagem como da infância e adolescência de Nick, Micah e Dana.

E por mais incrível que possa parecer, a família Sparks passou por maus bocados. Eles viviam na pobreza de marré de si (será que eu escrevi certo? Hahaha). O autor afirma que chegou a viver abaixo da linha da pobreza. Não pude deixar de imaginar como ele sofreu. Sofreu mesmo. Se você acha que pobreza é triste, é porque ainda não sabe das duras perdas que ele sentiu.

Os locais que os irmãos passaram foram os mais incríveis que alguém pode imaginar: Camboja, Índia, Noruega... Claro que não vou falar todos, vou deixá-los curiosos, rs.

Nem tudo é tristeza nesse livro. Nicholas também conta como conheceu Cathy, sua esposa. Como ele quase se tornou um atleta e como é difícil criar cinco crianças, sendo uma especial. E ainda contou detalhes de sua vida como escritor, contando como, acidentalmente escreveu seu primeiro livro, Diário de Uma Paixão.

A edição que eu recebi da parceira do blog, Arqueiro, está impecável, mas encontrei uns errinhos - faltando artigos e pontos finais. Mas nada que não me fizesse devorar esse livro em dois dias - obrigada feriado de nove de julho! Fonte Times 14 e folhas amareladas contribuíram para o conforto durante a leitura.

A única coisa que pesou contra foi a demora. O livro foi lançado em 2004, mas chegou no Brasil mês passado. Em dez anos, Nicholas escreveu muitos livros. E se separou de Cathy. No livro ele fala da importância da esposa em sua vida, e aí me senti meio esquisita porque ele morre de amores por ela. Porém, eu li depois que eles se separaram, no começo de 2015. Fiquei triste. Não sei porque a Arqueiro demorou tanto em publicar - vai ver o autor não liberou os direitos, quem sabe.

Mesmo com o hiato de uma década, esse livro é recomendado porque te faz refletir sobre familia, perdas, fé e sobretudo, o amor. Se eu pudesse encontrar Nicholas Sparks, eu lhe daria um forte abraço e diria: você é um vencedor! E pediria um autógrafo, claro, rs.