Olá!

Nada como começar a sexta com mais uma resenha de um recebido da editora Arqueiro! Assim como O Rouxinol, resenhado nesta segunda (clique aqui para conferir), Eva também foi uma leitura feita com atraso. Essa foi uma das leituras mais emblemáticas que fiz em toda a minha vida. Não tenho palavras para resenhar esse livro, mas tentarei deixar minhas impressões o mais claro possível.


O livro começa com John, um catalogador, fazendo suas orações matinais, quando recebe a informação de que um contêiner foi encontrado no mar. Dentro do contêiner, doze corpos de meninas e um corpo de um homem mais velho. Todos mortos. Sendo catalogador, John precisava fazer a contagem dos documentos pertencentes aos corpos. E foi aí que viu o engano. Encontrou documentos de um homem e treze jovens. Faltava um corpo. E foi procurando pelas paredes do contêiner que viu o décimo terceiro corpo. A menina estava viva, o que causou reboliço no lugar.

Lilly Fields, a sobrevivente, foi levada ao Refúgio, local parecido com um quarto de hospital, para que pudesse ser cuidada. Lá, ela conheceu Letty, uma anciã que vivia fazendo tricô, e os Sábios Gerald, sua esposa Anita e Simon. Depois, Lilly ainda conheceria a Mãe Eva, para testemunhar um dos momentos mais importantes para o cristianismo.

Lilly não sobreviveu à toa. Ela tinha uma importante missão a cumprir: ela seria Testemunha de um momento crucial na História da Criação. Mas seus medos mundanos a fizeram ter receio de fazer uma grande bobagem.

Que leitura! O que escrevi aqui não é um décimo do que o livro transmite. Porém, a leitura, não foi das mais tranquilas. Apesar da leitura ser fluida, os fatos eram monótonos demais – alguns também eram bem confusos – que várias vezes me peguei cochilando com o livro na mão.

Quando a leitura finalmente ficou boa – e eu já tinha dormido bastante – o autor revelou uma história até então inédita: tudo o que conhecia como a História da Criação parece ter caído por terra. Nesse livro, a história de Adão e Eva ganha novos ingredientes. Será que realmente Eva comeu a maçã por vontade própria? Lilith realmente foi a primeira mulher de Adão?


Segundo informa a contra-capa, o autor pesquisou por 40 anos as histórias bíblicas para poder chegar nesse livro, tendo como desafio tentar fazer uma trama plausível para gregos e troianos (ou religiosos e científicos, rs). Acredito que tenha conseguido não só trazer uma nova versão dos fatos, mas também abrir os olhos dos incrédulos (como eu). É como se o autor estivesse dando um recado. Eu entendi o tal recado. Agora, depende de você ler e entender a mensagem.

O trabalho de edição/revisão da Arqueiro ficou muito bom. Não encontrei erros e a parte gráfica ficou bem feita também. 


Apesar do sono que me deu, recomendo a leitura, mas somente se você estiver com os horizontes abertos, se estiver pronto para entender e respeitar os pontos de vista trazidos pelo autor. Se você for cristão fervoroso, então passe longe, pois você criticará quase tudo o que for ler.

PS: No fim do livro, o autor deixa uma carta explicando o significado da maçã. É algo incrível.