Olá!

Última resenha do ano! Mas não se preocupem, quarta ainda terá post. O post de hoje é de um livro de contos que nasceu de um projeto bem legal, o Doze por Doze. Idealizado pela blogueira Thati Machado, do Nem te Conto, o projeto tem como objetivo reunir 12 autores (estreantes ou não) para que cada um escreva um conto, relacionado a cada mês do ano. Ele já está em pré-venda na Amazon.


Sinopse: A chegada do ano novo traz consigo o desejo de renovação. Renovamos nossas esperanças, nossos desejos, nossas metas... E, ao início, não sabemos o que esperar do novo ciclo, mas e se... Pudéssemos medir a intensidade de um ano através de suas histórias? Essa é a proposta do “Doze por Doze”. Trazer variados contos, dos mais variados gêneros, para nos fazer enxergar quantas coisas incríveis podem acontecer no período de 12 meses; de 365 dias.




Por ser um livro de contos, claro que não vou falar de todos (até porque o post ficaria grande demais), então vou me ater aos que mais gostei. Mas, já aviso que vocês encontrarão várias formas de amor nesse livro! Vou falar dos quatro que mais me surpreenderam, não que os outros não tenham me impressionado, mas esses em questão, foram os mais tocantes, pelo menos para mim.

ABRIL: A Última Vez que te Amei - Carolina Estrella
Aqui temos Paula, uma jovem que está sofrendo porque seu namoro de seis anos com Antonio acabou. Então, sua mãe a manda ir para Nova York para ajudar uma tia que está doente. Lá, reencontra uma prima que também está sofrendo por um relacionamento mal-sucedido. As duas se unem e descobrem que há vida após términos de namoro. E pode vir acompanhado de um belo rapaz.

Nunca tinha lido nada da Carolina, mas já gostei desse conto porque mostra que nem tudo são flores e que depois da tempestade vem a bonança. Foi um texto rápido, fluido e gostoso. Só não gostei do que aconteceu com a tia da Paula.

MAIO: Temos Nosso Próprio Tempo - Yohana Sanfer
Melina, ou Mel, é a moça do grupo que adora fotografar. Durante uma festa, entre um clique e outro, ela conhece Gael (lindo nome rs)que, entre um sorriso e outro, acaba conquistando a jovem. Mas, entre músicas, conversas e muito amor, o destino prega uma peça. E é nesse momento que o casal precisa mostrar que essa adversidade não conseguirá separá-los.

A Yohana eu conheci através da Ani, do EC&M. Primeiro texto que leio dela e já me emocionei. Ela conseguiu fazer com que uma linda história de amor se desenvolvesse em algumas páginas, sem correria, sem atropelamentos. A história flui e só me resta imaginar como o casal terminará.

JULHO: Julho Azul - Vinicius Grossos
Christian tem uma paixão platônica por Iluska, a vizinha esquisita, que pinta o cabelo todo mês de julho. Um certo dia, após voltar da escola com seu amigo Jorge "Bolota", Christian se depara com Iluska em seu quarto, o convidando para sair! Na festa, após uma conversa e um mal-entendido, ele descobre que a vida da moça não é nada fácil e que os cabelos coloridos transmitem uma mensagem.

Primeira vez que leio algo do Vinicius e minha vontade é de cumprimentá-lo por escrever esse texto tão maravilhoso! Uma leitura simples, fluida, que nos faz torcer para que o casal dê certo, mesmo Christian e Iluska sendo tão diferentes.

SETEMBRO: O Garoto de Setembro - Marianna Leão
Nosso amigo Seth (que no RG é Setembro) quer participar de um concurso cujo prêmio são ingressos para o Rock in Rio. Seus pais são hippies muito loucos (e legais). Sua arte enviada para o concurso não foi bem vista e, por isso, teve que fotografar vários idosos de um asilo para um calendário. O que seria tedioso acabou se tornando maravilhoso ao conhecer Caio, neto de um dos moradores do asilo.

Marianna, não te conheço, mas já te considero só pelo romance que você criou! Por mais escritores como você na literatura moderna! Impossível não torcer por Caio e Seth, E não se divertir também porque, tanto os idosos como os pais de Seth são figuraças.

Bem, esses foram os que mais gostei, mas é óbvio que recomendo todos! Só senti falta de uma revisão, pois encontrei alguns erros ao longo do texto. O livro está em pré-venda, mas seu lançamento será no dia primeiro de janeiro. E, além disso, já informo que, em 2016, participarei do primeiro evento literário do ano... como convidada!! Vou deixar o banner aí embaixo e clique aqui para confirmar sua presença nesse evento, que já estou esperando ansiosamente!



Olá!

O resenhado de hoje é um eBook de uma escritora que eu conheci através da Ana (como sempre,rs) e que me cativou. Virei fanzoca mesmo, rs. É o Papel, Caneta e Ação, da Thati Machado em parceria com Aimeé Oliveira e Clara Savelli.



Papel, Caneta e Ação é contada por três protagonistas em três capítulos (ou pontos de vista): a ilustradora Cindy (papel), a autora Lucy (caneta) e a atriz Ana Luna (ação).

A história gira em torno do livro “Escrito na Areia” e começa com Cindy, que na verdade se chama Cinderela e vive no Brookyn (EUA) sozinha em seu apartamento fazendo cosplay de Seu Madruga, rs (deve há quantos meses?) pois vive de trabalhos esporádicos como desenhista. Porém, seus trabalhos são bem populares na internet. E em um desses dias, ela conseguiu uma entrevista de emprego (fixo, algo para ser glorificado de pé) em uma editora, na função de ilustradora. Seu chefe é o durão Thomas Felton, que gosta da equidistância (nada de intimidades!) e sempre sabe de tudo que rola na empresa. Tudo começa mal ainda na entrevista, mas é lógico que Cindy consegue a vaga. E em suas mãos cai o “Escrito na Areia”.

Lucy é uma jovem que vê seu primeiro livro, “Escrito na Areia” fazer muito sucesso. Mas muito mesmo, a ponto do casal principal ser shippado pelas fãs, porque a história têm muito em comum com os romances atuais. Seu livro fez tanto sucesso que virou filme, dirigido pelos estúdios Ferdinand William Harry (IFWH). O diretor é o filho de um consagrado diretor de cinema. O livro de Lucy chegou à editora através de sua amiga Roxy. Roxy, aliás, namora Roger, o agente literário de Lucy. Ela resolve contar em um diário todos os momentos que ela passa nos sets de filmagem (sim, ela frequenta o set de filmagem) e, inclusive, vai gravar uma cena!

Ana Luna é uma jovem mexicana que tenta a sorte nos EUA, como muitos mexicanos. Fizera vários testes para ser atriz e nada de ser aprovada. Assim como Cindy, ela também têm problemas e não tem dinheiro e vive com um gato preguiçoso em um apartamento no Brookyn. Sua vida muda quando ela é chamada para fazer um teste para o filme “Escrito na Areia”.

Essas três jovens se unem na festa de Ano Novo, momento mais adequado para celebrar todas as novidades envolvendo-as. As três têm suas vidas interligadas pelo livro. O primeiro emprego fixo de Cindy é ilustrar a capa do "Escrito na Areia", Ana Luna vai protagonizar o filme. Mas não é só isso: elas vão nutrir sentimentos por pessoas que jamais imaginaram - coisa de novela, não? Vou parar por aqui senão vira spoiler rs

Recomendo porque a escrita flui bem, não me lembro de ter visto erros de português - e se vi foram poucos - e porque as três autoras criaram uma linda trama em que tudo termina bem apesar das adversidades. Só falta mesmo uma delas escrever "Escrito na Areia".


Olá!

Hoje trago mais um e-conto de uma autora nacional, que eu consegui gratuitamente na Amazon, através de mais uma ótima indicação da Ani, do Entre Chocolates e Músicas: Com Outros Olhos, da Thati Machado.



Com Outros Olhos conta a história de Lana, uma jovem que fica cega após um grave acidente. Quando se vê nessa situação, ela resolve que quer sair da zona de conforto e para isso, resolve ingressar numa escola de teatro.

Para sua surpresa, ela é escolhida protagonista da preça de teatro que o grupo vai apresentar, “uma escolha ousada” segundo o diretor da peça. Mas ela demoraria um pouco a descobrir o porquê dessa ousadia. A peça em questão era “Romeu e Julieta”. Enquanto isso, o Romeu seria Arthur, um jovem que, logo de cara não queria fazer par com Lana, mas com o tempo, viu-se apaixonado por Lana. Ela, claro, no começo não queria, pois ainda estava sentida com seu ex-namorado, que também sofreu o acidente, mas saiu sem ferimentos, e que ainda a incomodava. Mas quando ela viu que correspondia aos sentimentos de Arthur, a entrega foi inevitável.

Gostei do e-conto por retratar uma deficiente visual que decidiu sair da zona de conforto e recuperar, pelo menos, parte de sua independência, uma jovem que não se autopiedava nem gostava de perceber que as pessoas a sua volta tinham pena dela. Aliás, o que falta na literatura nacional são deficientes como protagonistas.

O final é realmente surpreendente, eu mesma não esperava que a peça realmente tivesse um casal tão ousado (não posso contar senão vira spoiler).É um conto muito interessante, vale a pena ler, por ser curtinho, fica um gosto de quero mais, um desejo de continuação.

E você, curte e-contos nacionais?