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"Nunca se deixe pisar por ninguém, filho. Este conselho é a única herança que posso lhe deixar."

O resenhado hoje é um livro que foi lançado em meados do ano passado, O Heroi Discreto, do Nobel de Literatura de 2010 e um dos meus ídolos, Mario Vargas Llosa.



O Heroi Discreto conta a história de don Felícito Yanaqué, um pequeno empresário que vive em Piura, uma cidadezinha no norte do Peru. Ele é proprietário da "Empresa de Transportes Narihualá" da qual se orgulhava, pois havia lutado muito para erguê-la.

Enquanto isso, em Lima, vivem don Rigoberto, seu filho Fonchito e sua segunda esposa, Lucrecia. Don Rigoberto era amigo de Ismael Carrera, proprietário de uma companhia de seguros, aproveitando-se de sua terceira idade – oitenta anos recém completados – para casar-se com sua empregada doméstica. Mas Ismael não contava com a reprovação de seus filhos.

Um certo dia, Felícito foi para seu escritório, como sempre fazia e chegando lá, viu que tinha recebido uma carta. Uma carta com tom de ameaça. Pediam suborno. Se Felícito pagassem o que pediam, não lhe aconteceria nada, nem a ele, nem a empresa. Ao receber a carta, Felícito temeu pela vida de sua mulher, seus filhos e sua amante, Mabel. Felícito recorre ao sargento Lituma, que, apesar dos recursos escassos e a preguiça inicial, resolve ajudar a descobrir o autor das ameaças, que ficou conhecido como “aranhinha”, porque sua assinatura era o desenho de uma aranha.

Aí, Felícito evoca a memória do pai, Aliño, um homem pobre que, sozinho, criou Felícito, já que foi abandonado pela mãe ainda bebê. E a memória do pai veio em uma frase: Nunca se deixe pisar por ninguém, filho. Esta é a única herança que posso lhe deixar. A frase do começo do post e que é citada por diversas vezes.

As histórias se entrelaçam quando don Felícito descobre que sua esposa tem uma parente em Lima. Até então, Gertrudis, a esposa, era um ser submisso, quase que inexistente.
Eu recomendo a leitura por vários motivos: é de um dos meus autores favoritos, claro. Não é só por isso, a trama está bem entrelaçada, tem mistério, suspense e um criminoso que vocês nem imaginam – nem eu, rs. A história foi bem escrita, todos os pontos se unem perfeitamente, os personagens, mesmo saídos de outros livros, se encaixam aqui e se o autor não fala – e você não leu – você não saberia que don Rigoberto, Lucrecia e Fonchito são protagonistas de “Elogio à Madrasta” e o sargento Lituma é o protagonista de “Lituma nos Andes”.

Nesse livro não tem relatos biográficos do autor, mas Piúra continua viva, como em todas as histórias do autor. É o Peru, que proporciona ambientes incríveis para as histórias de Vargas Llosa.