Olá!
Hora de conferir mais uma sugestão de leitura bacana para você ler nesse inverno, rápida e engraçada. Confira a resenha de Naomi & Ely e a Lista do Não Beijo, escrito por David Levithan em parceria com Rachel Cohn.
SKOOB - Naomi e Ely são amigos inseparáveis. Naomi já namorou o Bruce, o Primeiro, e agora está com o Bruce, o Segundo, que ama Ely. E Ely é gay. Mas uma briga vai fazer com que ambos briguem. Uma briga feia, que não aconteceu nem mesmo quando o pai de Naomi teve um caso com uma das mães de Ely.
Além disso, tem a Robin (de Schenectady, uma cidade no interior dos EUA) que gosta do Robin (que sempre é visto no Starbucks próximo à faculdade). Tem o Gabriel, o porteiro gato (e hétero) do prédio onde a dupla mora, Kelly, irmã do Bruce, o Segundo, e a Lista do Não Beijo. Basicamente, é uma grande bagunça, mas o livro vai começar com Naomi contando como mente compulsivamente. Mente tanto que está até acostumada. Ela ama Ely, mas o sentimento mudou conforme os anos foram passando. E ele não percebeu. E depois dessa briga feia, os dois vão se separar, algo impensável para as pessoas que moram no prédio onde moram os amigos. Aliás, ambos são vizinhos de porta.
A Lista do Não Beijo™ é uma lista que, como o nome já diz, é uma lista em que os nomes nela escritos não devem, em hipótese alguma, ser beijados.
Como disse, o livro é uma bagunça, mas conforme você vai lendo, vai se organizando e entendendo a trama. Rodeados de Starbucks e festas LGBTQ, Naomi e Ely vão vivendo uma vida de universitários, cada um com seus problemas, como Ely e seus sentimentos acerca de Bruce, o Segundo, e Naomi, preocupada com sua mãe, que ainda não superou a traição de seu ex-marido.
Minha visão passa bem. |
Por ser um livro para o público jovem, então está com uma linguagem bem atual. Todos os personagens que citei narram pelo menos um capítulo no livro - sempre em primeira pessoa - e, principalmente nos capítulos que a Naomi narra, aparecem vários emoticons, super legais, mas pra quem enxerga bem, o que não é meu caso - principalmente para ver os bonequinhos que diferenciam Robin (menina) de Robin (menino), tive que praticamente enfiar o livro na cara. A intenção foi boa, mas poderiam ter evitado essa fadiga.
Mas, pior que emoticons, só mesmo a tradução da editora para títulos de outra editora. Um dos Bruce (não direi qual, rs) é fã de Nicholas Sparks. Até aí tudo bem, mas a tradução resolveu dizer que o personagem citou os trechos de "Mensagem na Garrafa" e "O Caderno de Noah". Tá brincando, né? Tudo bem que Sparks saiu pela Novo Conceito (Arqueiro recomprou recentemente), mas são livros mundialmente conhecidos, pra que fazer a tradução literal, Galera Record? Será que tem a ver com royalties? Ainda mais porque nós que somos fãs sabemos que Message of a Bottle aqui é "Uma Carta de Amor" e "The Notebook" é "Diário de Uma Paixão". Pior do que isso, foi ver que escreveram certo mais um título que o personagem leu: "Um Amor para Recordar".
Voltando à minha opinião sobre o livro, apesar de eu não ser o público alvo, foi uma boa leitura. É uma obra de entretenimento, então ela vem pra te arrancar boas risadas. Claro que, em um momento ou outro o leitor se depara com uma frase mais profunda, principalmente quando os personagens falam sobre amizade. É um livro que pode ser lido tranquilamente, em dois dias ou menos, isso porque a dupla Levithan-Cohn tem uma escrita bem tranquila, leve e gostosa. A capa é linda (esse copo me lembra os do Starbucks) e tirando o detalhe do parágrafo acima, a tradução está ótima. Leitura recomendada.